Pronto, começou o delírio das sms de natal.
Sim sim, desejo a todos um bom Natal, etc.etc.etc.
Mas por amor de Deus. Não me façam dar cabo do orçamento a, por respeito, ter que responder a todas.
Que raio de mania havia de pegar. E de estaca
sexta-feira, dezembro 23, 2005
AMIGOS
É curioso como dois amigos de há 20 anos, que há quase 10 não conversavam, se podem encontrar e, com naturalidade, retomar a última conversa que tinham tido. Quase como se não tivésse existido o entretanto.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
PAULO PEDROSO
Nota máxima à serenidade com que Paulo Pedroso apareceu na entrevista da SIC, nada revanchista, agarrado às suas convicções e às suas verdades.
Profundo sentido da responsabilidade, evitando cair na tentação fácil do apontar do dedo, de chamar por nomes, do adjectivar fácil, certamente muito popularacho mas com muito pouco a ver com toda a sua postura, quer nestes processo quer na vida pública que lhe conhecemos.
Mas alguns dos factos que revelou estarem presentes no processo e, mais grave, algumas das omissões que também confessou lá estarem são muito mais do que preocupantes, são aterradoras para o estado de direito (ou estado do direito).
E, a confirmarem-se, levam-me cada vez mais a pensar que este processo, antes de judicial, teve sempre contornos políticos, com algum "socialite" para disfarçar.
Só mes resta saber de onde veio: se de fora se de dentro (do próprio PS, diga-se).
Profundo sentido da responsabilidade, evitando cair na tentação fácil do apontar do dedo, de chamar por nomes, do adjectivar fácil, certamente muito popularacho mas com muito pouco a ver com toda a sua postura, quer nestes processo quer na vida pública que lhe conhecemos.
Mas alguns dos factos que revelou estarem presentes no processo e, mais grave, algumas das omissões que também confessou lá estarem são muito mais do que preocupantes, são aterradoras para o estado de direito (ou estado do direito).
E, a confirmarem-se, levam-me cada vez mais a pensar que este processo, antes de judicial, teve sempre contornos políticos, com algum "socialite" para disfarçar.
Só mes resta saber de onde veio: se de fora se de dentro (do próprio PS, diga-se).
terça-feira, dezembro 13, 2005
SENHORA DOUTORA II
Continuo sem conseguir falar com a Senhora Dótora do centro de emprego.
Deve ter ido parir.
Ou se não foi antes fosse.
Parir. Para...
Deve ter ido parir.
Ou se não foi antes fosse.
Parir. Para...
domingo, dezembro 11, 2005
FALTA DE VERGONHA
Cavaco promete começar a campanha na Madeira, de braço dado com Jardim.
O mesmo Jardim que há uns meses, irritado e com o ar brejeiro que o caracteriza, chamou o professor de "Sr Silva", menosprezando a sua eventual candidatura à Presidência da República.
A confirmar-se, o dito Silva vai borrar-se em troco de votos. Algo que só espanta por ser vindo dele.
O mesmo Jardim que há uns meses, irritado e com o ar brejeiro que o caracteriza, chamou o professor de "Sr Silva", menosprezando a sua eventual candidatura à Presidência da República.
A confirmar-se, o dito Silva vai borrar-se em troco de votos. Algo que só espanta por ser vindo dele.
LOUÇÃ
Francisco Louçã prometeu destituir o burgesso (obrigado à voz amiga correctora) da Madeira (Jardim) caso fosse eleito.
Só por isso já me apetecia votar nele.
Só por isso já me apetecia votar nele.
sábado, dezembro 10, 2005
SORTINHA
Angola, México e o fortíssimo Irão.
O brazuca nasceu mesmo com o dito cujo virado para a lua.
Porém, a meio ano de distância, permito-me uma vaticínio: ele, como só ele sabe fazer, vai deitar este paio, mais um, pela janela fora.
Acho que vamos saír da Alemanha sem honra nem glória.
Isto, claro está, se o homem chegar até lá.
O brazuca nasceu mesmo com o dito cujo virado para a lua.
Porém, a meio ano de distância, permito-me uma vaticínio: ele, como só ele sabe fazer, vai deitar este paio, mais um, pela janela fora.
Acho que vamos saír da Alemanha sem honra nem glória.
Isto, claro está, se o homem chegar até lá.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
CRISE RESOLVIDA...
...o Benfica passou aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Vamos ter oito dias de barriga tão farta que nem DO Cavaco (ou O Soares, que é a mesma coisa) vamos ouvir falar
Vamos ter oito dias de barriga tão farta que nem DO Cavaco (ou O Soares, que é a mesma coisa) vamos ouvir falar
SENHORA DOUTORA
14,30 h.
Telefonema para o Instituto e Emprego do Porto.
“Desculpe mas para essa informação só da parte da manhã. À tarde o atendimento está fechado”.
Dia seguinte, 9,20h
Novo telefonema sobre o mesmo assunto:
“Desculpe mas a senhora doutora ........ só chega às 10 horas”
- Às 10 h? Precisava de um emprego desses
“Olhe que não. A senhora doutora sai muito tarde. Só por volta das 19 h. Por isso é que também chega tarde”.
Desliguei. E estou com receio de incomodar a senhora doutora. Pode não lhe apetecer atender-me. Afinal, é véspera de feriado.
Telefonema para o Instituto e Emprego do Porto.
“Desculpe mas para essa informação só da parte da manhã. À tarde o atendimento está fechado”.
Dia seguinte, 9,20h
Novo telefonema sobre o mesmo assunto:
“Desculpe mas a senhora doutora ........ só chega às 10 horas”
- Às 10 h? Precisava de um emprego desses
“Olhe que não. A senhora doutora sai muito tarde. Só por volta das 19 h. Por isso é que também chega tarde”.
Desliguei. E estou com receio de incomodar a senhora doutora. Pode não lhe apetecer atender-me. Afinal, é véspera de feriado.
terça-feira, dezembro 06, 2005
segunda-feira, dezembro 05, 2005
NÍVEL
O grau de civilidade, elevação, porém de confronto e discordância q.b. e que decorreu o primeiro debate presidencial entre Alegre e Cavaco revelou, dede já, uma coisa: há apenas e de facto dois verdadeiros candidatos à presidência da república.
Aposto que em mais nenhum outro debate chageremos ao nível deste.
A ver vamos
Aposto que em mais nenhum outro debate chageremos ao nível deste.
A ver vamos
CAVACO HUMANO
No debate desta noite, na SIC, ficamos a saber que Cavaco está preocupado com a "pessoa humana" (sic).
Por mim estou é preocupado que um possível futuro presidente da república conheça outros humanos que não pessoas.
Mas, como não sou de economia, e de finanças não alcanço mais que as de cá de casa, se calhar o erro está em mim, naquele livro do Keynes que, nos idos tempos de faculdade, ficou por ler sem o professor se aperceber no exame oral em que, pelos vistos mal, me abençoou com uma positiva.
Por mim estou é preocupado que um possível futuro presidente da república conheça outros humanos que não pessoas.
Mas, como não sou de economia, e de finanças não alcanço mais que as de cá de casa, se calhar o erro está em mim, naquele livro do Keynes que, nos idos tempos de faculdade, ficou por ler sem o professor se aperceber no exame oral em que, pelos vistos mal, me abençoou com uma positiva.
sábado, dezembro 03, 2005
JÁ
Movimento já.É um movimento, mais um, na imensidão dos que vão salpicando a web e a blogosfera, e depois extravasam para a sociedade civil.
É mais um a provar que somos muitos mais do que aquilo que a comunicação social, ora ao serviço de Cavaco ora de Soares, quer fazer crer.
É mais um exercício de cidadania, estrela do norte desta candidatura.
É mais um que, por imperativo de consciência, tinha que divulgar aqui.
É mais um a provar que somos muitos mais do que aquilo que a comunicação social, ora ao serviço de Cavaco ora de Soares, quer fazer crer.
É mais um exercício de cidadania, estrela do norte desta candidatura.
É mais um que, por imperativo de consciência, tinha que divulgar aqui.
ETAR
António Vitorino, José Lamego, José Braga da Cruz, todos deputados eleitos nas listas do Partido Socialista, estiveram ausentes da votação do orçamento de estado.
Todos eles mais Manuel Alegre.
Mas só este foi crucificado porque, no momento da votação, circulava pelo país, numa exercício de liberdade, independência e autonomia intelectual, a defender aquela que é a sua causa.
Os outros também deviam circular, mas mais pelos corredores do lóbbie, do tráfico de influências, do esgoto em que se tornou a vida política partidária em Portugal.
Vitorino, por exemplo, devia estar no seu gabinete de advogado!!!!!!,a negociar os interesses da Galp!!!! a... 400 mil euros por mês de "negócio".
Definitivamente estes caminhos do poder precisam de uma limpeza, de uma vassourada. De uma ETAR, para continuar na mesma onde de frequência.
E a candidatura e eleição de Manuel Alegre pode não ser a salvação absoluta.
Mas é, sem dúvida, o caminho.
Todos eles mais Manuel Alegre.
Mas só este foi crucificado porque, no momento da votação, circulava pelo país, numa exercício de liberdade, independência e autonomia intelectual, a defender aquela que é a sua causa.
Os outros também deviam circular, mas mais pelos corredores do lóbbie, do tráfico de influências, do esgoto em que se tornou a vida política partidária em Portugal.
Vitorino, por exemplo, devia estar no seu gabinete de advogado!!!!!!,a negociar os interesses da Galp!!!! a... 400 mil euros por mês de "negócio".
Definitivamente estes caminhos do poder precisam de uma limpeza, de uma vassourada. De uma ETAR, para continuar na mesma onde de frequência.
E a candidatura e eleição de Manuel Alegre pode não ser a salvação absoluta.
Mas é, sem dúvida, o caminho.
CAMARATE - CAPÍTULO DCLXXXVIII
Era inevitável.
Chegam umas eleições, chega Camarate.
Crime ou desastre, o que mais releva é esta falta de honestidade de alguma classe política, alimentada por uma Imprensa de interesses, que de cada vez que o zé pagode é lembrado a votar, lhe recordam que o D. Sebastião também viveu no século XX, também caiu numa espécie de nevoeiro, mas que anda por aí, à coca.
E que ou elegemos a descendência ou virá, de lança em punho, para nos punir.
Haja decência.
Chegam umas eleições, chega Camarate.
Crime ou desastre, o que mais releva é esta falta de honestidade de alguma classe política, alimentada por uma Imprensa de interesses, que de cada vez que o zé pagode é lembrado a votar, lhe recordam que o D. Sebastião também viveu no século XX, também caiu numa espécie de nevoeiro, mas que anda por aí, à coca.
E que ou elegemos a descendência ou virá, de lança em punho, para nos punir.
Haja decência.
FALIDOS
Continuam a quatro pontos do FC Porto, fizéram uma exibição miserável, incapazes de vencer um FC Porto sem rumo e sem tino, passaram a segunda parte toda a defender, mas acham-se já senhores do universo.
Algumas vozes, que andavam caladas que nem ratos, sairam da toca, e até parecem campeões.
Digo hoje e não demorarei dois meses a escrever um post a remeter para este: esta Sporting não vai a lado nenhum, por muito que aquela gangada da linha, pseudo queques de tasca, os queira pôr nos pincaros, escamoteando uma realidade indesmentível: estão falidos até aos cueiros, financeira e desportivamente.
Algumas vozes, que andavam caladas que nem ratos, sairam da toca, e até parecem campeões.
Digo hoje e não demorarei dois meses a escrever um post a remeter para este: esta Sporting não vai a lado nenhum, por muito que aquela gangada da linha, pseudo queques de tasca, os queira pôr nos pincaros, escamoteando uma realidade indesmentível: estão falidos até aos cueiros, financeira e desportivamente.
sexta-feira, dezembro 02, 2005
RUA JÁ
P P
OO O
NNN N
HHHH H
AAAAA A
MMMMMM M
OOOOOOO O
AAAAAAAA A
DDDDDDDDD D
RRRRRRRRRR R
IIIIIIIIIII I
AAAAAAAAAAAA A
AAAAAAAAAAAAA A
NNNNNNNNNNNNNN N
SSSSSSSSSSSSSSSS S
EEEEEEEEEEEEEEEEE E
NNNNNNNNNNNNNNNNN N
AAAAAAAAAAAAAAAAAA A
RRRRRRRRRRRRRRRRRRR R
UUUUUUUUUUUUUUUUUUUU U
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A
OO O
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sábado, novembro 26, 2005
DIA DA LIBERDADE (VERDADEIRO)
Com 24 horas de atraso celebra-se aqui os 30 anos decorridos sobre o verdadeiro dia da liberdade: o 25 de Novembro.
Sim, que uma alma crítica, com casos e com causas, não pode esquecer os miserável aproveitamento político feito a partir dos 25 de Abril de 74, que quase quase redundou num novo assalto bárbaro e totalitário ao poder pela mão de alguns estalinistas de alcova.
Alguns desses, como Jerónimos, Otelos e afins, ainda por aí andam, impunes.
O que é caricato é apresentarem-se sistematicamente sob epíteto de democratas. Nunca deixo de sorrir de cada vez que lhes ouço essa
Sim, que uma alma crítica, com casos e com causas, não pode esquecer os miserável aproveitamento político feito a partir dos 25 de Abril de 74, que quase quase redundou num novo assalto bárbaro e totalitário ao poder pela mão de alguns estalinistas de alcova.
Alguns desses, como Jerónimos, Otelos e afins, ainda por aí andam, impunes.
O que é caricato é apresentarem-se sistematicamente sob epíteto de democratas. Nunca deixo de sorrir de cada vez que lhes ouço essa
RECADO
Tendo ainda este post como contexto, resolveu o Arco da Velha partilhar connosco as suas deambulações por foto blogs .
Cito-o como recado e exemplo a uma alma a quem venho desafiando para partilhar na blogosfera muitas das suas viagens por imagens.
É que a justificação da falta de tempo, agravada pela recente paternidade, não pode servir de explicação para esconder algumas belas imagens que a dedidcação à causa geraram.
Cito-o como recado e exemplo a uma alma a quem venho desafiando para partilhar na blogosfera muitas das suas viagens por imagens.
É que a justificação da falta de tempo, agravada pela recente paternidade, não pode servir de explicação para esconder algumas belas imagens que a dedidcação à causa geraram.
GRANDE...
Título da Única: Alexandra (Lencastre) a Grande.
Faltam as reticências.
Grande quê?
Então, a qualificação do substantivo?
Insisto, é grande quê?
Madrinha daquele puto ranhoso da terra que aceitou abençoar quando soube da borracheira permanente do progenitor?
Cozinheira, depois daquele pão com manteiga e mel que preparou para o pequeno almoço do Pieter há muitos anos?
Dona de casa, imaculada limpadora de pó?
Ou só grande? Grande...
Faltam as reticências.
Grande quê?
Então, a qualificação do substantivo?
Insisto, é grande quê?
Madrinha daquele puto ranhoso da terra que aceitou abençoar quando soube da borracheira permanente do progenitor?
Cozinheira, depois daquele pão com manteiga e mel que preparou para o pequeno almoço do Pieter há muitos anos?
Dona de casa, imaculada limpadora de pó?
Ou só grande? Grande...
O INEFÁVEL SOARES
O inefável Dr. Soares vai de tombo em tombo, na sua embrieguêz de poder.
Fala como uma metrelhadora, como se a cada borrifadela de perdigotos para os microfones dos sôfregos média arrepanhasse mais uns votitos que o levarão de novo a mais de 20 voltas ao mundo (perdão, ao cargo de presidente).
Depois, vendo que não chegava, atirou-se aos insultos.
Chamou esfinge a Cavaco.
Agora pateta a Alegre.
Anseio pelo se seguirá.
Acho que acabará por revelar que pese embora esteja bem da próstata, e até que ainda consegue uma ou duas épicas erecções anuais, padece de uma grave e endémica maleita: nunca percebeu aquela máxima de que a água do rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte. Talvez a esclerose explique.
Fala como uma metrelhadora, como se a cada borrifadela de perdigotos para os microfones dos sôfregos média arrepanhasse mais uns votitos que o levarão de novo a mais de 20 voltas ao mundo (perdão, ao cargo de presidente).
Depois, vendo que não chegava, atirou-se aos insultos.
Chamou esfinge a Cavaco.
Agora pateta a Alegre.
Anseio pelo se seguirá.
Acho que acabará por revelar que pese embora esteja bem da próstata, e até que ainda consegue uma ou duas épicas erecções anuais, padece de uma grave e endémica maleita: nunca percebeu aquela máxima de que a água do rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte. Talvez a esclerose explique.
O TRIUNFO DOS PORCOS
A falta de decoro, de verticalidade e honestidade pode, realmente, ir muito longe.
Ao não comunicarem a greve, estes masgistrados recebem os seus vencimentos por inteiro, mesmo que nesse dia não tenham sequer posto os pés nos seus postos de trabalho. O que sucedeu, obviamente, com a maioria.
Já aqui o disse, e insisto: quando é que obrigam esses senhores a picar o ponto? Quando é que fazem terminar esse privilégio de ter como órgão de soberania uma classe que se porta e pensa como verdadeiros funcionários? Veriam que estas (e outras) vigarices de "empresário de vão de escada" terminariam.
Ao não comunicarem a greve, estes masgistrados recebem os seus vencimentos por inteiro, mesmo que nesse dia não tenham sequer posto os pés nos seus postos de trabalho. O que sucedeu, obviamente, com a maioria.
Já aqui o disse, e insisto: quando é que obrigam esses senhores a picar o ponto? Quando é que fazem terminar esse privilégio de ter como órgão de soberania uma classe que se porta e pensa como verdadeiros funcionários? Veriam que estas (e outras) vigarices de "empresário de vão de escada" terminariam.
CONTENTE
Pinto da Costa diz que está "contente" com Adriaanse.
Para mim, o comentário só pode ter a leitura de recado do tipo "ou ganhas ao Sporting ou vais de "velinha".
Sinceramente, se o meu prognóstico estiver certo, então já não sei se quero que o FCP vença.
Para mim, o comentário só pode ter a leitura de recado do tipo "ou ganhas ao Sporting ou vais de "velinha".
Sinceramente, se o meu prognóstico estiver certo, então já não sei se quero que o FCP vença.
quarta-feira, novembro 23, 2005
ABAIXO ASSINADO
Aos milhares de cidadãos que diariamente nos visitam, de resto como fica patente no "counter" infra, lançamos o repto:
Subscrevam o abaixo assinado que, dentro de dois ou três dias, quando tivérmos conseguido angariar as necessárias 7500 assinaturas, remetaremos ao presidente do FC Porto, "Pintinho" prós amigos, que visará o despedimento, ao chuto, à paulada, ao pontapé ou por qualquer outro meio que se revele eficaz, do "dutch".
Subscrevam o abaixo assinado que, dentro de dois ou três dias, quando tivérmos conseguido angariar as necessárias 7500 assinaturas, remetaremos ao presidente do FC Porto, "Pintinho" prós amigos, que visará o despedimento, ao chuto, à paulada, ao pontapé ou por qualquer outro meio que se revele eficaz, do "dutch".
ALGUÉM COMPREENDE?
As mudanças implementadas por Adriaanse no jogo de hoje, frente ao Glasgow (equipa que, diga-se, joga uns furos abaixo do desempenho da Académica, do Leiria ou mesmo do Gil Vicente) querem dizer uma de duas coisas: ou o homem é mesmo burro e incompetente; ou está à procura de uma brecha para o despedimento, recheado de uns milhares para ir gozar na sua casa dos Alpes.
Retirar a única referência que a equipa tem na frente (Hugo Almeida) e substituí-la por um Jorginho que dá pena ver jogar, tirar um Ibson em claro crescendo para colocar um Diego que está perdido e sem moral, queimar um defesa esquerdo que estava a jogar bem (Cech) para colocar em campo um jogador que só aguente 60 minutos (César Peixoto), insistir na imprevisibilidade de Bosingwa (cai-nos o coração cada vez que tropeça nos pés a correr ninguém percebe para onde), não colcar Mc Carthy depois do empate (preferiu terminar com Bruno ALves a ponta de lança), retirar o Pedro Emanuel (em vez do Pepe) que é a única voz de comando que a equipa tem, são asneiras a mais para uma noite só.
