quinta-feira, julho 26, 2007

OPA II

Fernando Ulrich disse, em entrevista ao Diário Económico, que “Está fora de questão OPA ao BCP”.
Utilizando um paralelismo futeboleiro, tão do nosso agrado, de cada vez que um presidente vem ao terreno afirmar a confiança no seu treinador ele não dura, normalmente, mais de um ou duas semanas no cargo...

OPA

Pode não ser bonito.
Pode não ser didático.
Mas a vingança serve-se fria. De preferência vinda directamente do congelador.

terça-feira, julho 24, 2007

TRIBUNAIS

Em 2002 um credor pediu que o tribunal solicitasse informações ao Banco de Portugal sobre a existência de eventuais contas abertas em nome de um devedor.
As informações foram prestadas pelas diversas instituições bancárias a esse mesmo Tribunal entre Junho e Julho de 2003.
O Tribunal remeteu as cópias dessas informações ao mandatário da credora em... Julho de 2007. Ou seja, demorou QUATRO anos a tirar 15 fotocópias e a remetê-las por correio.
A credora, que reclamava neste tribunal esta e várias outras dívidas, faliu em 2005. Por não conseguir cobrar o que lhe deviam.

segunda-feira, julho 23, 2007

MATERNIDADE

Durante o dia inteiro ouvi e li que o Governo adoptou novas medidas de apoio à natalidade, onde se inclui o alargamento da licença da maternidade para 150 dias.
Ora essa é uma regra que já está em vigor desde 2004, altura em que entrou em vigor a Lei 35, que o dispõe expressamente no art.º 68º.
É verdade que o Governo não tem culpa da ignorância dos jornalistas.
Mas pergunto se teria deixado ficar no ar a asneira caso ela fosse no sentido inverso, dizendo que a licença tinha passado de 150 para 120 dias? Teria o ministro Vieira da Silva, numa das 500 declarações que fez durante o dia, perdido a oportunidade de corrigir o erro?

BARÕES FALIDOS

O PSD foi sempre o cantão de barões e das baronesas. Nobres escondidos atrás do biombo das suas doutas opiniões. Gente notável que, em bom rigor, a maior parte das vezes pouco mais vale, democraticamente falando, que o seu voto.
Pergunto quantos votos vale Balsemão? Miguel Veiga? Manuela Ferreira Leite? Ângelo Correia? Eurico de Melo? Miguel Júdice? Mira Amaral? António Borges? Fernando Nogueira? Morais Sarmento? Aguiar Branco? etc.etc.etc.etc. Com sorte, a votos, colhiam a simpatia da família e pouco mais.
Todos falam, regularmente, de cátedra. Mas com a mesma regularidade recusam ir a jogo. E não é por falta de oportunidade.
Paradoxalmente, o dito partido dos barões entrega-se, regularmente, em actos suicidas, nas mãos dos bobos e dos caciques. Foi assim com Santana Lopes. Meros dois anos volvidos promete repeti-lo, agora com Menezes.
Os barões esses vão continuar escondidos nas cortes.

COMBUSTÃO

A combustão lenta mas progressiva de Portas, ainda por cima no braseiro que o próprio ateou, é um dos prazeres deste Verão. Que pretendo saborear até ao tutano.

quinta-feira, julho 19, 2007

MEIAS TINTAS

O partido das meias tintas que Portas construiu ruiu como um castelo de cartas.
Seja o CDS que herdou, o PP que construiu ou o CDS/PP que mitigou.
A dialética populista que o catapultou só dura um fogacho. O povo pode até não ser o paradigma da clarividência (e tem dado amiúdes provas que o não é) mas, com tempo e paciência, acaba por trazer alguma razão à bondade do voto.
Não se pode ser simultaneamente liberal ortodoxo e populista; urbano a falar de lavoura; conservador a armar-se em “sexy”; E pode demorar mas toda a gente acaba por perceber a total ausência de conteúdo programático das palavras de Portas, Telmo, Nobre Guedes e a mais meia dúzia de imberbes que os rodeiam que fazem da política a profissão e o caminho rápido e fácil para o sucesso. Pode demorar a cobrar mas ninguém gosta de ver outrém a ocupar o poder com golpes palacianos tão característicos em Portas. Já nem sequer a teoria da vitimização em noite eleitoral comove a malta. Está-se tudo nas tintas para um dos maiores caceteiros da política nacional do pós 25 de Abril. Ele tenta, desesperadamente, acreditar que não é assim.

