Estará o bom senso a povoar, finalmente, a cabeça de uma maioria dos franceses?
Estará, finalmente, comprometida a tentativa de assassinato político da história milenar da Europa?
Será o chauvinismo francês suficiente para "matar" o "sonho Europeu"? E terá, por uma vez, utilidade (o chauvinismo, é claro)?
Irão eles chumbar, de verdade, a constituição europeia?
Alguém (Deus, se preferirem) queira que sim
quinta-feira, abril 28, 2005
Onde pára o governo?
Onde anda o governo?
Que andam eles a fazer?
Não teremos direito a saber?
Ou é só por não termos votado neles que nos castigam?
Que andam eles a fazer?
Não teremos direito a saber?
Ou é só por não termos votado neles que nos castigam?
quinta-feira, abril 21, 2005
O JOGO
A informação sôfrega que se tem apoderado do “Processo Casa Pia” tem aberto feridas de que, durante muitos anos, a sociedade portuguesa, em geral, e a judicial, em particular, não se conseguirão curar.
Hoje, a catadupa informativa revela um lado muito pouco abonatório da justiça. Somos levados a vê-la como um jogo, onde se discute o requerimento da defesa, o sarcasmo da acusação, a intransigência da magistrada, o almoço do arguido. Onde se põem a nú as adjectividades do processo, que deveriam estar reservados a isso mesmo (ao processo) mas em que já ninguém se importa com o substantivo, com o que ali verdadeiramente se discute: a existência de crianças violentadas, ao longo de décadas, ante o beneplácito de funcionários da instituição e, o que é mais grave, da tutela política que, conhecedora dos factos (pelo menos de muitos) calou-os.
As crianças, o seu sofrimento, o resultado em que muitas delas redundarão estão ou esquecidas ou entregues à defesa fanfarrona que procura apenas o “estrelato dos telejornais”.
A justiça esmorece, descredibiliza-se com esta exposição excessiva.
Hoje, quando à hora certa bate e escutamos os noticiários, pegamos no contador, como de um jogo de basebol se tratasse, e vemos quem marcou mais pontos: a defesa ou a acusação.
Pensamos nas figuras mediáticas que ali estão envolvidas e, de acordo com a ideia que delas formamos ao longo de anos por todas as razões menos por aquelas que os levam ali, já fizémos as nossas condenações e absolvições.
Nunca pensamos nas caras, nos corpos e nas almas dilaceradas pelos crimes hediondos que as vitimaram.
Resta-nos esperar que o bom senso e recato que, finalmente, o poder judicial tem demonstrado no julgamento (e que não existiu na instrução do processo) redunde numa decisão justa.
Porque reparadora ela jamais o será.
Hoje, a catadupa informativa revela um lado muito pouco abonatório da justiça. Somos levados a vê-la como um jogo, onde se discute o requerimento da defesa, o sarcasmo da acusação, a intransigência da magistrada, o almoço do arguido. Onde se põem a nú as adjectividades do processo, que deveriam estar reservados a isso mesmo (ao processo) mas em que já ninguém se importa com o substantivo, com o que ali verdadeiramente se discute: a existência de crianças violentadas, ao longo de décadas, ante o beneplácito de funcionários da instituição e, o que é mais grave, da tutela política que, conhecedora dos factos (pelo menos de muitos) calou-os.
As crianças, o seu sofrimento, o resultado em que muitas delas redundarão estão ou esquecidas ou entregues à defesa fanfarrona que procura apenas o “estrelato dos telejornais”.
A justiça esmorece, descredibiliza-se com esta exposição excessiva.
Hoje, quando à hora certa bate e escutamos os noticiários, pegamos no contador, como de um jogo de basebol se tratasse, e vemos quem marcou mais pontos: a defesa ou a acusação.
Pensamos nas figuras mediáticas que ali estão envolvidas e, de acordo com a ideia que delas formamos ao longo de anos por todas as razões menos por aquelas que os levam ali, já fizémos as nossas condenações e absolvições.
Nunca pensamos nas caras, nos corpos e nas almas dilaceradas pelos crimes hediondos que as vitimaram.
Resta-nos esperar que o bom senso e recato que, finalmente, o poder judicial tem demonstrado no julgamento (e que não existiu na instrução do processo) redunde numa decisão justa.
