segunda-feira, janeiro 30, 2006

OMISSÃO

Peca por omissão e por ser tardia a condecoração que o presidente da República hoje entrega a Mourinho.
Tardia porque deveria tê-lo sido não em 10 de Junho passado, quando foi atribuída, mas há dois anos, quando revolucionou o futebol nacional e conquistou o que conquistou ao serviço do FC Porto.
Por omissão porque, no pacote das condecorações em que se transformaram as comendas presidenciais, deveria estar uma destinada ao próprio FC Porto, que não só conquistou os ditos títulos como foi o único a ter a visão de abrir as portas a um treinador que fora ostracizado, por exemplo, pelo Benfica.
Mas o presidente Sampaio, no seu alto!!! critério, nunca arranjou sequer tempo para receber em Belém a equipa do FC Porto. Mas, afinal, só lá esteve 10 anos...

PARTIDAS

Partiram-lhe os vidros.
Devia é ter sido a cara.
Afinal, que culpa é que o carro tem?

domingo, janeiro 29, 2006

RUA III

Hoje o FC Porto perdeu dois pontos.
Dentro de uma semana, vai perder três.
E depois? Adriaanse vai continuar, impunemente, a inventar? Ou será que a SAD fará, finalmente, a sua função de entidade patronal?

sábado, janeiro 28, 2006

MEDIOCRES

Está visto: basta um árbitro que não faça daqueles roubos de igreja e o Benfica é uma equipa mediocre. É, como sempre foi, desde a primeira jornada. E ao longo dos 90 minutos isso ficou bem à vista. Manduca? Beto? Luisão? Nuno Gomes? São o quê? Jogadores de futebol?

SAPO II

O senhor Zé deve estar a caminho do Sapo, outra vez.
Mas desta vez vai ter dificuldade em engolir

quinta-feira, janeiro 26, 2006

BANCA... ROTA

É um ano de ouro na banca nacional, que multiplica lucros sem excepção.
250 milhões de euros lucrou o BPI, por exemplo.
É pornográfico.
Os lucros continuam a ser taxados a... 13% (Taxa de IRC).
Quanto a nós, lá vamos pagando. 20, 30, 40, agora até 42%, para quem ganha 60 000 euros ano.
Está bom de ver que é justo.
Que o que é preciso é continuar assim.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

SAPO

São insuportáveis e decandentes os últimos mimos em que se envolveram o Veiga, o Jorge Nuno e, agora, até o patego do Reinaldo.
Que o futebol estava podre, já se sabia.
Mas entumescido...
Pergunto-me quando é que um jogo valerá, de facto três pontos e os golos que se lá marcam?
Por mim preferia ter o meu presidente, o "senhor Nuno" (ao Veiga faltou-lhe, ainda tenro, porrada nas ventas , para aprender a ser educado) mais preocupado com as diatribes do holandês, supostamente técnico de futebol a quem entregou os destinos da equipa, que todos os "Sapos" do mundo.

CASTRAÇÃO

O mal de certas criaturas não o facto de existirem (o que, por vezes, já é mal suficiente).
É procriarem.
Olhe-se, por exemplo, o João Jardim.
Pense lá (não precisa de dizer) com sinceridade: não era a favor da castração?

COÇAR

"Coçar onde é preciso" é uma crónica impressiva que a mestria de palco de José Pedro Gomes transforma num espectáculo imperdível.
Nunca me ri de forma tão séria com o retrato fiel (por vezes arrasador) que faz da nossa sociedade.

SNIF

Vai uma snifadela

terça-feira, janeiro 24, 2006

JUMENTOS

O que têm Adriaanse e Scolari em comum?
São teimosos. Como jericos.
Ora a teimosia, alicerçada em convicções fortes, até pode parecer justificável.
Mas quando se a mantém, contra tudo e contra todos, sem justificação, quer normalmente dizer uma única coisa: burrice.

PERSONALIDADES (VERDADEIRAMENTE) INSUPORTÁVEIS

Ana.
Ana GOMES.

BOBAGENS

Fernanda Câncio, quando está no seu melhor, é imperdível. Como aqui.
Bobo da corte.
Está bem visto, sim senhor

segunda-feira, janeiro 23, 2006

PARVALHICES

Não sei o que é mais repugnante:
se a interrupção cirúrgica, incivilizada e a-democrática de José Sócrates ao discurso de Alegre.
se as desculpas esfarrapadas com que o próprio e meia dúzia de acólitos tentaram branquear o assunto. É parvo ou julga que o somos todos nós, engenheiro?