Estou só á espera de o ver retirar Paulo Assumpção e substituí-lo, sei lá, pelo Ivanildo talvez. É a única estupidez que ainda não deve ter feito.
Retirar a única referência que a equipa tem na frente (Hugo Almeida) e substituí-la por um Jorginho que dá pena ver jogar, tirar um Ibson em claro crescendo para colocar um Diego que está perdido e sem moral, queimar um defesa esquerdo que estava a jogar bem (Cech) para colocar em campo um jogador que só aguente 60 minutos (César Peixoto), insistir na imprevisibilidade de Bosingwa (cai-nos o coração cada vez que tropeça nos pés a correr ninguém percebe para onde), não colcar Mc Carthy depois do empate (preferiu terminar com Bruno ALves a ponta de lança), retirar o Pedro Emanuel (em vez do Pepe) que é a única voz de comando que a equipa tem, são asneiras a mais para uma noite só.
Estou só á espera de o ver retirar Paulo Assumpção e substituí-lo, sei lá, pelo Ivanildo talvez. É a única estupidez que ainda não deve ter feito.
BRANCO MAIS BRANCO
É uma noite branca.
E lenços, ou lençóis, colchas e edredons não chegam para o homem.
Ele precisa que lhe mostrem o Everest, cobertinho de brancura para perceber:
NÃO TE QUEREMOS CÁ ADRIAANSE.
E lenços, ou lençóis, colchas e edredons não chegam para o homem.
Ele precisa que lhe mostrem o Everest, cobertinho de brancura para perceber:
NÃO TE QUEREMOS CÁ ADRIAANSE.
sexta-feira, novembro 18, 2005
DIFERENTES
Os professores fizeram greve.
Pouco releva se foram os 80% anunciados pelos sindicatos, se os 40% invocados pelo govenro.
Foram muitos professores, que se "revoltam" porque um governo os pretende tratar do mesmo modo que é tratado qualquer outro trabalhador.
Exige-lhes trabalho, presença nas escolas, como aos juizes exige, agora, presença nos Tribunais.
É um problema de igualdade.
E eles não querem ser iguais.
Quem se lembrar diga-me: já ALGUMA vez ouviram ALGUM professor dizer bem de ALGUMA medida tomada por ALGUM governo?
Os professores formam, na sociedade portuguesa, uma classe à parte, a exemplo do que sucede com os juizes e dos médicos.
E isso tem que acabar.
Vai acabar.
Pouco releva se foram os 80% anunciados pelos sindicatos, se os 40% invocados pelo govenro.
Foram muitos professores, que se "revoltam" porque um governo os pretende tratar do mesmo modo que é tratado qualquer outro trabalhador.
Exige-lhes trabalho, presença nas escolas, como aos juizes exige, agora, presença nos Tribunais.
É um problema de igualdade.
E eles não querem ser iguais.
Quem se lembrar diga-me: já ALGUMA vez ouviram ALGUM professor dizer bem de ALGUMA medida tomada por ALGUM governo?
Os professores formam, na sociedade portuguesa, uma classe à parte, a exemplo do que sucede com os juizes e dos médicos.
E isso tem que acabar.
Vai acabar.
quarta-feira, novembro 16, 2005
PORTO ALEGRE
Acabadinho de nascer, ainda a cheirar a forno, mais um empurrão na candidatura independente de Manuel Alegre.
Desta vez pela juventude portuense .
Por cá vamos cumprindo o compromisso de divulgação.
Desta vez pela juventude portuense .
Por cá vamos cumprindo o compromisso de divulgação.
PONTUALIDADES
9.30 h da manhã.
Em grande parte das ruas circundantes do Palácio da Justiça, onde se pode ler "Estacionamento reservado a Magistrados" não faltam lugares por ocupar. Ou melhor, estão quase todos vazios.
17 h: Quase todos esses lugares voltam a estar vagos.
Estou certo que no dia em que o senhores magistrados tiverem que picar o ponto, grande parte dos problemas da pendência (número de processos distribuídos a um Juiz e que aguardam solução)ficaria resolvido.
Em grande parte das ruas circundantes do Palácio da Justiça, onde se pode ler "Estacionamento reservado a Magistrados" não faltam lugares por ocupar. Ou melhor, estão quase todos vazios.
17 h: Quase todos esses lugares voltam a estar vagos.
Estou certo que no dia em que o senhores magistrados tiverem que picar o ponto, grande parte dos problemas da pendência (número de processos distribuídos a um Juiz e que aguardam solução)ficaria resolvido.
terça-feira, novembro 15, 2005
BANHA DA COBRA
Nas raras visitas que faço aos médicos, tenho por vezes a sensação (por vezes, não é sempre) que, em vez de ter entrado num consultório, estou antes numa agência de viagens.
A diferença é que em vez de estar a comprar uma volta ao mundo para mim (o que seria normal dado que sou o pagador) a estou a adquirir para o inefável agente de branco que consulto.
Em otorrinos, então, é uma festa.
Sim sim, a aspirina é eficaz. E aquele anti-estamínico tradicional também. Mas esta vacinazinha...
Impingem-me testes alergológicos de € 150 e vacinas de € 400 o mais depressa que podem, contra toda a minha resistência. Não sossegam enquanto não empurram para as mais recentes descobertas que, por acaso, ajudam a transportá-los para os sempre proveitosos “congressos” a bordo de um Queen Mary qualquer.
“Mas Sr. Dr. aquele tratamento do ano passado deu tanto resultado..”
“Sim sim, mas a medicina avança. E esta vacina, não há melhor”.
Repetem-me a dose há dez anos, e esperam que aceite, impávido.
E se me indigna que o façam, muito mais me indigna o modo descarado e desbragado com que nem sequer tentam esconder a encapotada venda de medicamentos que estão a tentar fazer. Perdão, de viagens.
A diferença é que em vez de estar a comprar uma volta ao mundo para mim (o que seria normal dado que sou o pagador) a estou a adquirir para o inefável agente de branco que consulto.
Em otorrinos, então, é uma festa.
Sim sim, a aspirina é eficaz. E aquele anti-estamínico tradicional também. Mas esta vacinazinha...
Impingem-me testes alergológicos de € 150 e vacinas de € 400 o mais depressa que podem, contra toda a minha resistência. Não sossegam enquanto não empurram para as mais recentes descobertas que, por acaso, ajudam a transportá-los para os sempre proveitosos “congressos” a bordo de um Queen Mary qualquer.
“Mas Sr. Dr. aquele tratamento do ano passado deu tanto resultado..”
“Sim sim, mas a medicina avança. E esta vacina, não há melhor”.
Repetem-me a dose há dez anos, e esperam que aceite, impávido.
E se me indigna que o façam, muito mais me indigna o modo descarado e desbragado com que nem sequer tentam esconder a encapotada venda de medicamentos que estão a tentar fazer. Perdão, de viagens.
DUDEK NO BENFICA
Recomeça a novela da equipa do quase.
Como diria o outro: é já a seguir. É que é já... a seguir
Como diria o outro: é já a seguir. É que é já... a seguir
SCOLARI, O PARASITA
Os sucessos de Scolari à frente da selecção nacional deviam ter sempre um nome chapado: José Mourinho.
Porque o parasita do brasileiro, que não vê jogos, não ministra treinos, não escolhe quem joga, tem vivido na sombra do trabalho que jogadores fazem nos clubes.
E, neste particular, do que Mouriho tem feito.
Só conseguiu ir ao Euro 2004 porque Portugal estava automaticamente apurado (ninguém se esquece do desastre atrás de desastre exibicional que conseguiu contra equipas “fortíssimas” na pré-preparação).
E, no primeiro encontro do Euro, insistindo na ignorância, levou um banho, que corrigiu no segundo, colocando em campo toda a artilharia que Mourinho preparara durante a época e culminara com a conquista da Liga dos Campeões. Aquele triângulo mágico Deco, Maniche, Costinha, a solidez de Ricardo Carvalho, a regularidade de Paulo Ferreira, permitiram-lhe chegar à final sem saber como.
Agora, inserido num grupo da treta, lá se conseguiu apurar para o Mundial.
Mas sem fio de jogo, dando-nos mais do mesmo, sendo quase sempre pouco mais do que sofrível.
Aflito, quando não tem Deco (porque não sabe criar alternativas), inventa mal. Até que, sem querer, tropeçou outra vez numa arma “Mourinho made”: Tiago. “Tiago cresceu muito no último ano”. Claro, esteve no Chelsea.
Por isso, quando ouço Mourinho dizer que um dia ainda quer ser seleccionador de Portugal penso se, verdadeiramente, já não o é.
Porque o parasita do brasileiro, que não vê jogos, não ministra treinos, não escolhe quem joga, tem vivido na sombra do trabalho que jogadores fazem nos clubes.
E, neste particular, do que Mouriho tem feito.
Só conseguiu ir ao Euro 2004 porque Portugal estava automaticamente apurado (ninguém se esquece do desastre atrás de desastre exibicional que conseguiu contra equipas “fortíssimas” na pré-preparação).
E, no primeiro encontro do Euro, insistindo na ignorância, levou um banho, que corrigiu no segundo, colocando em campo toda a artilharia que Mourinho preparara durante a época e culminara com a conquista da Liga dos Campeões. Aquele triângulo mágico Deco, Maniche, Costinha, a solidez de Ricardo Carvalho, a regularidade de Paulo Ferreira, permitiram-lhe chegar à final sem saber como.
Agora, inserido num grupo da treta, lá se conseguiu apurar para o Mundial.
Mas sem fio de jogo, dando-nos mais do mesmo, sendo quase sempre pouco mais do que sofrível.
Aflito, quando não tem Deco (porque não sabe criar alternativas), inventa mal. Até que, sem querer, tropeçou outra vez numa arma “Mourinho made”: Tiago. “Tiago cresceu muito no último ano”. Claro, esteve no Chelsea.
Por isso, quando ouço Mourinho dizer que um dia ainda quer ser seleccionador de Portugal penso se, verdadeiramente, já não o é.
segunda-feira, novembro 14, 2005
CIMBALINO DE CERVEJA
Num raro momento de intelectualidade, nós por cá lemos o Expresso desta semana para além das "gordas".
E encontramos, na Única, uma enorme notícia.
Algures, neste nosso planeta, uma mentes preocuparam-se em inventar um café com gosto a cerveja.
Até aqui fantástico, e podemos até dizer que algumas figuras nossas conhecidas, umas vorazes devoradoras das duas espécies, outras teorizadoras sobre as suas propriedades, outras com um pouco das duas, agradecerão.
De penaltie, poderão consumir os dois e deixar-se de consumir com o que falta.
O problema é que a invenção peca por o sabor a cerveja não ser acompanhado do necessário teor da verdade (leia-se alcoólico).
Pergunta-se então para que andaram essas mentes inventoras a queimar neurónios?
Podiam antes ter inventado um pargo (ou solha, ou sardinha, ou corvina, ou qualquer outro habitante oceânico) com sabor a bife.
Isso sim, seria útil.
E encontramos, na Única, uma enorme notícia.
Algures, neste nosso planeta, uma mentes preocuparam-se em inventar um café com gosto a cerveja.
Até aqui fantástico, e podemos até dizer que algumas figuras nossas conhecidas, umas vorazes devoradoras das duas espécies, outras teorizadoras sobre as suas propriedades, outras com um pouco das duas, agradecerão.
De penaltie, poderão consumir os dois e deixar-se de consumir com o que falta.
O problema é que a invenção peca por o sabor a cerveja não ser acompanhado do necessário teor da verdade (leia-se alcoólico).
Pergunta-se então para que andaram essas mentes inventoras a queimar neurónios?
Podiam antes ter inventado um pargo (ou solha, ou sardinha, ou corvina, ou qualquer outro habitante oceânico) com sabor a bife.
Isso sim, seria útil.
PERSONAGENS RIDICULAS
Jorge Cruz.
Mais um pseudo cantor nacional, assim com queda para os Toranja. Mas muito pior.
Mais um pseudo cantor nacional, assim com queda para os Toranja. Mas muito pior.
FÓRMULA 1
Ainda na sequência do post anterior, acho muito benéfico que Soares só veja Cavaco.
Vai-se distraindo e, ou muito me engano, ou quando der conta, de nada lhe valerá o trabalho de sapa que o PS anda, vergonhosamente, a fazer, e Alegre passa-o como Fórmula 1 por um Fiat 600.
É um palpite que tenho do que vai acontecer.
Vai-se distraindo e, ou muito me engano, ou quando der conta, de nada lhe valerá o trabalho de sapa que o PS anda, vergonhosamente, a fazer, e Alegre passa-o como Fórmula 1 por um Fiat 600.
É um palpite que tenho do que vai acontecer.
NEURÓTICO
A maior dúvida que me assalta nestes demasiados conturbados dias pré-pré-presidenciais é se Soares vai aguentar a pressão.
Pese embora os inúmeros esforços do homem, Cavaco ou o ignora ou responde-lhe com subtileza. Mas recusa-lhe o afrontamento.
Pouco a pouco, o "dinossauro" (como um dia chamou a Fidel, esquecendo-se que se poderia vir a transformar num igual) vai descendo de nível. Já chegou ao quase insulto (o espisódio da esfinge é um exemplo), mas não tarda muito chega lá.
A dúvida é se, pelo meio, não lhe rebenta uma veia, não lhe estoira o coração ou não se lhe dilacera a alma por não poder atacar, da única forma que sabe, o seu adversário.
Chega a ser neurótica a forma como se vira para Cavaco.
Pese embora os inúmeros esforços do homem, Cavaco ou o ignora ou responde-lhe com subtileza. Mas recusa-lhe o afrontamento.
Pouco a pouco, o "dinossauro" (como um dia chamou a Fidel, esquecendo-se que se poderia vir a transformar num igual) vai descendo de nível. Já chegou ao quase insulto (o espisódio da esfinge é um exemplo), mas não tarda muito chega lá.
A dúvida é se, pelo meio, não lhe rebenta uma veia, não lhe estoira o coração ou não se lhe dilacera a alma por não poder atacar, da única forma que sabe, o seu adversário.
Chega a ser neurótica a forma como se vira para Cavaco.
CASSETE
Comentário da minha mulher a um discurso de Jerónimo de Sousa:
"A cassete está tão gasta que não pode passar para DVD."
Nem mais nem menos
"A cassete está tão gasta que não pode passar para DVD."
Nem mais nem menos
FALHANÇO
Hoje, vários anos após e centenas (ou milhares) de utilizações depois, encontrei o servidor do BCP em baixo.
É bom sentir que até os inaflíveis falham.
Até eles são humanos como nós
É bom sentir que até os inaflíveis falham.
Até eles são humanos como nós
domingo, novembro 13, 2005
OSTRACISMO
O gritante ostracismo a que a comunicação social vem votando a candidatura de Manuel Alegre, provoca-me dois sentimentos contraditórios:
De revolta por verificar que, em muitas cabeças, a democracia ainda é figura de retórica.
De contentamento por dele retirar a conclusão de que ela incomoda, ganha espaço e os dois principais opositores temem confrontar-se com ela.
Ora isto são muito boas notícias.
De revolta por verificar que, em muitas cabeças, a democracia ainda é figura de retórica.
De contentamento por dele retirar a conclusão de que ela incomoda, ganha espaço e os dois principais opositores temem confrontar-se com ela.
Ora isto são muito boas notícias.
AUMENTOS
Numa altura em que o desemprego em Portugal atinge o nível mais alto da última década, em que a casa psicológica dos 10% promete ser alcançada em breve, os aumentos reclamados pelos cerca de 700 mil funcionários públicos, necessãriamente acima da inflacção, demonstram uma total ausência de solidariedade, de senso mas, sobretudo, de vergonha.
Mas o autismo em que vivem, desligados do verdadeiro tecido produtivo e da realizadade produtiva,desconhecedores do preço do dinheiro, afogados em privilégios e anestesiados por um estado social que dá sempre mais e mais, forçam até à exaustão.
Ainda irão suspirar pelos dias em que, pouco ou muito, justo ou injusto, tinham o salário garantido no final de cada mês.
Mas aí, quando perceberem o mérito dessa benece, já será tarde.
Já o estado terá falido, com papel passado e tudo.
E, com o patrão a "fechar as portas", já o destino do desemprego lhe terá batido à porta.
Aí sim, farão greve com propriedade.
Mas o autismo em que vivem, desligados do verdadeiro tecido produtivo e da realizadade produtiva,desconhecedores do preço do dinheiro, afogados em privilégios e anestesiados por um estado social que dá sempre mais e mais, forçam até à exaustão.
Ainda irão suspirar pelos dias em que, pouco ou muito, justo ou injusto, tinham o salário garantido no final de cada mês.
Mas aí, quando perceberem o mérito dessa benece, já será tarde.
Já o estado terá falido, com papel passado e tudo.
E, com o patrão a "fechar as portas", já o destino do desemprego lhe terá batido à porta.
Aí sim, farão greve com propriedade.
DESEJO
Este Senhor é mesmo UM SENHOR.
Para quem tivésse dúvidas, a sua biografia e as declarações públicas feitas no lançamente da mesma a propósito daquela que será a sua grande frustração (a não chamada à selecção sem qualquer explicação)são elucidativas.
Em compensação esta abécula continua desbragada, a dizer tudo o que lhe vem ao toutiço, revelando-se um brazuca mal educado, arrogante e prepotente.
Ora a estes a história reserva, normalmente, um triste fim.
Sinceramente, é o que lhe desejo.
Para quem tivésse dúvidas, a sua biografia e as declarações públicas feitas no lançamente da mesma a propósito daquela que será a sua grande frustração (a não chamada à selecção sem qualquer explicação)são elucidativas.
Em compensação esta abécula continua desbragada, a dizer tudo o que lhe vem ao toutiço, revelando-se um brazuca mal educado, arrogante e prepotente.
Ora a estes a história reserva, normalmente, um triste fim.
Sinceramente, é o que lhe desejo.
HOMICÍDIO POLÍTICO
O verdadeiro processo político (e sublinho processo político porque sempre entendi que o era, desde o primeiro minuto) que foi a escabrosa perseguição a Paulo Pedroso e ao Partido Socialista de Ferro Rodrigues não pode morrer numa decisão judicial que, pecando por ser muito, muito tardia, não limpa o enxovalho e o assassinato político daquelas duas figuras.
Com origem num Ministério Público sem rei nem roque (veja-se o desbrago, por exemplo, com que Maria José Morgado deita bojardas pela boca fora ante o beneplácito do Procurador Souto Moura), numa PJ que mais faz lembrar a polícia política, num sistema processual penal podre e caduco e num PS (sim, no próprio Partido Socialista e numa massa que o povoa e domina e há muito merecia outra sorte) que, um tanto obscurantista, conspira ao jeito dos romances de Dan Brown, o processo merece reflexão e acção.
Como podem os investigadores viver impunemente ante erros grosseiros que cometeram?
Como pode o Procurador continuar sentado no seu lugar? Como é que tem cara e não se demite de vergonha?
Como ouvi hoje no eixo do mal, no dia em que estes senhores pagarem, em euros, o preço dos seus error grosseiros, ninguém duvida que começarão a pensar antes de acusar, sem mais nem menos, quem lhes apetece.
Entretanto, enquanto que a acusação penal puder não passar de meros caprichos ou vontades subterrâneas com a benção da procuradoria, então o estado de direito continuará a produzir abortos como o processo Casa Pia.
Com origem num Ministério Público sem rei nem roque (veja-se o desbrago, por exemplo, com que Maria José Morgado deita bojardas pela boca fora ante o beneplácito do Procurador Souto Moura), numa PJ que mais faz lembrar a polícia política, num sistema processual penal podre e caduco e num PS (sim, no próprio Partido Socialista e numa massa que o povoa e domina e há muito merecia outra sorte) que, um tanto obscurantista, conspira ao jeito dos romances de Dan Brown, o processo merece reflexão e acção.
Como podem os investigadores viver impunemente ante erros grosseiros que cometeram?
Como pode o Procurador continuar sentado no seu lugar? Como é que tem cara e não se demite de vergonha?
Como ouvi hoje no eixo do mal, no dia em que estes senhores pagarem, em euros, o preço dos seus error grosseiros, ninguém duvida que começarão a pensar antes de acusar, sem mais nem menos, quem lhes apetece.
Entretanto, enquanto que a acusação penal puder não passar de meros caprichos ou vontades subterrâneas com a benção da procuradoria, então o estado de direito continuará a produzir abortos como o processo Casa Pia.
