ESTAMOS SEM AR

É simplesmente uma questão de tempo até que o governo português se veja na contingência de ter que suspender o pagamento dos 13º e, quiçá, 14º meses. E de suspender o TGV e a nova ponte sobre o Tejo. E o faraónico aeroporto da capital. E extinguir secretarias e outras inutilidades públicas. E aumentar o IVA.

Seria mais prudente fazê-lo o quanto antes, evitando a pressão sufocante que se exerce sobre o país e que, se não for travada, vai levar-nos ao mesmo caminho da Grécia. É preciso dar um estalo nos mercados. Rapidamente. Muito, mas mesmo muito rapidamente.

CAMPEONATOS

O amarelo ao Falcao e a expulsão do Jesualdo no último jogo, e que os impedirão de marcar presença no FC Porto-Benfica do próximo domingo, foram a bastonada final.

O Benfica vai ser campeão.

Jogou melhor quase a época toda.

Mas não se livrará da dúvida de como teria sido tudo se o FC Porto pudesse jogar, sem interferências de tuneis, de árbitros e de comissões, com os seus melhores jogadores? Ganhar assim, para quem tem as camisolas e as bandeiras cheias de pó, até pode ser o mal menor. Mas via-lhe ficar sempre o fel da mentira...

PORTUGAL É UMA ESTERQUEIRA

Ontem vi um lacaio, mandatário e mero exequente, rogar perdão ao mandante por ter invocado o seu nome em vão em negociata que todos sabemos ter sido escrupulosamente executada no estrito cumprimento do dito mandato. E vimos o parlamento amouxar à arrogância do imberbe.
Ontem vimos uma tríade de juízes (serão mesmo, de corpo inteiro?) absolver um corruptor, enxovalhando o corrompido denunciador, e assim fomentando o imenso lodaçal em que se transformou o poder autárquico e o licenciamento de obras.
Ontem vimos uma deputada, que aldrabou a morada, beneficiar do beneplácito do terceiro magistrado da nação e poder viajar semanalmente, em classe executiva, entre Lisboa (onde vem de férias) e Paris (onde verdadeiramente vive).
Ontem vimos todos, nu e inteiro, um país medonho, amedrontado e serviçal, corrupto e traficado, incapaz de atacar o medo e o mal.
Ontem vimos um país que é uma verdadeira camorra.
Ontem senti nojo desta pseudo-democracia. Senti repulsa pelo nome Portugal e pela imensa esterqueira em que se converteu. Uma pocilga onde a lama pode mudar, mas onde são sempre os mesmos suínos a chafurdar à procura das bolotas.
Ontem senti ganas de correr tudo à bastonada: governo, juízes (alguns), deputados e toda a corja soberana que nos aprisiona e quarta o futuro. Zurzir até lhes fazer saltar os olhos das órbitas. Fustigá-los e queimá-los, em fogueira viva e na praça pública, à moda da idade média, a título de exemplo e de moralização.
Mas hoje caí em mim.
Voltei a perceber o que já há muito sabia e sei: não há remédio. Não temos futuro. Somos uma imensa massa de gente a caminhar alegremente para o abismo.

IT IS FRIDAY...

...the day of good music around here.



HAVE FUN.
DRINK GOOD WINE.
FORGET THAT TOMORROW EXISTS.
& BUY SOME GUROSAN...

Lacão condena decisão da TVI de acabar com 'Jornal de 6.ª-Feira'

Ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha.
Que brincalhões estes socialistas.

NEM MAIS NEM MENOS

"Os sistemas de avaliação de desempenho com objectivos quantificados e em prazos cada vez mais curtos são um dos dogmas da nova gestão. Mas foi esta filosofia que esteve na base da crise financeira: objectivos fabulosos para os gestores e quadros, os quais, para os alcançarem, se dispunham a fazer o que fosse preciso, inclusive vigarizar fabulosamente os seus clientes. Deu no que deu. E esta ideia de aplicar a mesma doutrina a instituições como as polícias também não é feliz (...) É apenas o caminho mais fácil" para o Estado (nota do autor).