Porque reparadora ela jamais o será.
quarta-feira, abril 20, 2005
FUMO OU FUMAÇA?
Algumas notas sobre o nosso Bento (que não o frangueiro que nos idos 80 defendeu as cores vermelhas) XVI:
1. O Estado Crítico não tem orgulho nenhum em ter previsto esta encenação, a que chamaram de conclave, com duas semanas de antecedência.
2. Seria mesmo bom sinal a imprevisibilidade ter marcado presença. Teriam, concerteza, escolhido um Papa... mais Papa.
3. A treta das três votações só prova o que tem sido dito: está tudo feito.
4. A votação Papal não passa de uma escolha viciada, politicamente trabalhada, que cobre de ridículo quem a encena
5. De Raitziguer acho que podemos esperar: pouco humanismo, mais radicalismo, mais conservadorismo, menos heterogeneidade.
6. Os 78 anos não auguram elasticidade relativamente ao (seu) passado. Não auguram modernidade.
7. O passado recente de doença augura, isso sim, uma existência passageira.
8. Será um mero Papa de transição. Acho que seria o que de melhor poderia suceder aos muitos que ainda professam a doutrina social da Igreja.
9. Resta-me a consolação do escolhido não ter sido o nosso.
10. Por mim, continuo cada vez mais na minha: sem Papa, sem Santa Sé, o mundo seria, definitivamente, um lugar muito mais apetecível.
1. O Estado Crítico não tem orgulho nenhum em ter previsto esta encenação, a que chamaram de conclave, com duas semanas de antecedência.
2. Seria mesmo bom sinal a imprevisibilidade ter marcado presença. Teriam, concerteza, escolhido um Papa... mais Papa.
3. A treta das três votações só prova o que tem sido dito: está tudo feito.
4. A votação Papal não passa de uma escolha viciada, politicamente trabalhada, que cobre de ridículo quem a encena
5. De Raitziguer acho que podemos esperar: pouco humanismo, mais radicalismo, mais conservadorismo, menos heterogeneidade.
6. Os 78 anos não auguram elasticidade relativamente ao (seu) passado. Não auguram modernidade.
7. O passado recente de doença augura, isso sim, uma existência passageira.
8. Será um mero Papa de transição. Acho que seria o que de melhor poderia suceder aos muitos que ainda professam a doutrina social da Igreja.
9. Resta-me a consolação do escolhido não ter sido o nosso.
10. Por mim, continuo cada vez mais na minha: sem Papa, sem Santa Sé, o mundo seria, definitivamente, um lugar muito mais apetecível.
segunda-feira, abril 18, 2005
EXTREMA DIREITA
É tremenda e confrangedora a agonia em que o CDS (ou será PP, ou CDS/PP) se encontra.
Nem o site se mantém vivo e à tona, também em manutenção, como o partido.
O pior é que me cheira que a agonia (do segundo) é bem mais profunda, e chama-se crise de identidade.
O partido democrata-cristão, conservador, que nasceu pós 25 de Abril, foi transfigurado por Portas. Mitigou-o de tal modo que hoje ninguém percebe (nem os próprios) a corrente que segue, os princípios que defende.
É liberal, sim senhor, um pouco conservador, tem laivos de extrema direita e algum beatismo, mas não esquece os pobrezinhos e desafortunados.
Fala ao sabor do vento, é populista como nunca a extrema esquerda portuguesa conseguiu ser e esconde, envergonhada, o seu radicalismo (característico, de resto, da franja social em que se move).
É tal o desnorte que a orfandade de Portas não deixa espaço para que apareçam alternativas.
Ribeiro e Castro nunca o foi, em nada. Na política, no desporto, fez-me sempre lembrar o grilo falante. Apenas com a particularidade de, a este, ninguém o ouvir.
Telmo Correia é um Portas sem recheio.
Pergunto-me quando, de uma vez por todas, a extrema direita que se aloja no CDS como piolhos na testa de um mendigo, tem a coragem de saltar para a ribalta. Assumir o que realmente é e pensa, definindo o seu espaço político de intervenção. Ao invés de se manter acantonada, vassourando na penumbra.
quinta-feira, abril 14, 2005
CRIANCICE
É com nervoso miudinho que aguardo a noite e a estreia da Casa da Música.
Pareço uma criança a quem vão dar o brinquedo na noite de Natal.
