terça-feira, novembro 15, 2005

SCOLARI, O PARASITA

Os sucessos de Scolari à frente da selecção nacional deviam ter sempre um nome chapado: José Mourinho.
Porque o parasita do brasileiro, que não vê jogos, não ministra treinos, não escolhe quem joga, tem vivido na sombra do trabalho que jogadores fazem nos clubes.
E, neste particular, do que Mouriho tem feito.
Só conseguiu ir ao Euro 2004 porque Portugal estava automaticamente apurado (ninguém se esquece do desastre atrás de desastre exibicional que conseguiu contra equipas “fortíssimas” na pré-preparação).
E, no primeiro encontro do Euro, insistindo na ignorância, levou um banho, que corrigiu no segundo, colocando em campo toda a artilharia que Mourinho preparara durante a época e culminara com a conquista da Liga dos Campeões. Aquele triângulo mágico Deco, Maniche, Costinha, a solidez de Ricardo Carvalho, a regularidade de Paulo Ferreira, permitiram-lhe chegar à final sem saber como.
Agora, inserido num grupo da treta, lá se conseguiu apurar para o Mundial.
Mas sem fio de jogo, dando-nos mais do mesmo, sendo quase sempre pouco mais do que sofrível.
Aflito, quando não tem Deco (porque não sabe criar alternativas), inventa mal. Até que, sem querer, tropeçou outra vez numa arma “Mourinho made”: Tiago. “Tiago cresceu muito no último ano”. Claro, esteve no Chelsea.
Por isso, quando ouço Mourinho dizer que um dia ainda quer ser seleccionador de Portugal penso se, verdadeiramente, já não o é.

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