ARROGÂNCIA
Pese embora a pobreza da campanha Alemanha 2006, os sucessivos fracassos exibicionais, a total ausência de ideias e de coerência, a tremenda Deco-dependência ante a falta de um fio de jogo, a arrogância de Scolari continua. Intocada, ante o olhar apalermado de Madail, que lhe permite tudo.
Cheira-me que, por este andar, Portugal vai chegar ao Mundial e "bater com os burros na água".
Se isso servir para correr com o arrogante e o ébrio, então terá servido para alguma coisa.
Cheira-me que, por este andar, Portugal vai chegar ao Mundial e "bater com os burros na água".
Se isso servir para correr com o arrogante e o ébrio, então terá servido para alguma coisa.
terça-feira, novembro 08, 2005
Tonto
Sinto-me um tonto.
O tempo passa, a uma velocidade estonteante, e eu assisto.
Dias, semanas, meses, anos de que quase não dou conta.
Será isto viver?
O tempo passa, a uma velocidade estonteante, e eu assisto.
Dias, semanas, meses, anos de que quase não dou conta.
Será isto viver?
ARRASTÃO
A revolta dos bairros ao redor de Paris, pese embora me choque, não me tem espantado.
E pergunto-me apenas quando chegará a nós. Dois, três anos no máximo (e acho que estou a ser optimista) e baterá às portas de Lisboa.
Chelas. Amadora. Algés.
Quem recentemente tenha percorrido qualquer um dos citados locais compreende que o barril de pólvora que ali está instalado, mais dia, menos dia, estoira. E, quando o fizer, será sem controle. O arrastão foi apenas um aquecimento.
É gente que não tem nada a perder.
Que é portuguesa mas nasce excluída.
Excluída da escola.
Excluída do trabalho.
Excluída da cidade grande, que lhe reserva um subúrbio manhoso e desfigurado, de guetos, droga, prostituição e desemprego para sobreviver.
Os níveis de degradação social que uma sociedade dita desenvolvida (ou em vias de desenvolvimento) reserva sempre a uma enorme fatia de gente importada (africanos, leste, brasil), gente necessária e barata, disposta a tudo por um naco de vida, é o pior remédio e sempre me fez pensar que não devia ser a isto que chamam desenvolvimento.
A intoxicação social provocada pela exclusão, de que são as primeiras vítimas em tempos de recessão, é e será sempre uma faca de dois gumes, onde todos se irão ferir.
Só que, aí chegados, eles não terão nada a perder.
Mas nós, os instalados, temos. E muito.
E pergunto-me apenas quando chegará a nós. Dois, três anos no máximo (e acho que estou a ser optimista) e baterá às portas de Lisboa.
Chelas. Amadora. Algés.
Quem recentemente tenha percorrido qualquer um dos citados locais compreende que o barril de pólvora que ali está instalado, mais dia, menos dia, estoira. E, quando o fizer, será sem controle. O arrastão foi apenas um aquecimento.
É gente que não tem nada a perder.
Que é portuguesa mas nasce excluída.
Excluída da escola.
Excluída do trabalho.
Excluída da cidade grande, que lhe reserva um subúrbio manhoso e desfigurado, de guetos, droga, prostituição e desemprego para sobreviver.
Os níveis de degradação social que uma sociedade dita desenvolvida (ou em vias de desenvolvimento) reserva sempre a uma enorme fatia de gente importada (africanos, leste, brasil), gente necessária e barata, disposta a tudo por um naco de vida, é o pior remédio e sempre me fez pensar que não devia ser a isto que chamam desenvolvimento.
A intoxicação social provocada pela exclusão, de que são as primeiras vítimas em tempos de recessão, é e será sempre uma faca de dois gumes, onde todos se irão ferir.
Só que, aí chegados, eles não terão nada a perder.
Mas nós, os instalados, temos. E muito.
terça-feira, novembro 01, 2005
ADRIAANSE 1 INTER 2
Não há dúvida que Adriaanse introduziu mudanças na equipa do FC Porto.
Além de um ataque medíocre que herdou da época passada, conseguiu subverter uma regra de ouro da equipa: saber defender. E deu cabo da equipa.
Vem de muito longe e é simples a regra do FC Porto jogar no último terço do terreno: dois bons centrais e um trinco não menos bom.
Nos primeiros nomes lembro-me de Geraldão, Celso, Lima Pereira, Eurico Gomes, Fernando Couto, Jorge Andrade, Ricardo Carvalho, Jorge Costa.
Nos segundos, cito André, Quim, Emerson, Paredes, Costinha.
Nunca o FC Porto precisou de três centrais e dois trincos para sofrer dois golos depois de estar a vencer por 1-0. Sobretudo quando tem um central (que não joga) e que, sózinho, vale pelos outros quatro.
Mas Adriaanse conseguiu inventar mais uma forma de mal jogar frente ao Inter.
Começou sem miolo, com a equipa partida em dois, com dois jogadores que não jogam futebol (Alan e Bosingwa), sem um construtor (alguém lhe explica que Lucho não o sabe fazer e Diego é o melhor que lá tem) e um Jorginho que, pese embora seja um grande jogador, neste momento precisa de banco.
Depois, não satisfeito, inventou mais, com um trinco mais (Meireles) e um central (Bruno Alves) que bem merecia, depois da cabeçada a Nuno Gomes, dois ou três meses de equipa B.
A equipa não fez uma única jogada durante toda a segunda parte. Um centro, um drible, um remate. Preferiu defender desde o primeiro minuto e acabou a afundar-se.
Mas a pobreza só pode espantar quem não viu os dois últimos jogos, frente ao Marco (brilhante 1-0) e ao Setúbal (0-0), onde as paupérrimas exibições deixavam(e deixam) antever que o pior está para vir.
Adriaanse não devia precisar de lenços brancos.
Se tivésse vergonha partia em silêncio.
Além de um ataque medíocre que herdou da época passada, conseguiu subverter uma regra de ouro da equipa: saber defender. E deu cabo da equipa.
Vem de muito longe e é simples a regra do FC Porto jogar no último terço do terreno: dois bons centrais e um trinco não menos bom.
Nos primeiros nomes lembro-me de Geraldão, Celso, Lima Pereira, Eurico Gomes, Fernando Couto, Jorge Andrade, Ricardo Carvalho, Jorge Costa.
Nos segundos, cito André, Quim, Emerson, Paredes, Costinha.
Nunca o FC Porto precisou de três centrais e dois trincos para sofrer dois golos depois de estar a vencer por 1-0. Sobretudo quando tem um central (que não joga) e que, sózinho, vale pelos outros quatro.
Mas Adriaanse conseguiu inventar mais uma forma de mal jogar frente ao Inter.
Começou sem miolo, com a equipa partida em dois, com dois jogadores que não jogam futebol (Alan e Bosingwa), sem um construtor (alguém lhe explica que Lucho não o sabe fazer e Diego é o melhor que lá tem) e um Jorginho que, pese embora seja um grande jogador, neste momento precisa de banco.
Depois, não satisfeito, inventou mais, com um trinco mais (Meireles) e um central (Bruno Alves) que bem merecia, depois da cabeçada a Nuno Gomes, dois ou três meses de equipa B.
A equipa não fez uma única jogada durante toda a segunda parte. Um centro, um drible, um remate. Preferiu defender desde o primeiro minuto e acabou a afundar-se.
Mas a pobreza só pode espantar quem não viu os dois últimos jogos, frente ao Marco (brilhante 1-0) e ao Setúbal (0-0), onde as paupérrimas exibições deixavam(e deixam) antever que o pior está para vir.
Adriaanse não devia precisar de lenços brancos.
Se tivésse vergonha partia em silêncio.
sábado, outubro 29, 2005
ABORTO E HIPOCRISIAS
A posição do PSD sobre o aborto é do mais hipócrita e politicamente desonesto que tenho visto.
Ouvimos Marques Mendes afirmar que o seu partido não dará um sentido de voto, que este é um problema de consciência individual.
Ouvimo-lo, ainda, dizer que reconhece o problema de saúde pública que o “flagelo” assume entre nós.
Mas depois faz trinta por uma linha para impedir a realização de um referendo, só porque este faz parte do programa de governo do PS e porque se tem a sensação que, desta vez, o sim triunfará.
Depois vem babar-se para a frente das câmaras de televisão, pretendendo retirar dividendos da decisão (política, muito política) do Tribunal Constitucional, lendo-a como uma derrota do PS e do seu secretário geral.
Não há interpretação mais ínvia, mais desonesta e mais hipócrita.
A derrota desta decisão, como tenho ouvido, não é das mulheres que vão abortar no entretanto.
Este não é um problema de sexo em Portugal.
É um problema cultural. Com sérias repercussões na saúde.
Ouvimos Marques Mendes afirmar que o seu partido não dará um sentido de voto, que este é um problema de consciência individual.
Ouvimo-lo, ainda, dizer que reconhece o problema de saúde pública que o “flagelo” assume entre nós.
Mas depois faz trinta por uma linha para impedir a realização de um referendo, só porque este faz parte do programa de governo do PS e porque se tem a sensação que, desta vez, o sim triunfará.
Depois vem babar-se para a frente das câmaras de televisão, pretendendo retirar dividendos da decisão (política, muito política) do Tribunal Constitucional, lendo-a como uma derrota do PS e do seu secretário geral.
Não há interpretação mais ínvia, mais desonesta e mais hipócrita.
A derrota desta decisão, como tenho ouvido, não é das mulheres que vão abortar no entretanto.
Este não é um problema de sexo em Portugal.
É um problema cultural. Com sérias repercussões na saúde.
sexta-feira, outubro 28, 2005
CONFISSÃO
NAUFRÁGIO EM DIRECTO
A julgar pela figurinha que esta semana fez numa Conferência de Imprensa, esquecendo-se das perguntas, respondendo ao que não lhe perguntavam, divagando mesmo sem rumo, creio que vai ser na TV que a candidatura de Mário Soares se vai afundar.
Ouço que serão feitos debates dois a dois, a exemplo do que sucedeu nas autárquicas.
Não tenho dúvida. O estado de irritabilidade fácil em que Soares entra de cada vez que o contrariam, a falta de hábito de responder rápido e fácil, a desabituação do frenesim da vida política e, sobretudo, a falta de motivos válidos (e justificação, por isso) para a sua candidatura, vão matar o concorrente socialista.
Vai sair destas eleições como o Titanic.
Mas, pelo menos, poderá aprender uma lição: não se traem os amigos. Muito menos pelo preço da ambição desmesurada.
Ouço que serão feitos debates dois a dois, a exemplo do que sucedeu nas autárquicas.
Não tenho dúvida. O estado de irritabilidade fácil em que Soares entra de cada vez que o contrariam, a falta de hábito de responder rápido e fácil, a desabituação do frenesim da vida política e, sobretudo, a falta de motivos válidos (e justificação, por isso) para a sua candidatura, vão matar o concorrente socialista.
Vai sair destas eleições como o Titanic.
Mas, pelo menos, poderá aprender uma lição: não se traem os amigos. Muito menos pelo preço da ambição desmesurada.
quinta-feira, outubro 27, 2005
INVERNO
Odeio o Inverno.
Por todas e mais uma razão.
Mas sobretudo pelas malditas constipações.
E as bigornas que o estafermo do Ilvico me deixa dentro da pinha.
Por todas e mais uma razão.
Mas sobretudo pelas malditas constipações.
E as bigornas que o estafermo do Ilvico me deixa dentro da pinha.
SERVIÇO PÚBLICO
Em nome do serviço público, cuja pele este blog não enjeita, cabe-nos divulgar tudo o que de relevante surgir, na Internet/Blogosfera, sobre a candidatura de Manuel Alegre à presidência da república.
Assim será feito.
Assim será feito.
quarta-feira, outubro 26, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
LEITURAS NÃO RECOMENDADAS
Jornais, revistas, notícias, sites, blogs de índole económica.
Contribuem perigosamente para o estado de depressão colectiva em que nos encontramos.
Contribuem perigosamente para o estado de depressão colectiva em que nos encontramos.
domingo, outubro 23, 2005
MEDO
Muito ao contrário da maioria dos comentários que tenho ouvido, acho que a recusa de Mário Soares em comentar a apresentação pública da candidatura de Cavaco foi um erro crasso.
Erro porque revelou o tremendo receio que Soares vem mostrando nos últimos tempos sempre que publicamente se sente afrontado. De alguém que, como não tem sabido reagir (a agressividade e irritação com que responde são sintomáticas), escuda-se numa ausência cujo silêncio faz um barulho tremendo.
Cheira a medo.
Cheira a não ter nada para dizer.
Cheira a derrota antecipada.
Erro porque revelou o tremendo receio que Soares vem mostrando nos últimos tempos sempre que publicamente se sente afrontado. De alguém que, como não tem sabido reagir (a agressividade e irritação com que responde são sintomáticas), escuda-se numa ausência cujo silêncio faz um barulho tremendo.
Cheira a medo.
Cheira a não ter nada para dizer.
Cheira a derrota antecipada.
quarta-feira, outubro 19, 2005
ESPERANÇA
Renasce a esperança:
FC PORTO 2 - Inter 0
Que grande noite.
Não tanto de bola.
Mas de emoções foi-o de certeza
FC PORTO 2 - Inter 0
Que grande noite.
Não tanto de bola.
Mas de emoções foi-o de certeza
MANCINI
Dá-se bem o treinador Italiano com as noites de chuva no Porto.
Há quatro anos apanhou quatro(lembram-se, treinava a Lázio)ainda nas Antas, com o Porto de Mourinho.
E o FC Porto venceu a UEFA.
Ontem levou com dois.
Foi melhor, é certo, mas levou "mais um banhinho".
E ainda que a sorte tenha sorrido aos Dragões (algum dia tinha que sorrir) a verdade é que a audácia de Adrianse foi amarga para Mancini.
Há quatro anos apanhou quatro(lembram-se, treinava a Lázio)ainda nas Antas, com o Porto de Mourinho.
E o FC Porto venceu a UEFA.
Ontem levou com dois.
Foi melhor, é certo, mas levou "mais um banhinho".
E ainda que a sorte tenha sorrido aos Dragões (algum dia tinha que sorrir) a verdade é que a audácia de Adrianse foi amarga para Mancini.
AFINAL...
... algumas SCUT vão ter portagens.
A mensagem ficou subliminarmente implicita em declarações do ministro Teixeira dos Santos.
O que é muitíssimo grave, se tivermos em consideração as afirmações feitas quer em campanha eleitoral quer mesmo já em pleno exercício de funções do governo.
E é sobretudo grave se levarmos em conta o aumento de impostos de que somos vitimas sob o pretexto de que era para compensar a falta de cobraça das ditas SCUT.
Afinal, tiraram por um lado e, agora, voltam a tirar, por outro.
Na minha terra isto tem um nome: roubo.
A mensagem ficou subliminarmente implicita em declarações do ministro Teixeira dos Santos.
O que é muitíssimo grave, se tivermos em consideração as afirmações feitas quer em campanha eleitoral quer mesmo já em pleno exercício de funções do governo.
E é sobretudo grave se levarmos em conta o aumento de impostos de que somos vitimas sob o pretexto de que era para compensar a falta de cobraça das ditas SCUT.
Afinal, tiraram por um lado e, agora, voltam a tirar, por outro.
Na minha terra isto tem um nome: roubo.
terça-feira, outubro 18, 2005
A MAMA
700 000 funcionários públicos.
500 000 pensionistas
500 000 desempregados
?????? dos regimes especiais
É, por muito grande que fosse a teta da vaca, seria sempre curta para tanta boca faminta
500 000 pensionistas
500 000 desempregados
?????? dos regimes especiais
É, por muito grande que fosse a teta da vaca, seria sempre curta para tanta boca faminta
SABIA QUE
Somos o país da União dos 15 (que essa coisa da UE dos 25 é uma realidade que nem virtual é) com maior índice de funcionários públicos.
Estão à espera de quê para aprovar uma lei que permita o despedimento, por razões económicas, no sector público, a exemplo do que se faz no privado?
Iam ver se esses grevistas de polichinelo não enfiavam a viola no saco e desatavam a trabalhar para safar o pão
Estão à espera de quê para aprovar uma lei que permita o despedimento, por razões económicas, no sector público, a exemplo do que se faz no privado?
Iam ver se esses grevistas de polichinelo não enfiavam a viola no saco e desatavam a trabalhar para safar o pão
domingo, outubro 16, 2005
MÁS NOTÍCIAS
O buliço na Impresa tem trazido boas e más novidades.
JAS e, sobretudo, José António Lima, vão embora, o que é bom.
Teresa Guilherme regressa à SIC. O que são muito más novas.
Podemos esperar o pior o tele-lixo, uma Júlia Pinheiro à moda de Carnaxide. Uma concorrência com a TVI a nivelar por baixo, onde a horrível Guilherme (acho-a mesmo mais feia que a mulher do Sampaio) vai fazer tudo para nos fazer revisitar as catacumbas do mau gosto, da piroseira, da decadência televisiva.
Cá por casa a TVI já estava "proibida" em prime-time.
Vejo que vai suceder o mesmo com a SIC.
JAS e, sobretudo, José António Lima, vão embora, o que é bom.
Teresa Guilherme regressa à SIC. O que são muito más novas.
Podemos esperar o pior o tele-lixo, uma Júlia Pinheiro à moda de Carnaxide. Uma concorrência com a TVI a nivelar por baixo, onde a horrível Guilherme (acho-a mesmo mais feia que a mulher do Sampaio) vai fazer tudo para nos fazer revisitar as catacumbas do mau gosto, da piroseira, da decadência televisiva.
Cá por casa a TVI já estava "proibida" em prime-time.
Vejo que vai suceder o mesmo com a SIC.
terça-feira, outubro 11, 2005
PERSONALIDADES INSUPORTÁVEIS
Assim de repente, algumas "personagens" que são horríveis.
Júlia Pinheiro
José Castel-Branco
Avelino Ferreira Torres
Bibá Pita
Lili Caneças
José Veiga
Alberto João Jardim
Petit
Conceição Lino
Marco Paulo
Margarida Rebelo Pinto
Valentim Loureiro
Paula Bobone
Marcelo Rebelo de Sousa
Maria José Morgado
Santana Lopes
Manuela Moura Guedes
Manuel Maria Carrilho
Eduardo Prado Coelho
Júlia Pinheiro
José Castel-Branco
Avelino Ferreira Torres
Bibá Pita
Lili Caneças
José Veiga
Alberto João Jardim
Petit
Conceição Lino
Marco Paulo
Margarida Rebelo Pinto
Valentim Loureiro
Paula Bobone
Marcelo Rebelo de Sousa
Maria José Morgado
Santana Lopes
Manuela Moura Guedes
Manuel Maria Carrilho
Eduardo Prado Coelho
segunda-feira, outubro 10, 2005
QUE PORRA
"Scolari e Madail conversaram ao telefone e fizeram as pazes".
Sic Notícias.
É para ouvir notícias destas que pago a TV Cabo todos os meses?
Sic Notícias.
É para ouvir notícias destas que pago a TV Cabo todos os meses?
RAFAEL (ALEGRE)
"(...) antes tivessem vergonha da minha morte do que eu vergonha de viver"
Manue Alegre in Rafael
Manue Alegre in Rafael
PARTIDARITES II
Ainda a propósito do que escrevi aqui, cito Manuel Alegre, quem mais, em "Rafael":
"É esse o espírito do partido, cada um é tanto mais quanto menos for, quanto mais se despir de si mesmo para se dissolver no colectivo abstracto chamado partido."
Ora a clarividência é não se deixar dissolver por completo, pois isso chama-se falta de carácter. Que é coisa que não sucedeu a Alegre.
"É esse o espírito do partido, cada um é tanto mais quanto menos for, quanto mais se despir de si mesmo para se dissolver no colectivo abstracto chamado partido."
Ora a clarividência é não se deixar dissolver por completo, pois isso chama-se falta de carácter. Que é coisa que não sucedeu a Alegre.
domingo, outubro 09, 2005
DIFERENÇAS
Carmona começou o seu discurso por saudar todos os candidatos adversários.
Carrilho passou metade do tempo num acto de masturbação interna, que começou no partido e acabou na mulher. E não foi capaz de saudar ou dirigir uma qualquer palavra aos adversários.