É que foram muito anos à espera
Pareço uma criança a quem vão dar o brinquedo na noite de Natal.
É que foram muito anos à espera
COIRATOS
Por decreto ou à lei da foice, devia ser obrigatório o glorioso ser campeão pelo menos um vez em cada dois anos.
Durante 48 anos foi assim: alternava-se o Eusébio com a Amália; pelo meio chupava-se a espinha a umas sardinhas e emborcavam-se três ou quatro malgas de tinto carrascão. E viviam todos felizes, ébrios do verdadeiro espírito nacional, numa modorra acrítica que tanto convinha aos “mandatados” do povo.
A história é cíclica, e parece estar a repetir-se.
À lei da bala, sem o mínimo merecimento, o Benfica caminha para título.
E quando alguém corre para a bola, e não deixa os meninos vencer (olhe-se o Rio Ave) lá vêm eles a chorar (veja-se o Petit), com o recauchutador de Alverca logo a corroborar (ainda que desta vez, e por ora, ainda sem os truces à mostra).
O Sporting, povoado por barões e dementes, desembesta aos tiros no pé, promovendo alianças com o inimigo, e só acorda quando parece tarde demais.
Ao FC Porto, e à falta de melhor sorte, carrega-se com processos de intenção (vulgo sumaríssimos), priva-se o clube dos seus melhores jogadores, faz-se da equipa um frangalho e, depois, justifica-se com as más contratações (que não deixam de ter existido).
Está na hora de preparar a festa.
Alinhem-se os foguetes, lave-se a santa a quem se fará romaria, moa-se a farinha para os coiratos, e anestesie-se o povo numa bebedeira colectiva de onde só será excluída 2% ou 3% de uma população que teima em não ser da “afición”.
Assim como assim, nem darão conta da forma como se lhe entra no bolso a cada dia que passa.
Durante 48 anos foi assim: alternava-se o Eusébio com a Amália; pelo meio chupava-se a espinha a umas sardinhas e emborcavam-se três ou quatro malgas de tinto carrascão. E viviam todos felizes, ébrios do verdadeiro espírito nacional, numa modorra acrítica que tanto convinha aos “mandatados” do povo.
A história é cíclica, e parece estar a repetir-se.
À lei da bala, sem o mínimo merecimento, o Benfica caminha para título.
E quando alguém corre para a bola, e não deixa os meninos vencer (olhe-se o Rio Ave) lá vêm eles a chorar (veja-se o Petit), com o recauchutador de Alverca logo a corroborar (ainda que desta vez, e por ora, ainda sem os truces à mostra).
O Sporting, povoado por barões e dementes, desembesta aos tiros no pé, promovendo alianças com o inimigo, e só acorda quando parece tarde demais.
Ao FC Porto, e à falta de melhor sorte, carrega-se com processos de intenção (vulgo sumaríssimos), priva-se o clube dos seus melhores jogadores, faz-se da equipa um frangalho e, depois, justifica-se com as más contratações (que não deixam de ter existido).
Está na hora de preparar a festa.
Alinhem-se os foguetes, lave-se a santa a quem se fará romaria, moa-se a farinha para os coiratos, e anestesie-se o povo numa bebedeira colectiva de onde só será excluída 2% ou 3% de uma população que teima em não ser da “afición”.
Assim como assim, nem darão conta da forma como se lhe entra no bolso a cada dia que passa.
quarta-feira, abril 13, 2005
MOTORISTAS
É de mim ou os profissionais do volante destes monstros estão mais incivilizados que nunca?
Qual de nós ainda não foi apertado, até ao limite, no trânsito?
Quem não sofreu, ainda, com a mudança brusca de direcção ou os arranques repentinos, atirando o monstro para o meio das vias?
Quem não sofreu com a recusa em se encostarem aos passeios para carregar e descarregar a população, preferindo obstaculizar a via, permanecendo mesmo no meio delas?
Quem não foi ainda insultado por um destes profissionais?
Numa altura em que tanto se fala de formação profissional, em que o Código do Trabalho reforça as obrigações das entidades patronais nesse particular, não seria devida alguma formação, pelos STCP, conferindo um maior grau de civilidade aos seus condutores?
segunda-feira, abril 11, 2005
COERÊNCIA
O PADRINHO
domingo, abril 10, 2005
sábado, abril 09, 2005
O Messias
O congresso do PSD está a voltar a mostrar uma verdade tão velha quanto o partido: é um movimento sem identidade. Que coexiste na conjuntura, nunca para além dela.
