quinta-feira, agosto 09, 2007

LOUREIRO

Recuo um par de anos e não esqueço aquela imagem, semi clandestina, de Dias Loureiro entre as árvores, a conversar com Santana Lopes em vésperas da mais desastrada decisão presidencial do pós 25 de Abril e que levou o “playboy” a PM.
Loureiro parecia o salvador da pátria, o único capaz de fazer a ponte.
Mas recuando mais vejo Dias Loureiro como um dos confidentes de Cavaco, num Governo fechado e austero, em claro contraste com o de Santana.
Ainda lá atrás vejo Loureiro a casar a descendência com a descendência do líder da oposição, num jogo táctico e calculado.
Vejo-o, também, como um dos acérrimos defensores das lides de Durão, designadamente a tentar justificar o injustificável, quando aquele abandonou o país a troco de um lugar milionário, de luxos e serviçais que a mais ninguém trará proveito que não ao próprio e aos seus assessores.
Agora Loureiro aparece como o mentor da moção de Marques Mendes para as directas de Setembro. Dias Loureiro é assim. Move-se entre os pingos da chuva, que parecem ter pudor em tocar-lhe. Está sempre de bem com gregos e troianos. É certo que lhe parece faltar cálcio nas costas. Mas hoje isso passou a ser mérito.

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