A petulância que o arrastou para uma derrota merecida não lhe trouxe lições; pelo contrário: de tanto olhar para o umbigo ficou estrábico.
Carrilho passou metade do tempo num acto de masturbação interna, que começou no partido e acabou na mulher. E não foi capaz de saudar ou dirigir uma qualquer palavra aos adversários.
A petulância que o arrastou para uma derrota merecida não lhe trouxe lições; pelo contrário: de tanto olhar para o umbigo ficou estrábico.
MITOS
Se outro mérito não tivessem estas eleições, um têm-no: o de pôr um ponto final em alguns mitos políticos.
Carrilho é um exemplo.
Começou no topo das intenções de voto, mostrou-se e estatelou-se.
Caiu aos trambolhões ao ritmo que a sua petulância o empurrou.
Imagino o ar de alívio de José Sócrates no momento em que lhe foi confimrada a derrota de Carrilho. Será menos um empecilho interno, de alguém que sempre teve pretensões a ser mais do que aquilo que é.
Carrilho é um exemplo.
Começou no topo das intenções de voto, mostrou-se e estatelou-se.
Caiu aos trambolhões ao ritmo que a sua petulância o empurrou.
Imagino o ar de alívio de José Sócrates no momento em que lhe foi confimrada a derrota de Carrilho. Será menos um empecilho interno, de alguém que sempre teve pretensões a ser mais do que aquilo que é.
CARROS CELULARES
Vejo alguns dos vencedores da noite a chegar em braços e penso: alguns, por muito menos do que estes fizeram, quando se deslocam é em carros celulares.
GENTE INSUPORTÁVEL
Valentim Loureiro.
Ouço-o a festejar a vitória e aptece-me emigrar.
Fugir daqui para fora.
Sinto uma vergonha profunda pelo meu país eleger gente desta laia.
Dizem que cada um tem o que merece. Será que somos mesmo assim tão maus que merecemos isto?
Ouço-o a festejar a vitória e aptece-me emigrar.
Fugir daqui para fora.
Sinto uma vergonha profunda pelo meu país eleger gente desta laia.
Dizem que cada um tem o que merece. Será que somos mesmo assim tão maus que merecemos isto?
sábado, outubro 08, 2005
SOLTO
Carlos Silvino, mais conhecido por "Bibi" vai sair em liberdade.
Sabem porquê?
Porque o nosso sistema judicial é uma valente merda, e ainda não o conseguiu julgar. Caso contrário, o volume de crimes de que vem indiciado e que já confessou, pela certa lhe proporcionariam estadia mais prolongada no EPL.
Porque (alguns) dos nossos juizes, (alguns) dos nossos estimados procuradores, (alguns) dos inefáveis funcionários judiciais, (alguns) dos advogados desta praça, os tais que tanto berram que os dois meses de férias eram justos e vociferam contra a injusta redução, não conseguiram, em três anos, julgar, acusar, defender mas de uma vez acabar com o processo de um estafermo que confessou os crimes de que o acusam.
Confiança na justiça?
Raio que os parta.
Sabem porquê?
Porque o nosso sistema judicial é uma valente merda, e ainda não o conseguiu julgar. Caso contrário, o volume de crimes de que vem indiciado e que já confessou, pela certa lhe proporcionariam estadia mais prolongada no EPL.
Porque (alguns) dos nossos juizes, (alguns) dos nossos estimados procuradores, (alguns) dos inefáveis funcionários judiciais, (alguns) dos advogados desta praça, os tais que tanto berram que os dois meses de férias eram justos e vociferam contra a injusta redução, não conseguiram, em três anos, julgar, acusar, defender mas de uma vez acabar com o processo de um estafermo que confessou os crimes de que o acusam.
Confiança na justiça?
Raio que os parta.
CONTRADITÓRIO
Como é que posso explicar isto? Gostava que Portugal ganhasse mas que Scolari entrasse pela madeira.
Passa o tempo e cada vez nutro menos respeito pelo homem.
É cinzento. Teimoso. Petulante. Pouco imaginativo. Um bocado incompetente. Muito vaidoso. Muito parasita (vive do que os outros fazem para ele e o Euro mostrou-o bem). Ingrato. Acrescenta pouco. Mas tem sorte à brava.
Num grupo mediocre, lá vai apurar a selecção para o Mundial.
Os portugueses merecem.
Os jogadores também.
Scolari não.
Passa o tempo e cada vez nutro menos respeito pelo homem.
É cinzento. Teimoso. Petulante. Pouco imaginativo. Um bocado incompetente. Muito vaidoso. Muito parasita (vive do que os outros fazem para ele e o Euro mostrou-o bem). Ingrato. Acrescenta pouco. Mas tem sorte à brava.
Num grupo mediocre, lá vai apurar a selecção para o Mundial.
Os portugueses merecem.
Os jogadores também.
Scolari não.
PARCEIRINHO 100%
Acolá sim, mas aqui nunca vos havia falado dele: Bock de seu nome.
Apetece-me citar Vinicius, poeta carioca que em boa hora se converteu e tornou Baiano: "Parceirinho 100%"
Apetece-me citar Vinicius, poeta carioca que em boa hora se converteu e tornou Baiano: "Parceirinho 100%"
quinta-feira, outubro 06, 2005
PORTADAS
Leio e ouço dizer que o Paulinho das feiras ainda vai acabar por se candidatar às presidenciais.
No estado em que me encontro digo: venha ele. Quantos mais melhor.
Assim como assim, arrumam-se dois ou três mitos de uma só vez...
No estado em que me encontro digo: venha ele. Quantos mais melhor.
Assim como assim, arrumam-se dois ou três mitos de uma só vez...
quarta-feira, outubro 05, 2005
PREOCUPAÇÕES
Se morasse em Lisboa, não tenho dúvidas, votaria no Carmona.
Se vivesse em Felgueiras, seria, também, no candidato proposto pelo PSD que cairía o meu voto.
Não fosse a anunciada candidatura de Manuel Alegre, e o meu voto presidencial iría direitinho para Cavaco.
Acho que tenho que rever os "canhenhos", pois estou a ficar seriamente preocupado com algumas destas minhas "tendências direitistas".
É que ou bati com a cabeça, e não dei conta, ou isto está tudo em pantanas. Eu incluído.
Se vivesse em Felgueiras, seria, também, no candidato proposto pelo PSD que cairía o meu voto.
Não fosse a anunciada candidatura de Manuel Alegre, e o meu voto presidencial iría direitinho para Cavaco.
Acho que tenho que rever os "canhenhos", pois estou a ficar seriamente preocupado com algumas destas minhas "tendências direitistas".
É que ou bati com a cabeça, e não dei conta, ou isto está tudo em pantanas. Eu incluído.
DEMOCRATAS
"Segundo notícia hoje publicada no Diário de Notícias, Mário Soares declarou em Bruxelas, em referência a Manuel Alegre, que "no PS e no seu eleitorado, ele não toca, como se sabe. Quanto ao resto também acho que não, mas quem deve ver isso são os responsáveis do PCP e do Bloco de Esquerda." conforme se pode ler aqui
Só por isto já foi boa a candidatura de Alegre.
A discussão pública que está a suscitar vai mostrar a "democraticidade" de uma certa esquerda. Para onde, pelos vistos, Soares também já emigrou
Só por isto já foi boa a candidatura de Alegre.
A discussão pública que está a suscitar vai mostrar a "democraticidade" de uma certa esquerda. Para onde, pelos vistos, Soares também já emigrou
POST DO DESESPERO
Caravanas e mais caravanas.
Barulho e mais barulho.
Promessas e mais promessas.
Comícios e mais comícios.
Caciquismo do mais puro.
Valentim, Isaltino, Felgueiras, Ferreira Torres, etc.
Que porra.
Nunca mais passa domingo
Barulho e mais barulho.
Promessas e mais promessas.
Comícios e mais comícios.
Caciquismo do mais puro.
Valentim, Isaltino, Felgueiras, Ferreira Torres, etc.
Que porra.
Nunca mais passa domingo
sexta-feira, setembro 30, 2005
quinta-feira, setembro 29, 2005
APARELHICES
Um dos desapontamentos que tenho tido com a política, sendo mesmo a razão principal por que me afastei do activo foi a lógica do “aparelhismo”.
Que quase sempre é confundido com lealdade, solidariedade (com o líder e com o partido).
O líder (aparelho) pensa, a organização, no seu todo, segue.
O sentido crítico dilui-se quando se inserido na estrutura.
Pede-se amorfismo interno. Mas muito empenho no caciquismo, forma obrigatória de defender a “causa”.
Deste modo se alimentaram “animais políticos”, como Isaltino, Felgueiras, Valentim, Ferreira Torres. Sugaram, ao longo de anos, toda a concorrência, externa mas também interna, com o desenfreado apoio dos “aparelhos”.
Pegando no exemplo de Felgueiras, quem é que não se lembra, há quatro anos, do suporte incondicional que Jorge Coelho, então também coordenador autárquico a campanha do PS, deu à senhora, quando esta era tão arguida como é hoje?
Agora vai comer no chão que semeou.
O mesmo sucedeu com Portas primeiro com o homem do queijo liminano, agora com Avelino.
Ao contrário do que sucede nas eleições legislativas e europeias, onde é o projecto global de uma força política que se discute, tenho muita dificuldade em aceitar partidarização de umas eleições autárquicas e mesmo numas presidenciais.
Estas regem-se como uma lógica de singularidade que exigiria dos partidos uma abstenção ou, pelo menos, elevada contenção de esforços. Vale isto por dizer, uma muito menor “aparelhização” da coisa.
Dar espaço à sociedade civil, àquela que não cabe dentro dos partidos, mas nem por isso é menos relevante. E não fazer desses actos eleitorais um jogo cacique, que no fim não pretende mais do que “ver quem ganhou”. Porque o resultado pode ser ganharem as Felgueiras e os Valentins. Ou, num ouro plano, porém na mesma lógica, os Soares.
Que quase sempre é confundido com lealdade, solidariedade (com o líder e com o partido).
O líder (aparelho) pensa, a organização, no seu todo, segue.
O sentido crítico dilui-se quando se inserido na estrutura.
Pede-se amorfismo interno. Mas muito empenho no caciquismo, forma obrigatória de defender a “causa”.
Deste modo se alimentaram “animais políticos”, como Isaltino, Felgueiras, Valentim, Ferreira Torres. Sugaram, ao longo de anos, toda a concorrência, externa mas também interna, com o desenfreado apoio dos “aparelhos”.
Pegando no exemplo de Felgueiras, quem é que não se lembra, há quatro anos, do suporte incondicional que Jorge Coelho, então também coordenador autárquico a campanha do PS, deu à senhora, quando esta era tão arguida como é hoje?
Agora vai comer no chão que semeou.
O mesmo sucedeu com Portas primeiro com o homem do queijo liminano, agora com Avelino.
Ao contrário do que sucede nas eleições legislativas e europeias, onde é o projecto global de uma força política que se discute, tenho muita dificuldade em aceitar partidarização de umas eleições autárquicas e mesmo numas presidenciais.
Estas regem-se como uma lógica de singularidade que exigiria dos partidos uma abstenção ou, pelo menos, elevada contenção de esforços. Vale isto por dizer, uma muito menor “aparelhização” da coisa.
Dar espaço à sociedade civil, àquela que não cabe dentro dos partidos, mas nem por isso é menos relevante. E não fazer desses actos eleitorais um jogo cacique, que no fim não pretende mais do que “ver quem ganhou”. Porque o resultado pode ser ganharem as Felgueiras e os Valentins. Ou, num ouro plano, porém na mesma lógica, os Soares.
domingo, setembro 25, 2005
ALEGRE II
O anúncio da candidatura de Alegre provocou-me uma súbita vontade de ir à estante buscar o "Zeca".
Fez renascer aquele sentimento de esquerda, no sentido que ele tem de mais puro, de mais limpo, mais genuíno.
E, de repente, escolhi o "venham mais cinco" para acabar a tarde.
Venham mais cinco
duma assentada
que eu pago já
de branco ou tinto
se o velho estica
eu fico por cá
se tem má pinta
dá-lhe um apito
e põe-no a andar
de espada à cinta
já crê que é rei
de aquém e de além mar
Não me obriguem
a vir para a rua gritar
que é já tempo
de embalar a trouxa
e zarpar
etc. etc.
À consideração de um tal de Soares, que cuidou ser o pai de todos nós.
Fez renascer aquele sentimento de esquerda, no sentido que ele tem de mais puro, de mais limpo, mais genuíno.
E, de repente, escolhi o "venham mais cinco" para acabar a tarde.
Venham mais cinco
duma assentada
que eu pago já
de branco ou tinto
se o velho estica
eu fico por cá
se tem má pinta
dá-lhe um apito
e põe-no a andar
de espada à cinta
já crê que é rei
de aquém e de além mar
Não me obriguem
a vir para a rua gritar
que é já tempo
de embalar a trouxa
e zarpar
etc. etc.
À consideração de um tal de Soares, que cuidou ser o pai de todos nós.
ALEGRE I
O dia amanheceu mais radioso.
Alegre é candidato.
Já vou poder votar por convicção.
E não por reacção, como parecia que ía ter de ser.
Alegre é candidato.
Já vou poder votar por convicção.
E não por reacção, como parecia que ía ter de ser.
sexta-feira, setembro 23, 2005
quinta-feira, setembro 22, 2005
EDIL
Voltou.
E está em liberdade.
E ainda é candidata à edilidade com o seu nome.
E também tem 17 razões para ter aceite esse convite!!! endereçado por independentes!!!
E engraçado este cantinho.
Afinal, também tem os seus "berlusconis"(zinhos)
E está em liberdade.
E ainda é candidata à edilidade com o seu nome.
E também tem 17 razões para ter aceite esse convite!!! endereçado por independentes!!!
E engraçado este cantinho.
Afinal, também tem os seus "berlusconis"(zinhos)
segunda-feira, setembro 19, 2005
NINHO
sexta-feira, setembro 16, 2005
quinta-feira, setembro 15, 2005
RASCAS
O André está à mesa, com os pais.
O chinfrim do telemóvel, que se repete vezes sem conta, leva a mãe a pedir que cale o “brinquedo”.
Ante os ouvidos de mercador do puto, entra em cena o pai, em tom mais ameaçador.
Resultado pior.
Com estrondo, a porta bate, e o menino ausenta-se da sala.
O pai fica, em vão, a chamar-lhe pelo nome.
A moda parece ter definitivamente pegado nos anúncios publicitários.
Primeiro foi o sapo, de que já falei aqui.
Agora este, oriundo da denominada “terceira geração” de telemóveis de Optimus.
Má criação, muita má criação nos anúncios, que parece ser disso que a malta gosta. E, como gosta, nós damos-lhe. Promovemos e ensinamos a insolência, em suaves prestações publicitárias e outras afins.
Depois, quando lemos os relatórios (esse famigerado mal que nos coloca sempre na cauda quando nos compara à EU, OCDE e outras Es) deprimimos e anunciamos medidas (pacotes de medidas) para mudar.
Quando há uns anos Vicente Jorge Silva apelidou as novas gerações de rascas, devia ter apontado o dedo ao peito e dito: nós, gerações que fazemos este tipo de campanhas, que educamos os novos, nós sim, somos rascas.
O chinfrim do telemóvel, que se repete vezes sem conta, leva a mãe a pedir que cale o “brinquedo”.
Ante os ouvidos de mercador do puto, entra em cena o pai, em tom mais ameaçador.
Resultado pior.
Com estrondo, a porta bate, e o menino ausenta-se da sala.
O pai fica, em vão, a chamar-lhe pelo nome.
A moda parece ter definitivamente pegado nos anúncios publicitários.
Primeiro foi o sapo, de que já falei aqui.
Agora este, oriundo da denominada “terceira geração” de telemóveis de Optimus.
Má criação, muita má criação nos anúncios, que parece ser disso que a malta gosta. E, como gosta, nós damos-lhe. Promovemos e ensinamos a insolência, em suaves prestações publicitárias e outras afins.
Depois, quando lemos os relatórios (esse famigerado mal que nos coloca sempre na cauda quando nos compara à EU, OCDE e outras Es) deprimimos e anunciamos medidas (pacotes de medidas) para mudar.
Quando há uns anos Vicente Jorge Silva apelidou as novas gerações de rascas, devia ter apontado o dedo ao peito e dito: nós, gerações que fazemos este tipo de campanhas, que educamos os novos, nós sim, somos rascas.
terça-feira, setembro 13, 2005
LISBOA
Lisboa é lisboa e o resto é paisagem.
Há quase 15 dias que andamos a gramar, em horário nobre, na SIC notícias, com as eleições autárquicas para a Câmara de Lisboa.
Ele é a zezinha contra o carmona; o carrilho contra o sá fernandes; o carmona contra o cromo do PC de que não há bilhetes para saber o nome.
O resto do país assiste.
É paisagem.
Não existe.
Não tem eleições.
Que terceiro mundismo.
No Sudão também deve ser assim.
Há quase 15 dias que andamos a gramar, em horário nobre, na SIC notícias, com as eleições autárquicas para a Câmara de Lisboa.
Ele é a zezinha contra o carmona; o carrilho contra o sá fernandes; o carmona contra o cromo do PC de que não há bilhetes para saber o nome.
O resto do país assiste.
É paisagem.
Não existe.
Não tem eleições.
Que terceiro mundismo.
No Sudão também deve ser assim.
segunda-feira, setembro 12, 2005
EU VI UM SAPO
O Sapo lançou, acompanhado de uma enorme campanha publicitária, o serviço das “chamadas à borla”.
Saúda-se a iniciativa, mesmo sem ser pioneira, porquanto a concorrência estimula, faz bem...etc.etc. etc..
Mas é o spot publicitário que invadiu os ecrãs e a radio que me deixou embasbacado.
Visivelmente dirigido a um público mais jovem, não encontraram os autores da campanha melhor fórmula que juntar o sapo e um pinguim que, na casa do primeiro, bebem, riem e arrotam, este em som bem audível. No final, o sapo termina com um monumental flato (vulgo peido).
É esta a imagem de marca que querem fazer passar.
Certamente estudada, será a melhor fórmula para “atingir o público alvo”.
E das duas uma:
Ou a campanha está mal montada, e é bem feito não colher sucesso.
Ou o público é mesmo atingido, e então esse público é mesmo uma valente merda.E, neste caso, faz-me ter saudades do lápis azul.
Saúda-se a iniciativa, mesmo sem ser pioneira, porquanto a concorrência estimula, faz bem...etc.etc. etc..
Mas é o spot publicitário que invadiu os ecrãs e a radio que me deixou embasbacado.
Visivelmente dirigido a um público mais jovem, não encontraram os autores da campanha melhor fórmula que juntar o sapo e um pinguim que, na casa do primeiro, bebem, riem e arrotam, este em som bem audível. No final, o sapo termina com um monumental flato (vulgo peido).
É esta a imagem de marca que querem fazer passar.
Certamente estudada, será a melhor fórmula para “atingir o público alvo”.
E das duas uma:
Ou a campanha está mal montada, e é bem feito não colher sucesso.
Ou o público é mesmo atingido, e então esse público é mesmo uma valente merda.E, neste caso, faz-me ter saudades do lápis azul.
quinta-feira, setembro 08, 2005
TRÓIA
As torres de Tróia cairam.
Ok.
E o que é que isso interessa?
Também a Dona Humbelina caiu do jumento, ali para os lados de Cernancelhe, e nenhuma TV passou por lá
Ok.
E o que é que isso interessa?
Também a Dona Humbelina caiu do jumento, ali para os lados de Cernancelhe, e nenhuma TV passou por lá
KATRINA II
Afinal ele não são invencíveis.
Pelos vistos, não são intangíveis.
São humanos, vulneráveis, desorganizados, como nós.
São um povo sofrível.
Se o Katrina tiver tido o condão de pôr fim ao mito americano então, pelo menos, terá tido alguma coisa que se aproveite em tanta devastação.
Miseravelmente (porque os Deuses!!! também dormem) assolou uma população negra, desfavorecida e muito massacrada.
Mal por mal, valia mais ter batido em Beverly Hill...
Pelos vistos, não são intangíveis.
São humanos, vulneráveis, desorganizados, como nós.
São um povo sofrível.
Se o Katrina tiver tido o condão de pôr fim ao mito americano então, pelo menos, terá tido alguma coisa que se aproveite em tanta devastação.