Salgado Zenha foi o primeiro a dizê-lo, quando nos idos 70 acusou Sá Carneiro de ter que empurrar as cadeiras para ocupar o lugar central à mesa, espaço que já estava ocupado, e assim forçar uma existência que, ainda por cima, tinha um nome que nunca traduziu a realidade que é.
Facto que, ainda hoje, obriga o partido a viver como órfão.
Só assim se explica a facilidade com que se desenham alternativas inócuas como a que foi Santana; ou a forma como se endeusam soluções vindas do éter em detrimento de personalidades com créditos firmados, que só porque estão momentaneamente desalinhados, são deixados de fora. António Borges versus Pacheco Pereira é o exemplo actual. Santana versus Ferreira Leite ou Leonor Beleza outro recente.
Este “bruá” em torno de alguém sem o mínimo de experiência política, que não sabemos quem é, o que quer fazer, que quer entrar por cima no partido, sem o apoio da base, revela um partido que, sem respeito pela sua história, procura constantemente o Messias, que lhe garanta o milagre da multiplicação dos votos, o milagre da inversão da conjuntura. E não a resposta a um projecto de partido e de sociedade.
E é esta uma das razões por que o PSD será sempre um parente pobre da democracia portuguesa. E porque António Borges nunca poderá vingar como solução de fundo.
Salgado Zenha foi o primeiro a dizê-lo, quando nos idos 70 acusou Sá Carneiro de ter que empurrar as cadeiras para ocupar o lugar central à mesa, espaço que já estava ocupado, e assim forçar uma existência que, ainda por cima, tinha um nome que nunca traduziu a realidade que é.
Facto que, ainda hoje, obriga o partido a viver como órfão.
Só assim se explica a facilidade com que se desenham alternativas inócuas como a que foi Santana; ou a forma como se endeusam soluções vindas do éter em detrimento de personalidades com créditos firmados, que só porque estão momentaneamente desalinhados, são deixados de fora. António Borges versus Pacheco Pereira é o exemplo actual. Santana versus Ferreira Leite ou Leonor Beleza outro recente.
Este “bruá” em torno de alguém sem o mínimo de experiência política, que não sabemos quem é, o que quer fazer, que quer entrar por cima no partido, sem o apoio da base, revela um partido que, sem respeito pela sua história, procura constantemente o Messias, que lhe garanta o milagre da multiplicação dos votos, o milagre da inversão da conjuntura. E não a resposta a um projecto de partido e de sociedade.
E é esta uma das razões por que o PSD será sempre um parente pobre da democracia portuguesa. E porque António Borges nunca poderá vingar como solução de fundo.
Guerra
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Nunes da Cruz, criticou ontem a proposta de redução das férias judiciais, considerando que, se esta ideia fosse para "levar a sério", o Governo estaria a comprar uma "guerra" que os juízes não pretendem
In Público, 8.04.05
Cá está, a previsão do Estado Crítico.
Que é que se poderia esperar?
Bulir com os Juizes? Com as suas férias, ora um mês no campo, ora um mês de praia? Fora a semana do Natal, e outra na Páscoa?
Não, não pode ser.
A ameaça de guerra está prometida.
Recuo no tempo e relembro uma tentativa semelhante de combate ao lóbbie, encetada por Leonor Beleza, então contra os médicos.
Recordam-se? E do resultado? A desgraçada ainda hoje vive perseguida. Até de importação de sangue contaminado a conseguiram acusar.
Imagino Sócrates ou a recuar nos seus intentos ou a responder, dentro de 10 anos, por pedofilía ou outro crime, então mais na moda.
In Público, 8.04.05
Cá está, a previsão do Estado Crítico.
Que é que se poderia esperar?
Bulir com os Juizes? Com as suas férias, ora um mês no campo, ora um mês de praia? Fora a semana do Natal, e outra na Páscoa?
Não, não pode ser.
A ameaça de guerra está prometida.
Recuo no tempo e relembro uma tentativa semelhante de combate ao lóbbie, encetada por Leonor Beleza, então contra os médicos.
Recordam-se? E do resultado? A desgraçada ainda hoje vive perseguida. Até de importação de sangue contaminado a conseguiram acusar.
