À entrada de Évora enocntra-se a
vale por tudo mas como privilegio sempre as sobremesas, fica a encharcada com romã
Toques que a fazem merecer o Garfo de Ouro
terça-feira, dezembro 30, 2008
segunda-feira, dezembro 29, 2008
sábado, dezembro 27, 2008
quarta-feira, dezembro 24, 2008
sexta-feira, dezembro 19, 2008
CHRISTMAS
A época justifica música desta:
e desta
que também pode ser contada assim
e desta
ou desta
e desta
e desta
ou desta
mesmo batidinhas ficam sempre bem
vão ganhando vontade
UM BOM FIM DE SEMANA
e desta
que também pode ser contada assim
e desta
ou desta
e desta
e desta
ou desta
mesmo batidinhas ficam sempre bem
vão ganhando vontade
UM BOM FIM DE SEMANA
quarta-feira, dezembro 17, 2008
TEIXEIRADA
He he he he he he.
Isto já só lá vai ou com risos ou à paulada.
Por agora ainda vou preferindo a primeira. Por agora...
ACTIVO
4kg de ben-u-ron depois, meia tonelada de jabasulide, uns litros de charope e sei lá o que mais, e estou de novo no activo.
Irra.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
MUSICA TRADICIONAL
Os Pogues são, em parte, responsáveis, por há muito querer conhecer a Irlanda.
A genuidade do seu folk encatou-me aos primeiros sons. Lembro-me de os ver ao vivo no início da década de 90 no entretanto demolido Pavilhão das Antas e aí ter jurado que teria que viver aquela música na origem: os pub irlandeses.
Começo por uma que tem a ver com a época
Dirty, como invariavelmente se apresentavam em público
Ritmo, ritmo, ritmo
Ou mais calmo
Pogues, ou como a música tradicional não tem que ser aquele corridinho ridículo e sempre igual que os nossos ranchos tanto gostam de exibir.
A NICE WEEK END
A genuidade do seu folk encatou-me aos primeiros sons. Lembro-me de os ver ao vivo no início da década de 90 no entretanto demolido Pavilhão das Antas e aí ter jurado que teria que viver aquela música na origem: os pub irlandeses.
Começo por uma que tem a ver com a época
Dirty, como invariavelmente se apresentavam em público
Ritmo, ritmo, ritmo
Ou mais calmo
Pogues, ou como a música tradicional não tem que ser aquele corridinho ridículo e sempre igual que os nossos ranchos tanto gostam de exibir.
A NICE WEEK END
quarta-feira, dezembro 10, 2008
ZINK, SIMPLESMENTE
Imperdível a conversa a três entre Rui Zink, Manuel Serrão e Miguel Esteves Cardoso na Única desta semana, recuperando o que de melhor fizeram na Noite da Má Língua.
Cito Zink, o único dos três em quem acho que vale a pena investir tempo e atenção.
Vale bem a pena, porque ele vale pelos três.
Para abrir o apetite.
"O pior é que a comunicação social passou do quarto poder para a quarto do poder. Agora dormimos todos com o Primeiro-Ministro"
"A Manuela Ferreira Leite parece uma Zita Seabra de direita" (como resposta a um comentário de Manuel Serrão de MFL parece um Lenine de saias)
"Pensávamos que tínhamos uma Margaret Tatcher de direita e afinal sai uma Sarah Palin" (a propósito de MFL ter começado a falar).
"Óptimo. O Manuel parece-lhe muito bem porque não gosta de Lisboa. O Miguel é de Cascais. E eu sou masoquista" (comentando a hipotética candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa).
"Repare, o Santana Lopes tem que ir à luta porque não tem emprego mesmo em mais lado nenhum".
O Sócrates nunca deu aulas, ele nem sequer teve aulas, portanto não tem autoridade para falar" (comentando o braço de ferro entre os professores e a ministra).
"O Constâncio é uma relíquia do tempo do machismo. Representa a ideia de que um homem desde que seja feio, mirrado e tenha óculo grossos é inteligente".
"Casar por amor é a coisa mais estúpida que há. Um casamento é como criar uma empresa. Tem de ser feito racionalmente".
domingo, dezembro 07, 2008
DEMOCRATICIDADES
Os pseudo-progressimos (como tudo o que não é genuíno) acabam por se auto-condenar, normalmente precedidos por um espectáculo de auto-flagelação demolidor.
O que hoje assistimos nos mercados financeiros, que até há dois anos eram considerados um paradigma do crescimento económico, é bem disso revelador.
Tudo, afinal, era falso, assente em premissas tão voláteis que... não existiam.
Salvo devidas comparações, o que esta notícia ilustra é mais do mesmo. Esticaram-se os conceitos de "democracia", "liberdade", muito para lá do aconselhável. Feriram-se os bons costumes, permitindo-se um depudorado abuso da moral pública. O resultado está à vista.
É verdade que teremos sempre protiuição. E tráfico de droga. E outros flagelos.
O que hoje assistimos nos mercados financeiros, que até há dois anos eram considerados um paradigma do crescimento económico, é bem disso revelador.
Tudo, afinal, era falso, assente em premissas tão voláteis que... não existiam.
Salvo devidas comparações, o que esta notícia ilustra é mais do mesmo. Esticaram-se os conceitos de "democracia", "liberdade", muito para lá do aconselhável. Feriram-se os bons costumes, permitindo-se um depudorado abuso da moral pública. O resultado está à vista.
É verdade que teremos sempre protiuição. E tráfico de droga. E outros flagelos.
Mas será preciso exibi-los na praça pública, incitando ao consumo desenfreado, sob pretexto de que às claras é mais limpo?
Não, claro que não.
Não, claro que não.
sábado, dezembro 06, 2008
sexta-feira, dezembro 05, 2008
MONOCASTA MUSICAL
Hoje, ao arrepio do que é habitual, dedico-me apenas a um grupo.
É tão grande, que justifica.
Do melhor que o rock de 80 nos deu.
SUPERTRAMP
A música mas, sobretudo, a letra, deixaram marca indelevel. Numa altura em que nada parecia logical, isto parecia
Esta harmónica, que abre o School, ainda hoje arrepia
AInda hoje tenho muito deste dreamer
Muitas vezes, o caminho para casa é mesmo um long way home
E a Rudy?
Termino com
Fica o lamento de não poder colocar o Breakfast in America, sobretudo aquele interpretado no Paris, um ícone da música mundial.
UM GRANDE FIM DE SEMANA
É tão grande, que justifica.
Do melhor que o rock de 80 nos deu.
SUPERTRAMP
A música mas, sobretudo, a letra, deixaram marca indelevel. Numa altura em que nada parecia logical, isto parecia
Esta harmónica, que abre o School, ainda hoje arrepia
AInda hoje tenho muito deste dreamer
Muitas vezes, o caminho para casa é mesmo um long way home
E a Rudy?
Termino com
Fica o lamento de não poder colocar o Breakfast in America, sobretudo aquele interpretado no Paris, um ícone da música mundial.
UM GRANDE FIM DE SEMANA
quinta-feira, dezembro 04, 2008
FADO
Ao ouvir Pedro Jóia ontem à noite voltei a lembrar-me como o fado, sem voz, pode ter sonoridades lindissimas.
E voltei a lamentar aquele ar ebriamente arrastado com que a maioria teima em interpretá-lo.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
AHHHH, ENTÃO É POR ISSO
Ainda não tinha percebido o interesse em colocar contentores a monte, uns em cima dos outros, tapando a vista do Tejo à cidade de Lisboa.
O contrato foi assinado com a Liscont, concessionária do terminal.
E a Liscont pertence à Mota e Engil.
E a Mota e Engil é agora presidida por.... Jorge Coelho.
Quem não quer ser lobo...
terça-feira, dezembro 02, 2008
CAPOEIRA
Ao ver ao monumental frango do Quim (que penhoradamente agradeço) lembrei-me do anúncio do Danoninho; é que lhe faltou um bocadinho assim...
Sugestão: um sapatinho de salto alto talvez resolva a coisa.
segunda-feira, dezembro 01, 2008
MINISTÉRIO PÚBLICO
A entrevista de Cândida Almeida (uma magistrada até moderada e equilibrada longe do beatismo judicial de Maria José Morgado) à TSF/DN deixou a nu muito daquilo que vai mal no MP.
Aquilo que não devia ser mais que o exercício de um função de Advogados do Estado passou a ser entendido pelos protagonistas como polícia de estado.
O MP, e os seus magistrados, julgam-se hoje intangíveis. Nas sucessivas entrevistas que lhe vemos/ouvimos ficamos mesmo com a sensação que se consideram os únicos seres impolutos e competentes a pisar o chão.
Atirar-se à PJ e ao Parlamento do modo que se atirou revela bem os tiques de autoritarismo que lhes povoa as almas.
Num verdadeiro estado de direito democrático, é tão perigosa a existência de um MP fraco e pouco actuante como um MP como este, arrogante, prepotente e que presume quase sempre a culpa de quem se lhe atravessa no caminho.
domingo, novembro 30, 2008
sábado, novembro 29, 2008
CARTA AO SÓCRAS
Carta aberta ao nosso primeiro
(c/c ao Pinho, Constâncio e Teixeira)
Sr Sócrates (perdoe mas o corrector automático do word do Magalhães cortou-me o engº),
Serve a presente para um apelo humanitário assente nas seguintes premissas:
Quando no Verão de 2007 vi que tudo ganhava dinheiro à tripa forra à pala do PSI 20 pensei: é agora que me componho.