Miseravelmente (porque os Deuses!!! também dormem) assolou uma população negra, desfavorecida e muito massacrada.
Mal por mal, valia mais ter batido em Beverly Hill...
quarta-feira, setembro 07, 2005
KATRINA
Não é providência.
Não é castigo divino.
É a natureza.
No que tem de mais rebelde. Intransigente. Vingativa.
Como ouvi, já não sei a quem: "Não se pode deafiar impunemente a natureza. Ela vingar-se-á".
Não é castigo divino.
É a natureza.
No que tem de mais rebelde. Intransigente. Vingativa.
Como ouvi, já não sei a quem: "Não se pode deafiar impunemente a natureza. Ela vingar-se-á".
A ÚLTIMA FRONTEIRA
A ausência de consciências críticas, desalinhadas, no espectro partidário nacional é um sinal comovedor do estado a que chegou a república.
Não falando do PCP (onde o alinhamento é estatutariamente obrigatório) e do CDS (que ao invés de partido político mais parece um infantário, tal o cheiro a cueiros exalado da bancada parlamentar), sobram-nos o PS e o PSD.
E sendo estes responsáveis pelo que de bom (e mau) tem a nossa democracia, seria expectável mais, muito mais debate, desalinhamento, espirito crítico.
Porque dois partidos que agremiam leques tão vastos de pessoas (católicos e ateus, sociais-democratas e liberais, ricos e pobres, instruídos e analfabetos) não podem cantar ossanas nem dizer a uma só voz.
Porém, retirando Manuel Alegre, no primeiro, e José Pacheco Pereira, no segundo, pergunto quem têm estes dois partidos, no seu seio, a defender ideias e caminhos diferentes das respectivas direcções políticas?
À parte Valentins, Jardins, Isaltinos, Felgueiras (alguém lhes conhece uma ideia, um princípio, uma vocação que não seja o poder?) não há ninguém.
O debate é paupérrimo e só assim se explica a mediocridade que assaltou os dois partidos, e que está bem patente nos parlamentares que exibem, nos autarcas que apresentam a concurso e no deserto de ideias e de actos com que, à vez, comandam o país, e nos atiram para índices de subdesenvolvimento que até a Eslovénia já ultrapassou.
Os bons, os que têm provas dadas na vida civil, fogem e mantêm-se a léguas da vida política.
Os que ainda assim tentam (Alegre e Pacheco são exemplos) são ostracizados pela trituradora partidária, composta por gente que diz pouco mas berra muito.
E só assim se explica a sofreguidão com que, perdidos de ideias, vazios de princípios, ambos correm para o pai (Soares e Cavaco), como se nunca conseguissem sair da puberdade, que lhes desse alento e asas para fazer o rio correr para a frente.
Como escreveu Fernanda Câncio (hoje postante no Glória Fácil), em 1992, a propósito de João Jardim (mas que cabe como uma luva nas presidenciais que se avizinham) “quanto mais infantil é o povo, maior é o pai”. Ou, adaptando à circunstância, mais mediocre.
Não falando do PCP (onde o alinhamento é estatutariamente obrigatório) e do CDS (que ao invés de partido político mais parece um infantário, tal o cheiro a cueiros exalado da bancada parlamentar), sobram-nos o PS e o PSD.
E sendo estes responsáveis pelo que de bom (e mau) tem a nossa democracia, seria expectável mais, muito mais debate, desalinhamento, espirito crítico.
Porque dois partidos que agremiam leques tão vastos de pessoas (católicos e ateus, sociais-democratas e liberais, ricos e pobres, instruídos e analfabetos) não podem cantar ossanas nem dizer a uma só voz.
Porém, retirando Manuel Alegre, no primeiro, e José Pacheco Pereira, no segundo, pergunto quem têm estes dois partidos, no seu seio, a defender ideias e caminhos diferentes das respectivas direcções políticas?
À parte Valentins, Jardins, Isaltinos, Felgueiras (alguém lhes conhece uma ideia, um princípio, uma vocação que não seja o poder?) não há ninguém.
O debate é paupérrimo e só assim se explica a mediocridade que assaltou os dois partidos, e que está bem patente nos parlamentares que exibem, nos autarcas que apresentam a concurso e no deserto de ideias e de actos com que, à vez, comandam o país, e nos atiram para índices de subdesenvolvimento que até a Eslovénia já ultrapassou.
Os bons, os que têm provas dadas na vida civil, fogem e mantêm-se a léguas da vida política.
Os que ainda assim tentam (Alegre e Pacheco são exemplos) são ostracizados pela trituradora partidária, composta por gente que diz pouco mas berra muito.
E só assim se explica a sofreguidão com que, perdidos de ideias, vazios de princípios, ambos correm para o pai (Soares e Cavaco), como se nunca conseguissem sair da puberdade, que lhes desse alento e asas para fazer o rio correr para a frente.
Como escreveu Fernanda Câncio (hoje postante no Glória Fácil), em 1992, a propósito de João Jardim (mas que cabe como uma luva nas presidenciais que se avizinham) “quanto mais infantil é o povo, maior é o pai”. Ou, adaptando à circunstância, mais mediocre.
quarta-feira, agosto 31, 2005
SOARES - O TRAMPOLINEIRO
“Nem no Parlamento europeu nem em nenhum cargo político”
Mário Soares, 2002
“Basta”
Mário Soares,, Dezembro, 2004
“Isso seria uma loucura”
Mário Soares, Maio de 2005 respondendo à interpelação da sua possível candidatura à presidência
“Não tenho dúvida que se o Manuel Alegre se candidatar eu o vou apoiar”
Mário Soares, Maio de 2005
Esclerose avançada?
Ou pura vigarice?
É que “é política” não pode justificar tudo.
Mário Soares, 2002
“Basta”
Mário Soares,, Dezembro, 2004
“Isso seria uma loucura”
Mário Soares, Maio de 2005 respondendo à interpelação da sua possível candidatura à presidência
“Não tenho dúvida que se o Manuel Alegre se candidatar eu o vou apoiar”
Mário Soares, Maio de 2005
Esclerose avançada?
Ou pura vigarice?
É que “é política” não pode justificar tudo.
terça-feira, agosto 30, 2005
BARRA(N)CADAS
Ouço que as festas de Barrancos decorrem na tranquilidade do seio da vila alentejana, sem as enchentes de outrora.
Leio que comerciantes se queixam que o comércio não é o de antigamente, e a lamuriarem-se pela falta de ganho.
Para além do desejo secreto da falência desses obreiros do comércio que sobrevivem do acto bárbaro, medieval e troglodita da morte pública em enorme sofrimento de um animal, constato que o que levava a populaça ao circo não era, afinal, o amor à tradição e à "arte"!!!!! tauromática.
Acho que a motivação era a mesma que leva a que todos parem numa estrada em que houve um acidente, tentando espreitar e ver o sangue, a desgraça e o prejuízo com os seus próprios olhos. E se afastam, com ar consternado, quando não lhe é dado a ver mais do que chapa amassada.
Agora, que não há GNR, holofotes da TV, ar de desgraça proibida, afrontamento ao poder e que, à lei da bala, se legalizou uma festa digna dos austrolopitecos, já ninguém tem curiosidade, já quase ninguém lá vai. Agora, que tudo é legal, é que se observa a falta de senso de uma lei que nada tem a ver com o país em que se aplica, que não responde aos anseios do povo e da tradição, mas que visou apenas apagar o fogo da pressão mediática que o governo de então sofreu, vergando um estado de direito aos caprichos de meia-dúzia de trogloditas que nunca mereceram mais do que as cavernas para viver.
Leio que comerciantes se queixam que o comércio não é o de antigamente, e a lamuriarem-se pela falta de ganho.
Para além do desejo secreto da falência desses obreiros do comércio que sobrevivem do acto bárbaro, medieval e troglodita da morte pública em enorme sofrimento de um animal, constato que o que levava a populaça ao circo não era, afinal, o amor à tradição e à "arte"!!!!! tauromática.
Acho que a motivação era a mesma que leva a que todos parem numa estrada em que houve um acidente, tentando espreitar e ver o sangue, a desgraça e o prejuízo com os seus próprios olhos. E se afastam, com ar consternado, quando não lhe é dado a ver mais do que chapa amassada.
Agora, que não há GNR, holofotes da TV, ar de desgraça proibida, afrontamento ao poder e que, à lei da bala, se legalizou uma festa digna dos austrolopitecos, já ninguém tem curiosidade, já quase ninguém lá vai. Agora, que tudo é legal, é que se observa a falta de senso de uma lei que nada tem a ver com o país em que se aplica, que não responde aos anseios do povo e da tradição, mas que visou apenas apagar o fogo da pressão mediática que o governo de então sofreu, vergando um estado de direito aos caprichos de meia-dúzia de trogloditas que nunca mereceram mais do que as cavernas para viver.
MANUEL ALEGRE
Grande Manuel Alegre.
Uma, mais uma, demonstração de enorme sentido de estado, de grande democrata que é.
Numa altura em que a esquerda vivia o terror da candidatura contra o papão Cavaco, em que os aparelhados do partido assobiavam para o ar, assumiu o papel que caberia a tantos outros e deu cara por uma linha política. Por um espaço que sempre foi o seu.
E foi usado, como abono de família de um PS que está dominado pela mediocridade, de Varas, Vitorinos, "Socráticos" e Coelhos.
Levou o chuto que levou, e quando todos esperavam a "revanche" (a que de resto tinha óbvio direito) não assumiu a responsabilidade de fracturar o seu espaço e a sua história. No fundo, a sua família, o seu filho político.
Porquê?
Porque é nobre.
Porque é o último político que se guia por princípios, antes das conveniências.
P.S. Soubesse eu como, e hoje ter-lhe-ía dito: não, Manuel, não estás sózinho.
Uma, mais uma, demonstração de enorme sentido de estado, de grande democrata que é.
Numa altura em que a esquerda vivia o terror da candidatura contra o papão Cavaco, em que os aparelhados do partido assobiavam para o ar, assumiu o papel que caberia a tantos outros e deu cara por uma linha política. Por um espaço que sempre foi o seu.
E foi usado, como abono de família de um PS que está dominado pela mediocridade, de Varas, Vitorinos, "Socráticos" e Coelhos.
Levou o chuto que levou, e quando todos esperavam a "revanche" (a que de resto tinha óbvio direito) não assumiu a responsabilidade de fracturar o seu espaço e a sua história. No fundo, a sua família, o seu filho político.
Porquê?
Porque é nobre.
Porque é o último político que se guia por princípios, antes das conveniências.
P.S. Soubesse eu como, e hoje ter-lhe-ía dito: não, Manuel, não estás sózinho.
segunda-feira, agosto 29, 2005
ESPELHO
É aterrador ter o televisor sintonizado numa tarde de semana na TVI.
Cinco horas, e entretêm os espectadores com um concurso em que a vencedora levou para casa... 150 euros.
Pelo meio toneladas de asneiradas de um palmo de cara que não devia passar disso mesmo.
No intervalo, a publicidade.
Cinco minutos e, num ápice, quatro anúncios diferentes de concessão de crédito rápido e um outro de uma empresa que se oferece para renegociar as dívidas de quem se encontra afogado nas mesmas.
O verdadeiro espelho do país que temos.
Cinco horas, e entretêm os espectadores com um concurso em que a vencedora levou para casa... 150 euros.
Pelo meio toneladas de asneiradas de um palmo de cara que não devia passar disso mesmo.
No intervalo, a publicidade.
Cinco minutos e, num ápice, quatro anúncios diferentes de concessão de crédito rápido e um outro de uma empresa que se oferece para renegociar as dívidas de quem se encontra afogado nas mesmas.
O verdadeiro espelho do país que temos.
ESTRANHO
Tenho sempre uma secreta necessidade de regressar.
Mas, quando volto, há sempre uma nostalgia e um querer voltar a partir.
É estranho...
Mas, quando volto, há sempre uma nostalgia e um querer voltar a partir.
É estranho...
sexta-feira, agosto 19, 2005
ITALIANOS
Arrogantes.
Petolantes, diria.
Com o rei na barriga, estes italianos vao acabar mal.
Tal qual como nos.
Ainda que por razoes diferentes.
Petolantes, diria.
Com o rei na barriga, estes italianos vao acabar mal.
Tal qual como nos.
Ainda que por razoes diferentes.
segunda-feira, agosto 15, 2005
DÚVIDA II
Por e mail chegou o que se segue.
À reflexão de todos:
Uma história de 2 aeroportos:
Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares,
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.
Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista,
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8%ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.
Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.
É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos. Ninguém investiga isto?
À reflexão de todos:
Uma história de 2 aeroportos:
Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares,
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.
Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista,
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8%ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.
Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.
É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos. Ninguém investiga isto?
sábado, agosto 13, 2005
SANTANICES - cap. XXVII
A diatribes empreendidas por Santana Lopes na política nacional mereceram-me, ao longo dos anos, diversas análise e graus de tolerância.
Comecei por lhe achar piada, pela animação e suspense que trazia sempre aos congressos do PSD, fazendo de conta que era candidato a alguma coisa e, com aquele seu jeito de atirar gasolina para a fogueira, fazer discursos incendiários em plenos trabalhos.
Depois, quando se candidatou, pela primeira vez, a sério a o que quer que fosse, achei-o imaturo, inconsequente, ausente de ideias e falso herdeiro de uma política sá carneirista de quem nunca foi mais que um mero assessor jurídico no seio do partido.
Quando chegou à Câmara de Lisboa e, mais tarde, ao Governo, passei a considerá-lo um verdadeiro inimputável.
Diz o que lhe vem à cabeça, pensa pouco e fala muito, defende hoje o que amanhã é mentira, contradiz-se sem pudor. Deambula, feito puto terrível, por festunchas entre umas pretensas queques lisboetas, deixa-se fotografar em poses verdadeiramente miseráveis para um responsável político da nação, faz birras, amua, promete ir embora e fica. Enfim, um manancial que deu para alimentar jornais e blogs que vivam exclusivamente das suas peregrinações à Nossa Senhora da Asneira.
Hoje acho-o um caso de polícia.
Frank Gehry, arquitecto que supostamente iria desenvolver o projecto do parque Mayer, já recebeu 2,5 milhões de euros (500 mil contos) por um projecto que nunca irá para a frente. Que Santana há muito que sabe que não é concretizável e, sobretudo, que não seria ele a pagar a factura (política). E insistiu, contra a vontade de todos, pagando a sua fixação com dinheiro de um empresa municipal da capital.
Se isto não é um caso de polícia, de pura gestão fraudulenta da Câmara, então é o quê?
P.S. Acho, hoje, que Santana é um verdadeiro inútil. Que nunca fez mais nada que não fosse viver de e para a política. Não se lhe conhece qualquer desempenho profissional fora ou para além desta. Nem nunca se lhe conhecerá.
Comecei por lhe achar piada, pela animação e suspense que trazia sempre aos congressos do PSD, fazendo de conta que era candidato a alguma coisa e, com aquele seu jeito de atirar gasolina para a fogueira, fazer discursos incendiários em plenos trabalhos.
Depois, quando se candidatou, pela primeira vez, a sério a o que quer que fosse, achei-o imaturo, inconsequente, ausente de ideias e falso herdeiro de uma política sá carneirista de quem nunca foi mais que um mero assessor jurídico no seio do partido.
Quando chegou à Câmara de Lisboa e, mais tarde, ao Governo, passei a considerá-lo um verdadeiro inimputável.
Diz o que lhe vem à cabeça, pensa pouco e fala muito, defende hoje o que amanhã é mentira, contradiz-se sem pudor. Deambula, feito puto terrível, por festunchas entre umas pretensas queques lisboetas, deixa-se fotografar em poses verdadeiramente miseráveis para um responsável político da nação, faz birras, amua, promete ir embora e fica. Enfim, um manancial que deu para alimentar jornais e blogs que vivam exclusivamente das suas peregrinações à Nossa Senhora da Asneira.
Hoje acho-o um caso de polícia.
Frank Gehry, arquitecto que supostamente iria desenvolver o projecto do parque Mayer, já recebeu 2,5 milhões de euros (500 mil contos) por um projecto que nunca irá para a frente. Que Santana há muito que sabe que não é concretizável e, sobretudo, que não seria ele a pagar a factura (política). E insistiu, contra a vontade de todos, pagando a sua fixação com dinheiro de um empresa municipal da capital.
Se isto não é um caso de polícia, de pura gestão fraudulenta da Câmara, então é o quê?
P.S. Acho, hoje, que Santana é um verdadeiro inútil. Que nunca fez mais nada que não fosse viver de e para a política. Não se lhe conhece qualquer desempenho profissional fora ou para além desta. Nem nunca se lhe conhecerá.
sexta-feira, agosto 12, 2005
MANGUEIRADAS
A ausência do país por parte do Primeiro Ministro durante o período dos incêndios é inacreditável e intolerável.
Não que se espere que o homem pegue na mangueira (no sentido literal do termo).
Mas é um caso de posição institucional e, sobretudo, de solidariedade que um chefe de governo deve manifestar para com a sua população tão fustigada.
Mas o homem está cansado, e foi a banhos de estepe africana.
Vem agora o seu nºo 2 justificar a persistência na ausência, com uma explicação do mais estapafúrdio.
Mal vai o nº1 que se subalterniza ao nº2
Neste governo, é apenas prova da submissão de Sócrates ao seu nº2, e 3 e 4 e 5. E ao aparelho do partido.
Estranho mesmo que as declarações de Costa ainda não tenham sido corroboradas por outro peso pesado, de nome Coelho: “É verdade. Também lhe disse para ficar por lá, à caça de elefantes”, imagino-o a dizer.
Mas o PM precisa tanto de repousar e recuperar de quê? De quatro meses de trabalho?
Bem, lá estafado deve estar. De tanto despacho assinar a “enfiar” compadres à força em tudo o que é empresa e instituto público.
Não que se espere que o homem pegue na mangueira (no sentido literal do termo).
Mas é um caso de posição institucional e, sobretudo, de solidariedade que um chefe de governo deve manifestar para com a sua população tão fustigada.
Mas o homem está cansado, e foi a banhos de estepe africana.
Vem agora o seu nºo 2 justificar a persistência na ausência, com uma explicação do mais estapafúrdio.
Mal vai o nº1 que se subalterniza ao nº2
Neste governo, é apenas prova da submissão de Sócrates ao seu nº2, e 3 e 4 e 5. E ao aparelho do partido.
Estranho mesmo que as declarações de Costa ainda não tenham sido corroboradas por outro peso pesado, de nome Coelho: “É verdade. Também lhe disse para ficar por lá, à caça de elefantes”, imagino-o a dizer.
Mas o PM precisa tanto de repousar e recuperar de quê? De quatro meses de trabalho?
Bem, lá estafado deve estar. De tanto despacho assinar a “enfiar” compadres à força em tudo o que é empresa e instituto público.
terça-feira, agosto 09, 2005
sábado, agosto 06, 2005
MAIS QUATRO ANOS
A forma despudorada e acéfala como este rio continua a fazer de conta que discute coisas importantes mereciam, por parte do povo do Porto, um rotundo chumbo nas próximas autárquicas.
Infelizmente o povo é muito menos esclarecido quanto a democracia exigiria.
E a partidarite, que acabou por ditar como concorrência um Assis desastrado e sem o mínimo perfil (e identificação) para o cargo, não deixa alternativa: vamos ter mais quatro anos do mesmo.
Infelizmente o povo é muito menos esclarecido quanto a democracia exigiria.
E a partidarite, que acabou por ditar como concorrência um Assis desastrado e sem o mínimo perfil (e identificação) para o cargo, não deixa alternativa: vamos ter mais quatro anos do mesmo.
TRETAS
A pior forma de governar (e legislar é um pilar básico da mesma) é criar diplomas inúteis. Atirar terra para os olhos da populaça, pretendendo fazer crer que se está a atacar os interesses instalados, que se está a bulir em nome das causas e dos princípios.
Medidas que, no fim, deixam tudo na mesma.
A anunciada responsabilização dos magistrados pelos erros grosseiros é apenas uma evolução (não é novidade) do actual quadro legal, que já prevê, em alguns casos, possibilidade do estado responder pelos erros dos magistrados. O que o governo agora pretende é apenas chutar para as costas dos decisores (até agora essa responsabilidade era somente do estado, como deve ser, enquanto órgão máximo da soberania executiva) a responsabilidade pelo ressarssimento.
