terça-feira, janeiro 29, 2008

REMODELAÇÃO? PURA COSMÉTICA

A remodelação governamental, sobretudo na saúde, é pura poeira nos olhos.
Nunca o problema foi Correia de Campos (embora lhe reconheça o jeitinho de elefante quando toca a explicar aquilo que andava a fazer) mas de política que não acredito que dependesse dele.
Acaso alguém pensa que Ana Jorge vai deixar de fechar hospitais ou centros de saúde? Ou que vai haver mais dinheiro para o sector? Pelo contrário. Com esta mudança, o período de nojo dedicado a Campos e o benefício da dúvida à nova senhora, vai até dar para cortar ainda mais a direito. O caminho é esse e ninguém tenha ilusões. O interior vai ficar mais deserto. Os velhos mais desprotegidos. Os doentes mais abandonados. As assimetrias cada vez mais descaradas. E Sócrates cada vez mais ébrio e cego com o poder que tem.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

MINISTRO DA JUSTIÇA

Quem souber (e quiser) fazer contas, conclui, pela análise do novo regime do apoio judiciário (regime jurídico destinado a apoiar pessoas com falta de capacidade económica nos seus recursos à justiça, designadamente conferindo-lhe isenção de pagamento de custas com os Tribunais e nomeação do Advogado) que um Advogado que pretenda entrar no novo regime receberá qualquer coisa como €. 7,00 (sim, são SETE euros) mensais por cada processo que trate.
São estas as reformas avisadas e pomposamente anunciadas pelo nosso Ministro da Justiça.
Um pau de marmeleiro, bem grosso, no lombo daquele que também já foi Advogado talvez contribuísse para lhe abrir os olhos. Ou, pelo menos, çpara ter decoro ao anunciar medidas como esta como se de grandes reformas se tratasse. Está bom de ver o fracasso a que o novo regime está votado pois nenhum Advogado vai aceitar trabalhar por estes valores.

CEMITÉRIOS

Se decidir ter um acidente, o melhor mesmo é morrer. É que, como o Governo ainda não mandou fechar os cemitérios, sempre tem para onde ir. Já se precisar de um hospital ou centro de saúde... A não perder RAP hoje, aqui.

domingo, janeiro 27, 2008

JESUALDO

Se Jesulado tivesse tudo no sítio, Quaresma, com os mimos que lhe dirigiu, nem sequer era convocado no próximo jogo.
Mas isso era se OS tivesse no sítio.
Nunca vi mas aposto que não os tem.

TREINADOR

Aos 13 minutos estava 1-0. Aos 15 2-0.
Primeira alteração feita pelo Jesualdo: 45 minutos.
Mais palavras para quê?

sexta-feira, janeiro 25, 2008

VERDADES

Este é o verdadeiro cancro do país. Um daqueles que devora devagarinho, em silêncio, mas devora. Até deixar só ossos e pele à mostra. Como no Banco de Portugal. Nas Câmaras em geral. Em tudo o que é instituto público. E tantos, tantos outros.

RUA

Se pensarmos bem, o aumento da carga fiscal imposta por Sócrates é até o mal menor de toda a atablhoada política sócio-económica do Governo.
Os encarramentos de hospitais, tribunais e escolas, os cortes nas progressões nas carreiras, as lista de proscritos na função pública, o aumento da pressão repressiva do estado (com verdadeiras perseguições do fisco, da polícia, da ASAE, da ERC, etc.etc, sôfregas em cobrar comissões de trabalho hoje denominada coimas), os cortes nos benefícios (renda apoiada para jovens, apoio judiciário), o aumento brutal dos custos com o recurso ao estado (baste ver o Código das Custas Judiciais que retira o intento que qualquer um tenha de recorrer aos Tribunais), a presunção de culpabilidade que impende sobre cada cidadão nas relações com o estado são tudo medidas cegas e mudas mas muito mais violentas que os 2% do IVA ou os 2,5% do IRS. Apenas demoram mais tempo a ser notadas e, por isso, a pôr as pessoas na rua. Mas lá virá o tempo.

