sexta-feira, outubro 31, 2008

HONORÁRIOS

Hoje uma borla valeu-me o pagamento com uma tijela de marmelada, geleia caseira e uns enchidos.
Diga-se que entregues por quem até aquilo fará falta.
É curioso que me souberam como se cobrasse os €. 1000,00 que a prestação de serviço valeria.

SOM, DO PURO

Esta semana a toada será mais lounge.
Começamos por este since i met you



Sigo com Koop (embora a preferida fosse relexing at club fn, numa mistura de Kruder e Dorfmeister, que aconselho vivamente)



Procurem, sobretudo, como diz a letra, "to dance close to the one that you love"



Ligada a algum espírito aventureiro, esta música está imortalizada pelo Matt e as suas danças nos quatro cantos do mundo.



Termino com a tranquilidade de Feist.



UM GRANDE FIM DE SEMANA

VICENTE MOURA OU A FALTA DE VERGONHA

O homem até está velhinho.
As declarações dele em Pequim até indiciam alguma má circulação sanguínea.
Mas isso não desculpa nem o facto de ter prometido demitir-se em plenos Jogos, com repercussões nas performances dos nossos atletas nem, o que é mais grave, a cambalhota que deu às costas da medalha de ouro de Nelson Évora, voltando com a palavra atrás.
Os atletas, a começar pelo próprio Évora, não se revêem neste tipo de gente e de representação.
Mas a verdade é que, agarrado ao poder há 20 anos, o “comandante”, como gosta de ser chamado, não larga as mordomias.
O mais grave é que a teia de interesses é de tal ordem que até já agremiou 17 das 29 federações.
Este é o espelho de um país. Não temos exigência (ou impúnhamos mesmo sangue novo no COP); não temos memória (ninguém relembra a Vicente Moura as palavras dele em Pequim); não temos vergonha (ou o homem, depois de dizer o que disse, saía com o rabo entre as pernas). Somos uns frouxos e adoramos cavalgar a incompetência. Não temos emenda nem futuro.

quinta-feira, outubro 30, 2008

FRIO


Rendo-me e inauguro a época do calor artificial.

Como sempre encolho-me. Enrodilho-me no frio que me arrefece também por dentro.

E fico a sonhar com Maio.

CULTURA DO FACILITISMO

Gostava, daqui a 20 anos, poder pedir contas ao secretário de estado da educação que ontem, com uma lata desmesurada, defendeu e pretendeu fazer-nos crer que o incremento de seis pontos nas notas médias de matemática no espaço de dois anos se ficou apenas a dever à melhoria da qualidade do ensino.
É inqualificável que uma medida puramente eleitoralista, populista e demagoga, esteja a atirar para o reino do facilitismo milhares de estudantes no exacto momento da formação dos seus básicos hábitos de trabalho.
Daqui a 20 anos, quando for a impiedosa sociedade e o mercado a ditar as regras, a maioria deles provará o gosto amargo da incompetência.
O mal é que não terão culpa, mas pagarão a factura.
O secretário de estado e a ministra estarão reformados ou, se calhar, num óasis de um qualquer organismo público, único lugar onde a incompetência deles cabe e é bem vinda.

quarta-feira, outubro 29, 2008

COMENTÁRIOS

É curioso que, num blog calmo como o Estado Crítico , um post como este tenha despertado tanta visita e comentário.
Mais curioso ainda é que, ao citar o nome de Helder Martins Leitão não o fiz com nenhuma intenção de "bater no homem" (embora todas as que apanhe sejam, pelos visto, poucas).
Os comentários, ainda por cima, são totalmente ao arrepio do tema do post.
A blogosfera tem destes caprichos.

terça-feira, outubro 28, 2008

PARÁBOLAS

Nos idos anos da catequese, em que a “virtude” me empurrava para a missa semanal e as reflexões que se lhe sucediam, a repetição da parábola do “filho pródigo” teve sempre o condão de me indispor.
Achei-a sempre falaciosa, sobretudo por estar incompleta.
Vi sempre naquele filho que regressa um interesseiro, que quer o melhor de dois mundos. E tinha pai para lhe amparar o capricho.
Vi no pai que o acolhe um homem desesperado (que sempre me inspirou comiseração) mas pouco lúcido, incapaz de ver que, com a sua atitude, feria de tal modo o filho que ficara que deixava de merecer o seu respeito.
E achei sempre que, se a história fosse contada até ao fim, esse mesmo filho, o que ficara, atiraria com a porta e partiria à aventura. Afinal, quando lhe desse na gana, a porta do pai estaria sempre aberta…

sexta-feira, outubro 24, 2008

MUSKA, MUNTA MUSKA

Fim de semana é, por aqui, sinónimo de música.
Hoje numa vertente rock (soft, muito soft).

