segunda-feira, fevereiro 25, 2008
SINDICALISMO
Há muito tempo que me questiono sobre averdadeira utilidade dos Sindicatos no mundo novo.
Desactualizados, vitimas do modo distorcido como vêem o mundo e as relações de trabalho, reféns de slogans a cheirar a bafio, foram perdendo protagonismo, capacidade mobilizadora e eficácia reivindicativa.
Ouvimos um sindicalista reivindicar 5% de aumento, redução de horários, a chamar ladrão ao detentor do capital e a clamar pelas nacionalizações e não os levamos a sério.
A manifestãção (espontânea ou não) dos professores à margem dos sindicatos é um bom sintoma da crise que se instalou no movimento. Crise sem retrocesso. O tempo é de outros. Dos movimentos civicos. Das organizações de classe. E não de uma imensa massa humana, manipulada por interesses bem diversos daqueles que pretensamente os Sindicatos andam a defender.
APOIO JUDICIÁRIO
O Governo publicou em Janeiro a nova Lei do apoio judiciário (ajuda os incapacitados financeiros a recorrer à justiça com isenção de pagamento dos seus custos e até nomeando defensor oficioso gratuíto).
Referi-me aqui ao verdadeiro atentado que tal Lei constituía.
Temos agora notícia que a mesma está suspensa, antes mesmo de entrar em vigor.
Vai ser revista, muito por mérito daquilo que muitos chamam forma desbragada de falar do Bastonário António Marinho Pinto e que eu apelido de eficaz, contundente, necessária e verdadeira.
Ou seja, a Lei foi feita; depois foi pensada; constataram-se os erros; é suspensa e revista.
Tudo ao contrário.
Porquê?
Simplesmente porque este Governo, autista e prepotente, legisla sem ouvir. Julga-se dono da verdade e do país. Está enfiado numa redoma de votos que julga legitimar-lhe tudo. E só vai perceber as calinadas que anda a fazer quando tiver toda a gente na rua a berrar.
terça-feira, fevereiro 19, 2008
ESCRITURAS
É um dado certo: o Governo vai acabar com a obrigatoriedade de realização de escrituras públicas para comprar e vender imóveis.
A medida, que parece de desburocratização, apelidada de democrática por ir poupar dinheiro aos contribuintes, é do mais errático,demagógico e imoral.
Por várias razões:
É errático porque vai retirar a segurança jurídica aos negócios, que deixarão de ser supervisionados por um notário (a selvajaria em que vive o mercado imobiliário dá para permitir antever a multiplicação das trafulhices).
É demagógica porque pouco ou nada poupa aos particulares dado que numa escritura o que é caro é o imposto do selo (destinado ao Estado e não ao notário) que vai continuar a ser pago. A escritura em si pouco custa.
É imoral porque o Estado amealhou milhões e milhões de contos ao longo de décadas em que as escrituras foram obrigatórias e só agora, depois de ter privatizado os notários (abrindo as comportas de forma selvagem) é que se lembrou de retirar aquela que é a principal fonte de receita dos cartórios.
A medida, que parece de desburocratização, apelidada de democrática por ir poupar dinheiro aos contribuintes, é do mais errático,demagógico e imoral.
Por várias razões:
É errático porque vai retirar a segurança jurídica aos negócios, que deixarão de ser supervisionados por um notário (a selvajaria em que vive o mercado imobiliário dá para permitir antever a multiplicação das trafulhices).
É demagógica porque pouco ou nada poupa aos particulares dado que numa escritura o que é caro é o imposto do selo (destinado ao Estado e não ao notário) que vai continuar a ser pago. A escritura em si pouco custa.
É imoral porque o Estado amealhou milhões e milhões de contos ao longo de décadas em que as escrituras foram obrigatórias e só agora, depois de ter privatizado os notários (abrindo as comportas de forma selvagem) é que se lembrou de retirar aquela que é a principal fonte de receita dos cartórios.
sábado, fevereiro 16, 2008
JOHN LEGEND
Até nem acho que seja uma grande música.
A verdade é que a ouvi e ficou-me a matraquear o cérebro durante dias.
A ver se acontece o mesmo convosco.
A verdade é que a ouvi e ficou-me a matraquear o cérebro durante dias.
A ver se acontece o mesmo convosco.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
CALOR
Raquel Loureiro Sai do 'Calor da Tarde'.
Irá abraçar nova carreira, no Calor da Noite?
Dona Carolina que se cuide...
Irá abraçar nova carreira, no Calor da Noite?
Dona Carolina que se cuide...
SAI GELO
A ideia "cutty-sark" de Gilberto Madail de Portugal organizar, ainda que conjuntamente com a Espanha, o Mundial de Futebol de 2018 só merecia mesmo o tratamento que teve de Cavaco: duas pedrinhas de gelo para arrefecer os ânimos pedrados do inimputavel presidente da federação de futebol.
SERVIÇO PÚBLICO
Verdadeiro serviço púbçlico de televisão é este que a SIC faz.
Vale a pena perder dois minutos para vermos como temos um sistema financeiro a saque.
Vale a pena perder dois minutos para vermos como temos um sistema financeiro a saque.
domingo, fevereiro 10, 2008
COMPLEX
Sócrates baba-se de cada vez que anuncia mais uma medida Simplex.
Chuta números em catadupa, percentagens inebriantes, num exercício de pura demagogia tão ao seu jeito.
Confunde (de propósito, claro está) meia dúzia de medidas (muitas não funcionam) com verdadeiras reformas. E espera ser levado em ombros por aquilo que não fez.
Um mero exemplo: o registo automóvel.
Até à entrada em vigor do simplex demorava cerca de 60 dias a chegada a casa dos documentos do carro novo.
Agora, com o Simplex, o documento único nem em cinco meses chega... se calhar nem em seis.
Mas, no papel escrito por Sócrates (para o PM reformar é escrever) está tudo perfeito.
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
SEGURANÇA SOCIAL
A Segurança Social notificou 75 000 cidadãos supostamente relapsos para regularizarem a sua situação contributiva.
A mesma SS admite, porém, que nem todos serão devedores, e que a "dívida" poderá ser meramente técnica, por deficiência da sua própria base de dados.
Apesar disso não se coibe de apontar o dedo. Eventualmente penhorar alguns inocentes (que, por exemplo, por não estarem em casa, nunca receberão as notificações e, por isso, não deuduzirão oposição à cobrança abusiva).
É um verdadeiro estado de sítio em que vivemos, com uma total inversão do ónus de existência (qualquer dia vamos ter que provar que estamos vivos para termos acesso a um qualquer serviço público), com uma administração pública descarada, mal intencionada e prepotente que só faz crescer em nós um desejo: enganá-la cada vez que pudermos.
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