REFLEXÕES PÓS ELEITORIAS II

As provocações lançadas a Manuel Alegre em toda a noite eleitoral (Sócrates interrompeu-o, Soares ignorou-o, Ana Gomes acusou-o) bem mereciam uma resposta drástica.
Que seria, contudo, a pior que Alegre poderia dar.
O silêncio, nos próximos dias, será de ouro.
Depois sim, será a hora de reclamar o crédito dos votos de um quinto dos votantes.

PRETO E BRANCO

Que Cavaco é um homem triste, descolorido, introvertido, todos o sabíamos.
Mas Cavaco é, também, um homem só e sem assunto.
A escolha de permanecer em casa, só com a família, a festejar a sua vitória, se pode ter querido transmitir uma imagem de equidistância face ao “aparelhismo”, não deixa de revelar um homem que só se sente confortável longe de tudo e todos, na secretária ou no regaço da Maria.
A tremenda dificuldade que teve em se expressar, com afecto, aos muitos que ao frio aguardavam a sua aparição pública, a tímida tentativa que teve em se emocionar (só por palavras, nunca por gestos), a postura distante, fria e pálida, mostram bem que o homem, quando sai dos números, não tem nada para nos dizer.
Vão ser 10 anos a preto e branco.

REFLEXÕES PÓS ELEITORAIS I

Cerca de 22 mil cidadãos nacionais ainda votam Garcia Pereira.
Andam à procura de quê estas 22 mil almas incautos?

VIAGRA

Casos como este mas, sobretudo, este, fazem-me pensar que é pena não existir Viagra para a disfunção intelectual.

domingo, janeiro 22, 2006

HUMANISMOS

Cavado disse que estava emocionado, com a mesma cara de cera de sempre. Querem ver que, afinal, o homem é humano. Deve ser a tal "pessoa humana" de que tanto se fala

REFLEXÕES ELEITORAIS VII

Não ouvi Sócrates usar uma vez a palavra derrota.
Enrolou-se-lhe na língua, mas não conseguiu.
Mas conseguiu fazer com que Alegre não se ouvisse.

REFLEXÕES ELEITORAIS VI

Grande tática a de Sócrates começar a falar quando Alegre discursava.
Mostra o índice de democraticidade a que chegaram os partidos.

REFLEXÕES ELEITORAIS V

Soares não teve a humildade de assumir o erro da sua candidatura.
E esse é o último erro político que podia cometer.
Daqui para a frente será sempre a descer.
É pena para quem fez tanto pela democracia. E, no final, parece não perceber bem toda a dimensão daquilo que tanto ajudou a construir

REFLEXÕES ELEITORAIS IV

Vejo Rui Oliveira e Costa na SIC a anunciar os 20% de Alegre e os 14% de Soares e pergunto-me como é possível não ter vergonha na cara e ir-se embora.
A memória não pode ser tão curta que esqueça o logro que foi a sua "sondagem" publicada sexta-feira no Expresso.

QUESTÕES ELEITORIAIS III

Não tenho agora grandes dúvidas: bastava uma candidatura de convergência dentro do PS e a segunda volta seria uma inevitabilidade.
Ora, Alegre é quem estava mais bem colocado para o conseguir.
Quem mais tem a aprender é, por isso, a máquina trituradora do PS, com Sócrates e Jorge Coelho à cabeça.
A menos que algum destes citados preferisse o que está a suceder: o fim político de Soares, a ostracização de Alegre (seu opositor na ascensão ao poder partidário) e a vitória de Cavaco.
Mas isto seria muito maquiavélico...

QUESTÕES ELEITORAIS II

20,29 h
O site da RTP está mais actualizado (maior número de freguesias apuradas) que o do STAPE.
Como é que é possível?

OPORTUNISMOS

Só duas pessoas podem reclamar vitória nesta noite.
Cavaco Silva, por ter vencido
Manuel Alegre, pelo movimento que soube criar, e que fará com que na política portuguesa nada possa voltar a ser como dantes. Pelo menos à esquerda
Os demais, que vão agarrar-se ao galho da vitória, que vão tentar apanhar o barco, não passarão de meros oportunistas. Como é hábito

QUESTÕES ELEITORAIS I

Será que é desta que o clã Soares percebeu a mensagem?
Ou será preciso o sempre esclarecedor desenho

ESPERANÇA

18 h 42 m

Cavaco: 49,??
Alegre: 19

RUA II

A pobreza franciscana evidenciada pela equipa do FC Porto, para além de reflexões mais profundas sobre a origem do mal, faz-me pedir, vezes e vezes sem contas, como fiz aqui: ponham o Adriaanse na rua ou então, para o ano, o Benfica faz o tri.

