sábado, fevereiro 25, 2006

MACROLOGIA

Vivemos na era macro, da macroeconomia, das macro-estrutura, das macro-soluções que planam sobre a sociedade e existem para além das pessoas.
É a globalização económica; a planetização das pessoas; a mundialização de tudo como solução para o “crescimento”, para a evolução.
Definitivamente, não é solução que me atraia.
Aliás, nunca percebi porque temos sempre que crescer (em lucros, em produção, demograficamente), como se no milagre da multiplicação estivesse a cura da virose.
Porque é que a materialidade se transformou na solução das sociedades “modernas” (é ínvia e subversiva a teoria de conserto através do consumo!!!).
Acredito na inevitabilidade do regresso a um certo “minimalismo”, de micro (estruturas, economias, soluções), onde volte a ser possível resolver problemas reais das pessoas, em vez de, criando-lhe mais e maiores expectativas, aumentarmos, na mesma exacta proporção, problemas e o consequente cavar da infelicidade tão característica (porém tão escondida) nas sociedades modernas.Uma questão a que, inevitavelemente, voltarei em próximos episódios.

ISENÇÃO

A primeira página da folha de couve é de uma insenção, de um rigor que até dói.
Mas é isto que nos dá a pica, é deste ódio destilado sob forma encapotada de pseudo-jornalismo que nos temos alimentado. E que ganhamos.

PROGNÓSTICO

Aconteça o resultado que acontecer,
Fique o FC Porto a quantos pontos ficar:
Não gosto do sistema do Adriaanse.
É um futebol sem chama, de credo na boca (está tudo preso por detalhes tão pequenos que é um deus me livre), que não se consegue ler.
Que saudades daquelas jogadas que percebo, dos dribles, das fintas, das triangulações, dos passes curtos.
Que saudades de ver futebol no Dragão.

sábado, fevereiro 18, 2006

ACTUALIDADES

Actual. Muito actual.

COMPLEXO

Tenho dito e redito, e não me estafo de repetir, que estes senhores são úteis, muito úteis sim senhor.
Alertam, denunciam, e exercem uma cidadania desinteressada, consequente.
Uma certa ignorância das chamadas elites, incapaz de perceber todos os recantos de uma democracia (não, não é só almejar o poder), que é também funcionar como contra-poder, insiste num bota abaixo redutivista, berrando contra o caviar de esquerda como único argumento que as suas entranhas conseguem vociferar. Há em Portugal um complexo de direita que é infinitamente maior que o dito de esquerda.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

...

Felicidade é uma utopia.
Ainda por cima efémera

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

INDÍCIOS

Afinal Souto Moura trabalha.
Um mês após o início do inquérito ao caso do envelope 9, foi à redacção do jornal que sabe mais do caso que a própria procuradoria (24 horas) procurar indícios criminais e constituir um ou outro arguido (amedrotando-os pode ser que da próxima fiquem quietinhos).
Está-se mesmo a ver que deve ter encontrado uma palete de dados incriminatórios. Num envelope, protinhos a ser consumidos.

UTILIDADE

Já lá vai um mês desde que Sampaio pediu um inquérito (com conclusões) urgente ao caso do "envelope 9".
O que é que se sabe? Que conclusões foram tiradas? Quem é que se importa?
Estes importam-se.
É nestes detalhes que mostram serviço, que revelam utilidade.
E que vão merecendo, aqui ou ali, uns votos eleitorais

terça-feira, fevereiro 14, 2006

CADÁVER POLÍTICO

Esta agonia em que o Presidente Sampaio se arrasta, a condecorar tantos e tão poucos faz com que não distraia: qualquer dia ainda apanho com uma comenda.
Assim e... zás. Pega lá por... não teres feito nada.
Dá dó e revela bem o estado a que chegamos.
Dois meses para pôr um gajo a jurar a constituição e começar o seu consolado.
Dois meses de pulmão artificial a um cadáver eleitoral em que já se transformou Sampaio.
É tudo lento. Tãããããoooooooooooo lennnnnnnnnnnnnttttttttttttooooooo, que até dá sono.