Logo a seguir, quando o Pinho vomitava aquele optimismo, de que a crise já levantava voo para outras paragens, convenci-me mesmo: ah, rapaz, que vais deixar um pé de meia à descendência. E investi nas pás de vento das renováveis.
Quando então, sempre com o beneplácito do Pinho, o subprime não passava de miragem para a banca nacional, e as promessas de juros do BPN, do BPP, do Finibanco (também lhe vai deitar a mão?) eram gordas, concluí: ainda vou sair da cepa torta. Comprei fundos e depósitos que agora mais parecem rochedos de esferovite.
Por isso, com base nestas expectativas, ambiciosas, reconheço, mas legítimas à luz da propaganda tão bem alimentada pelos seus acólitos, comprei acções, fiz depósitos, arrisquei.
No início foi sempre a abrir. Ganhei, quando todos ganhavam. Afinal, até a areia se valorizava no deserto…
No preciso momento encontro-me numa pequena encruzilhada. Não é que se me instalou uma obesidade mórbida na coluna do passivo?
Pensei o suicídio; pensei uma declaração de inimputabilidade, vá; ou mesmo um casamento apressado com uma aborígene com cujo país Portugal não tenha acordo de extradição.
Confesso que andei sem dormir sossegado (e não foi a irritabilidade do Guga, desta vez) um par de meses.
Agora, confesso, estou mais compostinho. É certo que a dieta rigorosa tem ajudado, mas a audiência com o Pinho, que está para breve, acalenta-me esperança.
Vou lá apenas pedir um aval (repare que nem sequer solicito transferência efectiva de fundos, mas apenas a garantia) para um project finance que visa o saneamento das alcavalas que fiz. No fundo no fundo, estribado na complacência demonstrada por Va. Exa com outro inimputáveis (vide processo BPP e BPN), solicitarei o obséquio de garantirem, avalizando, um novo empréstimo que vou contrair, tendo por base o valor das aquisições que realizei acrescidos da valorização que seria expectável à data das mesmas. Prevejo que com o maneio, garantido por 6 a 8 anos, estarei em condições de me reabilitar.
Repare que assim se evitará o contágio provocado pelo meu colapso aos que me são próximos, evitando-se a minha descredibilização junto dos mesmos, num processo em tudo idêntico aos supra descritos. Afinal, somos todos iguais, não somos?
(c/c ao Pinho, Constâncio e Teixeira)
Sr Sócrates (perdoe mas o corrector automático do word do Magalhães cortou-me o engº),
Serve a presente para um apelo humanitário assente nas seguintes premissas:
Quando no Verão de 2007 vi que tudo ganhava dinheiro à tripa forra à pala do PSI 20 pensei: é agora que me componho.
Logo a seguir, quando o Pinho vomitava aquele optimismo, de que a crise já levantava voo para outras paragens, convenci-me mesmo: ah, rapaz, que vais deixar um pé de meia à descendência. E investi nas pás de vento das renováveis.
Quando então, sempre com o beneplácito do Pinho, o subprime não passava de miragem para a banca nacional, e as promessas de juros do BPN, do BPP, do Finibanco (também lhe vai deitar a mão?) eram gordas, concluí: ainda vou sair da cepa torta. Comprei fundos e depósitos que agora mais parecem rochedos de esferovite.
Por isso, com base nestas expectativas, ambiciosas, reconheço, mas legítimas à luz da propaganda tão bem alimentada pelos seus acólitos, comprei acções, fiz depósitos, arrisquei.
No início foi sempre a abrir. Ganhei, quando todos ganhavam. Afinal, até a areia se valorizava no deserto…
No preciso momento encontro-me numa pequena encruzilhada. Não é que se me instalou uma obesidade mórbida na coluna do passivo?
Pensei o suicídio; pensei uma declaração de inimputabilidade, vá; ou mesmo um casamento apressado com uma aborígene com cujo país Portugal não tenha acordo de extradição.
Confesso que andei sem dormir sossegado (e não foi a irritabilidade do Guga, desta vez) um par de meses.
Agora, confesso, estou mais compostinho. É certo que a dieta rigorosa tem ajudado, mas a audiência com o Pinho, que está para breve, acalenta-me esperança.
Vou lá apenas pedir um aval (repare que nem sequer solicito transferência efectiva de fundos, mas apenas a garantia) para um project finance que visa o saneamento das alcavalas que fiz. No fundo no fundo, estribado na complacência demonstrada por Va. Exa com outro inimputáveis (vide processo BPP e BPN), solicitarei o obséquio de garantirem, avalizando, um novo empréstimo que vou contrair, tendo por base o valor das aquisições que realizei acrescidos da valorização que seria expectável à data das mesmas. Prevejo que com o maneio, garantido por 6 a 8 anos, estarei em condições de me reabilitar.
Repare que assim se evitará o contágio provocado pelo meu colapso aos que me são próximos, evitando-se a minha descredibilização junto dos mesmos, num processo em tudo idêntico aos supra descritos. Afinal, somos todos iguais, não somos?
Conto consigo tanto como pode contar com o meu votinho
Creia-me seu súbdito
Creia-me seu súbdito
sexta-feira, novembro 28, 2008
MUSICALIDADES
Sexta-feira rima com som, música.
Hoje numa toada mais comercial, até porque gosto sempre de lutar contra os mitos.
Quem disse que música dita puramente comercial não é boa?
Por exemplo, os Simply Red que os anos 80 nos deram:
Ou os Simple Minds para ser ainda mais revivalista
E os esquecidos Spandau Ballet com Gold
E os Duran Duran e o reflex
E os Culture Club
Finalmente os Tears For Fears
Tudo isto os 80´s nos deram.
Foi bom e deixa saudade
NICE WEEK END
Hoje numa toada mais comercial, até porque gosto sempre de lutar contra os mitos.
Quem disse que música dita puramente comercial não é boa?
Por exemplo, os Simply Red que os anos 80 nos deram:
Ou os Simple Minds para ser ainda mais revivalista
E os esquecidos Spandau Ballet com Gold
E os Duran Duran e o reflex
E os Culture Club
Finalmente os Tears For Fears
Tudo isto os 80´s nos deram.
Foi bom e deixa saudade
NICE WEEK END
ECONOMIA DE MERCEEIRO
A ver se percebi.
O BPP está falido.
O BP não pode fazer nada.
Mas, ao mesmo tempo, não o pode deixar falir.
Então propõe a um sindicato de seis bancos que ajudem o BPP com "500 a 600 milhões de contos". Com o Estado a avalizar o empréstimo.
Mas os bancos que vão emprestar o dinheiro também estão em sérias dificuldades, ao ponto de serem aqueles que beneficiam de um aval do Estado no valor de 20 mil milhões para se poderem financiar e, assim, não ficarem como o BPP.
Então empresta quem está sem dinheiro para pagar a conta da luz e da água?
Esta macro economia, que não cabe nas contas de mercearia, arruinou-nos e continuará a arruinar-nos. Nada do que parece é e nada do que é realmente acontece.
MULAS FINANCEIRAS
Receita para uma fortuna:
1. Contratam-se salários multi-milionários, acrescidos de prémios chorudos
2. Promete-se este mundo, o próximo e outro ainda, mais longínquo, aos incautos, sob forma de juros grotescos, aplicações especulativas e um "show-off" de operações.
3. Arruina-se uma instituição financeira à pala da clientela miúda
4. Perde-se a vergonha na cara e, de mão estendida, vai-se ao Estado pedir uma esmola
5. Dá-se numa de virgem impoluta e dispõe-se a sair da instituição, a "bem da clientela do sistema financeiro". Mas já com a mula cheia.
terça-feira, novembro 25, 2008
CONFIANÇA
Só tem dimensão moral, ética e funcional para desempenhar um cargo de nomeação quem está sempre na disposição de abdicar dele quando a confiança se esvai.
E isso aplica-se tanto a um Conselheiro de Estado como a um Governador do Banco de Portugal.
Acho que é demasiado evidente o incómodo que a presença e o nome de Dias Loureiro provoca em Cavaco, que o indicou para Conselheiro de Estado.
Mais notória é, ainda, a luta solitária que Constâncio trava para salvar o nome e o lugar.
Vergonha houvesse, o mínimo de decoro, vá, e ambos já tinham renunciado aos seus cargos, sem precisarem que os empurrassem.
A razão é porque não o fazem.
A explicação não pode estar só no poder que os cargos proporcionam. É mesmo saber o que fariam sem os "tachos". Provavelmente nada, porque não saberiam fazer mais nada. É gente que sempre soube viver apenas destes "expedientes de Estado".
segunda-feira, novembro 24, 2008
BPN
Porque razão é que hoje alguém tem dinheiro depositado no Banco Privado Português? Ou no Finibanco?
A razão é a mesma por que tinham no BPN: a pura ganância. O querer a melhor taxa a qualquer preço. E estes bancos, numa atitude desleal e pouco consentânea com a realidade, sempre tiveram nas taxas loucas o seu grande chamariz.
Conheço vários casos de quem correu atrás da lebre.
