O Porto perdeu milhares de habitantes, que fogem para a periferia. Vinte mil na úlima década, segundo ouvi há dias. No entanto continua a ser uma cidade entupida de carros que todos os dias o esventram, vilidempiam, sujam e maltratam. São carros e carros de gente sem juízo que prefere morar a 10 ou 15 kms do posto de trabalho e insiste em entrar na cidade como um saca-rolhas entra no gargalo: à força bruta.
O Porto não pode continuar a pagar o preço da desertificação nocturna e das enchentes diurnas. A cidade tem que voltar a pertencer (leia-se permitir alguma qualidade de vida) a quem cá mora. A começar pelo trânsito. Venham as tarifas pesadas. As portagens obscenas para quem, dia a dia, quer entrar e sair da cidade em carro próprio só para trabalhar. Venham obrigá-los a pagar o muito que estragam. Metade do problema do trânsito e da ciculação na cidade e na sua periferia ficava de vez resolvido. E isto vale para qualquer outra cidade.
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