Fernando Madrinha, in O Expresso de 17.04.2010

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Por que razão alguém que não consegue explicar, depois de devidamente interpelado para o efeito, a proveniência do seu enriquecimento (contas bancárias, casas, carros, artigos de luxo) não há-de poder ser indiciado por crime de enriquecimento ilícito?

Onde é que está a danada inversão do ónus da prova?

E por que razão é que o PS teima em não deixar passar essa Lei na AR?

15 anos de poder explicam tudo...

GLOBALIZAÇÃO

Um mero vulcão coloca em crise a economia do planeta.

Um bom exemplo do que de pior existe na globalização.

SÓCRATES, O INIMPUTÁVEL

A sobranceria do nosso PM deixa-me estupefacto.
Será mesmo imputável? Ou julga-nos a todos dementes?
A desfaçatez com que, ainda no último debate parlamentar, reafirmou que o PEC irá combater a crise "pelo lado da despesa, e não da receita", e que "não estatui nenhum aumento de impostos" faz-me mesmo acreditar (e já não brinco com estas coisas) que o juízo, se alguma vez o teve, perdeu-o. E com ele foi a vergonha.
Se as deduções deixam de vigorar (porque são retiradas pelo PEC), é evidente que os imposto (o valor pago) vai aumentar. Porque quando não se subtrai, sobra mais. É um coisa que, quando os cursos não se tiravam ao domingo e por fax, se aprendia ali pelos primeiros dias da 1ª classe da velhinha escola primária.

PORQUE HOJE É SEXTA...

...e eu ando muito 60´s
Let´s smoke a pipe...



ENJOY THE... M.F. RAIN

AS REFORMAS DE SÓCRATES

Uma a uma as reformas do primeiro governo Sócrates caem, como castelos de cartas, mostrando ao povo, que como já defendi é maioritariamente estúpido e cego, o bluff que o sentido empreendedor do Engº mal encartado constituía.

Como já tinha antecipado aqui, a demagógica, imbecil e incompetente medida de colocar termo ao chamado período de férias judiciais de Verão (situava-se entre 15 de Julho e 15 de Setembro) reduzindo-o para um mês e assim prejudicando, e muito, o bom andamento da justiça (era o período dedicado ao estudo, às arrumações, à preparação de peças processuais mais complexas, à elaboração das decisões mais dificeis) ruiu.

O decreto-lei 35/2010 hoje publicado veio criar uma nova figura. Para não dar o braço a torcer decretou-se a suspensão dos prazos judicias entre 15 e 31 de Julho de cada ano, a que se seguem as férias judiciais, entre 1 e 31 de Agosto. Ou seja, a medida produz os exactos efeitos das férias, mas chamam-lhe suspensão para não dizer recuamos.

Mas quatro anos volvidos, e com os enormes prejuízos e transtornos que a medida, imbecil repito, causou, era tempo de questionar o Engº, de lhe perguntar porque não ouviu na altura a voz de António Marinho Pinto, o melhor Bastonário que a Ordem dos Advogados teve nos últimos anos, que berrou contra a medida e o erro que ela constituía? Porque recua agora com a mesma cara de pau com que, pretensamente, na altura avançou? Porque não assume que o primeiro mandato foi um acumular de pseudo-reformas mal pensadas, muitas esquizofrénicas, e que este mandato será de correcção, até nos deixar no exacto ponto em que tomou conta da nau?

A MATEMÁTICA DE JÚDICE

Talvez agora se compreenda melhor a mudança de camisola de José Miguel Júdice.

Estava desiludido com o PSD, disse ele.

Pois estava.

Era, provavelmente, uma desilusão matemática.

HETEROSSEXUALIDADE

Não tardará muito a que os heterossesuxais se juntem em manifestações públicas exigindo tratamento especial para a sua condição, tão discriminada e desprezada.