LUCROS

No dia em que se conheceu a maior fraude do sector financeiro, a mesma sociedade defraudada, a Société Générale anunciou, sem modéstia, a acumulação de várias centenas de milhões de Euros de lucros.
Ou seja, pese embora o rombo económico de 4,9 MIL MILHÕES DE EUROS (dois aeroportos de Lisboa), sem pundunor, ainda se gabam dos ganhos astronómicos (que, obviamente, não passam de mera cosmética contabilística).
Numa sociedade cada vez mais desigual como a francesa, onde a mesa farta de um contrasta com com o ronco das barrigas vazias da maioria, o exemplo devia fazer pensar o que andamos a fazer. Mas isso implicava parar um bocadinho. E não há tempo para isso.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

ESTADO DE SÍTIO

A decisão do Tribunal Administrativo do Porto de obrigar o Estado a reintegrar 63 funcionários públicos colocados, de forma unilateral e ilegal, no regime da mobilidade, pese embora seja ainda preliminar (trata-se de uma mera decisão de um providência cautelar, que ainda por cima pode ser objecto de recurso) é o melhor sinal que os Tribunais podiam dar ao verdadeiro Estado de Sítio que o Governo tem vindo a criar.
Como órgãos de soberania os Tribunais também têm a função de pôr os Estado nos eixos quando este abandalha o sistema, viola a Lei e ruma a um horizonte que só ele parece ver.
Não tenho grandes dúvidas que o futuro próximo será assim: o Estado a atropelar o Estado de Direito e os Tribunais a decidirem em contrário. Porque, legalmente falando, o Estado de Sócrates é um bandido. E precisa de ser contido.

terça-feira, janeiro 22, 2008

SECTOR PÚBLICO

Há duas horas que aqui defronte, junto a uma clínica de fisioterapia, está estacionado um carro com a seguinte inscrição na porta: cultalg.
Um motorista espera, de mãos nos bolsos e encostado ao carro, que o tratamento do transportado termine.
Intrigado fui ver quem é que se deva ao luxo de ter um empregado inactivo por um par de horas. O resultado não me espantou.

terça-feira, janeiro 15, 2008

TAMBÉM ACHO ISSO

Vara é a prova de que mesmo dentro de um administrador milionário bate um coração de sindicalista, desejoso acima de tudo de manter um emprego para a vida. Os capitalistas desta terra parecem aqueles jovens adultos que querem muito parecer emancipados e ter o seu próprio apartamento, mas que depois vão aos domingos a casa da mamã deixar a roupa suja e buscar tupperwares com comida. Armando Vara não se contenta só com os tachos - ele quer um armário para os guardar.

VIEIRA E O TRATADO

Vieira, ou o vendedor de pneus, faz-me lembrar assim uma espécie de especulador bolsista que anda a perder dinheiro aos clientes há quatro anos mas, de cada vez que é confrontado com a desgraça promete mais valias certas e duradouras.
Depois de ter ido buscar o novo Paolo Maldini, Vieira promete que agora é que vai ser.
Aliás, refira-se, deslumbramento não falta ali na segunda circular para gáudio de todos nós que achamos que, por muito que sofram, nunca compensarão o muito que foram beneficiados enquanto clube do estado novo.
É por isso que Sócrates tem razão em não referendar o tratado da união. Se seis milhões não vêem o óbvio, algum dia teriam competência para ler as entrelinhas do documento de Lisboa?

domingo, janeiro 13, 2008

UM CLUBE A MAIS

A bem da auto-estima de seis milhões de "Tugas" e de mais uma mão cheia de invejosos, devia a Comissão Europeia decretar, abrigada na livre circulação de trabalhadores, que o FC Porto começasse a disputar o campeonato de Espanha, dando assim espaço ao chauvinismo vermelho e à mediocridade verde.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

NEM MAIS NEM MENOS

Nunca tive grandes dúvidas de que Sócrates não iria aceitar o referendo ao Tratado de Lisboa. É preciso perceber como funciona a cabeça do primeiro-ministro. Cá na terra, Sócrates tem poder e serve-se dele para impor uma imagem, vigiar todos os meios que o podem fragilizar e evitar os opositores. Na Europa, onde não tem poder nenhum, o primeiro-ministro só pode ser o que demonstrou na última presidência portuguesa: um facilitador, um simples, um "porreiro".