MAR

Voto Alegre, com emoção.
Regresso a casa, a aguardo com serenidade uma boa nova.
Ponho o CD a girar (hoje, mais do que nunca, tenho aversão ao MP3), e recordo o Xico:

"Foi bonita festa, pá
fiquei contente
e inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim

Já marcharam tua festa, pá,
mas certamente
esqueceram uma semente
nalgum canto de jardim

Sei que há léguas a nos seprar
tanto mar, tanto mar
sei também quanto é preciso, pá,
navegar, navegar

Canta primavera, pá
cá estou carente
manda novamente
um cheirinho de alecrim

sexta-feira, janeiro 20, 2006

INDECISOS

Não percebia, até hoje, a enorme camada de indecisos a 48 horas das eleições.
Indecisos porquê?
Percebi agora porque não percebia.
Falta-me contacto com o mundo real. Mergulhar no Portugal das novelas e das companhias. Da roupa da Zara. Dos jantares de domingo nas praças de alimentação dos Shoppings. Das dívidas por contratos ao consumo para comprar telemóveis. Do fio dental a mascar “chiclas” de boca aberta, cheias de “mousse” no cabelo.
Definitivamente, ando longe de Portugal.
Porque é esse o Portugal indeciso que, por exemplo, na boca de uma recepcionista de uma empresa de comunicação, com o dever, entre outros, de diariamente receber e distribuir jornais pela redacção pergunta, apontando para Garcia Pereira: “Este é quem? Do bloco não é?” ao mesmo tempo que, admirada, depois de uma olhadela fugaz e envergonhada à 1ª página do público, pergunta admirada: “Então é o Cavaco que ganha? E com esta distância? Hiiiii”.
Lembrei-me da frase de Torga, em Coimbra: “Não há universidade que nos tira da idade da pedra lascada”.

MANIPULAÇÕES

Adriaanse reclamou “é falta” (que no magnífico inglês do Paixão se diz “it is foult”) e apanhou com 15 dias de suspensão.
Isto na semana em que, por culpa própria, o FC Porto perdeu na Reboleira e viu o Benfica ficar a apenas três pontos.
Querem apostar que não demora 15 dias a aparecer um sumaríssimo a arrumar com um ou dois portistas? Palpita-me que será a um dos esteios Quaresma, Lucho ou Pedro Emanuel.

JOGOS OLÍMPICOS

Laurentino Dias, secretário de estado do desporto, descartou, de uma vez por todas, o delírio da candidatura de Lisboa (e não portuguesa, como por aí se diz, aos Jogos Olímpicos).
Disse não acreditar em candidaturas virtuais.
Dificilmente subscreveria com tanto à-vontade e empenho uma decisão de um político.
A ideia, nascida nuns quantos parasitas da capital (com Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal, à cabeça), daqueles que nunca fizéram nada que não fosse viver na sombra do Estado, não escondia a intenção de levar para o Vale do Tejo a última grande fatia do derradeiro quadro comunitário que contemplará Portugal, antes “fusão” definitiva com Espanha.
O pseudo-projecto, que nunca teve um mero estudo credível apresentado na praça pública, e que o inefável Santana também acolheu, não passa, assim, do delírio de meia dúzia de inimputáveis que, em devido tempo, Laurentino travou.
Pena não servir de exemplo, para OTAs, TGVs e afins

quinta-feira, janeiro 19, 2006

CALABOTE

este percebe.
Perceb tudo.
E nem precisava de publicar a (magnífica) resposta que levou de chofre.
Quer é fazer de conta que não percebe.
E isso tem um nome: desonestidade. Intelectual, que é a pior.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

ESCAPADELAS II

Já a este não escapa.
Pelo menos não lhe escapa tudo.

ESCAPADELAS

Escapa, escapa.
Escapa tudo.
Mas, afinal, isto não tinha sabor nenhum se todos pudéssemos perceber o mesmo de tudo.