Ora a coisa não pode funcionar.
Primeiro porque será sempre outro magistrado, de tribunal superior, a ditar esse erro grosseiro (está-se a ver que vão ser aos quilos decisões nesse sentido).
Depois porque na história da jurisprudência portuguesa, uma mão chega para contar as decisões em que tal grosseria foi julgada procedente. E isto quando a condenação era só ao estado. Imagine-se, agora, que os juizes vão julgar os seus colegas juizes de instâncias inferiores...
Finalmente porque, no dia em que os magistrados começassem a sentir, no bolso, o verdadeiro peso dos seus erros, demitiam-se das suas funções.
O estado tem que saber viver com os erros da magistratura (que é um órgão de soberania, também), sem fazer uma caça às bruxas. Até porque há outras formas de penalizar os incompetentes (sim, ele há muito juiz incompetente) sem se lhe entrar no bolso. Basta promover um sério sistema de avaliação do desempneho, que deixe de ser feito por juizes (como o é actualmente) e passe a ser desenvolvido por entidade independente. E que, no final, penalize os incompetentes. Com sanções disciplinares, que poderão chegar à cessação de funções com invocação de justa causa. Como acontece em qualquer empresa.
Medidas que, no fim, deixam tudo na mesma.
A anunciada responsabilização dos magistrados pelos erros grosseiros é apenas uma evolução (não é novidade) do actual quadro legal, que já prevê, em alguns casos, possibilidade do estado responder pelos erros dos magistrados. O que o governo agora pretende é apenas chutar para as costas dos decisores (até agora essa responsabilidade era somente do estado, como deve ser, enquanto órgão máximo da soberania executiva) a responsabilidade pelo ressarssimento.
Ora a coisa não pode funcionar.
Primeiro porque será sempre outro magistrado, de tribunal superior, a ditar esse erro grosseiro (está-se a ver que vão ser aos quilos decisões nesse sentido).
Depois porque na história da jurisprudência portuguesa, uma mão chega para contar as decisões em que tal grosseria foi julgada procedente. E isto quando a condenação era só ao estado. Imagine-se, agora, que os juizes vão julgar os seus colegas juizes de instâncias inferiores...
Finalmente porque, no dia em que os magistrados começassem a sentir, no bolso, o verdadeiro peso dos seus erros, demitiam-se das suas funções.
O estado tem que saber viver com os erros da magistratura (que é um órgão de soberania, também), sem fazer uma caça às bruxas. Até porque há outras formas de penalizar os incompetentes (sim, ele há muito juiz incompetente) sem se lhe entrar no bolso. Basta promover um sério sistema de avaliação do desempneho, que deixe de ser feito por juizes (como o é actualmente) e passe a ser desenvolvido por entidade independente. E que, no final, penalize os incompetentes. Com sanções disciplinares, que poderão chegar à cessação de funções com invocação de justa causa. Como acontece em qualquer empresa.
quinta-feira, agosto 04, 2005
CURTO E GROSSO
Com a devida vénia para o autor, um post (Dona Bina) de grande qualidade: curto e grosso, como muitas vezes tem que ser
segunda-feira, agosto 01, 2005
DOUTORES
A Portaria 1505/04, de 30/12, aprovou o curso superior de solicitadoria, a ministrar pelo Instituto Superior da Maia (ISMAI).
Doutores em solicitadoria.
O ridículo, que pegou há uns anos, quando o inefável engenheiro Guterres e seus parceiros governamentais concluíram, pela análise das estatísticas (as estatísticas, sempre as estatísticas), que Portugal tinha um tremendo défice de licenciados face à Europa comunitária, acabou por se tornar num “case study”.
De repente licenciamos tudo. Solicitadores, responsáveis por recursos humanos, contabilistas (perdão, accounters), publicitários (perdão, técnicos de marketing), vendedores (perdão, técnicos superiores de vendas).
Lá chegará o tempo dos trolhas (técnicos superiores em assentamento de tijolos), picheleiros (engenharia de águas pluviais e residuais) e varredores da via pública (bacharelato em limpeza urbana com especialidade em vassouras de piaçava).
Aí sim, seremos um país da Europa moderna, com taxas de licenciados à altura dos nossos parceiros.
Doutores em solicitadoria.
O ridículo, que pegou há uns anos, quando o inefável engenheiro Guterres e seus parceiros governamentais concluíram, pela análise das estatísticas (as estatísticas, sempre as estatísticas), que Portugal tinha um tremendo défice de licenciados face à Europa comunitária, acabou por se tornar num “case study”.
De repente licenciamos tudo. Solicitadores, responsáveis por recursos humanos, contabilistas (perdão, accounters), publicitários (perdão, técnicos de marketing), vendedores (perdão, técnicos superiores de vendas).
Lá chegará o tempo dos trolhas (técnicos superiores em assentamento de tijolos), picheleiros (engenharia de águas pluviais e residuais) e varredores da via pública (bacharelato em limpeza urbana com especialidade em vassouras de piaçava).
Aí sim, seremos um país da Europa moderna, com taxas de licenciados à altura dos nossos parceiros.
segunda-feira, julho 25, 2005
DIREITO DE ESCOLHA
"Tenho uma maneira própria de ver o aborto. Não sou a favor nem contra. Sou a favor da liberdade das mulheres"
José Pinto da Costa, médico.
Ora esta afirmação, que li no último Expresso, suscita-me alguns comentários:
1. A clarividência da mesma, com que me identifico plenamente. Porque define e aponta, de forma clara, a função da liberdade: o direito de escolha.
2. A oportunidade de o dizer (porque nunca é demais coleccionar argumentos - pró e contra - sobre o assunto) quando se continua a brincar aos tribunais, com mulheres a serem julgadas e sistematicamente absolvidas por uma sociedade hipócrita, que na penumbra as acusa e na praça pública faz de conta que as absolve.
3. A importância da origem, dada a autoridade, moral e cientifica, de quem a profere.
José Pinto da Costa, médico.
Ora esta afirmação, que li no último Expresso, suscita-me alguns comentários:
1. A clarividência da mesma, com que me identifico plenamente. Porque define e aponta, de forma clara, a função da liberdade: o direito de escolha.
2. A oportunidade de o dizer (porque nunca é demais coleccionar argumentos - pró e contra - sobre o assunto) quando se continua a brincar aos tribunais, com mulheres a serem julgadas e sistematicamente absolvidas por uma sociedade hipócrita, que na penumbra as acusa e na praça pública faz de conta que as absolve.
3. A importância da origem, dada a autoridade, moral e cientifica, de quem a profere.
domingo, julho 24, 2005
QUEM SE IMPORTA
Acho que Fernando Pinto percebe pouco da poda.
Por cá não estamos interessados em se a OTA é boa para a aviação e para o país. Queremos é trabalhinho para alimentar os empreiteiros que sustentam a política. Assim género pescadinha de rabo na boa (ou lábios, para os mais púdicos).
Como, de resto, ninguém se importa com o excepcional trabalho que está a fazer à frente da TAP. Basta ver o que quase lhe aconteceu quando abriu brechas com o então presidente do Conselho de Administração, Cardoso e Cunha, um dos maiores logros da política nacional (um vigário de corpo inteiro): quase foi posto na rua para proteger os interesses instalados pelo ex-comissário europeu.
Por cá não estamos interessados em se a OTA é boa para a aviação e para o país. Queremos é trabalhinho para alimentar os empreiteiros que sustentam a política. Assim género pescadinha de rabo na boa (ou lábios, para os mais púdicos).
Como, de resto, ninguém se importa com o excepcional trabalho que está a fazer à frente da TAP. Basta ver o que quase lhe aconteceu quando abriu brechas com o então presidente do Conselho de Administração, Cardoso e Cunha, um dos maiores logros da política nacional (um vigário de corpo inteiro): quase foi posto na rua para proteger os interesses instalados pelo ex-comissário europeu.
SÃO ARES,SENHOR, SÃO ARES
Presidenciais: Soares reflecte sobre candidatura depois de de apoio de Sócrates
O outro, o António Oliveira, que lá esteve 48 anos, também era assim: agarradinho, agarradinho ao poder. Achava que ninguém o podia substituir, e por lá se manteve a apodrecer.
Este, se o deixassem (e deixarem) pelos vistos, vai pelo mesmo caminho.
O outro, o António Oliveira, que lá esteve 48 anos, também era assim: agarradinho, agarradinho ao poder. Achava que ninguém o podia substituir, e por lá se manteve a apodrecer.
Este, se o deixassem (e deixarem) pelos vistos, vai pelo mesmo caminho.
quarta-feira, julho 20, 2005
O CANDIDATO
Porque será que não estranhei a afirmação.
Este jeitinho de elefante em montra de cristais há-de-lhe valer votos em bardo.
Pela minha parte está garantidinho
Este jeitinho de elefante em montra de cristais há-de-lhe valer votos em bardo.
Pela minha parte está garantidinho
segunda-feira, julho 18, 2005
DESASSOSSEGO
Este cheiro a incêndio que nos queima as narinas traduz o estado do país.
Todos em sobressalto. Com o coração na boca. Ninguém dorme em sossego. Ninguém sabe porquê, mas está tudo a arder: economia, finanças, emprego, empresas, estado, autarquias...
Alguém nos explica?
E alguém nos dá paz?
Todos em sobressalto. Com o coração na boca. Ninguém dorme em sossego. Ninguém sabe porquê, mas está tudo a arder: economia, finanças, emprego, empresas, estado, autarquias...
Alguém nos explica?
E alguém nos dá paz?
JARDIM
De cada vez que o jardim abre a cloaca por onde vocifera umas alarvidades tenho a assustadora tentação de pensar que, afinal, os crematórios, onde morreram tantos inocentes, teriam hoje a sua utilidade.
Deve estar mesmo a precisar de férias
Deve estar mesmo a precisar de férias
DESESPERO É...
... tentar circular nas estreitas ruas do Porto, com alguma pressa, tendo na frente alguém a quem há muito deveriam, em abono da segurança rodoviária, ter retirado a licença de condução.
Ou engrenar segunda, acelarar até uns estonteantes 20 km/h e assim circular por 2 km em ruas desimpedidas (mas de impossível ultrapassagem) não deveria merecer idêntica punição à do inimputável que circula, na mesma via, a 90?
Ou engrenar segunda, acelarar até uns estonteantes 20 km/h e assim circular por 2 km em ruas desimpedidas (mas de impossível ultrapassagem) não deveria merecer idêntica punição à do inimputável que circula, na mesma via, a 90?
quarta-feira, julho 13, 2005
PROCURADORES
Leio que o procurador-geral –adjunto (só o nome já irrita) acusou advogados e jornalistas de terem fomentado a violação do segredo de justiça no caso “Casa Pia”.
Não duvido que alguns os tenham feito.
Mas este apontar de dedo, do alto do estrado, sem olhar para o umbigo, é sintoma do estado a que chegou a investigação criminal em Portugal.
Então os juizes, procuradores, funcionários judiciais, funcionários das policias criminais, que contactaram com o processo muito antes de qualquer jornalista ou advogado o poder fazer?
Será que todos eles estão isentos de responsabilidade?
Alguém acredita que grande parte da informação veiculada não teve origem nestes agentes?
E quem os controla e acusa, sobretudo aos dois primeiros?
Ninguém.
Vivem na impunidade. Mandam em si próprios. E, quando têm que ser julgados, são-no pelos seus “semelhantes”. E a pescada de rabo na boca começa e acaba aqui.
Não duvido que alguns os tenham feito.
Mas este apontar de dedo, do alto do estrado, sem olhar para o umbigo, é sintoma do estado a que chegou a investigação criminal em Portugal.
Então os juizes, procuradores, funcionários judiciais, funcionários das policias criminais, que contactaram com o processo muito antes de qualquer jornalista ou advogado o poder fazer?
Será que todos eles estão isentos de responsabilidade?
Alguém acredita que grande parte da informação veiculada não teve origem nestes agentes?
E quem os controla e acusa, sobretudo aos dois primeiros?
Ninguém.
Vivem na impunidade. Mandam em si próprios. E, quando têm que ser julgados, são-no pelos seus “semelhantes”. E a pescada de rabo na boca começa e acaba aqui.
IMÓVEIS
Toda a gente sabe que adquirir uma fracção ou um terreno escriturando-o pelo valor realmente pago é uma epopeia que poucos cumprem com sucesso.
Os “expostos” na vida pública suam as estopinhas para o conseguirem.
O estado é anualmente espoliado de milhões e milhões de euros com os cambalachos do compra por 100 mas escritura por 50. Em emolumentos notariais, em imposto de selo, em IMI (antiga contribuição autárquica), em IMT (antiga Sisa), em registos, etc.etc.
O mesmo estado que berra por os profissionais liberais não pagarem o que é devido, que se lamenta pela fuga e evasão fiscal, não mexe uma palha para acabar (ou pelo menos atenuar) este estado de coisas.
É demasiado fácil fiscalizar o construtor, o promotor imobiliário e o banco financiador. A simples conciliação bancária, trabalho que qualquer técnico de contas em início de funções sabe fazer, resolveria grande parte do problema.
Pergunta-se então por que não se faz, e se prefere continuar a correr atrás dos moinhos de ventos?
Porque fecha o estado que fecha os olhos, é o mesmo que encontrou nos milagres da OTA e do TGV (e outras obras) o relançamento da economia.
Porque o estado que não quer ver é mandado, alternadamente, por partidos que financiam grande parte da sua actividade à custa do “lobby” imobiliário.
Os “expostos” na vida pública suam as estopinhas para o conseguirem.
O estado é anualmente espoliado de milhões e milhões de euros com os cambalachos do compra por 100 mas escritura por 50. Em emolumentos notariais, em imposto de selo, em IMI (antiga contribuição autárquica), em IMT (antiga Sisa), em registos, etc.etc.
O mesmo estado que berra por os profissionais liberais não pagarem o que é devido, que se lamenta pela fuga e evasão fiscal, não mexe uma palha para acabar (ou pelo menos atenuar) este estado de coisas.
É demasiado fácil fiscalizar o construtor, o promotor imobiliário e o banco financiador. A simples conciliação bancária, trabalho que qualquer técnico de contas em início de funções sabe fazer, resolveria grande parte do problema.
Pergunta-se então por que não se faz, e se prefere continuar a correr atrás dos moinhos de ventos?
Porque fecha o estado que fecha os olhos, é o mesmo que encontrou nos milagres da OTA e do TGV (e outras obras) o relançamento da economia.
Porque o estado que não quer ver é mandado, alternadamente, por partidos que financiam grande parte da sua actividade à custa do “lobby” imobiliário.
EXAMES
Os números esmagadores de chumbos na cadeira de matemática nos exames do 9º ano deixam muito que pensar.
Estarão os estudantes a perder, genericamente falando, as suas capacidade de aprendizagem?
Será só culpa dos meninos?
E então os professores? E o programa? E a forma como o ensino é pensado?
A diferença é o que os primeiros (estudantes) chumbam.
Aos outros ninguém julga.
P.S. Apesar do imenso número de negativas em exame, muitos dos estudantes passaram, à custa da média resultante da avaliação contínua. Não me espanta que aconteça com alguns (a percentagem dos que quase conseguiram, em exame, a nota). Mas aterra-me que tenha sido com tantos. Cheira-me a aldrabice avaliativa.
Estarão os estudantes a perder, genericamente falando, as suas capacidade de aprendizagem?
Será só culpa dos meninos?
E então os professores? E o programa? E a forma como o ensino é pensado?
A diferença é o que os primeiros (estudantes) chumbam.
Aos outros ninguém julga.
P.S. Apesar do imenso número de negativas em exame, muitos dos estudantes passaram, à custa da média resultante da avaliação contínua. Não me espanta que aconteça com alguns (a percentagem dos que quase conseguiram, em exame, a nota). Mas aterra-me que tenha sido com tantos. Cheira-me a aldrabice avaliativa.
quarta-feira, julho 06, 2005
FUNÇÃO PÚBLICA
O escândalo que constitui, ainda hoje, o acervo de regalias sociais que o funcionalismo público detém em comparação com o sector privado, bem mereceria tratamento mais drástico por parte do governo do que aquelas tímidas medidas que vêm sendo tomadas.
A escandalosa revolta popular revelada pelos sindicatos afectos a essa função pública, com inqualificáveis manifestações de rua barafustando contra a igualização de tratamento, então essa mereceria ainda mão mais dura.
Um mero exemplo.
Qualquer trabalhador por conta de outrém vê-lhe ser retirado do seu salário, no final do mês, 11% de taxa social.
O mesmo sujeito, afecto à função pública, vê-lhe ser retirado... 10%.
É assim há décadas.
Agora, dizem, vão passar a pagar 11% como os outros.
Por mim não chega.
Para que a dívida ficasse paga a todos os que foram comparativamente prejudicadas ao longo de todos estes anos, as contas só seriam saldáveis se, agora, e por todos os anos em que pagaram 10%, passassem a pagar 12%, até reporem o que indevidamente receberam a mais.
Se isso fosse juridicamente possível.
Porque só assim seriamos, de facto, todos iguais
Como não é, a dívida mantém-se. E tem que ser paga de outro modo.
A escandalosa revolta popular revelada pelos sindicatos afectos a essa função pública, com inqualificáveis manifestações de rua barafustando contra a igualização de tratamento, então essa mereceria ainda mão mais dura.
Um mero exemplo.
Qualquer trabalhador por conta de outrém vê-lhe ser retirado do seu salário, no final do mês, 11% de taxa social.
O mesmo sujeito, afecto à função pública, vê-lhe ser retirado... 10%.
É assim há décadas.
Agora, dizem, vão passar a pagar 11% como os outros.
Por mim não chega.
Para que a dívida ficasse paga a todos os que foram comparativamente prejudicadas ao longo de todos estes anos, as contas só seriam saldáveis se, agora, e por todos os anos em que pagaram 10%, passassem a pagar 12%, até reporem o que indevidamente receberam a mais.
Se isso fosse juridicamente possível.
Porque só assim seriamos, de facto, todos iguais
Como não é, a dívida mantém-se. E tem que ser paga de outro modo.
segunda-feira, julho 04, 2005
AUTARCA
Numa altura em que milhares de pseudo-candidatos autárquicos poderão “baldar-se” ao serviço, por 30 dias, sem qualquer perda de regalias, incluindo salário, subsídio de alimentação e até de assiduidade!!!, e isto só porque se lembraram da conveniente participação cívica numa lista de partidos tantas vezes fantasmas, conviria pegar em alguns dos nossoa futuros autarcas, desses que fazem rotundas, colocam semáforos e ruas de dois sentido antes mesmo do saneamento básico, e pô-los na escola.
Naquela de onde nunca deveriam ter saído.
Como este que, numa pacata aldeia douriense, mandou escrever o que se vê.
quarta-feira, junho 29, 2005
SENTENÇAS
29.06.2004
Deu entrada no Tribunal da Maia acção judicial de extrema simplicidade.
Confrontado com a mesma, a sociedade Ré decidiu não se opor, confessando, assim, todos os factos alegados.
Restava, pois, apenas e somente ser condenada, integralmente, no pedido formulado
29.06.2005
Recebida a sentença.
Literalmente, mandou o Juiz do processo copiar, integralmente, os argumentos vertidos pela sociedade demandante.
Da sua lavra, QUATRO linhas. Leu bem, QUATRO míseras linhas, sendo que todas as restantes foram copiadas do articulado apresentado pela A.
QUATRO MÍSERAS linhas que o magistrado demorou UM ANO a produzir.
Resta-lhe a consolação que vêm aí os dois mesitos de férias.
Cuja redução ele, certamente, tanto contestará.
Pudera. Para recuperar de tão árduo esforço.
Deu entrada no Tribunal da Maia acção judicial de extrema simplicidade.
Confrontado com a mesma, a sociedade Ré decidiu não se opor, confessando, assim, todos os factos alegados.
Restava, pois, apenas e somente ser condenada, integralmente, no pedido formulado
29.06.2005
Recebida a sentença.
Literalmente, mandou o Juiz do processo copiar, integralmente, os argumentos vertidos pela sociedade demandante.
Da sua lavra, QUATRO linhas. Leu bem, QUATRO míseras linhas, sendo que todas as restantes foram copiadas do articulado apresentado pela A.
QUATRO MÍSERAS linhas que o magistrado demorou UM ANO a produzir.
