A entrevista de Cândida Almeida (uma magistrada até moderada e equilibrada longe do beatismo judicial de Maria José Morgado) à TSF/DN deixou a nu muito daquilo que vai mal no MP.
Aquilo que não devia ser mais que o exercício de um função de Advogados do Estado passou a ser entendido pelos protagonistas como polícia de estado.
O MP, e os seus magistrados, julgam-se hoje intangíveis. Nas sucessivas entrevistas que lhe vemos/ouvimos ficamos mesmo com a sensação que se consideram os únicos seres impolutos e competentes a pisar o chão.
Atirar-se à PJ e ao Parlamento do modo que se atirou revela bem os tiques de autoritarismo que lhes povoa as almas.
Num verdadeiro estado de direito democrático, é tão perigosa a existência de um MP fraco e pouco actuante como um MP como este, arrogante, prepotente e que presume quase sempre a culpa de quem se lhe atravessa no caminho.
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