Imagino Sócrates ou a recuar nos seus intentos ou a responder, dentro de 10 anos, por pedofilía ou outro crime, então mais na moda.
sexta-feira, abril 08, 2005
Circo
Enterraram o Papa.
Finalmente.
Claro que com mais um passeio pela praça, uma exibição pública, para gáudio da multidão.
Também era assim, na Roma antiga. Também havia risos, e choros, e histerismos e muita desumanidade. O circo é que era diferente. Mas também morria gente.
Desenganem-se, porém, os que, como eu, estão cheios da insuportável informação inócua, que apenas alimenta o vazio em que vivemos os nossos dias.
Vem aí o conclave.
À porta aberta, ao que prometem.
Vai ser um fartote de diz que disse.
Vamos todos ficar mais cheios... de nada.
Finalmente.
Claro que com mais um passeio pela praça, uma exibição pública, para gáudio da multidão.
Também era assim, na Roma antiga. Também havia risos, e choros, e histerismos e muita desumanidade. O circo é que era diferente. Mas também morria gente.
Desenganem-se, porém, os que, como eu, estão cheios da insuportável informação inócua, que apenas alimenta o vazio em que vivemos os nossos dias.
Vem aí o conclave.
À porta aberta, ao que prometem.
Vai ser um fartote de diz que disse.
Vamos todos ficar mais cheios... de nada.
quinta-feira, abril 07, 2005
segunda-feira, abril 04, 2005
A outra quinta
O verdadeiro Big Brother em que se transformou a morte do Papa mostrou, senão mais, pelo menos uma coisa: a Igreja está viva. E recomenda-se.
Bem adaptada aos tempos modernos, geriu ao minuto, em folhas de boletins clínicos, uma morte mais do que anunciada e, digo eu, ocorrida muito antes de ter sido escrita.
Depois expôs o féretro, em pleno Vaticano, e convidou as televisões para, em primeira mão, o mostrarem.
Segui-se o traslado, pelo exterior, entre o Palácio do Vaticano e a Igreja de S.Pedro (ambas comunicam pelo interior pelo que o recato foi evitado de propósito).
Agora oferece-o em holocausto, durante três dias, e sepulta-o na sexta-feira (haverá transmissão em directo da cripta?).
Segue-se o conclave.
O sigilo.
A escolha.
Uma treta, digo eu.
Alguém ainda acredita na inocência da escolha livre e secreta de cento e tais homens, encerrados à chave numa sala sem comunicação com o exterior?
Pergunto-me por que não levam o espectáculo até ao fim. Por que não assumem a rodilha em que puseram a sua história, e não convidam as Teresas Guilherme deste mundo para que em directo e em 50 línguas diferentes, de modo histérico como convém, anunciar o fumo branco? E mostrar o novo Escolhido, qual Zé Maria em noite de fim de ano, a sair do Vaticano de Limusine e com a mala do dinheiro.
Pelo menos seria coerente.
Bem adaptada aos tempos modernos, geriu ao minuto, em folhas de boletins clínicos, uma morte mais do que anunciada e, digo eu, ocorrida muito antes de ter sido escrita.
Depois expôs o féretro, em pleno Vaticano, e convidou as televisões para, em primeira mão, o mostrarem.
Segui-se o traslado, pelo exterior, entre o Palácio do Vaticano e a Igreja de S.Pedro (ambas comunicam pelo interior pelo que o recato foi evitado de propósito).
Agora oferece-o em holocausto, durante três dias, e sepulta-o na sexta-feira (haverá transmissão em directo da cripta?).
Segue-se o conclave.
O sigilo.
A escolha.
Uma treta, digo eu.
Alguém ainda acredita na inocência da escolha livre e secreta de cento e tais homens, encerrados à chave numa sala sem comunicação com o exterior?
Pergunto-me por que não levam o espectáculo até ao fim. Por que não assumem a rodilha em que puseram a sua história, e não convidam as Teresas Guilherme deste mundo para que em directo e em 50 línguas diferentes, de modo histérico como convém, anunciar o fumo branco? E mostrar o novo Escolhido, qual Zé Maria em noite de fim de ano, a sair do Vaticano de Limusine e com a mala do dinheiro.
