O elogio ao civismo democrático dos portugueses, à forma serena como elegem um presidente ou como ele é empossado é das maiores pobrezas de espírito, denotadora do atraso em que vivemos.
Mas lê-se em editoriais, ouve-se em comentários políticos como se se tratasse de um acto magnânime, só ao alcance dos escolhidos.
30 anos depois da instituição das eleições como acto de legitimação do poder político, é ridiculo, mesquinho mesmo, ainda discutir o acto em si mesmo.
Mas somos assim. Adoramos andar entretidos com o acessório, com o auto-elogio barato, balofo.
Não partir as mesas de voto; não bater no presidente; saber colocar a cruz no lugar (dentro daquele quadradinho); não cuspir na cara do presidente da mesa de voto; não urinar para dentro da urna de voto; seremos, realmente, credores do elogio por não o fazermos?
sábado, março 11, 2006
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