sexta-feira, novembro 03, 2006

MAIORIAS

“A generalidade dos países desenvolvidos entende ou diz que...” ou
“A União Europeia acha que ...”.

Mas haverá argumento mais destituído para discutir o que quer que seja do que aqueles que encimam o post. É a ditadura das supostas maiorias. Ou das “forças dominantes. Eles pensam assim. Nós fazemos.
O que me preocupa é que esta forma de justificação é não só recorrente como cada vez mais o modo de “calar” o interlocutor discordante. ELES fazem assim...
Recentemente li aqui que o sistema vigente em Portugal, no que concerne à permissividade abortiva, não difere muito do que se faz na maioria dos países europeus. E que, por isso, é mais do que suficiente, sendo desnecessário consultar os portugueses ou alterar a lei vigente. Ou discutir sequer a que existe.
Só por si o argumento é patético, como acima referi.
Mais grave, porém, é ser falacioso.
Mas não é nada que espante neste histerismo colectivo dos alegados pró-vida. Vão fazer de tudo. Vão lançar todo o ruído possível que motive a confusão. Espero que, desta vez, os defensores do sim não caiam na esparrela da discussão beata e religiosa. Já se viu que não pega.

Sem comentários: