quinta-feira, dezembro 17, 2009

VALORES INVERTIDOS

Sonho com o dia em que ainda verei uma criança ser confiada à guarda de um casal de pastores alemães. Afinal são cães tão dóceis é nós somos tão progressistas...

2 comentários:

Joana Neto disse...

Caro Nuno, gosto do blog, gosto do estilo. Já o disse num comentário anterior. Reitero. Tenho reservas quanto à adopção por homossexuais por uma única razão, o interesse primordial de um terceiro, a criança. A sociedade não está preparada para esta solução e não concebo que uma criança sofra por uma solução manifestamente fora do seu tempo, até porque os meninos são cruéis com o que é diferente. Ainda assim entendo que este post encerra uma comparação insultuosa, agressiva e injusta. Não o digo por me considerar uma pretensa progressista, até sou bastante conservadora nestas matérias (talvez seja uma deformação católica), mas esta manifestação de intolerância choca-me. Certamente um casal homossexual poderia dar mais amor e afecto a uma criança do que muitos casais heterossexuais que as submetem a maus tratos físicos e psicológicos. Por muito que discorde da adopção por casais homossexuais à data pelo motivo que apontei, lamento que a questão tenha sido colocada desta forma e não podia deixar de o dizer com a mesma frontalidade que caracteriza (e bem) este blog.

GM disse...

Olá Joana
É sempre um gosto lê-la por aqui.
Também lhe aprecio a frontalidade e clareza com que discorda.
No caso concreto acho, contudo, que interpretou mal a minha apreciação.
Explico.
Sou frontalmente contra a adopção por casais homossexuais e sobretudo não porque a sociedade não esteja preparada para a solução mas porque AS CRIANÇAS não o estão. Numa palavra, vou pouco pelo anti-natura. E como acredito muito numa certa ordem natural das coisas...
Nunca disse (ou pensei) que um homossexual não possa dar tanto ou mais amor a uma criança do que outra pessoa qualquer nem, creia-me, pretendi enveredar pelo insulto. Já a agressividade, não a nego. Disse (ou quis dizer)que ele não deve poder adoptar nem tomar conta de uma criança, como solução definitiva. E nesse ponto sou, assumo, intolerante, como me acusa. Não acredito na solução e não tenho sequer disponibilidade para mudar. Para mim é errado por razões que já amplamente referi. E estou disposto e lutar pelo que acredito com muita tenacidade.