sábado, abril 09, 2005

Guerra

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Nunes da Cruz, criticou ontem a proposta de redução das férias judiciais, considerando que, se esta ideia fosse para "levar a sério", o Governo estaria a comprar uma "guerra" que os juízes não pretendem

In Público, 8.04.05

Cá está, a previsão do Estado Crítico.
Que é que se poderia esperar?
Bulir com os Juizes? Com as suas férias, ora um mês no campo, ora um mês de praia? Fora a semana do Natal, e outra na Páscoa?
Não, não pode ser.
A ameaça de guerra está prometida.
Recuo no tempo e relembro uma tentativa semelhante de combate ao lóbbie, encetada por Leonor Beleza, então contra os médicos.
Recordam-se? E do resultado? A desgraçada ainda hoje vive perseguida. Até de importação de sangue contaminado a conseguiram acusar.
Imagino Sócrates ou a recuar nos seus intentos ou a responder, dentro de 10 anos, por pedofilía ou outro crime, então mais na moda.

1 comentário:

Biranta disse...

O governo não tem muitas escolhas! Ou começa, urgentemente (já devia ter começado), a resolver os problemas mais prementes, actuando na justiça e não só, doa a quem doer; ou continua a deixar agravar a nossa situação e está condenado, a curto prazo. É claro que a primeira escolha exige muito savoir faire e, sobretudo, uma grande capacidade de saber ouvir as pessoas (de fazer com que as pessoas sejam ouvidas, de modo a calar essas escumalhas). O pior defeito dos nossos governantes é a sua presunção e a sua incapacidade para a democracia (o seu reaccionarismo); é isso que os perde (e nos perde a nós).