Uma a uma as reformas do primeiro governo Sócrates caem, como castelos de cartas, mostrando ao povo, que como já defendi é maioritariamente estúpido e cego, o bluff que o sentido empreendedor do Engº mal encartado constituía.
Como já tinha antecipado aqui, a demagógica, imbecil e incompetente medida de colocar termo ao chamado período de férias judiciais de Verão (situava-se entre 15 de Julho e 15 de Setembro) reduzindo-o para um mês e assim prejudicando, e muito, o bom andamento da justiça (era o período dedicado ao estudo, às arrumações, à preparação de peças processuais mais complexas, à elaboração das decisões mais dificeis) ruiu.
O decreto-lei 35/2010 hoje publicado veio criar uma nova figura. Para não dar o braço a torcer decretou-se a suspensão dos prazos judicias entre 15 e 31 de Julho de cada ano, a que se seguem as férias judiciais, entre 1 e 31 de Agosto. Ou seja, a medida produz os exactos efeitos das férias, mas chamam-lhe suspensão para não dizer recuamos.
Mas quatro anos volvidos, e com os enormes prejuízos e transtornos que a medida, imbecil repito, causou, era tempo de questionar o Engº, de lhe perguntar porque não ouviu na altura a voz de António Marinho Pinto, o melhor Bastonário que a Ordem dos Advogados teve nos últimos anos, que berrou contra a medida e o erro que ela constituía? Porque recua agora com a mesma cara de pau com que, pretensamente, na altura avançou? Porque não assume que o primeiro mandato foi um acumular de pseudo-reformas mal pensadas, muitas esquizofrénicas, e que este mandato será de correcção, até nos deixar no exacto ponto em que tomou conta da nau?
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