A coisa mais estranha na entrevista de Sócrates à SIC foi a revelação de uma faceta que quase parece humana.
Errei. Errámos, disse. Por duas vezes.
Ficar-lhe-ia bem não fosse um acto de contrição feito na pior ressaca eleitoral do PS, a três meses de mais dois actos eleitoriais e depois de ter apanhado tanta pancada que mais pareceu um saco de areia.
Assim, descobrindo a virtude do mea culpa apenas no final de quatro anos de mandato prepotente e arrogante, a postura de Sócrates cheirou falsa como lágrimas de crocodilo.
Mais espantado só fiquei com a bonomia com que o flic-flac foi encarado pelos ditos analistas, que viram naturalidade, normalidade na inversão do caminho, como se tudo valesse para vencer eleições.
Menos dado a estes tacticismos, muito pouco afinado pelo politicamente correcto, meteu-me nojo, asco mesmo, quer a postura quer a análise. Somos o que somos e devemos sê-lo e vivê-lo em toda a sua plenitude e nas suas consequências. Seja na política ou em qualquer outro lugar menos sujo da vida.
1 comentário:
há diga que o PM, não estava mais humilde, nem mais humano coisa nenhuma, mas sim com uma grande dose de xanax!... heheh
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