Nada tenho contra que as pessoas queiram correr o risco com o seu dinheiro. Que invistam tudo em acções (cujo princípio de risco é idêntico ao de ter depósitos numa dessas instituições). Mas não posso concordar que, sob a desculpa do bem do sistema financeiro e do perigo de contágio, o Estado acuda e garanta depósitos e demais barbaridades cometidas por essas instituições beneficiando assim quem arriscou para lá do que devia e do que juízos de temeridade banais aconselhavam a não fazer.
Eu também tive várias propostas de juros delirantes. Mas nunca os arrisquei. E custa-me muito ajudar a pagar as remunerações dos que lá arriscaram.
Um banco, se tem que falir, que fala. É uma sociedade como outra qualquer
Não me lembro, em 15 anos de profissão, de ver o Estado deitar a mão a uma confecção que fosse, a uma fábrica de sapatos ou qualquer outra das centenas de empresas que, ao longo do tempo, vi falir, em situação por vezes muito mais dramáticas do que seria a falência do BPN.
A verdadeira história da nacionalização do BPN ainda não foi escrita.
A sua falência arrastaria para a praça pública muitos nomes do baronato do PSD, que lá desempenharam altas funções, mas também do PS, que na qualidade de supervisores e controladores da actividade, fizeram vista grossa às atrocidades praticadas (como ainda fazem em outros bancos).
Ora, não podia haver melhor casamento que a união de interesses de PSD e PS para que tudo se faça para que a realidade não se conheça. A bem da nação e do “sistema financeiro”.
A razão é a mesma por que tinham no BPN: a pura ganância. O querer a melhor taxa a qualquer preço. E estes bancos, numa atitude desleal e pouco consentânea com a realidade, sempre tiveram nas taxas loucas o seu grande chamariz.
Conheço vários casos de quem correu atrás da lebre.
Nada tenho contra que as pessoas queiram correr o risco com o seu dinheiro. Que invistam tudo em acções (cujo princípio de risco é idêntico ao de ter depósitos numa dessas instituições). Mas não posso concordar que, sob a desculpa do bem do sistema financeiro e do perigo de contágio, o Estado acuda e garanta depósitos e demais barbaridades cometidas por essas instituições beneficiando assim quem arriscou para lá do que devia e do que juízos de temeridade banais aconselhavam a não fazer.
Eu também tive várias propostas de juros delirantes. Mas nunca os arrisquei. E custa-me muito ajudar a pagar as remunerações dos que lá arriscaram.
Um banco, se tem que falir, que fala. É uma sociedade como outra qualquer
Não me lembro, em 15 anos de profissão, de ver o Estado deitar a mão a uma confecção que fosse, a uma fábrica de sapatos ou qualquer outra das centenas de empresas que, ao longo do tempo, vi falir, em situação por vezes muito mais dramáticas do que seria a falência do BPN.
A verdadeira história da nacionalização do BPN ainda não foi escrita.
A sua falência arrastaria para a praça pública muitos nomes do baronato do PSD, que lá desempenharam altas funções, mas também do PS, que na qualidade de supervisores e controladores da actividade, fizeram vista grossa às atrocidades praticadas (como ainda fazem em outros bancos).
Ora, não podia haver melhor casamento que a união de interesses de PSD e PS para que tudo se faça para que a realidade não se conheça. A bem da nação e do “sistema financeiro”.
REMEDIADO
Até nos meio profissionais.
Quando o mandato de Rogério Alves à frente da Ordem dos Advogados começou a pôr-se no horizonte, decidiu começar a parecer, pelo menos uma vez por semana, na TV (SIC notícias).
Presta esclarecimentos banais, raramente acrescentando uma vírgula aquilo que as peças jornalísticas que vai comentar já disseram. É cinzento e politicamente correcto como convém. Nunca critica um magistrado, uma decisão, um Colega (salvo o actual Bastonário, cujo cargo assume agora que persegue). Diz sim porque sim.
Mas tornou-se conhecido.
Pelo mérito? Pelo passado? Por alguma actividade profissional digna de destaque? Por especial defesa pública de posições ditas "nobres"?
Não. Simplesmente porque aparece. Muitas vezes,
Neste mundo de faz de conta isso é suficiente. Foi-o com Rogério Alves, outro ilustre comentador de banalidades, e vai ser com este novo putativo bastonário.
Longe vão os tempos em que os cargos públicos eram desempenhados por quem, com mérito, se tinha distinguido na vida civil e, a certa altura, resolvia dar "uma perninha" nessas andanças.
Hoje, por muito inútil que se seja nessa vida civil, por muito poucas provas que se tenha dado, basta que se apareça muitas vezes em público para ter o "mérito" criado (Santana é o melhor exemplo que conheço, mas também podia citar Sócrates - que se celebrizou, precisamente, a combater Santana em directo ao domingo na RTP -, Guterres ou Portas, para citar apenas os principais actores). Que méritos lhes conhecemos extra vida política? Nenhuns.
Definitivamente, vale mais parecer do que ser.
Por isso serei sempre um remediado.
sexta-feira, novembro 21, 2008
Hoje uma toada dançavel.
Aquilo que gosto de apelidar dançable music, ou, como alguém disse um vez, para "dançar no sofá". Que os Incognito interpretam como poucos.
Fica ainda melhor com o arranjo dos Jazzanova, não fica?
Neste capítulo, os Brand New Heavies (que o ano passado tive o privilégio de ouvir live no Super-Bock/Super-Rock) interpretam, também, esta toada.
Ora ouçam:
Ou esta
Ou a Carleen, mas solo
Ou este Brazzilian Love Affair de George Duke
A finalizar os imortais Kooooooool and Gang
HAVE A NICE WEEK-END
Aquilo que gosto de apelidar dançable music, ou, como alguém disse um vez, para "dançar no sofá". Que os Incognito interpretam como poucos.
Fica ainda melhor com o arranjo dos Jazzanova, não fica?
Neste capítulo, os Brand New Heavies (que o ano passado tive o privilégio de ouvir live no Super-Bock/Super-Rock) interpretam, também, esta toada.
Ora ouçam:
Ou esta
Ou a Carleen, mas solo
Ou este Brazzilian Love Affair de George Duke
A finalizar os imortais Kooooooool and Gang
HAVE A NICE WEEK-END
JUSTIÇA TEM DIAS
A única dúvida com que fico depois da detenção de Oliveira e Costa é porque razão Jardim Gonçalves já não está na mesma qualidade (arguido) há meses e meses?
É a tal justiça a dois tempos...
CATALINA
Há quem não compreenda o funcionamento do Estado de Direito.
Catalina Pestana é um caso descarado. E não podem ser os AVCs todos o mundo a justificar a perseguição que encetou a Paulo Pedroso e a tentativa de fazer justiça pelas próprias mãos, à revelia dos Tribunais.
Hoje, e em mais uma entrevista, sublinha que "nenhum juiz disse que Paulo Pedroso era inocente".
Esta afirmação tem tanto de intencional como de pérfida.
Num Estado de Direiro ninguém precisa de ser declarado inocente porquanto é ao Estado (ou a quem acuasa) que cabe provar a culpabilidade.
Todos somos inocentes até que alguém prove o contrário.
Por isso nunca nenhum Tribunal diz que somos inocentes. Prova-se é que não somos culpados. Isto, para uma mente sã e isenta é fácil de compreender. E faz toda a diferença.
Mas já não o é para quem está trilhada até à raiz dos cabelos por situações que viu (e calou) e só começou a berrar quando já era tarde demais.
Ninguém a cala de vez?
quinta-feira, novembro 20, 2008
GLOBAIS
Pouco a pouco vai-se percebendo que as economias de grande escala (globalização como se diz) faliram.
Paulatinamente vamos compreendendo o erro de fazermos do mundo uma correia de elos interligados onde, quando um se quebra, se partem os demais.
Devagarinho concluiremos que o regresso à micro economia é não só o único meio de sair deste atoleiro em que o capitalismo selvagem global nos colocou mas, também, o único modo de sobreviver num tempo de ganância e soberba onde vale tudo para ganhar mais e mais dinheiro.
Não vai demorar a que os principais estados mundiais recoloquem as medidas proteccionistas à sua economia, penalizando as importações, financiando a produção e asfixiando mais e mais as pequenas economias.
Nós, por cá, teremos que nos agarrar ao pouco que temos. O Sol, por enquanto, vai continuar a ser de borla.
Adenda: Prova cabal do que fica dito acima é o facto de, ainda há três meses, os contratos de futuro do petróleo terem chegado a ser negociados a 200 dólares e hoje o mesmo crude cotar-se a pouco mais de 50!!!
terça-feira, novembro 18, 2008
PROFISSÃO
Haverá lá pior penitência que estourar cinco horas a responder o que não se gosta, sobre factos em que não se acredita, a pessoa que não se conhece, sobre um cliente com que não se simpatiza, a esperar um resultado que não se deseja ainda por cima por um preço encolhido abaixo do que se merecia?
Assim vai a vidinha…
Assim vai a vidinha…
CONTOS DE GRIMM
Sabemos todos que vivemos hoje a política do faz de conta.
O país caía já a pique e Pinho anunciava o fim da crise.
O PM vai a uma escola com meninos muito bonitos e bem comportados e, no final, fica a saber-se que sairam de um casting puro e duro que têm tanto de estudantes como um trolha de arquitecto.
O Magalhães era para todos (a revolução tecnológica) mas agora fica a saber-se que não vai chegar, sequer, para alguns.
