Há entre nós um desmesurado culto do espermatozóide e do óvulo.
Parece que tudo começa e acaba aí. O resultado da união dos dois é, para muitos, mais sagrado que a própria existência.
Esta obediência aos donos dos ditos cujos é cega. Ao ponto de sacrificar a vida de uma criança ao interesse dos progenitores biológicos.
E não falo a propósito, apenas, do caso do sargento, que agora nos apaixona. Falo daquilo que são as decisões judiciais com que me tenho cruzado, do que conheço da doutrina a propósito do assunto.
São milhares as crianças em Portugal entregues a pais biológicos que não passam de verdadeiros cretinos, máquinas de produção humana sem qualquer qualificação para o ser. São centenas as que esperam, às mãos desses energúmenos (ou muitas vezes em instituições sem quaisquer condições) por uma adopção que demora anos. São inúmeras as que, ainda em tenra idade, são obrigados a conviver, depois de divórcios mal curados, com progenitores que apenas as utilizam como armas de arremesso. Porquê? Porque são os pais biológicos. Os donos do espermatozóide e do óvulo. Que a lei e uma moral balofa protegem até ao limite.Afinal, quando discutimos tão acesamente o aborto livre até às 10 semanas, não devíamos estar antes mais preocupados com a “verdadeira vida”? A vida dos afectos. A vida do sofrimento. A vida com falta de dignidade.
Parece que tudo começa e acaba aí. O resultado da união dos dois é, para muitos, mais sagrado que a própria existência.
Esta obediência aos donos dos ditos cujos é cega. Ao ponto de sacrificar a vida de uma criança ao interesse dos progenitores biológicos.
E não falo a propósito, apenas, do caso do sargento, que agora nos apaixona. Falo daquilo que são as decisões judiciais com que me tenho cruzado, do que conheço da doutrina a propósito do assunto.
São milhares as crianças em Portugal entregues a pais biológicos que não passam de verdadeiros cretinos, máquinas de produção humana sem qualquer qualificação para o ser. São centenas as que esperam, às mãos desses energúmenos (ou muitas vezes em instituições sem quaisquer condições) por uma adopção que demora anos. São inúmeras as que, ainda em tenra idade, são obrigados a conviver, depois de divórcios mal curados, com progenitores que apenas as utilizam como armas de arremesso. Porquê? Porque são os pais biológicos. Os donos do espermatozóide e do óvulo. Que a lei e uma moral balofa protegem até ao limite.Afinal, quando discutimos tão acesamente o aborto livre até às 10 semanas, não devíamos estar antes mais preocupados com a “verdadeira vida”? A vida dos afectos. A vida do sofrimento. A vida com falta de dignidade.
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