terça-feira, setembro 30, 2008

ADIVINHO

Atente-se que todos os anteriores quatro posts foram escritos antes das coisas sucederem (basta ver a hora em que foram publicados).
Adivinhação?
Não, claro que não.
Era demasiado previsivel.

NOSSA SENHORA DA IMBECILIDADE

Uma verdadeira peregrinação à Nossa Senhora da Estupidez com Jesulado no andor.
É a melhor forma de classificar as opções do jogo contra o Arsenal.
Pior mesmo só aquilo que prevejo que venha a ser a reacção de Jesualdo.
Nas declarações vai sacudir a água do capote, como é seu hábito.
Pior depois é que, como é costume, vai arranjar os seus bodes expiatórios.
Guarín, Benitez provavelmente não jogarão tão cedo.
É verdade que foram responsáveis por três dos quatros golos mas quem os escolheu para entrar hoje? Sobretudo quem escolheu o desastrado modelo de jogo com que o Porto nunca joga?
Alguém compreende a saída de Fernando? E do Raúl Meireles?
Agora, a 10 minutos do fim, só falta mesmo a extrema estupidez de lançar um pequeno diamante que tem no banco (Candeias) para "queimar" mais um, aliás muito característico no velhinho (veja-se o Vieirinha, o Machado, o Barbosa, etc.etc).

HUMILHAÇÃO

Tá visto (vejam-se os dois anteriores posts).
O FC Porto promete sair de Londres humilhado.
Só um energúmeno não vê.
É nestas alturas que se vê a qualidade de um líder.
Jesualdo assiste. Não faz nada.

ÓBVIO

Infelizmente, e tendo por referência o meu post anterior, demorei só 18 minutos a ter razão. 1-0 para o Arsenal. E não vai ficar por aqui.
Este falso 4x4x2 já nos valeu dois secos há dois anos precisamente contra o... Arsenal.

A ESTUPIDEZ DE JESUALDO

Não tem muito que saber: sempre que Jesualdo se põe com "criatividades" na construção da equipa dá-se mal.
Ainda por cima com equipas como o Arsenal...
Guarin, que tem estado mais na bancada que no campo passa de dispensável a títular.
Tomaz Costa, que só joga para tapar buracos, vai de suplente a efectivo.
Benitez, que quase nunca tem sido primeira opção para a esquerda, entra de início.
Está bom de ver que é tudo uma questão de minutos...

CRISE

No meio da imensa trapalhada em que se transformaram os mercados financeiros mundiais, é curiosa, engraçada, mesmo, a forma como os principais governos ocidentais resolveram atacar aquilo a que chamam "crise" e que a mim me parece a total falência dos modelos existentes: nacionalizar.
A injecção de milhares de milhões de notas gordas nos bancos, seguradoras e demais operadores financeiros mostra quer a incapacidade do sistema em se regular quer a viabilidade do mesmo.
Mas o mais curioso de tudo é que a injecção de capitais é feita de modo totalmente artificial. Não sendo sustentatada em reservas de ouro, a solução limita-se a imprimir notas, lançadas no mercado de modo totalmente artificial, muito longe de traduzirem a riqueza da economia.
O preço vai ser a inflacção a disparar, o que garantirá que se não morrer da doença, é certo que o fará com a cura.
Por mim, e como até tenho uma impressora razoável, estou disponível para aderir a um enorme plano de salvação nacional, e começar a debitar papel (verde e lilás) ao ritmo a que os tinteiros e os rolos permitirem. Fico só com 1%.

terça-feira, setembro 23, 2008

FACILITISMO

Se isto não é uma descarada, demagógica e muito perigosa política de facilitismo, ainda alguém me há-de explicar o que será?
Com esta ministra caminhamos para o abismo com um sorriso rasgado.
Não vemos ou não queremos ver?

segunda-feira, setembro 22, 2008

MARRETAS

Eis uma notícia totalmente falaciosa.
Então o Manuel Pinho não tem andado quase diariamente pelo televisão nos últimos três anos?