O PM é licenciado à custa de cunhas e processos pouco claros mas o que interessa é o diploma de Sr. Engº.
O Banco de Portugal andou a brincar à supervisão e ninguém pede a cabeça dos responsáveis.
Quase tudo é normal.
A semana passada Sócrates distribuiu em directo mais 250 Magalhães em Ponte de Lima. No final, saiu o PM, as TVs e... o Magalhães. Era tudo a fingir. Os meninos íam continuar com a ardósia.
A coisa é denunciada mas ninguém se importa.
Este país do faz de conta nem nos melhores contos de Grimm.
MUNDIAL ARREPENDIDO
O público arrependimento dos responsáveis pela cidade de Londres e do Governo de Inglaterra pela candidatura à organização dos Jogos Olímpicos de 2012 devia dar que pensar ao inefável Madail e aos entusiastas governantes que de momento nos comandam.
A "coisa tá preta e tá prá ficá", e a confissão de ontem de que prosseguem as conversações com espanhóis para uma hipotética apresentação conjunta à organização do Mundial de 2018 é, no mínimo, irresponsável.
Claro que todos sabemos que o consumo excessivo de cevada levedada tem destes efeitos.
O lamentável não é ele existir. É simlpesmente verificar-se em quem toma estas decisões...
A "coisa tá preta e tá prá ficá", e a confissão de ontem de que prosseguem as conversações com espanhóis para uma hipotética apresentação conjunta à organização do Mundial de 2018 é, no mínimo, irresponsável.
Claro que todos sabemos que o consumo excessivo de cevada levedada tem destes efeitos.
O lamentável não é ele existir. É simlpesmente verificar-se em quem toma estas decisões...
sexta-feira, novembro 14, 2008
JACQUES BREL
Não sendo propriamente um apreciador, muito menos entendedor, da música francesa (aliás, o homem é belga mas eu nem da língua gosto, sequer) tive sempre uma particular inclinação pela de Jacques Brel.
Provavelmente as influências de infância, aliadas ora à profunda nostalgia ora ao acertivo cinismo das letras motivaram mesmo uma veneração, que leve a que escolha os momentos em que o ouço.
Ademais, o exemplo de vida que foi (até na morte digna que soube ter numa doença que o carcomeu durante anos) serviram sempre de bússula.
Claro que não podia deixar de começar pelo inevitável
Na hieraraquia das preferências deveria seguir-se o quand on n´a que l´amour que o radio blog não tem disponível. Vamos, por isso, para a valse....
ou então a chanson de vieux amants
Fica a frustração de não poder aqui partilhar o plat pays, mon pere disait ou les vieux que também não estão audiveis no radio.blog.
UM BOM FIM DE SEMANA
Provavelmente as influências de infância, aliadas ora à profunda nostalgia ora ao acertivo cinismo das letras motivaram mesmo uma veneração, que leve a que escolha os momentos em que o ouço.
Ademais, o exemplo de vida que foi (até na morte digna que soube ter numa doença que o carcomeu durante anos) serviram sempre de bússula.
Claro que não podia deixar de começar pelo inevitável
Na hieraraquia das preferências deveria seguir-se o quand on n´a que l´amour que o radio blog não tem disponível. Vamos, por isso, para a valse....
ou então a chanson de vieux amants
Fica a frustração de não poder aqui partilhar o plat pays, mon pere disait ou les vieux que também não estão audiveis no radio.blog.
UM BOM FIM DE SEMANA
CATOLICISMO
Há dias ouvi José Mário Branco dizer que era um cristão ferveroso mas com repúdio pelo que a Igreja Católica tinha feito do cristianismo (cito de cor).
Revejo-me em pleno nestas palavras, e ainda mais quando leio barbaridades destas: Um padre católico disse aos seus paroquianos que se devem abster da comunhão caso tenham votado Barack Obama, uma vez que o presidente eleito dos Estados Unidos defende o aborto.
EDUCAÇÃO
Amanhã serão pedras e paus.
Depois, quem sabe, uns tiritos.
A política do facilitismo (que obviamente não começou agora, vem já do 25 de Abril, mas este Governo agravou-a severamente) produz os seus melhores efeitos.
Quando nos tornarmos num regime anarca, sem rei nem roque, talvez voltem a perceber que a exigência, a disciplina e a excelência são (devem ser) a base da educação. Mas aí já vai ser tarde.
quinta-feira, novembro 13, 2008
DÚVIDA
Onde estão os sumaríssimos aos cotovelos do Liedson e do Postiga?
Então aqueles senhores na Liga agora já não gostam do remédio ou é tudo uma questão de cores das camisolas?
CORRECÇÃO: Este sumaríssimo, a aparecer, é da responsabilidade da Federação (era um jogo de Taça). A ver vamos se algum processo nasce... Não sei porquê, cheira-me que não.
quarta-feira, novembro 12, 2008
CASO BPN
A sequência de factos com que Paulo Portas calou Vítor Constâncio na audiência parlamentar para explicar o caso BPN, revela duas coisas fundamentais:
1. Até Paulo Portas pode, uma vez, ser útil.
2. Ruiu como um catelo de cartas aquela áurea de competência que pairava sobre a figura do Governador, tal o silêncio, o embaraço e a falta de explicação às sucessivas incoerências relveladas.
Constâncio teve tudo para perceber o que se passava e agir muito, mas muito mais cedo.
Saberá ele porque não o fez mas as consequências de não o ter feito sabemos todos nós quais deviam ser. Mas isso implicava que o homem perdesse o salário (o dito dos 17 000 euros).
terça-feira, novembro 11, 2008
TRUE
"To every single death,
one single cry"
Matthew Herbert.
Pure jazz fusion ontem numa muito longe de esgotar Casa da Música. Ou como a música pode ser um dos mais importantes veículos de comunicação, reivindicação e alerta.
"Porque gasta o Governo e a sociedade centenas de milhares de libras para manter um bébé prematuro vivo, enquanto ao mesmo tempo gasta milhões para assassinar outros deliberadamente?" questiona na introdução de um espectáculo que é muito mais que musical, pese embora neste capítulo tenha sido de encher a barriga.
13 metais, piano, bateria, contrabaixo, uma voz da indizível Eska Mtungwazi e os soberbos arranjos e intervenções de sintetizador de Herbert fazem a Big Band.
Querem um cheirinho.
Passem por aqui e ouçam (mesmo com as limitações de uma gravação pirata) ou por aqui e vejam como se pode fazer música rasgando papel.
one single cry"
Matthew Herbert.
Pure jazz fusion ontem numa muito longe de esgotar Casa da Música. Ou como a música pode ser um dos mais importantes veículos de comunicação, reivindicação e alerta.
"Porque gasta o Governo e a sociedade centenas de milhares de libras para manter um bébé prematuro vivo, enquanto ao mesmo tempo gasta milhões para assassinar outros deliberadamente?" questiona na introdução de um espectáculo que é muito mais que musical, pese embora neste capítulo tenha sido de encher a barriga.
13 metais, piano, bateria, contrabaixo, uma voz da indizível Eska Mtungwazi e os soberbos arranjos e intervenções de sintetizador de Herbert fazem a Big Band.
Querem um cheirinho.
Passem por aqui e ouçam (mesmo com as limitações de uma gravação pirata) ou por aqui e vejam como se pode fazer música rasgando papel.
CEGUEIRA
Há um miserável adágio popular, mas muito lusitano, reza que "quem não chora...".
O Sporting veste-o de corpo inteiro.
Com demasiados folhos e verniz para um campo com relva molhada, desde que me lembro os dirigentes do Sporting convencem-se que as suas qualidades "cascaienses" lhes chegam para ganhar.
Quando vêem que não choram como Madalenas, ofendidos na virgindade que perderam sem dar conta.
Anteontem houve um penaltie duvidoso por marcar contra o FC Porto (Rolando no chão toca a bola com o braço).
Ao mesmo tempo o inimputável do Paixão deixou passar TRÊS penalties claros contra o Sporting.
No final presidente e treinador alinharam pela mesma bitola da crítica fácil, apelidando mesmo de nojenta a actuação do árbitro.
Foi-a, de facto. Mas porque espoliou o FC Porto. O Sporting continua a cruzada, sem perceber porque perdeu. É sempre mais fácil atirar as pedras para o telhado do vizinho.
domingo, novembro 09, 2008
LIÇÕES
Dá dó ver este amontoado de jogadores do FC Porto, a que alguns chamam equipa, a levar a 15ª lição de futebol de Paulo Bento.
Assim como assim, se não aprendem em casa e nos treinos, que os jogos com o Sporting sirvam para alguma coisa.
JESUALICES
Há muito que a criatividade de Jesualdo deixou de ser incompetência: é mesmo pura estupidez.
Esta do Fucile pelo Sapunaru é um tratado.
Aos 10´não estamos a levar 2 por pura sorte...
Queira a fortuna que isso não venha a suceder.
Esta do Fucile pelo Sapunaru é um tratado.
Aos 10´não estamos a levar 2 por pura sorte...
Queira a fortuna que isso não venha a suceder.
sábado, novembro 08, 2008
MINISTRA
Já tá.
Professores na rua e ministra na TV (pública, claro, e em directo). Julgam que lavam tudo com palavras públicas.
Dezenas de milhares aos berros não chegam para a ministra ouvir.
A arrogância traduzida na entrevista é de levar ao vómito.
