As vendas de carros dispararam, no final de 2010. Para níveis de 2002, quando se vivia com barriga gorda.
Emprenhados pela primeira treta que ouvem, os meios de comunicação atribuíram a corrida aos bólides à subida do IVA, agendada para 1.01.2011.
Tomando o valor do carro mais vendido em Portugal, o Renault Mégane, a diferença do IVA (o aumento) foi de €. 400.
Ora não acredito que alguém disponha a gastar, a correr e irreflectidamente, €. 25.000 de uma vez porque daí a dias, pelo mesmo bem, e depois de uma reflexão ponderada, terá que pagar, se realmente a decisão de compra for acertada, €. 25.400.
É, pois, evidente, que a justificação do IVA é falaciosa e revela, antes de tudo, que a informação é hoje produzida de modo acéfalo e, genericamente, para acéfalos que a aceitam.
O que a febre dos carrinhos revela é que Portugal não aprendeu nada. E ainda não percebeu onde está metido e o caminho que leva. À primeira justificação o impulso do consumo toma conta de nós, como se pertencêssemos à civilização desenvolvida, que pode consumir ao ritmo dos seus apetites. O ano da matrícula do carro, a marca do relógio, da camisa ou a casa em que vivemos (a rua) ainda conta quase tudo para o “Tuga”, que não se importa de esconder as meias rotas por baixo de um qualquer símbolo de prestígio. Tem é que parecer. Se para isso consome muito mais do que pode (e precisa), isso é secundário. Ora isso pode valer para um americano ou alemão, que vive em super-avit. Mas não para nós que, para lhes chegarmos aos calcanhares, devíamos voltar a viver uma década dentro da velha máxima: gasta 5 quando tens 10 e somente quando achas que esses 5 não te virão a fazer falta. Mas isso era pedir juízo ao “Tuga”. E aí vale mais esperar que o círculo seja quadrado…
Emprenhados pela primeira treta que ouvem, os meios de comunicação atribuíram a corrida aos bólides à subida do IVA, agendada para 1.01.2011.
Tomando o valor do carro mais vendido em Portugal, o Renault Mégane, a diferença do IVA (o aumento) foi de €. 400.
Ora não acredito que alguém disponha a gastar, a correr e irreflectidamente, €. 25.000 de uma vez porque daí a dias, pelo mesmo bem, e depois de uma reflexão ponderada, terá que pagar, se realmente a decisão de compra for acertada, €. 25.400.
É, pois, evidente, que a justificação do IVA é falaciosa e revela, antes de tudo, que a informação é hoje produzida de modo acéfalo e, genericamente, para acéfalos que a aceitam.
O que a febre dos carrinhos revela é que Portugal não aprendeu nada. E ainda não percebeu onde está metido e o caminho que leva. À primeira justificação o impulso do consumo toma conta de nós, como se pertencêssemos à civilização desenvolvida, que pode consumir ao ritmo dos seus apetites. O ano da matrícula do carro, a marca do relógio, da camisa ou a casa em que vivemos (a rua) ainda conta quase tudo para o “Tuga”, que não se importa de esconder as meias rotas por baixo de um qualquer símbolo de prestígio. Tem é que parecer. Se para isso consome muito mais do que pode (e precisa), isso é secundário. Ora isso pode valer para um americano ou alemão, que vive em super-avit. Mas não para nós que, para lhes chegarmos aos calcanhares, devíamos voltar a viver uma década dentro da velha máxima: gasta 5 quando tens 10 e somente quando achas que esses 5 não te virão a fazer falta. Mas isso era pedir juízo ao “Tuga”. E aí vale mais esperar que o círculo seja quadrado…
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