CHAPELADAS

A blogosfera (e não só) anda, de boca à banda, espantada com as alarvidades que Freitas do Amaral anda a dizer a propósito dos famigerados cartoons dinamarqueses.
A mim espanta-me o espanto.
Se calhar por que não fui daqueles que, nos idos 80, andei da chapelinho de palha na mão, a cantar prá frente Portugal, com arzinho de menino de coro, a fazer papelinho de mariconço.
Mas, se calhar, sou eu que sou diferente

ESGARES

É curioso olhar para os trejeitos com a “fina finança” lisboeta, daquela que é invariavelmente surpreendida, “on the rock,s” na 24 de Julho, ou nos almocinhos do Tavares Rico até às 17 horas, ou ainda que se perfila sempre que há eleições verdes da 2ª circular, a estrebuchar, mal disposta, com esgares de má digestão, com a OPA da Sonae sobre a PT.
Não estão habituados a esta indiferença, a que não lhes venham comer à mão o dinheirinho que, complacentemente, emprestam a bem da economia (deles próprios).
Não estão habituados a que o pequenino mundo da república não gire em torno deles próprios.
Faz-lhes confusão verificar que há mais vida para lá de Lisboa.

EXPRESSÕES ESTÚPIDAS

“Lógica de mercado”
Mas porventura o mercado tem lógica?

TRÓPICOS

Enrodilho-me de frio.
Encarquilho-me e torno-me amorfo, improdutivo.
Porque não nasci eu nos trópicos?

domingo, fevereiro 05, 2006

EXPRESSÕES ESTÚPIDAS

"Pelotão da frente"

FORMATAÇÕES

Esta estranha mania que existe de formatar, por esteriótipos, o modus vivendi, a fórmula socialmente adequada de existir é apenas ilustradora do muito que está por fazer em prol da maturidade de uma verdadeira democracia.
Pretender impedir que duas pessoas do mesmo sexo se casem, pretender fazer crer que família é, necessariamente, procriação é de um redutivismo que me faz pensar que a Revolução Francesa ainda não passou por cá.
Casem, descasem, criem, inventem, desorganizem, critiquem, diferenciem, afirmem, contrariem, multipliquem (se quiserem) ou, simplesmente, existam.
Mas façam ou, pelo menos, tentem. Devia ser o principal lema de uma verdadeira sociedade de direito democrático.

ADIANTADO MENTAL

Não só não me preocupa como aplaudo que a população homossexual queira e lute por ver reconhecido o seu direito ao casamento.
A lei é (tem que ser) laica, e as resistências vêm, com maior ou menor grão de sal, de um certo beatério que vê na expressão casamento uma ligação para hormonas diferentes.
Não, podem (devem poder) ser iguais (as hormonas, claro está).
O que realmente me preocupa, e por antecipação, é que quando esse básico reconhecimento vier a ser feito, lá virão as reclamações pelo direito à adopção.
E aí a questão é bam mais profunda, porquanto deixa de ter a ver com o mero direito de opção, convicção (ou outra coisa qualquer) pessoal.
Briga com terceiros.
E aí sou (serei e lutarei) contra. Totalmente contra.

REGRESSO I

O regresso de Manuel Alegre à bancada parlamentar do PS.
Não estou de acordo.
Não estou mesmo nada de acordo.
Foi uma golpada política como há muito não levava (desde o tempo em que deixei ficar na gaveta o cartão do partido).
É de uma total falta de senso, uma enorme dissintonia com tudo o que disse e defendeu ao longo da campanha, e que o fez levar o meu voto.
Sabendo o que sei hoje, obviamente, não o levaria.

DE PROFUNDIS...

E agora, duas derrotas depois?
Serão as contratações de inverno, realmente, acertadas (Marco Fereira, Laurent Robert, etc, etc)?
Será o holandês o tal revolucionáro?
E o Zé o tal verdadeiro director?
Ou vão entrar, outra vez, na "profundis valsa lenta"?

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

CONFIANÇA

Qual será a verdadeira contrapartida para tanta concessão da Microsoft a Portugal?
A exclusividade de fornecimento de software para os serviços públicos nos próximos 200 anos?
É que aquela coisa da confiança na economia nacional...