Um só exemplo: confundir uma manifestação legal, legítima e pacífica com "chantagem", como repetiu várias vezes, é de quem não percebeu ainda que já não estamos nesse tempo.
Até nem nutro particular simpatia pelo movimento sindicalista no sector público. Acho-o oportunista, saudoso de uma realidade que não existe e que não olha a meios para chegar ao seus fins.
Mas uma ministra com a postura desta só lhe dá força e fá-lo parecer feito por meninos de coro.
Professores na rua e ministra na TV (pública, claro, e em directo). Julgam que lavam tudo com palavras públicas.
Dezenas de milhares aos berros não chegam para a ministra ouvir.
A arrogância traduzida na entrevista é de levar ao vómito.
Um só exemplo: confundir uma manifestação legal, legítima e pacífica com "chantagem", como repetiu várias vezes, é de quem não percebeu ainda que já não estamos nesse tempo.
Até nem nutro particular simpatia pelo movimento sindicalista no sector público. Acho-o oportunista, saudoso de uma realidade que não existe e que não olha a meios para chegar ao seus fins.
Mas uma ministra com a postura desta só lhe dá força e fá-lo parecer feito por meninos de coro.
MANIFESTAÇÕES
Os sindicatos falam em 100.000 manifestantes com a mesma facilidade com que dizem 120.000 e ninguém nos diz como chegam a estes números.
O modo fácil como a comunicação social hoje embarca em tudo o que seja sensacionalista (veja-se que até O Expresso desmentiu hoje a manchete da semana passada como se da coisa mais natural se tratasse) permite que os sindicatos tenham hoje um peso que, de facto, não deviam ter.
Mas lá que esteve gente que nunca mais acaba nas ruas de Lisboa, lá isso esteve.
E ainda que muitos fossem amigos e familiares dos professores, simples oportunistas políticos ou lacaios dos sindicatos, a verdade é que havia professores que nunca mais acabava. Fossem 120 000 ou 80 000, foi gente a rodos. Não será suficiente para acabar o autismo da ministra?.
O modo fácil como a comunicação social hoje embarca em tudo o que seja sensacionalista (veja-se que até O Expresso desmentiu hoje a manchete da semana passada como se da coisa mais natural se tratasse) permite que os sindicatos tenham hoje um peso que, de facto, não deviam ter.
Mas lá que esteve gente que nunca mais acaba nas ruas de Lisboa, lá isso esteve.
E ainda que muitos fossem amigos e familiares dos professores, simples oportunistas políticos ou lacaios dos sindicatos, a verdade é que havia professores que nunca mais acabava. Fossem 120 000 ou 80 000, foi gente a rodos. Não será suficiente para acabar o autismo da ministra?.
sexta-feira, novembro 07, 2008
MÚSICA DESCOMPROMETIDA...
... ou sem segunda intenções.
É simplesmente música, boa, very relaxing.
Começo hoje com o Blow Monkeys (embora o exemplo mais desejável fosse o it doesn´t have to be that way que o radioblog não tem disponível). Fica este digging your scene, também muito popular
Dentro do mesmo género, ou não fossem contemporâneos, os Matt Bianco, e este More than i can bear (por mim, desde que não seja mora than i can beer...)
e termino com o Style Council, que produzem da melhor música que conheço para conduzir (depressa)
EMBRULHEM-SE EM MÚSICA E TENHAM UM EXCELENTE WEEK END
É simplesmente música, boa, very relaxing.
Começo hoje com o Blow Monkeys (embora o exemplo mais desejável fosse o it doesn´t have to be that way que o radioblog não tem disponível). Fica este digging your scene, também muito popular
Dentro do mesmo género, ou não fossem contemporâneos, os Matt Bianco, e este More than i can bear (por mim, desde que não seja mora than i can beer...)
e termino com o Style Council, que produzem da melhor música que conheço para conduzir (depressa)
EMBRULHEM-SE EM MÚSICA E TENHAM UM EXCELENTE WEEK END
DUAS PEDRINHAS DE GELO, P.F.
A Confederação do Desporto de Portugal leva a efeito mais uma eleição de atleta do ano.
Cada federação desportiva nomeia o seu representante e, depois, segue-se a votação.
A federação de Madail, que tem o futebol a seu cargo, não nomeou Cristinao Ronaldo.
Aquele que é, sem dúvida, o melhore desportista português do ano, nomeado para cinco troféus internacionais, não mereceu a confiança da sua federação.
Em alternativa, Madail nomeaou Fernando Couto (que passou a época quase toda lesionado, saiu, há dois anos, de uma suspensão por doping e quase não joga).
É verdade que há mais vida para além de Ronaldo, mas o ano passado foi do rapaz. Ele é um simbolo da nação, e deve e tem que saber ser aproveitado (vale bem mais que os Magalhães do Sócrates).
Pena que o Cutty Sark não deixe o Madail perceber isso.
quarta-feira, novembro 05, 2008
OBAMA
Não vejo Obama com o optimismo de alguns.
Não o acho nenhum Messias (a ele ou a qualquer norte-americano).
Mas no computo da batalha, entre ele e o bush pequenino, sem dúvida que vejo na vitória um sopro novo.
Basta o facto de ser um presidente menos hipotecado à indústria bélica.
Um eleito que tem a sustentá-lo um voto negro, a carecer de muita assistência social.
Obama vai, de certeza estar muito mais empenhado na pacificação interna do país do que andar a semear mortos pelo médio oriente.
E isso a mim basta-me, por ora.
OS INTOCÁVEIS
É engraçado ver como alguns "impolutos" saem sempre de "cabeça erguida" nas ginga-jogas da vida.
terça-feira, novembro 04, 2008
CONSTÂNCIO E A VÃ REGULAÇÃO DO BPN
Muito está ainda por dizer e esclarecer sobre esta nacionalização do BPN.
As verdadeiras motivações do Estado só mais tarde virão à tona, designadamente por que não se cumpriram outras soluções bem menos onerosas para o erário público (como assegurar os depósitos e deixar, pura e simplesmente, falir a sociedade).
Para início de conversa, o alinhamento e os olhares comprometidos de Constâncio e Teixeira dos Santos não deixam antever nada de bom.
Penso que, numa primeira conclusão, é mais do que óbvio que Constâncio está muito longe da competência que muitos lhe auguraram, e a inabilidade que já ficara visível no fogacho como secretário-geral do PS, ficou agora nua de vez.
A questão é mas profunda: porque insiste o Governo em dar-lhe cobertura?
As contas da Segurança Social abertas no BPN não podem explicar tudo...
corrigido
A JUSTIÇA DA LIGA
Não era preciso ser mais do que um razoável jurista para perceber que as escutas telefónicas utilizadas pelo inefável Ricardo Costa, que Hermínio Loureiro descobriu como o novo salvador e moralizador do futebol, utilizou para punir Leiria, FC Porto e seus dirigentes era um atentado jurídico.
Para as mentes mais esquecidas recordo que o disse aqui, em 1/Julho/2008.
Para as mentes mais esquecidas recordo que o disse aqui, em 1/Julho/2008.
A decisão do Supremo Tribunal Administrativo, que julgou ilegal essa utilização, veio repôr ordem na javardice jurídica da decisão de Ricardo Costa.
Não tenho dúvida que, agora, há apenas um caminho: correr com Costa e, obviamente, com um presidente de liga que lhe tem dado cobertura, sabe-se lá com que intenções.
Além, claro está, de fortes indemnizações a pedir pelos lesados a uma Liga que, criada para os defender, se tem entretido em dar-lhes conta da vida.
Começa a ser tempo de alguma competência e seriedade.
sexta-feira, outubro 31, 2008
HONORÁRIOS
Hoje uma borla valeu-me o pagamento com uma tijela de marmelada, geleia caseira e uns enchidos.
Diga-se que entregues por quem até aquilo fará falta.
É curioso que me souberam como se cobrasse os €. 1000,00 que a prestação de serviço valeria.
SOM, DO PURO
Esta semana a toada será mais lounge.
Começamos por este since i met you
Sigo com Koop (embora a preferida fosse relexing at club fn, numa mistura de Kruder e Dorfmeister, que aconselho vivamente)
Procurem, sobretudo, como diz a letra, "to dance close to the one that you love"
Ligada a algum espírito aventureiro, esta música está imortalizada pelo Matt e as suas danças nos quatro cantos do mundo.
Termino com a tranquilidade de Feist.
UM GRANDE FIM DE SEMANA
Começamos por este since i met you
Sigo com Koop (embora a preferida fosse relexing at club fn, numa mistura de Kruder e Dorfmeister, que aconselho vivamente)
Procurem, sobretudo, como diz a letra, "to dance close to the one that you love"
Ligada a algum espírito aventureiro, esta música está imortalizada pelo Matt e as suas danças nos quatro cantos do mundo.
Termino com a tranquilidade de Feist.
UM GRANDE FIM DE SEMANA
VICENTE MOURA OU A FALTA DE VERGONHA
O homem até está velhinho.
As declarações dele em Pequim até indiciam alguma má circulação sanguínea.
Mas isso não desculpa nem o facto de ter prometido demitir-se em plenos Jogos, com repercussões nas performances dos nossos atletas nem, o que é mais grave, a cambalhota que deu às costas da medalha de ouro de Nelson Évora, voltando com a palavra atrás.
Os atletas, a começar pelo próprio Évora, não se revêem neste tipo de gente e de representação.