Porque todos pertencemos a alguém, fica o Lenny Kravitz, naquele que considero o seu melhor tema:


Ainda que não seja a sua música mais conhecida, é uma das minhas preferidas produzidas pelos Stranglers



Acho que todos encontraram a sua "Femme fatale" que os Velvet Undergorund tão bem expressam


SObretudo espero que o vosso fim-de-semana seja como o som de Lou Reed: Perfect


Falta só o Camaleão. Com todas as cores de cabelo um grande "roqueiro". Bowie. Ziggy.


Um grande fim de semana.
Com muita, muita "muska".

quinta-feira, outubro 23, 2008

CRISE IV

Um cancro é um cancro.
Normalmente silencioso. Normalmente mortal. Normalmente traiçoeiro.
Virá-lo depende sempre da sorte mas, sobretudo, de o encarar de frente.
Não há memória de úma avestruz ter vencido um.
A crise que actualmente atravessamos é um cancro profundo, que não está só no sector financeiro, mas na economia toda (a real, como agora se diz).
As injecções prescritas, de milhares de milhões de Euros e Dólares, são meros paliativos.
E este jogo do faz de conta de meia dúzia de chefes de estado, que com a conivência de uma comunicação social que, quando não age por ignorância fá-lo, o que é ainda pior, por comprometimento, pretendendo fazer crer que estamos a caminho da cura, é o pior caminho que se podia trilhar.
A escolha da estrada mais curta não é necessariamente a melhor.
Está-se a enveredar pela via do facilitismo e o preço vai aumentar. Dentro de poucos anos, quando tivermos inflacções de dois digitos, quando as moedas nada valerem, quando os salários pouco comprarem, vamos finalmente perceber que o erro estava no modus vivendi, e não nas decisões de Bancos de criarem "produtos tóxicos". Vamos perceber que a sociedade de crescimento constante, que produz mais, consome mais, acelera mais, esgota mais os recursos, é uma pura criação da irresponsabilidade moderna.

quarta-feira, outubro 22, 2008

FUNERAL

Tive razão aqui quando lamentei as experiências de Jesualdo.
Tive razão quando ansiei aqui que o FC Porto perdesse o jogo de Alvalade.
Tinha-se despachado o homem, ficávamos a um ponto da liderança e ainda se ia a tempo de tentar fazer alguma coisa deste monte de jogadores que fazem do balneário uma Torre de Babel.
Ao vencê-lo Jesualdo readquiriu créditos de que não era credor. Ganhou espaço de manobra para fazer mais meia dúzia das suas indizíveis experiências como a de ontem na Liga dos Campeões, onde nos enterrou de vez com a pior exibição de que há memória em noites europeias no Dragão. O campeonato vai ser só uma questão de tempo, porque vão-se multiplicar as exibições e os resultados de Vila do Conde.

segunda-feira, outubro 20, 2008

IMPOSTOS

O principio estaria absolutamente correcto não fosse verificarem-se cada vez mais casos que roçam o absurdo. Quase sempre a favor do Estado.
Recentemente um imóvel comprado por €. 100.000 pagou imposto de transmissão sobre €. 228.000 porque assim estava avaliado pelo Estado.
Pedida a reavaliação foi fixado o valor em ... €. 63.000.
Para além de o imposto ter excedido em €. 8.320 aquilo que era devido, o Estado vai ainda demorar um ano e meio a devolver o que cobrou em excesso.
Ora, se a isto juntarmos o facto ainda ir cobrar a avaliação, que é feita por peritos indicados por si, e demorar o mesmo tempo a devolver o dinheiro quando não tiver razão, está bom de ver que o expediente não passa de uma mera (mais uma) tentativa de dissuadir o contribuinte a reclamar.

sexta-feira, outubro 17, 2008

SORRISO PCP

Octávio Teixeira na Sic (sem som, obviamente).
Ressaltam os gestos.
Porque é que os comunistas têm sempre um ar zangado a falar tanto do sério como do trivial?
Os Gulag tê-los-ão feito esquecer a bondade e o prazer de um sorriso largo e sincero?

PORTUGAL DE PAREDES

Se Portugal tem tradução em forma de música, ela está no som do Mestre Carlos Paredes.
Não encontro dedilhar mais capaz de me mostrar o "fado" lusitano que consiga arrancar das cordas o país rural e sério, do cajado suado e melancólico, áspero como as urzes, belo como as vides, dócil e morno como a pele de uma criança.
Limitado às disponibilidades do Radioblog, e com a memória cheia pela velhinha cassete azul que me deu a conhecer o som desta guitarra, deixo o

CANTO DO RIO, que é todo ele Coimbra e Mondego,



e o VERDES ANOS, que no meu imaginário abraçou sempre o Marão e a Estrela com o mais fraterno laço.

