sábado, março 06, 2010

JUSTIÇA PÚBLICA II

Pinto Monteiro é um dos mais altos magistrados judiciais da nação, ainda por cima com particulares responsabilidades num magistério crucial: o Ministério Público.
Pedia-se-lhe duplo recato, ponderação e cuidado na acção, sobretudo com a mediatização dos casos quentes que vai tendo entre mãos.
Mas a vaidade pessoal fá-lo pensar que deixou a condição de Pinto. Agora é Pavão.
Não perde uma oportunidades para aparecer, dizer, sobressair, num claro paradoxo com a génese da sua actividade. À porta de casa, à entrada para o carro, no gabinete, no meio da rua, está sempre disposto a vomitar qualquer coisa para os microfones. Que agradecem, quase sempre para o anedotário. Hoje até teve o desplante de sublinhar que foi dos primeiros a preocupar-se com o bulling. Amanhã será, certamente, com o recheio das bolas de berlim.
Nada tenho contras as claras aspirações políticas do homem. Mas pretender alcançá-las a partir do cargo de PGR fica-lhe mal e presta um péssimo serviço à nação.

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