Mas a verdade é que, agarrado ao poder há 20 anos, o “comandante”, como gosta de ser chamado, não larga as mordomias.
O mais grave é que a teia de interesses é de tal ordem que até já agremiou 17 das 29 federações.
Este é o espelho de um país. Não temos exigência (ou impúnhamos mesmo sangue novo no COP); não temos memória (ninguém relembra a Vicente Moura as palavras dele em Pequim); não temos vergonha (ou o homem, depois de dizer o que disse, saía com o rabo entre as pernas). Somos uns frouxos e adoramos cavalgar a incompetência. Não temos emenda nem futuro.
As declarações dele em Pequim até indiciam alguma má circulação sanguínea.
Mas isso não desculpa nem o facto de ter prometido demitir-se em plenos Jogos, com repercussões nas performances dos nossos atletas nem, o que é mais grave, a cambalhota que deu às costas da medalha de ouro de Nelson Évora, voltando com a palavra atrás.
Os atletas, a começar pelo próprio Évora, não se revêem neste tipo de gente e de representação.
Mas a verdade é que, agarrado ao poder há 20 anos, o “comandante”, como gosta de ser chamado, não larga as mordomias.
O mais grave é que a teia de interesses é de tal ordem que até já agremiou 17 das 29 federações.
Este é o espelho de um país. Não temos exigência (ou impúnhamos mesmo sangue novo no COP); não temos memória (ninguém relembra a Vicente Moura as palavras dele em Pequim); não temos vergonha (ou o homem, depois de dizer o que disse, saía com o rabo entre as pernas). Somos uns frouxos e adoramos cavalgar a incompetência. Não temos emenda nem futuro.
quinta-feira, outubro 30, 2008
FRIO
CULTURA DO FACILITISMO
Gostava, daqui a 20 anos, poder pedir contas ao secretário de estado da educação que ontem, com uma lata desmesurada, defendeu e pretendeu fazer-nos crer que o incremento de seis pontos nas notas médias de matemática no espaço de dois anos se ficou apenas a dever à melhoria da qualidade do ensino.
É inqualificável que uma medida puramente eleitoralista, populista e demagoga, esteja a atirar para o reino do facilitismo milhares de estudantes no exacto momento da formação dos seus básicos hábitos de trabalho.
Daqui a 20 anos, quando for a impiedosa sociedade e o mercado a ditar as regras, a maioria deles provará o gosto amargo da incompetência.
O mal é que não terão culpa, mas pagarão a factura.
O secretário de estado e a ministra estarão reformados ou, se calhar, num óasis de um qualquer organismo público, único lugar onde a incompetência deles cabe e é bem vinda.
quarta-feira, outubro 29, 2008
COMENTÁRIOS
É curioso que, num blog calmo como o Estado Crítico , um post como este tenha despertado tanta visita e comentário.
Mais curioso ainda é que, ao citar o nome de Helder Martins Leitão não o fiz com nenhuma intenção de "bater no homem" (embora todas as que apanhe sejam, pelos visto, poucas).
Os comentários, ainda por cima, são totalmente ao arrepio do tema do post.
A blogosfera tem destes caprichos.
terça-feira, outubro 28, 2008
PARÁBOLAS
Nos idos anos da catequese, em que a “virtude” me empurrava para a missa semanal e as reflexões que se lhe sucediam, a repetição da parábola do “filho pródigo” teve sempre o condão de me indispor.
Achei-a sempre falaciosa, sobretudo por estar incompleta.
Vi sempre naquele filho que regressa um interesseiro, que quer o melhor de dois mundos. E tinha pai para lhe amparar o capricho.
Vi no pai que o acolhe um homem desesperado (que sempre me inspirou comiseração) mas pouco lúcido, incapaz de ver que, com a sua atitude, feria de tal modo o filho que ficara que deixava de merecer o seu respeito.
E achei sempre que, se a história fosse contada até ao fim, esse mesmo filho, o que ficara, atiraria com a porta e partiria à aventura. Afinal, quando lhe desse na gana, a porta do pai estaria sempre aberta…
Achei-a sempre falaciosa, sobretudo por estar incompleta.
Vi sempre naquele filho que regressa um interesseiro, que quer o melhor de dois mundos. E tinha pai para lhe amparar o capricho.
Vi no pai que o acolhe um homem desesperado (que sempre me inspirou comiseração) mas pouco lúcido, incapaz de ver que, com a sua atitude, feria de tal modo o filho que ficara que deixava de merecer o seu respeito.
E achei sempre que, se a história fosse contada até ao fim, esse mesmo filho, o que ficara, atiraria com a porta e partiria à aventura. Afinal, quando lhe desse na gana, a porta do pai estaria sempre aberta…
sexta-feira, outubro 24, 2008
MUSKA, MUNTA MUSKA
Fim de semana é, por aqui, sinónimo de música.
Hoje numa vertente rock (soft, muito soft).
Porque todos pertencemos a alguém, fica o Lenny Kravitz, naquele que considero o seu melhor tema:
Ainda que não seja a sua música mais conhecida, é uma das minhas preferidas produzidas pelos Stranglers
Acho que todos encontraram a sua "Femme fatale" que os Velvet Undergorund tão bem expressam
SObretudo espero que o vosso fim-de-semana seja como o som de Lou Reed: Perfect
Falta só o Camaleão. Com todas as cores de cabelo um grande "roqueiro". Bowie. Ziggy.
Um grande fim de semana.
Com muita, muita "muska".
Hoje numa vertente rock (soft, muito soft).
Porque todos pertencemos a alguém, fica o Lenny Kravitz, naquele que considero o seu melhor tema:
Ainda que não seja a sua música mais conhecida, é uma das minhas preferidas produzidas pelos Stranglers
Acho que todos encontraram a sua "Femme fatale" que os Velvet Undergorund tão bem expressam
SObretudo espero que o vosso fim-de-semana seja como o som de Lou Reed: Perfect
Falta só o Camaleão. Com todas as cores de cabelo um grande "roqueiro". Bowie. Ziggy.
Um grande fim de semana.
Com muita, muita "muska".
quinta-feira, outubro 23, 2008
CRISE IV
Um cancro é um cancro.
Normalmente silencioso. Normalmente mortal. Normalmente traiçoeiro.
Virá-lo depende sempre da sorte mas, sobretudo, de o encarar de frente.
Não há memória de úma avestruz ter vencido um.
A crise que actualmente atravessamos é um cancro profundo, que não está só no sector financeiro, mas na economia toda (a real, como agora se diz).
As injecções prescritas, de milhares de milhões de Euros e Dólares, são meros paliativos.
E este jogo do faz de conta de meia dúzia de chefes de estado, que com a conivência de uma comunicação social que, quando não age por ignorância fá-lo, o que é ainda pior, por comprometimento, pretendendo fazer crer que estamos a caminho da cura, é o pior caminho que se podia trilhar.
A escolha da estrada mais curta não é necessariamente a melhor.
Está-se a enveredar pela via do facilitismo e o preço vai aumentar. Dentro de poucos anos, quando tivermos inflacções de dois digitos, quando as moedas nada valerem, quando os salários pouco comprarem, vamos finalmente perceber que o erro estava no modus vivendi, e não nas decisões de Bancos de criarem "produtos tóxicos". Vamos perceber que a sociedade de crescimento constante, que produz mais, consome mais, acelera mais, esgota mais os recursos, é uma pura criação da irresponsabilidade moderna.
quarta-feira, outubro 22, 2008
FUNERAL
Tive razão aqui quando lamentei as experiências de Jesualdo.
Tive razão quando ansiei aqui que o FC Porto perdesse o jogo de Alvalade.
Tinha-se despachado o homem, ficávamos a um ponto da liderança e ainda se ia a tempo de tentar fazer alguma coisa deste monte de jogadores que fazem do balneário uma Torre de Babel.
Ao vencê-lo Jesualdo readquiriu créditos de que não era credor. Ganhou espaço de manobra para fazer mais meia dúzia das suas indizíveis experiências como a de ontem na Liga dos Campeões, onde nos enterrou de vez com a pior exibição de que há memória em noites europeias no Dragão. O campeonato vai ser só uma questão de tempo, porque vão-se multiplicar as exibições e os resultados de Vila do Conde.
Tive razão quando ansiei aqui que o FC Porto perdesse o jogo de Alvalade.
Tinha-se despachado o homem, ficávamos a um ponto da liderança e ainda se ia a tempo de tentar fazer alguma coisa deste monte de jogadores que fazem do balneário uma Torre de Babel.
Ao vencê-lo Jesualdo readquiriu créditos de que não era credor. Ganhou espaço de manobra para fazer mais meia dúzia das suas indizíveis experiências como a de ontem na Liga dos Campeões, onde nos enterrou de vez com a pior exibição de que há memória em noites europeias no Dragão. O campeonato vai ser só uma questão de tempo, porque vão-se multiplicar as exibições e os resultados de Vila do Conde.
terça-feira, outubro 21, 2008
segunda-feira, outubro 20, 2008
IMPOSTOS
O principio estaria absolutamente correcto não fosse verificarem-se cada vez mais casos que roçam o absurdo. Quase sempre a favor do Estado.
Recentemente um imóvel comprado por €. 100.000 pagou imposto de transmissão sobre €. 228.000 porque assim estava avaliado pelo Estado.