Resta-lhe a consolação que vêm aí os dois mesitos de férias.
Cuja redução ele, certamente, tanto contestará.
Pudera. Para recuperar de tão árduo esforço.
domingo, junho 26, 2005
WAY UP
Há registos inesquecíveis. E a passagem, mais uma, de Pat Metheny pelo Coliseu do Porto, que confessou ser um local especial para si, foi um desses. Três horas de mestria aos comandos de várias guitarras, onde destaco este espécie raro, a promover o seu novo trabalho, The Way Up, que o Estado Crítico sublinhou. O trauma é ter agora de esperar mais três anos por nova visita.
sexta-feira, junho 24, 2005
SÃO JOÃO (DO PORTO)
quinta-feira, junho 23, 2005
LEITURAS
quinta-feira, junho 16, 2005
CUNHAL
Morreu há quatro dias mas propositadamente só hoje venho ao tema.
Primeiro há que deixar serenar, cumprir o “nojo”.
Sobretudo quando o que se quer dizer está alheado do politicamente adequado.
O homem foi um notável combatente anti-fascista. “La palisse não diria melhor”.
Mas nunca foi, como tenho reiteradamente ouvido, um lutador pela liberdade e pela democracia.
Essa é a maior cabala que a leitura histórica da sua vida pode querer montar.
Foi, isso sim, um lutador contra um tipo de estado absoluto, para instituir outro.
Cunhal preconizou sempre um estado soviético, estalinista. Por isso totalitário, ditatorial.
Reviu-se na “ditadura do proletariado”, foi o pai do PREC, dos movimentos das nacionalizações, da unicidade sindical, dos saneamentos a eito feitos em todos os organismos públicos.
Não quis ver o seu mundo a desabar e aquilo a que tenho ouvido chamar coerência, chamo antes de obstinação e cegueira, de não querer ver o óbvio e persistir no erro.
Cunhal nunca foi um democrata.
Nunca foi tolerante.
Nunca foi a imagem que quis tentar passar.
E, para os mais esquecidos, relembro: a democracia não regressou a Portugal como 25 de Abril de 74. Foi com o 25 de Novembro de 75.
Primeiro há que deixar serenar, cumprir o “nojo”.
Sobretudo quando o que se quer dizer está alheado do politicamente adequado.
O homem foi um notável combatente anti-fascista. “La palisse não diria melhor”.
Mas nunca foi, como tenho reiteradamente ouvido, um lutador pela liberdade e pela democracia.
Essa é a maior cabala que a leitura histórica da sua vida pode querer montar.
Foi, isso sim, um lutador contra um tipo de estado absoluto, para instituir outro.
Cunhal preconizou sempre um estado soviético, estalinista. Por isso totalitário, ditatorial.
Reviu-se na “ditadura do proletariado”, foi o pai do PREC, dos movimentos das nacionalizações, da unicidade sindical, dos saneamentos a eito feitos em todos os organismos públicos.
Não quis ver o seu mundo a desabar e aquilo a que tenho ouvido chamar coerência, chamo antes de obstinação e cegueira, de não querer ver o óbvio e persistir no erro.
Cunhal nunca foi um democrata.
Nunca foi tolerante.
Nunca foi a imagem que quis tentar passar.
E, para os mais esquecidos, relembro: a democracia não regressou a Portugal como 25 de Abril de 74. Foi com o 25 de Novembro de 75.
VASCO GONÇALVES
Deste, uma linha será reservada na história de Portugal.
Uma quase “marionete” ao serviço do ideais que o post supra enfatiza.
Para esquecer a sua passagem pelo poder.
Uma quase “marionete” ao serviço do ideais que o post supra enfatiza.
Para esquecer a sua passagem pelo poder.
quarta-feira, junho 15, 2005
terça-feira, junho 07, 2005
(DES)UNIÃO
Penso que não restam dúvidas que o processo de integração económica europeia é irreversível e que, suceda o que suceder à constituição europeia, o mercado livre não regredirá. Os espírito das comunidades originárias (CEE, Euratom e CECA) está de tal forma enraizado que não tem retrocesso.
E esse é um bom processo, que respeita as diferenças sociais, culturais, económicas entre os estados.
Penso, também, que o primeiro passo da unificação (união económica) também não terá retrocesso. Não tanto pelos méritos da medida, mas sobretudo pelos prejuízos do revés.
Já a questão da união política, está não só muito longe de ser uma boa ideia como, de resto, de ser consensual. E, quem tem responsabilidade na matéria, nem sequer tem verdadeiramente procurado saber o que pensam os destinatários, como escrevi HÁ DIAS.
A Europa nunca será uma comunidade de estados-federados. Nunca comungará uma mesma língua, um mesmo estado de espírito, os mesmos valores.
Porquê?
Antes de tudo porque é feita de uma multiplicidade de histórias que não se congregam à força de nenhum tratado.
Basta olharmos para o passado recente, a propósito da invasão do Iraque, e ver o “consenso” que banhou o velho continente.
O maior cego é o que não quer ver.
Mas há cegueiras que mais parecem autismo.
E esse é um bom processo, que respeita as diferenças sociais, culturais, económicas entre os estados.
Penso, também, que o primeiro passo da unificação (união económica) também não terá retrocesso. Não tanto pelos méritos da medida, mas sobretudo pelos prejuízos do revés.
Já a questão da união política, está não só muito longe de ser uma boa ideia como, de resto, de ser consensual. E, quem tem responsabilidade na matéria, nem sequer tem verdadeiramente procurado saber o que pensam os destinatários, como escrevi HÁ DIAS.
A Europa nunca será uma comunidade de estados-federados. Nunca comungará uma mesma língua, um mesmo estado de espírito, os mesmos valores.
Porquê?
Antes de tudo porque é feita de uma multiplicidade de histórias que não se congregam à força de nenhum tratado.
Basta olharmos para o passado recente, a propósito da invasão do Iraque, e ver o “consenso” que banhou o velho continente.
O maior cego é o que não quer ver.
Mas há cegueiras que mais parecem autismo.
quinta-feira, junho 02, 2005
VERDADES
"Chaque jour nous laissons une partie de nous-mêmes en chemin", in Diário, de Miguel Torga.
Porém, às vezes, tenho a sensação que "nous laissons deux-partie" Ou troix, quatre, etc.
Porém, às vezes, tenho a sensação que "nous laissons deux-partie" Ou troix, quatre, etc.
terça-feira, maio 31, 2005
VELHOS HÁBITOS
Fernando Gomes na GALP. E como Administrador Executivo.
Alguém é capaz de me explicar UM ÚNICO MÉRITO do homem para ocupar o cargo. Além de ser um "boy", é claro.
É caso para dizer que mudam-se os tempos, mantêm-se os hábitos
Alguém é capaz de me explicar UM ÚNICO MÉRITO do homem para ocupar o cargo. Além de ser um "boy", é claro.
É caso para dizer que mudam-se os tempos, mantêm-se os hábitos
domingo, maio 29, 2005
ESPERANÇA
O não parece ter ganho em França.
A Europa ainda poderá ter um futuro decente.
Porém, ou muito me engano, ou não tardará e o democrático governo fracês há-de voltar a consultar a população, muito antes deste referendo e deste resultado estarem bem digeridos. Com mais umas injecções de sim, mais um milhões gastos em propoganda, e a coisa irá ao sítio, num cenário "dejá-vu".
Afinal, quem não se lembra do que aconteceu com a adesão da Dinamarca à moeda única
A Europa ainda poderá ter um futuro decente.
Porém, ou muito me engano, ou não tardará e o democrático governo fracês há-de voltar a consultar a população, muito antes deste referendo e deste resultado estarem bem digeridos. Com mais umas injecções de sim, mais um milhões gastos em propoganda, e a coisa irá ao sítio, num cenário "dejá-vu".
Afinal, quem não se lembra do que aconteceu com a adesão da Dinamarca à moeda única
ARROGÂNCIA
Numa atitude de grande profissionalismo, os jogadores benfiquistas celebraram a semana inteira.
Ante o olhar passivo do seu inolvidável presidente.
Ganharam a Taça antes do tempo.
Ai que gostinho vai dar comentar algumas coisas, como o Mar Salgado por exemplo. Esta é apenas uma demonstração da arrogância que alimenta o meu anti-benfiquismo.
Ante o olhar passivo do seu inolvidável presidente.
Ganharam a Taça antes do tempo.
Ai que gostinho vai dar comentar algumas coisas, como o Mar Salgado por exemplo. Esta é apenas uma demonstração da arrogância que alimenta o meu anti-benfiquismo.
sábado, maio 28, 2005
MEMÓRIA
A facilidade e rapidez com que em Portugal se passa de besta a bestial, e vice-versa, é aterradora.
Mais aterrador o facto de serem os "opinion makers" que, normalmente, lideram estas inversões.
Guterres foi crucificado (creio que justamente) por ser o pai do défice, por ter deixado andar, por não ter reformado, por não ter feito. Agora, que vai gerir uma mega empresa, onde é preciso decidir, bem e muito, os parcos recursos (face às necessidades) dos refugiados, recebe ossanas. Em todos os jornais, televisões que lhe arrearam com vontade nos últimos três anos.
Não haverá vergonha ou os que condenam e depois indultam julgam que não temos memória?
Mais aterrador o facto de serem os "opinion makers" que, normalmente, lideram estas inversões.
Guterres foi crucificado (creio que justamente) por ser o pai do défice, por ter deixado andar, por não ter reformado, por não ter feito. Agora, que vai gerir uma mega empresa, onde é preciso decidir, bem e muito, os parcos recursos (face às necessidades) dos refugiados, recebe ossanas. Em todos os jornais, televisões que lhe arrearam com vontade nos últimos três anos.
Não haverá vergonha ou os que condenam e depois indultam julgam que não temos memória?
NORMALIZAÇÃO
Agora que os funcionários públicos vão finalmente tornar-se cidadãoS iguais aos demais (passam a pagar 11% de contribuição social, e não 10% - a reformarem-se aos 65 - e não aos 60 - e, quem sabe, a poderem ser despedidos por incompetência ou desnecesidade - haverá coragem)pergunto:
Quando é que a Madeira vai passar a ser considerado território como o demais?
Quando se acabam os privilégios do cacique do Jardim para, de uma vez por todas, ele passar a falar em nome do peso que tem? Isto é, nenhum.
Quando é que a Madeira vai passar a ser considerado território como o demais?
Quando se acabam os privilégios do cacique do Jardim para, de uma vez por todas, ele passar a falar em nome do peso que tem? Isto é, nenhum.
GELADO OU GALÃO?
É muito estranho que a Constituição da República, lei fundamental da nação, quando passou a prever a possibilidade de consulta popular através de referendo, definindo mesmo em que moldes o mesmo é vinculativo, se tenha “esquecido” de referir o prazo de validade dessa forma de consulta.
Isto é, quanto tempo teria que passar para que o povo fosse consultado sobre a mesma matéria.
Não faz sentido nenhum que uma consulta seja eterna, e que o povo não possa mudar de opinião.
Mas menos sentido faz que o mesmo povo passe a vida a ser consultado sobre determinada matéria, só porque das vezes anteriores não respondeu da forma que “dava jeito” ao poder político e este, ávido de se ver “legitimado”, pergunta até lhe fazerem a vontade.
E isto vale para o aborto, para a constituição europeia, para a regionalização ou qualquer outro tema.
O povo deve ser consultado.
E o resultado deve ser respeitado e a consequência aferida.
E isso só se consegue com tempo. O tempo durante o qual não deveria ser possível outra consulta sobre o mesmo tema.
Caso contrário, faz-me lembrar um história que uma vez me contaram, passada entre pai e filho oriundos da Ribeira, no Porto (por isso com acentuado sotaque nortenho):
Pai: “Queres um gelado ou um galão?” “Tradução: Quéres um geládo ou um galom?)
Filho: “Ó pai, quero um gelado” (Ó paie, quéro um geládo)
Pai: “Então mamas um galão que te fodes”. (Atão mámas um galom que te fódes).
Isto é, quanto tempo teria que passar para que o povo fosse consultado sobre a mesma matéria.
Não faz sentido nenhum que uma consulta seja eterna, e que o povo não possa mudar de opinião.
Mas menos sentido faz que o mesmo povo passe a vida a ser consultado sobre determinada matéria, só porque das vezes anteriores não respondeu da forma que “dava jeito” ao poder político e este, ávido de se ver “legitimado”, pergunta até lhe fazerem a vontade.
E isto vale para o aborto, para a constituição europeia, para a regionalização ou qualquer outro tema.
O povo deve ser consultado.
E o resultado deve ser respeitado e a consequência aferida.
E isso só se consegue com tempo. O tempo durante o qual não deveria ser possível outra consulta sobre o mesmo tema.
Caso contrário, faz-me lembrar um história que uma vez me contaram, passada entre pai e filho oriundos da Ribeira, no Porto (por isso com acentuado sotaque nortenho):
Pai: “Queres um gelado ou um galão?” “Tradução: Quéres um geládo ou um galom?)
Filho: “Ó pai, quero um gelado” (Ó paie, quéro um geládo)
Pai: “Então mamas um galão que te fodes”. (Atão mámas um galom que te fódes).
sexta-feira, maio 27, 2005
MINORIAS ESCLARECIDAS
É muito preocupante que os nove países que já disseram sim à “Constituição Europeia” não o tenham feito com recurso à consulta popular.
O “esclarecimento” de uma minoria de deputados, supostos representantes do povo, que antes que este diga que não preferem, à má fila, substituí-lo, é um exercício de duvidosa democraticidade.
Aí, e por uma vez, a nossa democracia dá lições aos nossos parceiros (veja-se a Alemanha, que ainda hoje deu o amén da câmara baixa).
Por outro lado, os rios de dinheiro gastos a favor do sim pelos estados (o governo francês terá gasto 130 milhões de euros só a distribuir o texto constitucional), em contraste com a ausência de apoio público a qualquer movimento do não, revela uma sofreguidão na tentativa de empurrar a opinião pública de que desconfio sempre.
E há uma resposta que ainda ninguém me conseguiu dar: o que é que perdemos se o não vencer? Que mal virá ao mundo se a Europa continuar a ter as constituições de cada estado e não uma única?
O “esclarecimento” de uma minoria de deputados, supostos representantes do povo, que antes que este diga que não preferem, à má fila, substituí-lo, é um exercício de duvidosa democraticidade.
Aí, e por uma vez, a nossa democracia dá lições aos nossos parceiros (veja-se a Alemanha, que ainda hoje deu o amén da câmara baixa).
Por outro lado, os rios de dinheiro gastos a favor do sim pelos estados (o governo francês terá gasto 130 milhões de euros só a distribuir o texto constitucional), em contraste com a ausência de apoio público a qualquer movimento do não, revela uma sofreguidão na tentativa de empurrar a opinião pública de que desconfio sempre.
E há uma resposta que ainda ninguém me conseguiu dar: o que é que perdemos se o não vencer? Que mal virá ao mundo se a Europa continuar a ter as constituições de cada estado e não uma única?
FALÊNCIA
Dura.
Nua.
Crua.
A realidade desmontada por Medina Carreira, em entrevista aos “Negócios da Semana” (Sic) é uma visão assustadora, porém creio que realista, do Portugal que estamos a construir todos os dias.
Pelo primeira vez ouvi, de uma forma clara, alguém atirar-se, com números e, sobretudo, com a experiência, ao desastre que foi o Euro 2004, ao disparate que são os projectos do TGV e da OTA, à fraude em torno da formação profissional, à imperatividade de bulir com a função pública, dispensando os excedentes (meu deus, como tudo ficaria mais limpo) e tratando-os como são tratados os cidadãos normais (leia-se mão funcionários públicos).
Pela primeira vez ouvi alguém, politicamente incorrecto, é certo, dizer que andamos aos tiros aos pés, a desbaratar milhões de fundos de coesão sem aproveitamento real, iludidos com uma realidade consumista que não pode continuar a alimentar.
E, o que foi mais preocupante, foram os dois comentários que deixou no ar:
Um, que as medidas de Sócrates não passam de “aspirinas” e que é o problema de fundo (despesa) que vai ter que ser atacado, sob pena de, daqui a uns anos, termos os IVA ª.. 35%.
O outro de que, por este andar, Portugal estará falido dentro de 10 anos.
Aterrador.
Nua.
Crua.
A realidade desmontada por Medina Carreira, em entrevista aos “Negócios da Semana” (Sic) é uma visão assustadora, porém creio que realista, do Portugal que estamos a construir todos os dias.
Pelo primeira vez ouvi, de uma forma clara, alguém atirar-se, com números e, sobretudo, com a experiência, ao desastre que foi o Euro 2004, ao disparate que são os projectos do TGV e da OTA, à fraude em torno da formação profissional, à imperatividade de bulir com a função pública, dispensando os excedentes (meu deus, como tudo ficaria mais limpo) e tratando-os como são tratados os cidadãos normais (leia-se mão funcionários públicos).
Pela primeira vez ouvi alguém, politicamente incorrecto, é certo, dizer que andamos aos tiros aos pés, a desbaratar milhões de fundos de coesão sem aproveitamento real, iludidos com uma realidade consumista que não pode continuar a alimentar.
E, o que foi mais preocupante, foram os dois comentários que deixou no ar:
Um, que as medidas de Sócrates não passam de “aspirinas” e que é o problema de fundo (despesa) que vai ter que ser atacado, sob pena de, daqui a uns anos, termos os IVA ª.. 35%.
O outro de que, por este andar, Portugal estará falido dentro de 10 anos.
Aterrador.
quarta-feira, maio 25, 2005
OS INIMPUTÁVEIS
São inimputávais (ou contumazes, como li aqui)como Santana Lopes e Bagão Félix, que venderam o fim do aperto no mais demagógico discurso cacique de que há memória que legitimam o não menos demagógico discurso do nosso primeiro, agora a aumentar o IVA para 21%, o IRS para 42%, etc., etc.
É assim uma espécide de "atrás de mim virá"... mas ao contrário
É assim uma espécide de "atrás de mim virá"... mas ao contrário
terça-feira, maio 24, 2005
GRAÇAS DA DEUS
António Guterres eleito ACNUR.
Graças a Deus.
Agora é certo que não é presidenciável.
E já agora que falamos de cunhas: não se arranja nada para o Sr. Cavaco? Género comissariado para o Bolo Rei?
Graças a Deus.
Agora é certo que não é presidenciável.
E já agora que falamos de cunhas: não se arranja nada para o Sr. Cavaco? Género comissariado para o Bolo Rei?
segunda-feira, maio 23, 2005
SERVIÇO PÚBLICO
Magnífico serviço público de televisão.
O défice é anunciado a.... 6,83%.
O país mergulhado numa das maiores crises da sua democracia.
O boletim de propaganda (perdão, Jornal da Tarde) abre com a vitória vermelha.
O défice é anunciado a.... 6,83%.
O país mergulhado numa das maiores crises da sua democracia.
O boletim de propaganda (perdão, Jornal da Tarde) abre com a vitória vermelha.
Tacticismos
Táctica. Muita táctica. Foi esta a verdade do título.
Apenas o vencedor foi mal anunciado.
É que o verdadeiro campeão deveria ser o Governador do Banco de Portugal, como avançado, e José Sócrates, na qualidade de técnico.
A anúncio dos 6,83% do défice, e das consequentes medidas correctivas, em plena ressaca da vitória vermelha, denunciam uma perspicácia e um calculismo soberbos.
Hoje, até o IRS podia subir, as Scuts passarem a ser pagas, e o pão tornar-se, por decreto, “objecto de luxo”.
Não há nada que incomode ou demova uma nação ébria de emoção.
Faltaram as sardinhas a Sócrates e a Mariza (dado que a antecessora repousa no Panteão) para o filme estar completo.
Apenas o vencedor foi mal anunciado.
É que o verdadeiro campeão deveria ser o Governador do Banco de Portugal, como avançado, e José Sócrates, na qualidade de técnico.
A anúncio dos 6,83% do défice, e das consequentes medidas correctivas, em plena ressaca da vitória vermelha, denunciam uma perspicácia e um calculismo soberbos.
Hoje, até o IRS podia subir, as Scuts passarem a ser pagas, e o pão tornar-se, por decreto, “objecto de luxo”.
Não há nada que incomode ou demova uma nação ébria de emoção.