ASSESSORES

Adivinhem lá quem é o autor da gracinha?
Chamam-lhe Tó-Zé. Dizem que é Seguro.
É de fugir.

quarta-feira, julho 18, 2007

NOTÍCIAS

notícias que só mesmo num pasquim ordinário como o 24 horas.
Drogba no FC Porto é tão credível e noticiável como uma nave bragançana acostar hoje à noite à lua; ou que Maria José Morgado está imbuída de espírito de missão na cruzada contra o crime. Há factos que fedem a milhas. Só lhe pega quem quer.

terça-feira, julho 17, 2007

MENEZES

Em 40 minutos de entrevista Menezes invocou, em jeito de comparação, Sá Carneiro por três vezes. E outras tantas Cavaco.
Disse por três ou quatro vezes que não queria falar de Mendes mas do país, mas de cada vez que pode bateu a bom bater no líder.
Sem uma única ideia válida, refugiado na trincheira do terrorismo político que anda a praticar por todas as distritais do país, Menezes minou a bom minar a direcção de Mendes, num escabroso exercício de demagogia e populismo de feira.
Se é verdade que Portas já mostrou que a receita está esgotada entre nós (pelo menos no voto popular), não é menos verdade que o PSD tem uma tendência nata para o auto-flagelo, elegendo lideres que não lembra ao diabo. Os mais de 40% que Menezes teve no último congresso são preocupantes. Mas mais preocupantes são as movimentações internas no PSD, que se está nas tintas para o bem do partido e do país. Os barões movem-se no escuro (Aguiar Branco, Rio, Ferreira Leite, Sarmento, etc.etc.) à procura da oportunidade que nunca tiveram. E marimbam-se se, para marcarem posição, o preço a pagar seja ter Menezes a correr para Primeiro-Ministro.

segunda-feira, julho 16, 2007

MENDES E OS VOTOS

Marques Mendes fez o aquilo que toda a gente lhe pedia e a única coisa que lhe restava: retirou a confiança ao cadáver político em que se tornara o presidente Carmona e provocou as eleições que toda a oposição queria mas que, hipocritamente, se recusava a reclamar.
Mendes voltou a fazer o que devia ao ir pescar uma candidatura credível – Fernando Negrão - de um homem com um discurso sério, com um passado impoluto.
Mendes deu o peito às balas e salvou Lisboa da incompetência governativa em que mergulhara e de onde o calculismo partidário (toda a gente sabia que nunca haveria um verdadeiro vencedor em eleições interlacares) se recusava a retirá-la.
Mendes mostrou ter sentido de oportunidade, de Estado e de ser, acima de tudo, sério.
Resultado: vai a directas com um playboy político – Menezes - (no PSD crescem como cogumelos) e com, quem sabe, mais um político de gabinete (os denominados barrosistas, seja lá isso o que for), daqueles que não tem coragem para deitar abaixo o líder de forma assumida mas, nos bastidores, não deixa de remexer o lixo à procura da sua oportunidade. E arrisca-se a perder numas eleições directas aquilo que lhe demorou anos a construir.
Resumindo: fez o que devia, como devia e quando devia (ok, talvez um bocadinho tarde).
Mas o voto, esse pilar cego da democracia, nem sempre é justo e esclarecido (Carmona ser o segundo mais votado é disso prova bastante), corre quase sempre atrás da demagogia e do discurso barato (como é que Santana alguma vez ganhou um acto eleitoral, nem que fosse para a administração do condomínio do prédio onde vive?), ou, pior ainda, do sebastianismo tão lusitano (Roseta é a sua prova cabal). E, ou muito me engano, vai comer Mendes vivo.

sexta-feira, julho 13, 2007

FRAUDE

Que mais precisa o homem de fazer para os responsáveis perceberem que José Couceiro é uma fraude e o banirem do futebol de vez?
Só falta entregarem-lhe os comandos da selecção principal para ele nem sequer conseguir chegar ao Euro...

RECURSOS

Tal qual está actualmente a lei processual civil admite recurso das decisões dos tribunais de primeira instância quando em causa esteja um valor superior a 3740,98 (750 contos). E admite recurso da decisão do tribunal de segunda instância (Relação) quando esse valor ascenda a 14 963,94 (3000 contos).
Ontem o Conselho de Ministros aprovou uma alteração legal que ditará que esses valores aumentem para o dobro.
Trata-se, dizem, de impedir que os Tribunais superiores andem ocupados a discutir bagatelas económicas.
Tudo estaria muito correcto, não fossem dois pequenos dados:
O primeiro, e mais importante, o facto das primeiras instâncias produzirem cada vez mais decisões más e injustas (a quantidade de vezes que a segunda instância as revoga ou altera é disso sintoma inequívoco). Má preparação dos magistrados, excesso de trabalho, tudo pode ser vir para explicar o facto. Mas não são culpados que se devem buscar, mas sim soluções. E por isso, na medida em que quarta a possibilidade de más decisões poderem ser corrigidas, esta opção legislativa é um erro. Em segundo lugar porque aquilo a que se chama bagatela económica é, se dividirmos pelos 12 meses do ano, menos que o salário médio nacional que, para quem não saiba, é de 650 euros (130 contos). Ora, dizer a um cidadão que não pode recorrer de uma decisão que ele entende injusta só porque o montante em causa é igual (ou ligeiramente inferior) ao seu salário de um ano inteiro, sugere-me uma “justiça!!!” de elite como no futuro o serão a assistência na saúde, a habitação ou outros valores que a revolução francesa nos ensinou como sendo a base de uma sociedade dita civilizada.