Desde logo o direito a um incentivo/subsídio/benefício fiscal pelo facto de a maioria se dispor a correr riscos, a ter filhos e a garantir que, amanhã, haverá gente para habitar o mundo.

O MILAGRE DA TOLERÂNCIA

Antigamente eram as amnistias.
O Papa passava cá pelo burgo e deitavam-se ao lixo milhões. Processos judicias, coimas, multas, horas e horas de trabalho acabavam na Lipor (e congéneres) a troco da salvação divina.
Agora é a tolerância de ponto já aprazada para os dias de visita de Sua Eminência. O clero reclamou e as autoridades vergaram. A bem da produtividade. E do PIB. Vai tudo para a rua gritar a belos pulmões Totus Tous.
Por mim acho bem. Assim como assim isto só lá vai com milagre. E, segundo rezam escritos vetustos, o S.Pedro também fez alguns...

OBJECTIVOS

Ainda sobre o prémio de produtividade pago a Mexia, nos valor de €. 300.000,00.

É assim mais ou menos como pagar um prémio ao administrador da empresa com exclusivo de distribuição de água no deserto. Quem pode falhar o objectivo?

CONTRAPARTIDAS

Durante o fim de semana pude inteirar-me um pouco mais do que foi e é o negócio dos submarinos portugueses. Andava confuso com esta coisa das contrapartidas...

Fiquei estupefacto com um número em que esbarrei.

As barcaças foram compradas por 800 milhões de euros.

Porém a empresa vendedora comprometeu-se a prestar ao Estado Português contrapartidas de 1.200 milhões de euros.

Ou seja, assim em contas de merceeiro o vendedor ficaria sem os submarinos e ainda tinha um prejuízo de 400 milhões de euros, prestados em contrapartidas.

Não era evidente, logo à partida, que este negócio fedia que nem uma pocilga? Que com manigâncias deste calibre só se lá vai com corrupção e demais atropelos legais?

Pelos visto, e pelo que se vai sabendo, as contrapartidas foram sendo "prestadas" em mediação de negócios e afins, alguns que nunca se realizaram, outros facturados em duplicado e triplicado, outros feitos por 10 e pagos por 5, etc.etc. Os costume aqui na república.

Mais incrível é que o ministro que subscreveu esta fraude contratual - Portas - ande aí de costas ao alto, ainda vestido de virgem ofendida, como se não fosse o responsável primeiro pela vigarice.

COZINHADOS POLITICOS

É engraçado ver a forma desengonçada como o Paulo Rangel há minutos justificava nas TVs que a existência de múltiplas listas aos órgãos nacionais do PSD (em oposição à de unidade cozinhada por ele e por Passos Coelho) é uma prova de vitalidade e de união do partido (sic).

Isto quando os políticos se lembram de meter na batedeira os votos depositados em si, como se fossem votos sua propriedade, dá mau resultado. Mesmo que o público seja muito estúpido, ele percebe. E responde.

Está visto que a unidade do PSD já era.

Venha o próximo...

MY GOODNESS, WHAT A PERFORMANCE!!!

There are some sounds that worth´s a night.
There are somes performances that worth´s a life.

É A POLÍTICA

É bonito ver como as tropas se arregimentam no PSD.
Tudo dentro do mesmo bote, a remar, a remar.
Cheira a poder.
Fede a hipocrisia.
É a política, estúpido.

TRÍADE MUSICAL

Ainda no capítulo do revivalismo musical em que venho vivendo, mais uma trilogia: Spandau Ballet, Dire Straits e Simple Minds.
Recordo sempre as prestações que os três grupos tiveram num concerto memorável, o Live Aid, e que nos deixou presos à TV até às quinhentas, numa das primeias grandes noites musicias de que tenho memória.

