Um cancro é um cancro.
Normalmente silencioso. Normalmente mortal. Normalmente traiçoeiro.
Virá-lo depende sempre da sorte mas, sobretudo, de o encarar de frente.
Não há memória de úma avestruz ter vencido um.
A crise que actualmente atravessamos é um cancro profundo, que não está só no sector financeiro, mas na economia toda (a real, como agora se diz).
As injecções prescritas, de milhares de milhões de Euros e Dólares, são meros paliativos.
E este jogo do faz de conta de meia dúzia de chefes de estado, que com a conivência de uma comunicação social que, quando não age por ignorância fá-lo, o que é ainda pior, por comprometimento, pretendendo fazer crer que estamos a caminho da cura, é o pior caminho que se podia trilhar.
A escolha da estrada mais curta não é necessariamente a melhor.
Está-se a enveredar pela via do facilitismo e o preço vai aumentar. Dentro de poucos anos, quando tivermos inflacções de dois digitos, quando as moedas nada valerem, quando os salários pouco comprarem, vamos finalmente perceber que o erro estava no modus vivendi, e não nas decisões de Bancos de criarem "produtos tóxicos". Vamos perceber que a sociedade de crescimento constante, que produz mais, consome mais, acelera mais, esgota mais os recursos, é uma pura criação da irresponsabilidade moderna.
Sem comentários:
Enviar um comentário