Só tem dimensão moral, ética e funcional para desempenhar um cargo de nomeação quem está sempre na disposição de abdicar dele quando a confiança se esvai.
E isso aplica-se tanto a um Conselheiro de Estado como a um Governador do Banco de Portugal.
Acho que é demasiado evidente o incómodo que a presença e o nome de Dias Loureiro provoca em Cavaco, que o indicou para Conselheiro de Estado.
Mais notória é, ainda, a luta solitária que Constâncio trava para salvar o nome e o lugar.
Vergonha houvesse, o mínimo de decoro, vá, e ambos já tinham renunciado aos seus cargos, sem precisarem que os empurrassem.
A razão é porque não o fazem.
A explicação não pode estar só no poder que os cargos proporcionam. É mesmo saber o que fariam sem os "tachos". Provavelmente nada, porque não saberiam fazer mais nada. É gente que sempre soube viver apenas destes "expedientes de Estado".
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