IRISH

The Pogues & a kilkenny (or even two)
What a great night

MAIS 7000 NA FUNÇÃO PÚBLICA

Como tenho a estranha mania (os economista modernos chamam-lhe preconceito) de pautar a vida financeira pela chamadas "contas de merceeiro", sinto-me sempre enjaulado quando observo estes operadores da matemática moderna, que multiplicam por 0 e conseguem obter valor acrescentado.

Desde sempre me insurgi conta a política do saem dois entra um na função pública (como disse aqui quando se anunciaram mais 10.000 contratados) por achar que isso não resolvia problema nenhum. Afinal, como os dois que saem vão continuar a viver na dependência do estado, o que se conseguia era passar a ter três (e não dois) funcionários públicos.

Assim se chegou ao impressionante e irresponsável número de 700.000 portugueses a dependerem directamente do estado (indirectamente já se fala em mais de metade da população).

Mas então com esta notícia é que fico arrasado. Mais 7.000 na teta? E é esta medida considerada de combate ao desemprego? Pois é precisamente o contrário. É mais do mesmo. Um suicídio a prestações, com repercussões a muito curto prazo. Esta gente que manda em nós ou é louca ou absolutamente irresponsável.

A NOVA PM

Agora que Passos Coelho subiu ao pedestal no PSD (o tal Passos que há pouco mais de um ano defendia a privatização da Caixa Geral de Depósitos!!! e outras imbecilidades afins) e que o nosso PM se atola cada vez mais no lamaçal que regou, dou comigo a pensar numa petição que defenda um governo de iniciativa presidencial. Pode mesmo ser a menina da caixa do supermercado lá da rua. Essa, pelo menos, vai para lá limpinha (acho).

UM SOM ARREPIANTE...

... e absolutamente avassalador. Para quem tiver a paciência de o ouvir e traduzir. Para quem ainda acreditar...

O PEC DAS FAMÍLIAS

Há uma coisa que cada família e cada português tem que compreender. O PEC começa dentro de cada casa, com a redução do despesismo, com cada um a dever habituar-se a viver com aquilo que tem, ao invés de reivindicar mais (aumentos, benefícios, subsídios) para poder continuar a viver artificialmente num nível de vida que o país (e as suas carteiras) nunca deviam ter permitido.

Vai haver um dia (e está bem mais próximo do que a generalidade dos irresponsáveis sindicais pensa) em que a saúde, o subsídio de desemprego, os benefícios ficais, a casa e carro próprio serão bens muito escassos, ao alcance apenas de quem aprovisionou ou dos poucos com capacidade de gerar riqueza.

Aí os enfermeiros vão ter saudades do dia em que o estado ainda tinha liquidez para lhes pagar €. 1.020 por mês. Os pensionistas do tempo em que ainda existiam aumentos de 1%. Os professores dos dias em que tinham alunos para ensinar. E Portugal do dia em que ainda era um país com autonomia política.

IMENSA FELICIDADE

Quando olho para o Guga, para toda a sua natural felicidade, toda a sua imensa ingenuidade, projecto-me 30 anos atrás e revejo-me. Lembro-me sempre desta música.



BOA PÁSCOA

BACK TO SOUNDS

Deu-me para ir repescar uma velhinha colectânea, que fiz aí por 1990, primeiro em cassete, depois em CD, esses velhos e obsoletos suportes digitais de musica.

E como ando um pouco virado "para o mais antigo" deixo aqui a triade: Loyd Cole, Prebab Sprout e Level 42. Três bandas que descobri pela mão de velho amigo, o Miguel, aí pelos 15/16 anos anos, e que me acompanham até hoje.

E é curioso como ainda me lembro de, em casa do Miguel, vê-lo a desembrulhar o Steve McQueen, dos Prefab, que o tio lhe trouxera de Inglaterra. Eram momentos inesquecíveis esses de importar música na era pré-internet, e depois convidar os amigos para uma sessão no Technics.

Uma coisa que a era digital já não permite.

TENHAM UMA GRANDE PÁSCOA