quinta-feira, setembro 18, 2008

DIVÓRCIO

Concordo que um casamento mantido artificialmente não faz qualquer sentido.
Mas não esqueço que ele é um contrato bi-lateral.
E que os contratos se fazem para serem cumpridos e que a revogação dos mesmos não deve poder ser feita por quem decidiu colocá-los em crise.
Vale isto por dizer que me faz muita confusão que possa vir a ser unilateralmente denunciado por um dos contraentes sem a vontade do outro, que não tem culpa nem é compensado pelos prejuízos que a situação lhe possa causar.
Atente-se que, no universo dos "contratos correntes", apenas dois podem ser objecto de denúncia unilateral: o arrendamento, e só pelo inquilino; o de trabalho, e só pelo trabalhador. Ou seja, em ambos os casos pela parte mais fraca da relação contratual, com períodos de aviso alargados e sem embargo de o denunciado, em determinadas circunstâncias, poder exigir ressarcimento pela denúncia.
Ora o que o PS quer fazer no divórcio é colocar a mulher e o marido em igualdade de circunstâncias. Fá-lo artificalmente porquanto sabemos que, na sociedade matriarcal em que ainda vivemos, isso é uma fantasia. Está bom de ver que se o projecto do PS for avante, serão as mulheres a pagar o preço deste novo devaneio de um legislador alienado, incompetente e distante da realidade social que devia servir.
Por isso comungo, inteiramente, das preocupações de Cavaco. E guardo nele a esperança de colocar algum bom senso neste imbróglio.

quarta-feira, setembro 17, 2008

ESTADO REGULADOR

A "nacionalização da AIG", assim como de outras pequenas companhias e bancos, nos EUA, deixa bem patente os méritos de uma economia totalmente aberta.
No fundo, a busca da rede do Estado por empresas norte-americanas revela a acertividade daquilo que a esquerda moderada sempre defendeu: a falência dos regimes comunistas não pode justificar o fim do estado social e, sobretudo, do Estado interventor. O Estado deve e tem que ter um papel fortemente actuante e correctivo, incluindo na economia. E muito antes de emendar os exageros cometidos pela demência do mercado (como agora está a fazer) deve impedir que se instale um regime selvaticamente liberal, que se auto-consome em lume brando.
Manter, por exemplo, posições reguladoras nas áreas mais nevrálgicas da economia será sempre um bom princípio.
P.S. Exemplo do que acima fica dito é o que se passa com os combustíveis. Sobe o petróleo e estes sobem. Desce o crude e estes ou descem devagar ou, pior, como sucedeu hoje com a BP, sobem, sob pretexto da valorização do dólar. O Estado devia também servir para que isto não pudesse suceder.

terça-feira, setembro 16, 2008

ENSINO SUPERIOR

625 alunos entraram para cursos superiores com desemprego garantido, como a Filosofia e a História.
Vários outros milhares vão a caminho, com as inscrições em Línguas, Direito ou essas novas coisas a que chamam cursos superiores, como Gestão ou Recursos Humanos.
Um Estado que se respeita não permitiria esta selvajaria mercantil em torno do ensino superior. Pura e simplesmente cortaria as vagas, até porque a maioria delas se situa no ensino público.
Questiono-me o que querem estes alunos? O que pensam? E o que (não) pensam estes pais, muitos deles com um sacríficio medonho das suas vidas, atiram os filhos para o desemprego garantido, a frustração e o Prozac.
É nos detalhes que se vê o crescimento de um povo. E neste particular, como em muitos outros, Portugal continua na Idade da Pedra.

MAGISTRADOS

Pela segunda vez, em duas semanas, o Estado Português foi condenado mercê do trabalho arbitrário, incompetente e pouco criterioso das magistraturas que resolveram deter de modo ilegal dois notáveis cidadãos: Paulo Pedroso e Pinto da Costa.
Mas pela segunda vez a culpa promete morrer solteira porque esses senhores magistrados não podem ser responsabilizados pelos actos irresponsáveis que praticaram.
É isto que António Marinho Pinto anda a denunciar há anos.
É por isso que lhe andam a fazer um fogo cerrado.
P.S. Já agora, depois deste Acórdão, ainda haverá alguém que ache o pavão do presidente da Conselho de Disciplina da Liga de Futebol um "bom jurista"?