Pelo menos seria coerente.
domingo, abril 03, 2005
sábado, abril 02, 2005
Só à chapada
"owa a todos sim ja deu pa ver k temos site.
passem la e deixem comntariu !!
esperamos ver o jogu treinu contra os ninus"
Nova forma de escrita?
Não. Definitivamente ignorância. Grossa. Grosseira.
O Sr. João da Quinta Nova, homem honrado lá da aldeia (porém analfabeto) não escreveria pior que estes pobres imberbes que surpreendi, ao calha, numa deambulação internetiana.
Que andam os professores de Português a ensinar?
Que diabo de reformas andam os sucessivos governos constitucionais (escrever assim, se não é, devia ser inconstitucional) a fazer na educação.
Comigo, nem que fosse à chapada. Escrever assim é que nunca.
passem la e deixem comntariu !!
esperamos ver o jogu treinu contra os ninus"
Nova forma de escrita?
Não. Definitivamente ignorância. Grossa. Grosseira.
O Sr. João da Quinta Nova, homem honrado lá da aldeia (porém analfabeto) não escreveria pior que estes pobres imberbes que surpreendi, ao calha, numa deambulação internetiana.
Que andam os professores de Português a ensinar?
Que diabo de reformas andam os sucessivos governos constitucionais (escrever assim, se não é, devia ser inconstitucional) a fazer na educação.
Comigo, nem que fosse à chapada. Escrever assim é que nunca.
sexta-feira, abril 01, 2005
Tchau, Schiavo
Consumou-se a última golfada da americana Terri Schiavo, que ao fim de 15 anos vegetativos conquistou o direito a morrer.
Abstenho-me, por ora, de tecer considerações sobre a eutanásia (ou algo mais profundo como foi a decisão de retirar a vida?! a Schiavo). E sobre a guerra surda que o seu marido, finalmente, venceu.
Na declaração pública sobre o tema, o índio Bush (de texanas, é claro) mostrava-se agastado com uma decisão que não lhe diz respeito (diz à família e aos Tribunais que autorizaram a retirada do tubo alimentar). E, magnânime, apelava a uma “cultura de vida”.
Certamente em moldes idênticos à que promoveu no Iraque.
Ou no Irão.
Ou nos argumentos que agora tenta encontrar para aplicar igual receita à Síria.
Ou na forma selvagem como promove a instalação de interesses norte-americanos em África (olhe-se o petróleo angolano) onde, como é sabido, é profundo o respeito pelas vidas... que se esvaiem por nem vacinas básicas existirem.
Abstenho-me, por ora, de tecer considerações sobre a eutanásia (ou algo mais profundo como foi a decisão de retirar a vida?! a Schiavo). E sobre a guerra surda que o seu marido, finalmente, venceu.
Na declaração pública sobre o tema, o índio Bush (de texanas, é claro) mostrava-se agastado com uma decisão que não lhe diz respeito (diz à família e aos Tribunais que autorizaram a retirada do tubo alimentar). E, magnânime, apelava a uma “cultura de vida”.
Certamente em moldes idênticos à que promoveu no Iraque.
Ou no Irão.
Ou nos argumentos que agora tenta encontrar para aplicar igual receita à Síria.
Ou na forma selvagem como promove a instalação de interesses norte-americanos em África (olhe-se o petróleo angolano) onde, como é sabido, é profundo o respeito pelas vidas... que se esvaiem por nem vacinas básicas existirem.
Carol
João Paulo II. Dizem que recebeu a extrema unção.
Enquanto crente em lista de espera, e com a distância que isso me confere, confesso que até gostei deste Papa. Um poço de abertura no troglodismo da igreja moderna.
Tão moderna que aderiu mesmo ao mais nojento "voyerismo", qual "big-brother", de exibir o Papa, em holocausto, à hora dos telejornais, numa tímida cruz aos crentes, que mais não era que a sua.
Que descanse em paz, que merece.
O mesmo não se pode dizer de alguns dos seus ministros
Enquanto crente em lista de espera, e com a distância que isso me confere, confesso que até gostei deste Papa. Um poço de abertura no troglodismo da igreja moderna.
Tão moderna que aderiu mesmo ao mais nojento "voyerismo", qual "big-brother", de exibir o Papa, em holocausto, à hora dos telejornais, numa tímida cruz aos crentes, que mais não era que a sua.
Que descanse em paz, que merece.
O mesmo não se pode dizer de alguns dos seus ministros
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