Faltaram as sardinhas a Sócrates e a Mariza (dado que a antecessora repousa no Panteão) para o filme estar completo.
domingo, maio 22, 2005
ROUBO
Um roubo de Catedral aquele golo do Benfica no Bessa.
E agora, não haverá um "Apito Vermelho (perdão, encarnado)"?
E agora, não haverá um "Apito Vermelho (perdão, encarnado)"?
sexta-feira, maio 20, 2005
ESQUIZOFRENIA
Já ninguém acredita nas quimeras de Rui Rio e, creio mesmo, na bondade das suas posições.
Aparentemente empenhado em “cortar a direito”, Rio assumiu, desde o início do seu mandato, um estilo buldozer, género elefante numa montra de cristais. Tanta obstinação tem os resultados à vista.
Divorciado da cidade, da realidade, corre atrás de nada e chega sempre a lado nenhum.
O famigerado túnel do Santo António/Soares dos Reis é o exemplo.
Esqueceu o IPPAR, a quem estava obrigado a consultar previamente. E, quando este se pronunciou, discordou, é claro.
Depois incompatibilizou-se com o poder político, discordando da decisão da tutela (leia-se Ministra da Cultura) que... fez aplicar a lei.
Vai daí a providência cautelar no tribunal administrativo. Nova derrota.
Conformismo?
Não. Há que apelar ao Primeiro-Ministro.
E depois? Aos deuses?
Faz-me lembrar a história da mãe que, na parada, viu o seu filho como o único, entre 100 soldados, a marchar no passo certo. E tanto imbecil, desalinhado do seu menino.
O homem está convencido das suas verdades? Que é o único a ver?
Não creio.
Porque se está, então o caso é mais grave. E então apelo a uma alma caridosa que lhe prescreva uma daquelas injecções que permitem aos esquizofrénicos terem uma vida mais ou menos normal.
Aparentemente empenhado em “cortar a direito”, Rio assumiu, desde o início do seu mandato, um estilo buldozer, género elefante numa montra de cristais. Tanta obstinação tem os resultados à vista.
Divorciado da cidade, da realidade, corre atrás de nada e chega sempre a lado nenhum.
O famigerado túnel do Santo António/Soares dos Reis é o exemplo.
Esqueceu o IPPAR, a quem estava obrigado a consultar previamente. E, quando este se pronunciou, discordou, é claro.
Depois incompatibilizou-se com o poder político, discordando da decisão da tutela (leia-se Ministra da Cultura) que... fez aplicar a lei.
Vai daí a providência cautelar no tribunal administrativo. Nova derrota.
Conformismo?
Não. Há que apelar ao Primeiro-Ministro.
E depois? Aos deuses?
Faz-me lembrar a história da mãe que, na parada, viu o seu filho como o único, entre 100 soldados, a marchar no passo certo. E tanto imbecil, desalinhado do seu menino.
O homem está convencido das suas verdades? Que é o único a ver?
Não creio.
Porque se está, então o caso é mais grave. E então apelo a uma alma caridosa que lhe prescreva uma daquelas injecções que permitem aos esquizofrénicos terem uma vida mais ou menos normal.
quinta-feira, maio 19, 2005
quarta-feira, maio 18, 2005
terça-feira, maio 17, 2005
Ouros
Tribunal. Juizos Criminais do Porto.
Onze da manhã e aguardo, sonolentamente, pela minha vez.
O julgamento, agendado para as 9,15 h está, como sempre, atrasado.
Na audiência que decorre, e que antecede aquela onde o meu cliente é protagonista, discute-se a emissão de uns cheques sem provisão .
No final, e pretendendo apurar a situação económica da arguida (essencial para aplicação da pena adequada, caso seja de multa), estabelece-se o seguinte diálogo entre esta e a magistrada:
“JUIZ – Então quanto ganha?
ARGUIDA – 70 ouros
JUIZ – 70 euros por um mês de trabalho?
ARGUIDA – Sim
JUIZ – A senhora quer que eu acredite?
ARGUIDA – Ora bem (hesita. Pensa um pouco e atira): a senhora doutora dá-me licença de dizer em dinheiro?
JUIZ – Em escudos, é?
ARGUIDA – Sim, em dinheiro. São quase 140 contos. Eu não compreendo nada dessa coisa dos ouros. Em dinheiro é mais fácil de falar.
JUIZ – A senhora foi à escola até quando?
ARGUIDA – Até à quarta classe.”
Estou convicto que a história é demonstrativa do muito que há a fazer até que este passo da integração europeia (a moeda única) esteja concluído. Não chega o papel. É precisa a aculturação.
E, perante este cenário, pergunto: que sentido faz avançar-se, à força, para uma integração ainda mais alargada, que comporte, entre outros, uma lei constitucional comum (e se calhar, mais tarde, um só exército, uma só soberania, uma só lingua etc.etc.), como aquela que brevemente referendaremos?
Penso que nenhum.
E são exemplos como este que me alimentam a esperança de, se não for pelo convencimento, pelo menos pelo tiro à sorte, que o referendo sobre a constituição europeia venha a chumbar, em França e entre nós.
Onze da manhã e aguardo, sonolentamente, pela minha vez.
O julgamento, agendado para as 9,15 h está, como sempre, atrasado.
Na audiência que decorre, e que antecede aquela onde o meu cliente é protagonista, discute-se a emissão de uns cheques sem provisão .
No final, e pretendendo apurar a situação económica da arguida (essencial para aplicação da pena adequada, caso seja de multa), estabelece-se o seguinte diálogo entre esta e a magistrada:
“JUIZ – Então quanto ganha?
ARGUIDA – 70 ouros
JUIZ – 70 euros por um mês de trabalho?
ARGUIDA – Sim
JUIZ – A senhora quer que eu acredite?
ARGUIDA – Ora bem (hesita. Pensa um pouco e atira): a senhora doutora dá-me licença de dizer em dinheiro?
JUIZ – Em escudos, é?
ARGUIDA – Sim, em dinheiro. São quase 140 contos. Eu não compreendo nada dessa coisa dos ouros. Em dinheiro é mais fácil de falar.
JUIZ – A senhora foi à escola até quando?
ARGUIDA – Até à quarta classe.”
Estou convicto que a história é demonstrativa do muito que há a fazer até que este passo da integração europeia (a moeda única) esteja concluído. Não chega o papel. É precisa a aculturação.
E, perante este cenário, pergunto: que sentido faz avançar-se, à força, para uma integração ainda mais alargada, que comporte, entre outros, uma lei constitucional comum (e se calhar, mais tarde, um só exército, uma só soberania, uma só lingua etc.etc.), como aquela que brevemente referendaremos?
Penso que nenhum.
E são exemplos como este que me alimentam a esperança de, se não for pelo convencimento, pelo menos pelo tiro à sorte, que o referendo sobre a constituição europeia venha a chumbar, em França e entre nós.
domingo, maio 15, 2005
As novas placas toponímicas do Porto revelam-se de uma inutilidade atroz.
Foram de certeza desenhadas por que ou não tem que as ler, pois só são legíveis a dois ou três metros de distância, como o comprovam as duas fotos que ilustram o post: uma tirada a dois mestros, a outra a dez.
Está-se a ver o automobilista, enfiado no trânsito sôfrego, empenhado em ler se é aquela rua por onde pretende seguir percurso. Está-se a ver os que o sucedem, no dia a dia de uma movimentada via, com paciência, compreensívos, que ele pare, olhe, leia, conclua, e siga caminho.
É um dos casos flagrantes de mudança para pior.
sexta-feira, maio 13, 2005
LEÃO
A dúvida mantém-se, inexorável: nunca cuidei de perceber se sou mais Dragão ou anti-lampião.
Os sentimentos são do mesmo tamanho, só que em vez de se tangerem, estão em extremos opostos.
Por isso, amanhã, e só amanhã, serei todo verdinho.
Leão se preferirem.
É que já não acredito no meu Dragão.
Assim, sem mais.
Básico.
Despido de preconceitos.
P.S. Quarta, é claro, volto a ser Russo. CSKA. Sem hipocrisias.
Os sentimentos são do mesmo tamanho, só que em vez de se tangerem, estão em extremos opostos.
Por isso, amanhã, e só amanhã, serei todo verdinho.
Leão se preferirem.
É que já não acredito no meu Dragão.
Assim, sem mais.
Básico.
Despido de preconceitos.
P.S. Quarta, é claro, volto a ser Russo. CSKA. Sem hipocrisias.
DESMANCHO
Anseio pela hora do "desmancho" do portismo (de Portas, Paulo, também feirante).
Por que ao contrário dos mais optimistas, não acho que a subida do sujeito ao poder se tenha tratado de um erro de “casting”, nem a corrida que a populaça lhe deu em Fevereiro produziu, ainda, os efeitos desejados.
A toxicidade do populismo, da demagogia e política fácil, demora a remover, e não é a copinhos de leite que se trata. É preciso mesmo uma grande dose de quimioterapia.
Expurgar do aparelho o “aparelhismo” que instalaram vai demorar rios de paciência e, sobretudo, tenacidade.
Os resíduos deixados pelo ambientalista!!! Guedes (Nobre tenho dúvidas), pelo turista Telmo só saem a creolina. E, pior que isso, são a ponta do novelo.
Evidência disso mesmo as raízes deixadas, feitas de Melos e outros quantos imberbes, que vão passeando em passos perdidos (perdão, nos passos perdidos), e que só secarão a água quente e sal.
Os “desmancho” de Portas começou em Fevereiro.
Teve continuidade no Congresso de Abril.
Esperemos que se consume com as Lezírias.
Se não, o menino ainda vai a banhos para a Flórida para voltar em braços, dentro de uns meses, num pseudo barrosismo de resultado já visto.
Por que ao contrário dos mais optimistas, não acho que a subida do sujeito ao poder se tenha tratado de um erro de “casting”, nem a corrida que a populaça lhe deu em Fevereiro produziu, ainda, os efeitos desejados.
A toxicidade do populismo, da demagogia e política fácil, demora a remover, e não é a copinhos de leite que se trata. É preciso mesmo uma grande dose de quimioterapia.
Expurgar do aparelho o “aparelhismo” que instalaram vai demorar rios de paciência e, sobretudo, tenacidade.
Os resíduos deixados pelo ambientalista!!! Guedes (Nobre tenho dúvidas), pelo turista Telmo só saem a creolina. E, pior que isso, são a ponta do novelo.
Evidência disso mesmo as raízes deixadas, feitas de Melos e outros quantos imberbes, que vão passeando em passos perdidos (perdão, nos passos perdidos), e que só secarão a água quente e sal.
Os “desmancho” de Portas começou em Fevereiro.
Teve continuidade no Congresso de Abril.
Esperemos que se consume com as Lezírias.
Se não, o menino ainda vai a banhos para a Flórida para voltar em braços, dentro de uns meses, num pseudo barrosismo de resultado já visto.
quinta-feira, maio 12, 2005
GUEDES, NOBRE?
O Guedes, que dizem que é Nobre (mas afinal até as salsichas o são) lá se safou do processo da casinha na Arrábida.
Aquela no parque protegido, que só gente da laia dele (leia-se, imiscuida no poder até aos ossos) consegue ter.
Mas agora, já sem o poder, será que se safa do escândalo da Vargem Fresca?
Aquela no parque protegido, que só gente da laia dele (leia-se, imiscuida no poder até aos ossos) consegue ter.
Mas agora, já sem o poder, será que se safa do escândalo da Vargem Fresca?
QUALIDADES
«Matar uma criança no seio materno é mais violento do que matar uma criança de cinco anos»
Adivinhe quem disse isto:
Um padre
Um inapto
Um acéfalo
Acertou.
Tinha as três "qualidades"
Adivinhe quem disse isto:
Um padre
Um inapto
Um acéfalo
Acertou.
Tinha as três "qualidades"
sábado, maio 07, 2005
JARDINADAS
Das duas uma.
Ou o critério que tem presidido às escolhas autárquicas de Marques Mendes é político (e compreendo e até aplaudo as últimas que colocaram ponto final aos Valentins e Isaltinos).
Ou o critério é político-jurídico, e além das contradições de Mendes, eles revelam um caciquismo ainda mais atroz do que aquele que ele pretende (supostamente) arredar.
No primeiro caso, Mendes não quererá alimentar o caciquismo de Valentim e Isaltino, e está no pleno direito de, enquanto líder do partido, lhes retirar o tapete, procurando conferir uma nova competência ao frangalho em que as últimas legislativas colocaram a manta rota a que ele preside.
No segundo caso, estará a fazer um intolerável julgamento sumário, uma condenação ante-sentença, a dois arguidos cabendo perguntar onde guardou o jurista Marques Mendes a presunção da inocência dos arguidos, que deve durar até ao trânsito em julgado da sentença?
E, nesta segunda hipótese (para que me inclino) ao não usar o mesmo critério para com Isabel Damasceno, estará a descer a um caciquismo mais troglodita que o de Valentim e Isaltino.
Está a pôr-se ao nível dos “Jardins”.
Ou o critério que tem presidido às escolhas autárquicas de Marques Mendes é político (e compreendo e até aplaudo as últimas que colocaram ponto final aos Valentins e Isaltinos).
Ou o critério é político-jurídico, e além das contradições de Mendes, eles revelam um caciquismo ainda mais atroz do que aquele que ele pretende (supostamente) arredar.
No primeiro caso, Mendes não quererá alimentar o caciquismo de Valentim e Isaltino, e está no pleno direito de, enquanto líder do partido, lhes retirar o tapete, procurando conferir uma nova competência ao frangalho em que as últimas legislativas colocaram a manta rota a que ele preside.
No segundo caso, estará a fazer um intolerável julgamento sumário, uma condenação ante-sentença, a dois arguidos cabendo perguntar onde guardou o jurista Marques Mendes a presunção da inocência dos arguidos, que deve durar até ao trânsito em julgado da sentença?
E, nesta segunda hipótese (para que me inclino) ao não usar o mesmo critério para com Isabel Damasceno, estará a descer a um caciquismo mais troglodita que o de Valentim e Isaltino.
Está a pôr-se ao nível dos “Jardins”.
quarta-feira, maio 04, 2005
COERÊNCIA ABORTADA
É preocupante o tempo que a república portuguesa leva a resolver um problema básico de saúde pública que vem sendo a sucessão de abortos clandestinos que matam e incapacitam mães e filhos a um ritmo assustador.
A última decisão do Presidente da República, de recusar agendar data referendária, para além de vir na linha de um atitude algo cobarde que vem caracterizando o seu mandato, não passa de mais um adiamento, mais um chutar para a frente.
Recordo que foi o mesmo PR que apelou à complacência dos Tribunais em julgarem mulheres que praticaram abortos.
Afinal em que ficamos: recusamos o poder que temos na mão para decidir (agendar um novo referendo) e rogamos a quem tem o dever (cego, dizem) de julgar que... não julgue!!!
Muitas vezes me tenho questionado sobre o porquê de não se poder, no mesmo dia, eleger autarcas, referendar o aborto, a constituição europeia e até a regionalização? O que impede a simultaneidade de consultas populares? Acho que nada, pelo que o argumento de “falta de datas” não colhe.
Com tudo isto, estou tentado a dar razão ao PCP (que já aqui critiquei pela mesma razão): a Assembleia da República que decida, através de acto legislativo próprio, se o aborto (ou IVG para os mais polidos) é ou não legítimo até às 10 semanas, desde que praticado em estabelecimento hospitalar próprio e por vontade expressa da mulher que o pratica (que é vitima).
É que já incomoda tanto adiamento. E começa a cheirar mal a hipocrisia dos que defendem a vida mas não se atrevem a pedir a condenação de quem, no seu entender, a viola. Coerência, coerência.
A última decisão do Presidente da República, de recusar agendar data referendária, para além de vir na linha de um atitude algo cobarde que vem caracterizando o seu mandato, não passa de mais um adiamento, mais um chutar para a frente.
Recordo que foi o mesmo PR que apelou à complacência dos Tribunais em julgarem mulheres que praticaram abortos.
Afinal em que ficamos: recusamos o poder que temos na mão para decidir (agendar um novo referendo) e rogamos a quem tem o dever (cego, dizem) de julgar que... não julgue!!!
Muitas vezes me tenho questionado sobre o porquê de não se poder, no mesmo dia, eleger autarcas, referendar o aborto, a constituição europeia e até a regionalização? O que impede a simultaneidade de consultas populares? Acho que nada, pelo que o argumento de “falta de datas” não colhe.
Com tudo isto, estou tentado a dar razão ao PCP (que já aqui critiquei pela mesma razão): a Assembleia da República que decida, através de acto legislativo próprio, se o aborto (ou IVG para os mais polidos) é ou não legítimo até às 10 semanas, desde que praticado em estabelecimento hospitalar próprio e por vontade expressa da mulher que o pratica (que é vitima).
É que já incomoda tanto adiamento. E começa a cheirar mal a hipocrisia dos que defendem a vida mas não se atrevem a pedir a condenação de quem, no seu entender, a viola. Coerência, coerência.
terça-feira, maio 03, 2005
segunda-feira, maio 02, 2005
EUTANÁSIA
Não sou contra nem a favor da eutanásia.
Acho que não é assunto em que a discussão se possa travar nessa perspectiva de contra ou a favor.
Não há barricadas (nem pode haver) numa discussão desta índole, em que eu estou do lado de cá e alguns estão comigo; mas outros estão do lado de lá, e por isso contra mim.
O “clubismo” nesta discussão é de um redutivismo trôpego.
O esquerda/direita, católico/ateu, conservador/progressista, não cabe no debate.
Porque sempre que falamos daquilo que as pessoas têm de mais íntimo e à utilização individual que lhe pretendem dar, só a elas pode dizer respeito.
A decisão, quando o sujeito tenha capacidade de expressar vontade, apenas lhe pode caber a ele, sem qualquer direito de ingerência de terceiro. Moral ou material.
Sem dúvida mais problemático será quando essa vontade não tem forma de ser expressa, face ao estado incapacitante do sujeito, e sem que o tenha sido, de forma livre, anteriormente dita.
Confesso que aqui não tenho uma opinião definitiva sobre a questão.
Penso, contudo, que uma solução como a que a Lei Civil preconiza para os estados de incapacidade absolutos será a mais adequada. A nomeação, por tribunal, de um “tutor de vida” (ou um conselho de tutores), necessariamente criados a partir de quem se encontrava mais próximo do enfermo, será o que melhor cumprirá o que vai acima dito: aproximar a decisão, tanto quanto possível, do que seria a vontade do próprio, se estivesse em condições de a expressar.
Acho que não é assunto em que a discussão se possa travar nessa perspectiva de contra ou a favor.
Não há barricadas (nem pode haver) numa discussão desta índole, em que eu estou do lado de cá e alguns estão comigo; mas outros estão do lado de lá, e por isso contra mim.
O “clubismo” nesta discussão é de um redutivismo trôpego.
O esquerda/direita, católico/ateu, conservador/progressista, não cabe no debate.
Porque sempre que falamos daquilo que as pessoas têm de mais íntimo e à utilização individual que lhe pretendem dar, só a elas pode dizer respeito.
A decisão, quando o sujeito tenha capacidade de expressar vontade, apenas lhe pode caber a ele, sem qualquer direito de ingerência de terceiro. Moral ou material.
Sem dúvida mais problemático será quando essa vontade não tem forma de ser expressa, face ao estado incapacitante do sujeito, e sem que o tenha sido, de forma livre, anteriormente dita.
Confesso que aqui não tenho uma opinião definitiva sobre a questão.
Penso, contudo, que uma solução como a que a Lei Civil preconiza para os estados de incapacidade absolutos será a mais adequada. A nomeação, por tribunal, de um “tutor de vida” (ou um conselho de tutores), necessariamente criados a partir de quem se encontrava mais próximo do enfermo, será o que melhor cumprirá o que vai acima dito: aproximar a decisão, tanto quanto possível, do que seria a vontade do próprio, se estivesse em condições de a expressar.
Não podemos parar
“Se o Benfica for campeão o país vai parar”
Luís Filipe Vieira
A bem do PIB, da almejada produtividade, da sanidade do país, do coração do orelhas, da felicidade das mães de família, anseia-se por um glorioso que se fique, pelo menos, pela pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Crítico dixit
Luís Filipe Vieira
A bem do PIB, da almejada produtividade, da sanidade do país, do coração do orelhas, da felicidade das mães de família, anseia-se por um glorioso que se fique, pelo menos, pela pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Crítico dixit
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