Pedida a reavaliação foi fixado o valor em ... €. 63.000.
Para além de o imposto ter excedido em €. 8.320 aquilo que era devido, o Estado vai ainda demorar um ano e meio a devolver o que cobrou em excesso.
Ora, se a isto juntarmos o facto ainda ir cobrar a avaliação, que é feita por peritos indicados por si, e demorar o mesmo tempo a devolver o dinheiro quando não tiver razão, está bom de ver que o expediente não passa de uma mera (mais uma) tentativa de dissuadir o contribuinte a reclamar.
Recentemente um imóvel comprado por €. 100.000 pagou imposto de transmissão sobre €. 228.000 porque assim estava avaliado pelo Estado.
Pedida a reavaliação foi fixado o valor em ... €. 63.000.
Para além de o imposto ter excedido em €. 8.320 aquilo que era devido, o Estado vai ainda demorar um ano e meio a devolver o que cobrou em excesso.
Ora, se a isto juntarmos o facto ainda ir cobrar a avaliação, que é feita por peritos indicados por si, e demorar o mesmo tempo a devolver o dinheiro quando não tiver razão, está bom de ver que o expediente não passa de uma mera (mais uma) tentativa de dissuadir o contribuinte a reclamar.
sexta-feira, outubro 17, 2008
SORRISO PCP
Octávio Teixeira na Sic (sem som, obviamente).
Ressaltam os gestos.
Porque é que os comunistas têm sempre um ar zangado a falar tanto do sério como do trivial?
Os Gulag tê-los-ão feito esquecer a bondade e o prazer de um sorriso largo e sincero?
Ressaltam os gestos.
Porque é que os comunistas têm sempre um ar zangado a falar tanto do sério como do trivial?
Os Gulag tê-los-ão feito esquecer a bondade e o prazer de um sorriso largo e sincero?
PORTUGAL DE PAREDES
Se Portugal tem tradução em forma de música, ela está no som do Mestre Carlos Paredes.
Não encontro dedilhar mais capaz de me mostrar o "fado" lusitano que consiga arrancar das cordas o país rural e sério, do cajado suado e melancólico, áspero como as urzes, belo como as vides, dócil e morno como a pele de uma criança.
Limitado às disponibilidades do Radioblog, e com a memória cheia pela velhinha cassete azul que me deu a conhecer o som desta guitarra, deixo o
CANTO DO RIO, que é todo ele Coimbra e Mondego,
e o VERDES ANOS, que no meu imaginário abraçou sempre o Marão e a Estrela com o mais fraterno laço.
Não encontro dedilhar mais capaz de me mostrar o "fado" lusitano que consiga arrancar das cordas o país rural e sério, do cajado suado e melancólico, áspero como as urzes, belo como as vides, dócil e morno como a pele de uma criança.
Limitado às disponibilidades do Radioblog, e com a memória cheia pela velhinha cassete azul que me deu a conhecer o som desta guitarra, deixo o
CANTO DO RIO, que é todo ele Coimbra e Mondego,
e o VERDES ANOS, que no meu imaginário abraçou sempre o Marão e a Estrela com o mais fraterno laço.
OPÇÕES DE JESUALDO
Jesualdo prepara-se para "poupar" a maioria dos seus titulares frente ao Seternanse.
Sem jogar em conjunto há quinze dias, é mais do que natural que a equipa precise de "afinação". Ora não haveria melhor modo de o fazer do que testá-la num jogo a feijões.
Mas não.
Sem jogar em conjunto há quinze dias, é mais do que natural que a equipa precise de "afinação". Ora não haveria melhor modo de o fazer do que testá-la num jogo a feijões.
Mas não.
Doutorado em "criatividade imbecil" em véspera dos grandes e decisivos jogos, vai colocar a jogar os segundos planos. Mas na terça-feira vai precisar da melhor equipa para, contra o Dinamo de Kiev, manter-se à tona na Liga dos Campeões. Não é preciso perceber muito da poda para compreender que a terça-feira promete ser de Carnaval... com o habitual Rei Momo.
SONS DE FIM DE SEMANA
O primeiro frio, os casacos e impermeáveis a cheirar a armário chamam ao sofá.
As achas começam-se a aconchegar.
Até já há castanhas.
É tempo de sons como este,
ou este,
ou este,
e este
e este
UM BOM FIM DE SEMANA
As achas começam-se a aconchegar.
Até já há castanhas.
É tempo de sons como este,
ou este,
ou este,
e este
e este
UM BOM FIM DE SEMANA
BLOG EM IMAGENS
Saúda-se a entrada em cena do blog Imagem do Som.
E, pelo menos nas lides fotográficas, como não tem que falar nem escrever, o autor é mais assertivo que nos compêndios do direito...
corrigido
terça-feira, outubro 14, 2008
CRISE III
De repente, a crise endémica, instalada e duradoura, eclipsou-se.
O danacol da injecção monetária desentupiu as veias do paciente que há uma semana estava à beira do AVC.
Nem uma recomendação de cuidados alimentares redobrado e algum exercício físico; apenas a injecção e está feito.
Deviamos parar e pensar o modo como somos manipulados por não mais duas ou três dezenas de seres humanos que, vestidos com a capa do poder, acham que com duas ou três declarações públicas nos enganam e calam.
Basta recordar a forma como fomos manipulados na famigerada Cimeira dos Açores sob a suposta existência de armas maciças no Iraque para sabermos o que digo. E termos cautela com estes remédios que nos vendem como curativos da maleita.
O danacol da injecção monetária desentupiu as veias do paciente que há uma semana estava à beira do AVC.
Nem uma recomendação de cuidados alimentares redobrado e algum exercício físico; apenas a injecção e está feito.
Deviamos parar e pensar o modo como somos manipulados por não mais duas ou três dezenas de seres humanos que, vestidos com a capa do poder, acham que com duas ou três declarações públicas nos enganam e calam.
Basta recordar a forma como fomos manipulados na famigerada Cimeira dos Açores sob a suposta existência de armas maciças no Iraque para sabermos o que digo. E termos cautela com estes remédios que nos vendem como curativos da maleita.
CRISE II
Um atentado ao pudor.
O modo como os quatro maiores banqueiros (tenho dúvidas que o sejam, pelo menos no sentido tradicional do termo em que banqueiro era aquele que atravessava o seu dinheiro para construir um banco) destilaram sabedoria e competência na RTP1 é quase um insulto.
Eles que em conjunto com os seus pares internacionais são os grandes responsáveis pelo momento dramático que o mundo atravessa; eles que, senhores da salários e regalias milionárias se acham no direito de estender a mão ao dinheiro dos contribuintes para fugirem à banca rota; eles que alimentaram uma sociedade de consumo de modo artificial e insane, vêm agora dizer-nos como resolver a contenda.
Até podem ter estado em directo por ordem do Estado, injectando semântica de confiança, justificando a esmola.
Mas não deixam de revelar uma absoluta falta de vergonha, num descaramento desmesurado. É que nem um período de nojo se dignam a cumprir...
CRISE I
Enquanto pela Europa fora os bancos vão sendo nacionalizados (hoje o RBS) por cá a bolsa sua confiança. Sobe quase 7%. Somos os maiores. A crise passou.
segunda-feira, outubro 13, 2008
JUSTIÇA
O Tribunal de Santa Maria da Feira ameaçou ruína e foi encerrado.
Durante meses a pendência, já de si muito atrasada, emperrou ainda mais nas instalações provisórias que fizeram as vezes da casa da justiça.
Agora, cinco meses volvidos, o Governo encontrou uma solução.
Mas a Srª Juiz presidente encontrou dois defeitos: os Juizes têm que entrar na sala de audiência pelo mesmo corredor das pessoas e, mais grave ainda, têm parque de estacionamento a 300 metros do Tribunal.
E disse isto tudo com ar indignado.
Fossem as preocupações da magistrada com a pendência atrasada tão solenes como foram com o bem estar dos seus pares e certamente existira maior e melhor justiça ali para os lados da Feira.
Mas é a justiça que temos.
NORMAL?
As oscilações insanes das bolsas nas últimas sessões mostra que ninguém aprendeu com o terramoto.
Os especuladores continuam aí, ávidos de mais valias, fazendo de conta que tudo vai voltar a ser como dantes.
Os reguladores olham para uma acção que sobe e desce 10% enquanto o diabo esfrega um olho como se do mais regular e natural ciclo económico se tratasse.
Os pequenos aforradores espreitam, com o nariz pousado em cima do balcão, à espera de também poderem ter um naco no festim.
Não há emenda para esta organização que criámos.
Vamos pagar um preço enorme pela avidez em que vivemos.
sexta-feira, outubro 10, 2008
SIMON & GARFUNKLE
Sons por onde não passava há muito tempo.
Sounds ou silence
ou
Mrs Robinson
ou ainda
America
Lamentavelmente o OLD FRIENDS e o MEET MY OLD LOVER (não me recordo do nome exacto da música) não estão disponíveis no Radioblog.
Sounds ou silence
ou
Mrs Robinson
ou ainda
America
Lamentavelmente o OLD FRIENDS e o MEET MY OLD LOVER (não me recordo do nome exacto da música) não estão disponíveis no Radioblog.
Tenham um grande fim-de-semana.
CASAMENTO GAY
Não seria o facto do direito ao casamento de homossexuais ser reconhecido que mais me preocuparia, muito embora seja contra pelas razões que já aqui aduzi.
