segunda-feira, dezembro 24, 2007

VITALDIADES

É curioso como Vital Moreira, pese embora os já largos anos de "desmilitância" comunista, continua sem perceber que a democracia é uma coisa simples: legitimidade pelo voto.

FESTIVIDADE

Vou-me atirar para cima de tudo que leve açucar; e dos queijos; do vinho; da aguardente; dos charutos; dos enchidos da serra. Por oito dias vou ser um irresponsável.
Depois, lá para a semana, volto. Visto o fatinho cinzento e o ar de homem sério.
Até lá BOAS FESTAS.

sábado, dezembro 22, 2007

JESUALDO

Se há atitude deplorável a de não assumir os erros é uma das mais gritantes e descaradas.
Tentar justificar a derrota na Madeira com a não marcação de um penaltie que nem falta foi mostra bem a estirpe de Jesualdo.
Covarde, encolhido, joga sempre para o resultado mínimo e, de vez em quando, tem dissabores destes. Mesmo que merecesse a vitória (a acho que merecia) não fez nada para a ter.
Usa e abusa do mesmo onze e, quando precisa de fuel extra (não havia Quaresma nem Tarik) é o que se vê: jogadores sem ritmo e sem ânimo não ganham jogos.
Tem um tendência inata para queimar valores (Adriano, abono de família o ano passado, foi encostado sem razão; Vieirinha brilha no Leixões, como Paulo Machado e outros) e promover mediocres (Postiga é uma nulidade, como Mariano não tem classe para o FC Porto, já para não falar dos toscos do Kaz, do Edgar, do Lino, do Farias e demais).
A falta de imaginação (susbstitui sempre os mesmos e aos mesmos minutos de jogo), de audácia (tradicional, apegado sempre ao mesmo modelo, não improvisa um milímetro) e, sobretudo, de coragem fazem-nos sentir saudades de Adriaanse (salvo seja).
Jesualdo é e será um remediado. Um remendo. Um mal menor. Não vai deixar saudades, por muito títulos que a equipa conquiste.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

MÚSICA DE NATAL

A época pede-o e, mesmo sem ser original, aqui ao lado, a playlist cresceu temporariamente, com alguns temas de Natal.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

SOBERANIA

O Tribunal, velho e decrépito, não inspirava a confiança necessária para a subida ao segundo andar. As tábuas do soalho, roto e carcomido, ameaçavam fugir-nos de debaixo dos pés.
Às 10 horas o Juiz está num desaprumo preocupante. O último botão da camisa incomoda, pois claro, assim como o nó do bacalhau, que está já uns 20º desviado do aprumo central. Sobra-lhe o fato, não menos velho e não menos gasto que o soalho mas, pelo menos, um fato (embora as calças supliquem um cinto que seja neto daquele que usa). O procurador preferiu um ar mais negligé: botas, calças de ganga e camisa aberta, que isto da solenidade dos Tribunais já era. Condiz, na perfeição, com o funcionário: fralda de fora, sapatilhas, barba por fazer (entra às 9h, não teve tempo) e um ar de frete que dá pena faltarrem-lhe ainda uns 30 anos para a reforma.
Vi que soberania estava bem representada. Estava quase tudo nos devidos lugares (apenas o meu banho, a gravata no lugar e os sapatos sem terra destoavam).
Era o tempo ideal do "fazer justiça".

sexta-feira, dezembro 07, 2007

VOCAÇÕES

Tropeço, à saída de casa, num trolha, vestido e assumido como tal, a entrar no seu BMW.
Passam-me pela cabeça vinte e tal anos a queimar neurónios.
Esta coisa das vocações é uma grande treta, não é?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

SAQUE

Seria, quiçá, mais razoável inverter o modus operandi legislativo.
De ora em diante poupavam-se eucaliptos e demais trabalhos se, no plano fiscal, se passasse a legislar somente sobre os factos ou matérias não sujeitas a tributação.
Era assim uma espécie de presunção de culpa, onde o Governo teria sempre direito a arrecadar receita, a tributar o cidadão de cada vez que ele se move.
Caberia ao desordeiro cidadão, sempre sem carácter suspensivo e com automática perda do direito ao sigilo bancário, provar que nada deve a título de taxa por respirar ou de imposto por existir.

terça-feira, dezembro 04, 2007

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Um GNR aguarda escondido, 10 metros dentro de uma rua escura e cujo sentido de trânsito mudou recentemente, à espera nos normais distraídos. No final da noite recolhe o farto pecúlio de coimas.
As finanças avaliam um terreno comercializado a €. 60 o m2 por €. 130 m2. Sabem que a avalização é ridícula, que naquela zona nada vale aquilo mas não mudam. Sempre arrecadam impostos (transmissão, propriedade, etc.) pelo valor fictício que é o dobro do verdadeiro.
A Inspecção do Tabalho apanha uma empresa cumpridora com meia dúzia de exames médicos de trabalhadores feitos fora de tempo e espeta-lhe com €. 6.000 de coima, sem sequer cuidar que as restantes dezenas de exames tinham sido realizados a tempo e horas.
A ASAE entra de rompante numa loja e brinda o proprietário com €. 2.500 de coima por ter algumas etiquetas de roupa com dizeres em Espanhol. Nem sequer dá hipótese de correcção e, no uso da sua autoridade discricionária, recusa sequer falar ao telefone com o responsável da empresa.
Tropecei nos quatro casos.
Esta é a nova administração pública da era Sócrates.
Arrogante e distante dos cidadãos.
Prepotente e leviana no uso da autoridade.
Sôfrega e voraz no saque das quantias que o governo não consegue tirar-nos à pála dos impostos.
É uma administração pidesca, que se descredibiliza a cada acto destes e que conduz a um só resultado: o divórcio da sociedade.