OPÇÕES DE JESUALDO

Jesualdo prepara-se para "poupar" a maioria dos seus titulares frente ao Seternanse.
Sem jogar em conjunto há quinze dias, é mais do que natural que a equipa precise de "afinação". Ora não haveria melhor modo de o fazer do que testá-la num jogo a feijões.
Mas não.
Doutorado em "criatividade imbecil" em véspera dos grandes e decisivos jogos, vai colocar a jogar os segundos planos. Mas na terça-feira vai precisar da melhor equipa para, contra o Dinamo de Kiev, manter-se à tona na Liga dos Campeões. Não é preciso perceber muito da poda para compreender que a terça-feira promete ser de Carnaval... com o habitual Rei Momo.

SONS DE FIM DE SEMANA

O primeiro frio, os casacos e impermeáveis a cheirar a armário chamam ao sofá.
As achas começam-se a aconchegar.
Até já há castanhas.
É tempo de sons como este,



ou este,



ou este,



e este



e este



UM BOM FIM DE SEMANA

BLOG EM IMAGENS

Saúda-se a entrada em cena do blog Imagem do Som.
E, pelo menos nas lides fotográficas, como não tem que falar nem escrever, o autor é mais assertivo que nos compêndios do direito...
corrigido

terça-feira, outubro 14, 2008

NEM MAIS NEM MENOS

14 das 20 maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa têm antigos governantes nos lugares mais elevados de decisão. Tal deve-se certamente à leveza do Estado e à sua reconhecida competência na formação de gestores de topo. José Sócrates tem talento para a liderança, mas é um homem perigoso quando se deixa levar pelos encantos do poder. Ele preside a um dos governos mais controladores de que há memória em Portugal, com pouquíssimo respeito pelo papel de vigilância da comunicação social e uma armada de assessores com grande inclinação para a propaganda. Ouvi-lo louvar o papel do Estado e reclamar maior intervenção para si próprio causa suores frios e arrepios na espinha. Muito pior do que a mão invisível do mercado a afundar a bolsa seria a mão bem visível do Estado a sair do bolso. Caro "El Comandante": se é esta a sua cura, mais vale continuar doente.
João Miguel Tavares in DN.

CRISE III

De repente, a crise endémica, instalada e duradoura, eclipsou-se.
O danacol da injecção monetária desentupiu as veias do paciente que há uma semana estava à beira do AVC.
Nem uma recomendação de cuidados alimentares redobrado e algum exercício físico; apenas a injecção e está feito.
Deviamos parar e pensar o modo como somos manipulados por não mais duas ou três dezenas de seres humanos que, vestidos com a capa do poder, acham que com duas ou três declarações públicas nos enganam e calam.
Basta recordar a forma como fomos manipulados na famigerada Cimeira dos Açores sob a suposta existência de armas maciças no Iraque para sabermos o que digo. E termos cautela com estes remédios que nos vendem como curativos da maleita.

CRISE II

Um atentado ao pudor.
O modo como os quatro maiores banqueiros (tenho dúvidas que o sejam, pelo menos no sentido tradicional do termo em que banqueiro era aquele que atravessava o seu dinheiro para construir um banco) destilaram sabedoria e competência na RTP1 é quase um insulto.
Eles que em conjunto com os seus pares internacionais são os grandes responsáveis pelo momento dramático que o mundo atravessa; eles que, senhores da salários e regalias milionárias se acham no direito de estender a mão ao dinheiro dos contribuintes para fugirem à banca rota; eles que alimentaram uma sociedade de consumo de modo artificial e insane, vêm agora dizer-nos como resolver a contenda.
Até podem ter estado em directo por ordem do Estado, injectando semântica de confiança, justificando a esmola.
Mas não deixam de revelar uma absoluta falta de vergonha, num descaramento desmesurado. É que nem um período de nojo se dignam a cumprir...

CRISE I

Enquanto pela Europa fora os bancos vão sendo nacionalizados (hoje o RBS) por cá a bolsa sua confiança. Sobe quase 7%. Somos os maiores. A crise passou.

segunda-feira, outubro 13, 2008

JUSTIÇA

O Tribunal de Santa Maria da Feira ameaçou ruína e foi encerrado.
Durante meses a pendência, já de si muito atrasada, emperrou ainda mais nas instalações provisórias que fizeram as vezes da casa da justiça.
Agora, cinco meses volvidos, o Governo encontrou uma solução.
Mas a Srª Juiz presidente encontrou dois defeitos: os Juizes têm que entrar na sala de audiência pelo mesmo corredor das pessoas e, mais grave ainda, têm parque de estacionamento a 300 metros do Tribunal.
E disse isto tudo com ar indignado.
Fossem as preocupações da magistrada com a pendência atrasada tão solenes como foram com o bem estar dos seus pares e certamente existira maior e melhor justiça ali para os lados da Feira.
Mas é a justiça que temos.

