O cumprimento da promessa do PS de fazer voltar ao plenário da Assembleia da República a discussão sobre o aborto (embirro solenemente com a politicamente correcta “interrupção voluntária da gravidez”), suscita-me, em jeito de lançamento da questão (a que voltarei brevemente) três reflexões:
1. Será útil que, de uma vez por todas, os defensores do sim assumam a questão de frente, sem tecnicidades e formalismos que apenas servem para alimentar cadernos de universidade: um aborto interrompe uma vida. E a única coisa que nos separa entre um aborto ou matar uma criança já nascida é um problema moral ou de pura afectividade: um já se viu. O outro não passa de imagens “ecográficas”. O que, na minha opinião, faz uma grande diferença.
2. Será ainda mais útil que os defensores do não ponham de uma vez termo ao sofisma com que muitas vezes discutem a questão, argumentando que a “liberalização” do aborto fará com que este passe a ser utilizado como um método contraceptivo, banalizando-se. De todos os argumentos que alguma vez ouvi esta é o mais imbecil. Só quem nunca tenha pensado a tortura que um aborto constitui para todos os que tomam a decisão de o levar a cabo (com enfoque, claro está, para a mãe) pode ter a veleidade de imaginar que alguém vai lançar mão dele como uma pílula. 3. Em Portugal o aborto clandestino (impossível de controlar) é um seríssimo problema de saúde pública, que mata mães e crianças, é responsável por lesões irreversíveis em uns e outros, e dá uma imagem terceiro-mundista de um país que devia ser civilizado. É um problema que afecta quase exclusivamente os pobres, por natureza já excluídos (quem tem um mínimo de condições financeira percorre no máximo 200 kms. e vai a Espanha, a clínica apetrechadas, e resolve o assunto). Carece, por isso, de solução urgente e drástica.
1. Será útil que, de uma vez por todas, os defensores do sim assumam a questão de frente, sem tecnicidades e formalismos que apenas servem para alimentar cadernos de universidade: um aborto interrompe uma vida. E a única coisa que nos separa entre um aborto ou matar uma criança já nascida é um problema moral ou de pura afectividade: um já se viu. O outro não passa de imagens “ecográficas”. O que, na minha opinião, faz uma grande diferença.
2. Será ainda mais útil que os defensores do não ponham de uma vez termo ao sofisma com que muitas vezes discutem a questão, argumentando que a “liberalização” do aborto fará com que este passe a ser utilizado como um método contraceptivo, banalizando-se. De todos os argumentos que alguma vez ouvi esta é o mais imbecil. Só quem nunca tenha pensado a tortura que um aborto constitui para todos os que tomam a decisão de o levar a cabo (com enfoque, claro está, para a mãe) pode ter a veleidade de imaginar que alguém vai lançar mão dele como uma pílula. 3. Em Portugal o aborto clandestino (impossível de controlar) é um seríssimo problema de saúde pública, que mata mães e crianças, é responsável por lesões irreversíveis em uns e outros, e dá uma imagem terceiro-mundista de um país que devia ser civilizado. É um problema que afecta quase exclusivamente os pobres, por natureza já excluídos (quem tem um mínimo de condições financeira percorre no máximo 200 kms. e vai a Espanha, a clínica apetrechadas, e resolve o assunto). Carece, por isso, de solução urgente e drástica.
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