SUPREMO

O Supremo Tribunal de Justiça condenou, com uma severidade desusada, a seguradora Império a indemnizar com 600 mil euros o sofrimento e a incapacidade de uma vítima de acidente que ficou privada do uso de um braço.
Duas notas rápidas sobre as conclusões do acórdão.
"Acabou o tempo das indemnizações insignificantes", dizem os Conselheiros, numa acertividade que devia ter mais irmãs naquele Tribunal.
"O objectivo essencial do aumento dos prémios dos seguros não é o de garantir às companhias seguradoras a obtenção de lucros desproporcionados, mas antes o de, em primeira linha, assegurar aos lesados indemnizações adequadas", acrescenta o mesmo relator, num lirismo descontextualizado do mercado. A companhias são e serão máquinas de fazer dinheiro. Está-lhes no escopo social e no próprio "sangue". Basta olharmos para alguns sistemas judiciais onde as condenações são duras como esta foi (veja-se os EUA ou a Grã-Bretanha) para percebermos quem vai pagar a factura desta correcção jurisprudencial: os tomadores dos seguros. Que se tornarão, a breve trecho, numa elite rara.

quinta-feira, julho 12, 2007

CAVACADAS

Recados, recados, recados.
Tinha dito há muito que, mais dia menos dia, Cavaco começaria o magistério de ingerência e, sobretudo, influência.
Os recados subliminares ao estado da democracia, com que ontem encheu os microfones, são o primeiro passo. Vamos-nos preparando para a altura do salto.

TELMO

Telmo Correia está muito longe de poder vir a ser eleito.
São muito boas notícias para a sanidade da democracia.

CHAPUTA

Corrigo informação anterior: Ricardo não foi vendido por 3 mas sim... 2 milhões de euros.
É assim uma espécie de chaputa no mercado, às 5 da tarde, quando já só lá está a resistente da peixeira que teima em vender o que amanhã não valerá nada. Aceita qualquer preço.

quarta-feira, julho 11, 2007

SOM

O Sol, que finalmente aparece, convida a recuar 20 anos.
A um som inconfundível (que me perdoe o Bob Marley, autor do original, mas prefiro a recriação).
Lembram-se?

RICARDO

Primeiro tenho que assumir que falhei nas previsões: o luvas do Ricardo lá arranjou colocação. Num clube de "topo" como é o Bétis, a lutar sempre por coisa nenhuma.
Os númeors é que impressionam: 3 milhões de euros. Notável para o preferido de Scolari.
Como me lembrou hoje voz avisada há para aí 12 anos Baía também foi transferido. Para um clube modesto, é certo: o Barcelona. E já então por "apenas" um milhão de contos.
No fundo no fundo é tudo uma questão de contas.

segunda-feira, julho 09, 2007

BISPOS

O Conselho dos Bispos portugueses está zangado com o Governo e até convocou uma reunião para discutir os termos da manifestação pública da zanga.
Estando em causa o fim de muitos dos privilégios de que a Igreja Católica beneficiou ao longo de séculos, vejo o amuo com muito bons olhos. A laicização do estado exige-o.

quarta-feira, julho 04, 2007

TRIBUTAÇÃO

A dupla tributação sobre o comércio automóvel tem barbas no ordenamento jurídio nacional.
Como barbas tem a oposição que associações a esta prepotência, sôfrega de receita, do estado.
Pergunto-me é porque razão a "Europa" só agora acordou para ela? Porque razão na reage mais cedo e não impede que muita dessa receita, ilicitamente arrecadada, não acabe nos bolsos do malfeitor por pura prescrição do direito de agir?

domingo, julho 01, 2007

LIMPEZA

O que mais me assusta não é tanto a limpeza que o governo faz de todos os que se lhe atravessam na frente. Esse é e será uma tentação de quem manda (seja no Governo, na empresa mais insignificante ou na paróquia mais recôndita).
É o facto de o fazer de forma descarada (o episódio de Correia de Campos é apenas o mais recente exemplo) e a impunidade que sabe ter. Isso sim, preocupa tanto ou mais que o facto de Salazar ser o grande Português.

PAT & MEHLDAU



Novo trabalho, com laivos de regresso às origens, com a estrondosa sonoridade de sempre embora, desta vez, o piano não esteja entregue ao Lyle Mays.

Para quem não saiba, sábado que vem, dia 7.07.2007, regressará ao Coliseu do Porto.

Para os queiram, está aqui, de borla, a pedir um "free download".

Ou à venda em qualquer discoteca, para aqueles que gostam de alimentar os sanguessugas da edição discográfica.

RADIO BLOG

Como viram o "radio-blog" esteve uns dias assim meio apertado, de dificil acesso.
Crise ultrapassada, com a ajuda do costume, e "tá a bombar".
Durante esta semana´deverá conhecer actualizações. Assim o tempo o permita.