sábado, agosto 13, 2005

SANTANICES - cap. XXVII

A diatribes empreendidas por Santana Lopes na política nacional mereceram-me, ao longo dos anos, diversas análise e graus de tolerância.
Comecei por lhe achar piada, pela animação e suspense que trazia sempre aos congressos do PSD, fazendo de conta que era candidato a alguma coisa e, com aquele seu jeito de atirar gasolina para a fogueira, fazer discursos incendiários em plenos trabalhos.
Depois, quando se candidatou, pela primeira vez, a sério a o que quer que fosse, achei-o imaturo, inconsequente, ausente de ideias e falso herdeiro de uma política sá carneirista de quem nunca foi mais que um mero assessor jurídico no seio do partido.
Quando chegou à Câmara de Lisboa e, mais tarde, ao Governo, passei a considerá-lo um verdadeiro inimputável.
Diz o que lhe vem à cabeça, pensa pouco e fala muito, defende hoje o que amanhã é mentira, contradiz-se sem pudor. Deambula, feito puto terrível, por festunchas entre umas pretensas queques lisboetas, deixa-se fotografar em poses verdadeiramente miseráveis para um responsável político da nação, faz birras, amua, promete ir embora e fica. Enfim, um manancial que deu para alimentar jornais e blogs que vivam exclusivamente das suas peregrinações à Nossa Senhora da Asneira.
Hoje acho-o um caso de polícia.
Frank Gehry, arquitecto que supostamente iria desenvolver o projecto do parque Mayer, já recebeu 2,5 milhões de euros (500 mil contos) por um projecto que nunca irá para a frente. Que Santana há muito que sabe que não é concretizável e, sobretudo, que não seria ele a pagar a factura (política). E insistiu, contra a vontade de todos, pagando a sua fixação com dinheiro de um empresa municipal da capital.
Se isto não é um caso de polícia, de pura gestão fraudulenta da Câmara, então é o quê?

P.S. Acho, hoje, que Santana é um verdadeiro inútil. Que nunca fez mais nada que não fosse viver de e para a política. Não se lhe conhece qualquer desempenho profissional fora ou para além desta. Nem nunca se lhe conhecerá.

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