Claro que nem Sócrates, um mestre de aparências, é capaz de esconder o que aqui ostensivamente sucedeu. Houve mesmo um acordo explícito (chamar-lhe um "acordo tácito" é um pouco insultuoso) entre os diversos governos europeus para se evitar qualquer tipo de referendo. O Tratado de Lisboa foi assinado sob condição e reserva. E Sócrates desempenhou o papel que lhe cabia nesta extraordinária encenação.

Para além disso, são só pseudofactos com que procuram entreter-nos. Decisões irreversíveis que depois aparecem disfarçadas de dolorosos processos de reflexão. O debate que mais cedo ou mais tarde precisamos de enfrentar a sério é sobre o tipo de política democrática que está a ser feito nas instituições europeias. Não é tanto nem sobretudo o problema de referendar ou não referendar este tratado.

Tudo, pelo punho de Pedro lomba, aqui.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

VAREJADOS

PS defende licença sem vencimento de Vara na CGD
Perderam, de vez, a vergonha.

SÓCRATES

Um dos mais perigosos tiques de quem se sente confortavelmente instalado no poder é o autismo.
A perda de noção da realidade, do decoro e do senso é, nestas situações, mais inebriante que um jarro de vodka a empurrar valiuns pela goela.
Sócrates e o PS sentem-se, neste momento, os reis da nação. Olham para a concorrência e vêem uma mediocridade que só lhe faz crescer o ego (na exacta proporção da falta de senso). Acham-se capazes de tudo. Donos de tudo.
Acham que engolimos todas as patranhas que a sua máquina de propaganda nos vende. Aliás, já nem se preocupam se as compramos ou não: simplesmente as vendem e ponto.
O escândalo do encerramento das urgências (o plano de substituição não está a ser cumprido) do desemprego (prometeu 150 000 empregos mas a verdade mostra que há um défice de 20 000, ou seja, 170 000 a menos), o encerramento de escolas e tribunais no interiror (e o consequente despovoamento), as trapalhadas com o novo aeroporto (agora dão-se ao luxo de dizer que, se calhar, não vão dar a conhecer o estudo do LNEC e, provavelmente, fazem o jeito a alguns amigos com terrenos na OTA) são tudo sintomas. Entre centenas de outros.
A gripe essa está bem espelhada na quebra da palavra e da promessa eleitoral de referendar o tratado europeu que hoje vai anunciar no parlamento.
Sócrates evoluiu da autoridade para o autoritarismo. Instalou um estado semi-policial mas esqueceu-se que temos 30 anos de exercício democrático. Está a um passo de ter a população na rua a clamar pela sua cabeça e, só Deus sabe, a pedir o quê mais. E só ele (e a soberba dos aparelhistas socialistas) não o conseguem ver.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

SUPERVISOR

Depois de ter falhado tão redondamente no exercício da sua principal função - supervisão - como é que Vítor Constâncio pode continuar a pensar em aparecer ao país como o garante do bom funcionamento das instituições financeiras que lhe cumpre fiscalizar?
Não o perceberia nem que o seu erro com o BCP tivesse resultado de mera negligência (o que, está na cara, não foi o caso).

CAMPEONATO

A mediocridade da super-equipa de Vieira (a equipa que mais investiu no defeso) e os mergulhos na desgraça dos super-aprumados de Alvalade vão empurrar o muitas vezes medíocre FC Porto de Jesulado para o título.
Mas títulos são títulos e não deixa de ter muita graça o ar enfiado e macambúzio do recauchutador de Alverca, que de D. Quixote passou, em dois meses, a capuchinho vermelho.
Quanto ao Sporting, o problema de sempre: julgam que é com pedras de gelo a tilintar nas bordas do copo de Glenfidich que ganham algum coisa...

quinta-feira, janeiro 03, 2008

REGRESSO...

... mas contrariado. E com muito mais colesterol.