quarta-feira, junho 28, 2006

SIMPLÍCIO...SIDADES

A Sr.ª D.ª Helena Simplício, técnica responsável (designação certamente eufemística) da D.G. de Impostos de Viseu, em cumprimento de um despacho (douto, por certo) do de facto (e não eufemista) Chefe da Repartição do burgo, cumpriu um despacho, difundido através do Banco de Portugal, para TODAS as sociedades bancárias com actividade em Portugal, a requerer o seguinte: “(…) verifique junto de todas as instituições bancárias a existência de saldo, depósito de acções, títulos, garantias em nome de X, até ao montante de 74 €”!!!
Ou seja, para garantir o pagamento ao estado (este escrevo propositadamente em caixa baixa) de 74 euros, Simplício e o seu chefe vão ocupar algumas dezenas de pessoas, provocar gastos centenas de vezes superiores ao montante cujo pagamento se pretende garantir.
Porque sucede isto?
1. Porque quem despacha e cumpre não é, de certeza, pago para pensar
2. Porque ambos não fazem contas da relação custo/benefício do cumprimento do despacho
3. Porque ambos sabem que ninguém controlará a eficácia do seu trabalho (quando muito, alguém tão acéfalo quanto eles avaliará, com Bom, o desempenho e empenho e rechear os cofres do estado com… 74 €.).
4. Porque sabem que ninguém lhes imputará a factura dos custos de tal trabalho inútil.
5. Porque a incompetência continua a ser irmã siamesa da administração pública.

P.S. No mesmo dia a Simplício e o chefe despacharam outro pedido, mais nobre, é certo, de 161 €.

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