NORMAL?

As oscilações insanes das bolsas nas últimas sessões mostra que ninguém aprendeu com o terramoto.
Os especuladores continuam aí, ávidos de mais valias, fazendo de conta que tudo vai voltar a ser como dantes.
Os reguladores olham para uma acção que sobe e desce 10% enquanto o diabo esfrega um olho como se do mais regular e natural ciclo económico se tratasse.
Os pequenos aforradores espreitam, com o nariz pousado em cima do balcão, à espera de também poderem ter um naco no festim.
Não há emenda para esta organização que criámos.
Vamos pagar um preço enorme pela avidez em que vivemos.

sexta-feira, outubro 10, 2008

SIMON & GARFUNKLE

Sons por onde não passava há muito tempo.
Sounds ou silence



ou
Mrs Robinson



ou ainda
America


Lamentavelmente o OLD FRIENDS e o MEET MY OLD LOVER (não me recordo do nome exacto da música) não estão disponíveis no Radioblog.
Tenham um grande fim-de-semana.

CASAMENTO GAY

Não seria o facto do direito ao casamento de homossexuais ser reconhecido que mais me preocuparia, muito embora seja contra pelas razões que já aqui aduzi.
É, sobretudo, o que viria a seguir e me faz "torcer" pelo não anunciado de hoje na AR.
É óbvio que, assim que se acharem com o estatuto nas mãos, o passo seguinte vai ser reclamarem o direito à adopção.
De tão anti-natura ser, abstenho-me de esgrimir mais razões para dizer que sou e serei radicalmente contra. As crianças simplesmente não têm culpa nem podem ser joguetes nas opções sexuais dos hipotéticos tutores.

DINHEIROS

Depois de hoje, nada voltará a ser como dantes no mundo financeiro português...

domingo, outubro 05, 2008

PERCURSO

Bater as pedras do sofrimento até que a misericórdia nos notifique.
Será este o percurso de todos?

sexta-feira, outubro 03, 2008

LAGARTO

A 48 horas do Sporting/Porto, dou comigo num exercício maquavélico e auto-flagelador.
Uma derrota do Porto por 1-0 deixa tudo como está. Que foi à tangente. O relvado. O árbitro. A equipa nova. A casa do adversário. Blá, blá,blá.
Mas três secos bem enfiados nas redes de Helton deixam Jesualdo sem manobra. E Pinto da Costa com motivo para a corrida do prof. E, afinal de contas, ainda estaremos a 4 pontos da liderança, no segundo lugar do grupo da Champions e muito a tempo, por isso, de salvar a época.
Vou torcer lagarto no domingo.

PROPAGANDA

A propaganda nazi não seria mais eficaz do que a crónica deste pseudo-jornalista que não deve ter visto o mesmo jogo que nós todos vimos.
"Cirurgia atacante do FC Porto" diz ele (eu chamava-lhe, medicamente falando, bisturi desvairado).
"A transicção e o perfume mereciam melhor sorte" ou "A injustiça deixará para sempre uma mácula neste desafio" são outras pérolas de uma crónica demente e vergonhosa. Não há dúvida que houve injustiça. O Arsenal merecia ter dado 7 em vez dos 4...

DECISÃO PEREGRINA

Um pai belga raptou as três filhas e manteve-as cativas e na mendicidade durante oito meses.
Um Tribunal Belga, onde o processo de regulação do poder paternal foi julgado (e que por isso conhecerá melhor que ninguém a realidade sócial e económica daquele agregado) ordenou a entrega das crianças à mãe.
A mãe veio a Portugal resgatar as suas filhas.
Espanto: O Tribunal de Viseu, comarca onde o pai foi detido, quer ouvir o progenitor (que está em prisão preventiva) e, pasme-se, a autorização deste para poder entregar as menores à mãe.
Há decisores que em vez da Beca deviam usar um fato macaco.

quarta-feira, outubro 01, 2008

BB

Ora aqui está a melhor forma de NÃO justificar o direito que lhe foi concedido.
Bastista Bastos defende-se dos "ataques" de que foi alvo pela casa que habita, com renda muito moderada, propriedade da câmara, não invocando qualquer prerrogativa atendível. Simplesmente diz que como os outros também têm...
Não é só o facto da ocupação que choca. É a falta de vergonha e pudor na defesa pública.