REGULADORES DA TRETA

É curioso que ninguém esteja muito interessado em discutir o problema dos combustíveis de modo consistente.
Sobem a quem soluço do petróleo mas, quando este desde quase 40% eles descem 8%.
Os engasganços de Faria de Oliveira de cada vez que é chamado a pronunciar-se publicamente sobre o assunto mereciam uma Imprensa mais acutilante, igual àquela que condenou os Mc Cann ou o Paulo Pedroso, que o encostassem à parede e o obrigassem a lidar com as suas contradições e o roubo de igreja que a GALP está a fomentar.
Isto já para não falar de um regulador que fosse isso mesmo e obrigasse as petrolíferas não só a dar explicações como a agir.
Mas não. O Estado, "dono" desse regulador (pelo menos é quem lhes paga os ordenados) está a facturar forte e feito com a subida dos combustíveis quer em IVA quer em ISP. Porque razão se há-de incomodar?
Quanto à Imprensa, outros interesses contarão. Publicicdade?

sexta-feira, setembro 12, 2008

QUEIRÓS

A selecção de Queirós jogou futebol. Tão bom futebol que até estranhamos. No capítulo das "Quinas" já só estavamos habituados aos frangos do Ricardo, aos socos do Sargento e ao Santo Ronaldo do Caravaggio, que tinha que resolver tudo sózinho.
Mas perdeu. Ingloriamente. Estupidamente. Ineficazmente.
Ainda assim, continuo a preferir o Professor. Mesmo sem a Santa há-de encontrar o caminho. E sempre nos dá futebol a ver.

POLÍCIAS

O claro aumento de polícias na rua (giro a pé e motorizado), é uma medida que se saúda.
É assim uma espécie de mantinha de lã num dia de chuva de Inverno. Dá-nos conforto.
Mas se podem andar agora, porque não podiam antes do Verão?
Porque razão foi preciso o alarido dos assaltos de Agosto para o ministro os pôr na rua?
Encontro duas explicações:
A primeira é de que este ministro, como quase todo o Governo, não age: reaje.
A segunda é que se trata do fogacho habitual. E, dentro de três ou quatro semanas, sai tudo da rua porque não há dinheiro para o combustível, porque os polícias são bons é nas esquadras a preencher papeis e, sobretudo, "because no one gives a dam´n"

JUSTIÇA

Canal 1: Maria José Morgado
SIC: Noronha do Nascimento.
Duas vozes da "justiça" falam em simultâneo.
A probreza franciscana daquilo que dizem só é suplantado pelo fel que vomitam. Aquele ar justiceiro, de "donos da verdade", como se se tratassem dos únicos impolutos a pisar o chão.
Ninguém fala assim tendo razão...

quarta-feira, setembro 03, 2008

VICENTE MOURA

Como temos memória continuamos à espera da promessa de Vicente Moura de não se recandidatar se concretize.
Que, aposto, não vai ser cumprida.

terça-feira, setembro 02, 2008

CRIMINILADADE

Quase tão ridículo como responsabilizar o Governo pelo recente crescimento de casos de assaltos violentos foi a pressa com que o ministro, e o próprio PM, vieram a público tentar "mostrar serviço", reclamando a tomada de medidas para os combater.
É que as verdadeiras razões desta criminalidade remontam muito atrás, ao início da década de 90, quando a febre das obras públicas (auto-estradas, a Capital Europeia da Cultura de Lisboa em 1994, a Expo 98, o Euro 2004, a Capital Europeia da Cultura no Porto 2001, etc.etc. etc.) ditou a "importação" selvagem de mão-de-obra não qualificada, oriunda de zonas do globo onde não há visão de vida melhor e que, por isso mesmo, uma vez desempregada (por falta das ditas obras) recusou regressar às suas terras natais. Essa mesma mão de obra vive hoje em bairros sociais periféricos, "sem eira nem beira nem lenho para fogueira" (Torga), onde tudo o que pode almejar para melhorar o nível de vida é roubar. E o Estado, que há muito devia ter tomado medidas (desde logo não alimentando a subsídios a permanência em território nacional de cidadãos sem a mínima capacidade e vontade de se integrarem) limita-se a alojá-los em camaratas de cimento e, depois, fazer de conta que esses locais não existem até que os primeiros tiros se ouçam.
Pelo que reclamar qualquer medida, tomada a um sábado, como milagre de combate ao mal só não pode ser chamada de demagójica porque cheirar a pura intrujice, de per si muito mais grave que a primeira.
Mas é a política que temos, feita por pseudo-bombeiros sociais, que julgam que nos enganam a golpes de "Ganaderes". Pura ilusão.

SILÊNCIO

Até para alguém que, como eu, detesta a política do "show-off alive", que Sócrates protagoniza tão bem, o silêncio de Manuela Ferreira Leite começa a ser ensurdecedor.