DIA 23

DIA 23

Passe ou não à segunda volta da eleição presidencial, a mais do que provável maior votação de Manuel Alegre face a Mário Soares abrirá uma tremenda brecha na sociedade política de esquerda, com prognóstico muito reservado.
Uma coisa, a única talvez, é certa: nada voltará a ser como dantes. Pelo menos enquanto durarem os autores.
Porém, o movimento cívico desenvolvido em torno de Alegre (a candidatura com mais candidatos, como tive a felicidade de ouvir há dias, durante uma conferência na Reitoria da Universidade do Porto) terá que resistir à tremenda tentação, necessariamente revanchista, de criar um partido que responda ao PS na mesma moeda.
Não foi esse o espírito de arranque, nunca o tem sido ao longo da campanha, e não passaria de um “dejá-vue”, com contornos subversivos. Porque sempre que o político tenta ser mais do que a política, o resultado é inevitavelmente mau para o próprio; e um partido à imagem de um líder está condenado ao fracasso. Olhe-se, no tempo, e veja-se o que sucedeu ao PRD. Ou, citando exemplo mais moderno, veja-se o que está a suceder ao Bloco de Esquerda.
Alegre e seus “seguidores” (onde, para que não subsistam dúvidas, claramente me incluo) devem ter a paciência de saber ler tudo aquilo que representou o voluntarismo puro de centenas de apoiantes que fizéram a sua candidatura, os donativos completamente desinteressados que ajudaram a pagá-la, a participação activa em centenas de iniciativas espalhadas pelo país pelo simples prazer de ir, ouvir, reflectir, opinar, longe dos microfones, câmaras e do interesseirismo tão característico na política partidária.
Alegre, e os seus apoiantes, devem saber sair por cima no momento de contar os votos, mostrando que a boa cidadania é, antes de tudo, feita de coerência.
Devem saber fazer perdurar a serena agitação que criaram, o ressuscitar dos valores que, em estado letárgico, ameaçavam ruir.
E devem saber gerir a lição que deram ao mundo partidário, de que é (ainda é) possível fazer política longe dos partidos.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

PROZAC

O país precisa de uma urgente e massiva dose de Prozac.
Ou a profunda depressão colectiva em que submergimos não terá remédio possível.

ASSOUTADOS

A notícia de hoje do 24 horas, e que não foi desmentida por Souto Moura (há muito que desconfio daquele ar sonso, aparentemente inofensivo, falsamente contido do procurador), merecia tratamento à altura.
Numa personalidade onde o carácter marcasse presença, ainda que indelevelmente, e que permitisse que o homem estivésse à altura das funções de que está investido, o pedido de demissão.
Numa nação democrática e arrumada, a exoneração do responsável que não tivésse a ombridade de a pedir. E, a seguir, a sua (e dos demais) responsabilização, civil, criminal, disciplinar.
Mas não.
A prudência.
O dolce fare niente que é nosso apanágio, em geral, e deste presidente, muito em particular.
E a estabilidade. A famigerada estabilidade que, nos dias que correm, justifica tudo, sacrifica tudo, mesmo valores constitucionalmente consagrados, como a integridade moral, a imagem, a reserva de vida íntima, a dignidade, etc.etc.etc. que saiem feridos de morte das práticas hoje vindas a lume.
Passe a comparação, a legitimidade que este procurador mantém hoje, à luz do que foi denunciado, é igual à que Santana Lopes tinha quando foi empossado primeiro ministro.
O resultado foi o que se viu.
Curiosamente, o legitimador é sempre o mesmo.
Graças a deus que há dia 22 de Janeiro.

LOUREIRICES

“Há documentos muito comprometedores em relação a José Couceiro”.

João Loureiro, 2003

“”Nunca tive por intenção colocar em causa a sua conduta ou dignidade (...) Foi uma expressão infeliz (...). A verdade é que em relação a José Couceiro não tenho conhecimento de ligações nem documentos ou ligações comprometedores, que possam ser objecto de censura criminal”.

João Loureiro, 2006

Sublinho apenas que Couceiro apresentou uma denúncia crime contra Loureiro aquando das primeiras declarações.
As conclusões ficam com quem as quiser tirar.

FUSÃO

Numa altura em que tudo se funde (empresas, escritórios, até as lâmpadas cá de casa) pergunto-me quanto mais tempo irá demorar até à escritura de plena fusão de Portugal com Espanha.
Ou melhor, até que a OPA que “nuestros hermanos” lançaram sobre nós produza efeito definitivo.
E que consigam pela via bancária o que falharam pela força em 1640.

