A QUEM VITORINO DE ALMEIDA CHAMOU GÉNIO

Já algo tarde, pela mão de uma daquelas amizades fraternas, que ficam para a vida, conheci Frank Zappa.
O seu espírito descontrutivista e a paródia, quase sempre mordaz, que emprestava às suas composições fizeram com que me rendesse ao seu som.
Apesar de um cancro o ter ceifado pouco depois dos 50, deixou o legado de mais de 60 discos escritos, tocados e produzidos por si.
A quem já conhece, bom proveito.
A quem ainda não conhecer, não cuide que ouve e gosta à primeira. Também não devem ter gostado de bacalhau a primeira vez que comeram...

P.S. Não me lembro de um único exame da faculdade que, concluído, não fosse brindado com o Bobby Brown ou a Lucille.
It´s only rock´n roll.

Começo pelo ícon, Bobby...



A inevitável cocaína



o espírito crítico estava presente em tudo. Até na doença que o matou. Why does hurt when i pee...



rock puro e duro... and de beaches, sempre presentes...




dance boy, dance



e a mestria de um grande solo de guitarra

Se tiverem curiosidade, podem ir aqui ouvir a Lucille

Ou uma versão live do Bobby

Ou, finalmente, do melhor que a guitarra produziu

And remember girl, your father is always waiting for you... (private joke)

OUÇAM ZAPPA E PENSEM COMO SE FAZIA MÚSICA A SÉRIO HÁ 30 ANOS.

BOM FIM DE SEMANA.

CRISE SOCIAL

Não sei o que mais me repugna no meio disto tudo:

Se o acordo ruinoso para a Caixa (e indirectamente para nós que o pagamos) feito com o Manuel Fino no processo das acções da cimpor.

Se as pseudo justificações de uma elite socialista (leia-se Vital Moreira, por ex.) a querer explicar com meias mentiras uma descarada solução de privilégio.

Esta gentinha ainda não percebeu que anda a brincar com o fogo.

O povo, pouco escclarecido, é certo, está esmagado nas cordas do desemprego, da exclusão e já de alguma fome.

E o povo, que era sereno, quando toca à barriga acorda.

Um destes dias, farto dos Finos, dos Berardos, dos BCPs, das negociatas e, sobretudo, de ser sempre ele a pagar as atrocidades alheias vai-se realmente incomodar.

Normalmente nessas alturas sai para a rua.

Aos tiros.

EVITE. CONTAGIA

O sangue.

O drama.

O choro.

A desgraça.

Abertura da TVI 24, com cenários parolos (como o costume), notícias de desastres, apresentadores de quinta categoria.

Só me espantou não ser o Albarran a inaugurar.

Mais um canal a evitar.

ORA ATÉ QUE ENFIM BOAS NOTICIAS

27 tascas elevadas a destino cultural

WORLD, HERE I GO

LEGISLADOR

O Código do Trabalho, diploma estruturante que entrou em vigor a semana passada, vai ser revisto, tendo a maioria PS já apresentado no parlamento uma proposta de rectificação.
Ou seja, andaram o legislador e os parceiros mais de um ano a discutir uma Lei e não lhe encontraram o "gato" que quase todos os juristas da área identificaram mal ele foi publicado.
Ora isto entronca numa realidade que, amiúde, aqui tenho referido: o legislador nacional é do mais mediocre que temos. Deputados e assessores de ministérios têm uma qualidade tão rasca, mas tão rasca, que nunca as leis foram tantas mas nunca, também, tão mal produzidas.
Muito do estado calamitoso a que chegamos encontra explicação nesta impreparação de quem manda em nós. Os políticos são hoje gente sem currículo, esvaziados de qualquer espírito de missão, sem qualquer prova dada na vida civil, produto que são do puro caciquismo concelhio. Estão na política como trampolim ou, pior, emprego. Veja-se o exemplo de Elisa Ferreira (que apresentou a candidatura à Câmara do Porto mas logo cuidou de dizer que não abdicava da posição de Eurodeputada, não fosse ficar no desemprego) e compreendemos o que digo.
Ao olhar para as bancadas paramentares vejo imberbes, caciques, incompetentes, alguns parolos e pouca, muito pouca competência.
No Governo, então, é de nos atirarmos da ponte se nos damos a pensar muito.
Ainda alguém acredita que por este caminho vamos lá?

