Digo e repito.
O estilo pode ser truculento.
As palavras podem não ser buriladas, como é tão costumeiro nas lides.
Mas o Bastonário Marinho Pinto raramente se excede nas verdades que denuncia.
Desta vez paga porque disse que "magistrados são temidos, mas não respeitados".
Com as óbvias excepções, que são pontuais, as coisas são mesmo assim. Só quem não anda todos os dias por lá pode ignorá-lo ou fazer de conta que não é assim.
O exercício da função é cada vez mais exercido pelo poder da força do que pela força da competência.
Temos magistrados cada vez mais mal preparados, lançados às lides quando ainda deviam estar a fazer tirocínio. O resultado é o que se vê, posto a nú em milhares de "casos Esmeralda".
Por isso Marinho não mente.
Por isso Marinho não se excede.
E a reacção de virgem ofendida dessa aberração jurídica que é o Sindicato dos Juizes (um órgão de soberania organizado em sindicato é assim uma espécie de pénis na testa) só vem mostrá-lo à saciedade.
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