VERDADES E MENTIRAS

O que hoje é verdade amanhã é mentira?
Não, nunca.
O que hoje é mentira amanhã continuará a sê-lo.
Ídem para as verdades.
Estes eufemismos retirados da sabedoria popularucha servem apenas para alimentar os tacticismos, assentes em estratégias ínvias, muito comum em quem quer o poder mas não o assume.
No caso Soares Franco.
Subiu à presidência do Sporting por “desistência” de Dias da Cunha, ou seja herdou o poder; mas afirmou sempre que era o espírito de missão que o movia; que nunca seria candidato; que apenas dava tempo a que as alternativas surgissem.
O acto eleitoral parece mais concorrido do que nunca, as alternativas apareceram, projectos não faltam.
Por que será que ninguém se admirou que Soares Franco tenha ontem vindo a público anunciar que, eventualmente, será candidato?

quarta-feira, janeiro 04, 2006

ESTALADÃO

Filipe Vieira, ou José Veiga ou, ainda, e provavelmente, os dois em conluio, alugaram uns gorilas, certamente retirados de uma porta da 24 de Julho, para ameaçarem e chegarem a vias de facto com um tal Dinis. Que, em pleno aeroporto, nas barbas da TV e, mais grave, muitíssimo mais grave, da PSP, insultaram e agrediram, sem reparo, sem detenção e identificação, como manda aquela coisa de nome Código Penal.
Isto faz-me recuar no tempo, à altura em que o Azevedo mandava no grémio da luz. Na altura também era intocável, mesmo rasgando contratos em directo, burlando e falsificando quem e o que lhe dava na veneta. Depois, abandonada a guarita, foi o que se sabe.
O inefável Vieira está a ficar igual. Depois do despudor de, em cuecas, se pôr aos pinchos, em frente das câmaras, a celebrar o mítico título de futsal (preparos que bem mereciam reprimenda penal porquanto assumiu laivos de pornografia com imagens emitidas em prime-time), agora assessora-se de uns mamutes para espetar umas estaladas a quem se lhe mete à frente dos pés. Se tudo isto for prenúncio de que, uma vez terminado o consolado, pagará por todas as trafulhices (imobiliárias e afins) que andou todos estes anos a montar, então o estalo no Dinis até terá valido a pena (aliás, aquele Dinis, pelo aspecto e, sobretudo, pela conversa, mereceria sempre um ou dois parzitos de estalos: é que se não fez ía fazer. Assim como assim, fica já a crédito das futuramente merecedoras).

DUDEK II

Cá está o Dudek no Benfica, como tinha escrito aqui.
Aliás, no plano das contratações, é só craques, como fora prometido: o formidável Karyaka; o inolvidável Karagounis; o fabuloso Maduca; o inalienável Marco Ferreira; o passe mágico Beto.Estes novos dirigentes da Luz ou são inimputáveis ou... alimentam-se de comissões.

ESTRELAS

Quase ao mesmo tempo que a super-estrela do futebol francês - Laurent Robert - assina contrato na Luz, o mediocre Maniche, outrora dispensado pelo Benfica, rubrica um contrato que o ligará ao Chelsea.
Estão, mais uma vez, em grande os (ir)responsáveis encarnados. Para nosso bem e nosso gáudio

segunda-feira, janeiro 02, 2006

REENCONTRO

Anseio, permanentemente, por partir.
Mas há uma ternura que me inunda quando reencontro as minhas paredes, os meus cheiros, a minha janela.
Será normal ou simplesmente um paradoxo?

REGRESSO


Regresso ao trabalho. Haverá melhor imagem que ilustre o estado de espírito

DOURO


Tem destas coisas o Douro. Mesmo sombrio, desfocado, tremido, é bonito de morrer. E será por lá que, se Deus houver, hei-de entregar a alma.

S. LEONARDO DE GALAFURA


É, de facto, um excesso. De natureza e de tudo o mais. Uma beleza proibida num Portugal parido de abortos.

NEGRILHO


O Negrilho, dado como morto, parece com alma para renascer. A parir-se a si próprio, uma e outra vez, recusando entregar a alma ao criador. Como o seu dono moral... (fica em S. Martinho de Anta, terra natal de Miguel Torga).

SO WHAT?

- "I am back".
- "So what?" dirá quem me lê