SAUDADE

SAMBA

O samba vai rolar.
Por mim, que nunca o vivi no sítio e no momento certo (a Bahia, e não o Rio, da próxima terça-feira), vou-o preferindo em doses menos batuqueiras, enrolado nas vozes que o melhor país do mundo produz às caterbas.
Com as costumeiras limitações da disponibilidade do rádio blog, aqui ficam as propostas.
Uma toada muito moderada, com laivos jazzisticos




o inevitável one note samba



prefiro-o interpretado pelo Vinicius mas aqui só tinha o Sérgio Mendes, que também serve



o inevitável Chico



abraços e mais abraços



Deus dá



a inevitável garota que foi responsável por muito, muito samba



da nova geração, Vanessa da Mata, uma das boas intérpretes



samba em Janeiro



UM GRANDE CARNAVAL

CASAMENTO HOMOSSEXUAL

O pior erro que se pode cometer em torno da discussão da legitimidade, ou não, do casamento entre homossexuais (para quem não o saiba, tanto o podem ser homens como mulheres e eu sou pouco dado a estes eufemismos que apenas servem para dourar a pílula) é pormo-nos a discutir o que é casamento em termos estritamente jurídicos.

A questão é mais funda. Antropológica, antes de tudo. O direito vem só depois, e apenas para servir aquela.

E quem não quiser, ou souber, colocar a discussão nesse patamar, melhor seria discutir o sexo dos anjos.

Por isso, e mal terminou a fastidiosa intervenção da jurista pró-casamento do prós e contras, percebi que dali não levo nada.

E, como é hábito com o programa mais inclonclusivo e menos esclarecedor da TV, virei costas. Venha um livrinho até que o sono pegue.

P.S. Como já aqui e aqui o afirmei, reconheço que os homossexuais carecem de protecção jurídica nas suas uniões.

Mas tenham a decência e a originalidade de lhe chamarem uma coisa diferente.

Casamento foi inventado há muito, por outros com ideias, princípios e propósitos diferentes.

VIDA

Havendo mais vida para além do défice, a pergunta que se me sugere é: e haverá vida para além da crise?

JUSTICEIRA

O arquivamento do caso da "Fruta" pela Relação é mais uma pedrada na pinha obcecada da Maria José Morgado.

Com este avoluma-se a caterba de processos liderados pela justiceira que acabam em nada depois dos arguidos serem crucificados na praça pelas programadas fugas de informação, imagine-se provindas de onde.

Estava na altura de alguém a pôr na ordem.

Afinal, já não estamos no PREC.

P.S. Deveria mesmo existir um bónus no caso de alguém conseguir, ao mesmo tempo, pôr o marido da dita também na mesma linha.

MICHEL PETRUCCIANI

Hoje um pouco de Michel Petrucciani, com as limitações costumeiras do Rádio Blog (definitivamente tenho que emigrar para outro fornecedor de música netiana).
Uma história de vida apaixonante, ou a prova de que o que queremos, conseguimos. Basta acreditarmos.
A foto diz quase tudo.
Acrescento que, aos 20 anos, emigrou sozinho para os EUA, à procura da realização do seu sonho: tocar piano.
Morreu aos 36 anos, com uma daquelas doenças que não deviam atingir ninguém, muito menos uma alma abençoada pelo som.
Aos curiosos sugiro que deambulem um pouco na net à procura da história, feita lição, deste pequeno “génio”.

UM POUCO MAIS CEDO DO QUE O COSTUME, VOTOS DE UM BOM FIM DE SEMANA

SOL

Um dia de sol moderado e desato logo a pensar nas T-shirts.

Mas com tantas nuvens negras no horizonte, não sei mesmo se anseio assim tanto pelo Verão.

SCOLARI

Scolari foi hoje despedido do Chelsea.
Tinha-o previsto aqui, em 11.06.08, tendo errado apenas por um mês.
Treinar uma seleçcão é uma coisa. A equipa pode, mesmo jogando mal (como foi quase sempre o caso da portuguesa) chegar onde chegou, com algum mérito, é certo, do psicólogo/treinador.
Mas um clube é preciso saber de futebol. Não chegam as macumbas, as vacas sagradas, o espírito de união e alguma dose de sorte.
Sorte ao Queirós ou, com um Cutty Sark a mais, e ainda voltamos a ter que aturar o devoto de Caravagio.

JUSTIÇA?

Um dos mais sérios problemas da justiça é a falta de respeito que tem por elaprópria.
Numa palavra, põe-se a jeito para as sucessivas pancadas que vai levando de fora.
E veste-se de ridícula quando põe aquele ar de virgem ofendida às críticas do Bastonário dos Advogados, que peca por defeito nas muitas denuncias que vem fazendo.
Os exemplos são múltiplos.
Este despacho em baixo, feito para ser lido por terceiros, é apenas um deles.
Que pensará o magistrado que o deu?
Que faria ele se alguém lhe fizesse chegar à mão uma qualquer peça processual escrita nestes termos?