É, sobretudo, o que viria a seguir e me faz "torcer" pelo não anunciado de hoje na AR.
É óbvio que, assim que se acharem com o estatuto nas mãos, o passo seguinte vai ser reclamarem o direito à adopção.
De tão anti-natura ser, abstenho-me de esgrimir mais razões para dizer que sou e serei radicalmente contra. As crianças simplesmente não têm culpa nem podem ser joguetes nas opções sexuais dos hipotéticos tutores.
domingo, outubro 05, 2008
PERCURSO
Bater as pedras do sofrimento até que a misericórdia nos notifique.
Será este o percurso de todos?
Será este o percurso de todos?
sexta-feira, outubro 03, 2008
LAGARTO
A 48 horas do Sporting/Porto, dou comigo num exercício maquavélico e auto-flagelador.
Uma derrota do Porto por 1-0 deixa tudo como está. Que foi à tangente. O relvado. O árbitro. A equipa nova. A casa do adversário. Blá, blá,blá.
Mas três secos bem enfiados nas redes de Helton deixam Jesualdo sem manobra. E Pinto da Costa com motivo para a corrida do prof. E, afinal de contas, ainda estaremos a 4 pontos da liderança, no segundo lugar do grupo da Champions e muito a tempo, por isso, de salvar a época.
Vou torcer lagarto no domingo.
PROPAGANDA
A propaganda nazi não seria mais eficaz do que a crónica deste pseudo-jornalista que não deve ter visto o mesmo jogo que nós todos vimos.
"Cirurgia atacante do FC Porto" diz ele (eu chamava-lhe, medicamente falando, bisturi desvairado).
"A transicção e o perfume mereciam melhor sorte" ou "A injustiça deixará para sempre uma mácula neste desafio" são outras pérolas de uma crónica demente e vergonhosa. Não há dúvida que houve injustiça. O Arsenal merecia ter dado 7 em vez dos 4...
DECISÃO PEREGRINA
Um pai belga raptou as três filhas e manteve-as cativas e na mendicidade durante oito meses.
Um Tribunal Belga, onde o processo de regulação do poder paternal foi julgado (e que por isso conhecerá melhor que ninguém a realidade sócial e económica daquele agregado) ordenou a entrega das crianças à mãe.
A mãe veio a Portugal resgatar as suas filhas.
Espanto: O Tribunal de Viseu, comarca onde o pai foi detido, quer ouvir o progenitor (que está em prisão preventiva) e, pasme-se, a autorização deste para poder entregar as menores à mãe.
Há decisores que em vez da Beca deviam usar um fato macaco.
quarta-feira, outubro 01, 2008
BB
Ora aqui está a melhor forma de NÃO justificar o direito que lhe foi concedido.
Bastista Bastos defende-se dos "ataques" de que foi alvo pela casa que habita, com renda muito moderada, propriedade da câmara, não invocando qualquer prerrogativa atendível. Simplesmente diz que como os outros também têm...
Não é só o facto da ocupação que choca. É a falta de vergonha e pudor na defesa pública.
terça-feira, setembro 30, 2008
ADIVINHO
Atente-se que todos os anteriores quatro posts foram escritos antes das coisas sucederem (basta ver a hora em que foram publicados).
Adivinhação?
Não, claro que não.
Era demasiado previsivel.
NOSSA SENHORA DA IMBECILIDADE
Uma verdadeira peregrinação à Nossa Senhora da Estupidez com Jesulado no andor.
É a melhor forma de classificar as opções do jogo contra o Arsenal.
Pior mesmo só aquilo que prevejo que venha a ser a reacção de Jesualdo.
Nas declarações vai sacudir a água do capote, como é seu hábito.
Pior depois é que, como é costume, vai arranjar os seus bodes expiatórios.
Guarín, Benitez provavelmente não jogarão tão cedo.
É verdade que foram responsáveis por três dos quatros golos mas quem os escolheu para entrar hoje? Sobretudo quem escolheu o desastrado modelo de jogo com que o Porto nunca joga?
Alguém compreende a saída de Fernando? E do Raúl Meireles?
Agora, a 10 minutos do fim, só falta mesmo a extrema estupidez de lançar um pequeno diamante que tem no banco (Candeias) para "queimar" mais um, aliás muito característico no velhinho (veja-se o Vieirinha, o Machado, o Barbosa, etc.etc).
É a melhor forma de classificar as opções do jogo contra o Arsenal.
Pior mesmo só aquilo que prevejo que venha a ser a reacção de Jesualdo.
Nas declarações vai sacudir a água do capote, como é seu hábito.
Pior depois é que, como é costume, vai arranjar os seus bodes expiatórios.
Guarín, Benitez provavelmente não jogarão tão cedo.
É verdade que foram responsáveis por três dos quatros golos mas quem os escolheu para entrar hoje? Sobretudo quem escolheu o desastrado modelo de jogo com que o Porto nunca joga?
Alguém compreende a saída de Fernando? E do Raúl Meireles?
Agora, a 10 minutos do fim, só falta mesmo a extrema estupidez de lançar um pequeno diamante que tem no banco (Candeias) para "queimar" mais um, aliás muito característico no velhinho (veja-se o Vieirinha, o Machado, o Barbosa, etc.etc).
HUMILHAÇÃO
Tá visto (vejam-se os dois anteriores posts).
O FC Porto promete sair de Londres humilhado.
Só um energúmeno não vê.
É nestas alturas que se vê a qualidade de um líder.
Jesualdo assiste. Não faz nada.
ÓBVIO
Infelizmente, e tendo por referência o meu post anterior, demorei só 18 minutos a ter razão. 1-0 para o Arsenal. E não vai ficar por aqui.
Este falso 4x4x2 já nos valeu dois secos há dois anos precisamente contra o... Arsenal.
A ESTUPIDEZ DE JESUALDO
Não tem muito que saber: sempre que Jesualdo se põe com "criatividades" na construção da equipa dá-se mal.
Ainda por cima com equipas como o Arsenal...
Guarin, que tem estado mais na bancada que no campo passa de dispensável a títular.
Tomaz Costa, que só joga para tapar buracos, vai de suplente a efectivo.
Benitez, que quase nunca tem sido primeira opção para a esquerda, entra de início.
Está bom de ver que é tudo uma questão de minutos...
CRISE
No meio da imensa trapalhada em que se transformaram os mercados financeiros mundiais, é curiosa, engraçada, mesmo, a forma como os principais governos ocidentais resolveram atacar aquilo a que chamam "crise" e que a mim me parece a total falência dos modelos existentes: nacionalizar.
A injecção de milhares de milhões de notas gordas nos bancos, seguradoras e demais operadores financeiros mostra quer a incapacidade do sistema em se regular quer a viabilidade do mesmo.
Mas o mais curioso de tudo é que a injecção de capitais é feita de modo totalmente artificial. Não sendo sustentatada em reservas de ouro, a solução limita-se a imprimir notas, lançadas no mercado de modo totalmente artificial, muito longe de traduzirem a riqueza da economia.
O preço vai ser a inflacção a disparar, o que garantirá que se não morrer da doença, é certo que o fará com a cura.
Por mim, e como até tenho uma impressora razoável, estou disponível para aderir a um enorme plano de salvação nacional, e começar a debitar papel (verde e lilás) ao ritmo a que os tinteiros e os rolos permitirem. Fico só com 1%.
terça-feira, setembro 23, 2008
FACILITISMO
Se isto não é uma descarada, demagógica e muito perigosa política de facilitismo, ainda alguém me há-de explicar o que será?
Com esta ministra caminhamos para o abismo com um sorriso rasgado.
Não vemos ou não queremos ver?
segunda-feira, setembro 22, 2008
MARRETAS
Eis uma notícia totalmente falaciosa.
Então o Manuel Pinho não tem andado quase diariamente pelo televisão nos últimos três anos?
quinta-feira, setembro 18, 2008
DIVÓRCIO
Concordo que um casamento mantido artificialmente não faz qualquer sentido.
Mas não esqueço que ele é um contrato bi-lateral.
E que os contratos se fazem para serem cumpridos e que a revogação dos mesmos não deve poder ser feita por quem decidiu colocá-los em crise.
Vale isto por dizer que me faz muita confusão que possa vir a ser unilateralmente denunciado por um dos contraentes sem a vontade do outro, que não tem culpa nem é compensado pelos prejuízos que a situação lhe possa causar.
Atente-se que, no universo dos "contratos correntes", apenas dois podem ser objecto de denúncia unilateral: o arrendamento, e só pelo inquilino; o de trabalho, e só pelo trabalhador. Ou seja, em ambos os casos pela parte mais fraca da relação contratual, com períodos de aviso alargados e sem embargo de o denunciado, em determinadas circunstâncias, poder exigir ressarcimento pela denúncia.
Ora o que o PS quer fazer no divórcio é colocar a mulher e o marido em igualdade de circunstâncias. Fá-lo artificalmente porquanto sabemos que, na sociedade matriarcal em que ainda vivemos, isso é uma fantasia. Está bom de ver que se o projecto do PS for avante, serão as mulheres a pagar o preço deste novo devaneio de um legislador alienado, incompetente e distante da realidade social que devia servir.
Por isso comungo, inteiramente, das preocupações de Cavaco. E guardo nele a esperança de colocar algum bom senso neste imbróglio.
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