MENTALIDADES

O FC Porto jogou mal, empatou e saiu frustrado do Dragão.

Queria a vitória.

O Benfica jogou o mínimo, gostou do que fez e saiu do Dragão atrás do FC Porto, mas cheio de contente com o desempenho.

Só queria perder por poucos.

Está aqui a explicação do porquê nos últimos 10 anos terem apenas um campeonato ganho, contra os oito do FC Porto.

PENALTIE

A regra é clara: uma falta cometida dentro da área não pode nunca deixar de ser marcada.

Não há o benefício do infractor.

Ora na primeira parte do FC Porto/Benfica Lucho foi rasteirado numa clara grande penalidade que ficou por marcar.

Na segunda parte, é verdade, Lisandro simulou a falta.

A marcação desta pelo árbitro apenas veio escrever direito por linhas tortas.

Por muito que doa a essa cambada de pseudo-analistas, que 30 anos depois, continua a padecer de uma miopia gritante.

Mais.

Não será um penaltie enganado que fará esquecer 48 anos de clube do regime, de que o Benfica beneficiou.

Foram muitos anos de mão estendida, a mendigar a côdea de um campeonato.

Agora, simplesmente, somos todos iguais.

GAYS

Sócrates «recomenda» filme sobre gays.

As bandeiras do PS de Sócrates para as legislativas, como alguém me dizia ontem, resumem-se a duas: o aborto da regionalização e o casamento de homosseuxuais.

A primeira alimentará o clientelismo gordo e grosseiro do PS instalado por mais uns bons anos.

A segunda não passa de uma tentativa de desviar atenções, colhendo a simpatia daquela esquerda errática e muito "igualitária", que o PM vai repetir até à exaustão, nas mais variadas formas, pretendendo enfocar a sua costela democrática.

Esta escassez de propostas é bem reveladora do esgotamento político/intelectual do PM. E põe a nu o erro que será votar nele, muito menos dar-lhe uma nova maioria absoluta.

IT´S THE HARD ROCK - THE POWER OF ROCK

O hard rock nunca foi a minha sintonia principal.
Mas tive, obviamente, a minha passagem por algumas bandas, onde ainda me mantenho.
Lembro-me que estreia se deu em 1985, pela mão de um amigo (entendido nas lides), quando contactei com um grande album: Psycho Candy dos Jesus and Mary Chain e este Just Like Honey




Os fantásticos Smiths entretanto desfeitos



Os moderados Talking Heads



Os incontornáveis Cure do inqualificável Robert Smith



Os poderosos Clash com o seu Should I Go or Should I Stay



Inevitável passar por Bowie, embora aqui deposite uma composição da sua fase menos alucinogénica. Ziggy Stardust



As tremendas guitarradas dos Joy Division neste conhecido Love Will Tear Us Apart



Podia continuar com os Echo and the Bunnymen, Pixies, Velvet Underground (só não postei Lou por o ter feito há umas semanas)os Ramones, Stones, etc.

BOM FIM DE SEMANA

MÚSICA DE QUALQUER MANEIRA

Consumo música como um taradinho.
Rock, pop, jazz, clássica, easy, bossa, mbp, tuga e outras qualificações que nem sei (lo-fi, deep, house, techno, nu-jazz, lounge...).
Tenho mais ficheiros (isso de CDs já era) do que consigo absorver.

O Ipod parece um daqueles espartilhos 36 em corpinho 52.
Sou assim uma espécie de pedrado a quem não cabe mais coca no sistema circulatório. E, no entanto, continuo a sacar à bruta…

Deve ser patológico.

REGULADOR

Tanto asneou quando o país e o regulador mais precisavam dele que já não tem a mínima margem de manobra. Uns patins e uma reforma dourada esperam, a breve trecho, Constâncio.


A opção passará por...

?

?

?

?

TAÇA DA LIGA

Não está em causa a derrota (justa, inevitável e compreensível) mas o discurso de Jesualdo é mesmo medíocre.

Se subalternizou a Taça da Liga em prol de dar rodagem aos mais novos, então porque os deixou a todos no banco? Porque insiste em gente que não sabe jogar futebol (Farias é um 0, Sapunaru não tem cotação, Benitez uma nódoa, Mariano um trapalhão) e não meteu a jogar, então, os miúdos? Se o tivesse feito bem podia dizer ter ganho jogadores. Assim apanhou um banho (mais um) mas desculpou-se cobardemente com a segunda equipa. O costume.