DOIS ANOS INTEIRINHOS DE GUGA

Obrigado F. Deste-me tudo.

SOUNDS

Today´s sound will be tomorrow´s post.
T´ill there

ESCUTAS

Portugal está cheio de virgens. E assim se explica o nosso "rating" no capítulo dos nascimentos. A publicação das escutas do "apito dourado" levaram às TVs e aos jornais dúzias de púdicas, chocadas e ofendidas com o pomar de Pinto da Costa, o que me faz pensar que têm andado num mundo diferente do meu.

Não é que o patuá escutado seja recomendável, sobretudo em seminários e conventos. Mas daí ao tsunami das palavras que tenho ouvido só mesmo por hipocrisia.

Aquilo está em todo o lado da sociedade portuguesa. Tudo, mas tudo cá é feito à sombra do pequeno favor, da influência. Seja o emprego para os filhos do ex-presidente da república seja o abate de sucata das empresas públicas. Não há quem vingue pelo mérito. O volume de cunhas e influências toma de assalto tudo o que há disponível. O processo disciplinar movido a Hulk e Sapunaru não é mais do que isso. Deixar chegar Janeiro (época de transferências) ao fim, para os suspender sem dar possibilidade a que o FC Porto os coloque em outros campeonatos, desvalorizando escandalosamente activos da SAD, é uma descarada manipulação de processos pelo Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. Mas essas escutas ninguém parece interessado em ouvir.

ALEGRE DISPLICÊNCIA

Manuel Alegre cometeu dois erros fatais com o anúncio da sua candidatura à presidenciais do próximo ano:

O primeiro, na ânsia de se antecipar e condicionar toda a esquerda, foi falar cedo demais. Agora vai estar sujeito a um desgaste diário que só lhe pode trazer dissabores.

O outro, e mais grave, foi convencer-se que era "dono" do milhão de votos que há quatro anos acreditou nele. Logo ele não perceber que em democracia cada um é dono do seu próprio votinho...

MUSICA

Hoje dou-vos música no ARTE DO SOM.

Está lá a minha "play-list" desta semana.

Boas sonoridades

VADE RETRO...

Mais lamentável que a paupérrima actuação do FC Porto (agora precisa de 30 penalties para conseguir eliminar da Taça de Portugal o último classificado da Liga) é o discurso desconexo e tonto de Jesualdo. A cada trambolhão da equipa chega ao fim a congratular os jogadores e a dizer que nada tem a apontar-lhes.

Este ano, é óbvio, está perdido.

O campeonato foi-se e a Liga dos Campeões é só uma questão de semanas, até visitarmos o Arsenal e, como manda a história do FC Porto de Jesualdo, sermos massacrados em Londres.

O Estádio do Dragão está cada vez mais vazio perante o deserto de futebol praticado pela equipa.

A era de Jesualdo, que nunca devia ter começado no FC Porto, está definitivamente no fim. Só ele e (aparentemente) a direcção é que ainda não o viram.

CARO CLIENTE

Escrevi para a Sapo.

Um problema de facturação.

Dirijo-me aos "Exmos. Srs." do apoio ao cliente.

Responde-me um energúmeno (certamente não tanto quanto aquele que o ensinou) que se me dirige por "Caro Nuno Magalhães".

Senhor para quê? Caro. Assim num quase tu, que é mais modernaço. Essas porras dos formalismos, do bem falar e bem escrever é "prós cotas, tão a ver?".

Despede-se com um "até breve" (ou seja, está à espera que tenha que voltar brevemente a eles, a reclamar) e manda-me "viver a assapar". Nem me atrevo a perguntar-lhe mas deve ser mais um das Novas Oportunidades. E também já não me atrevo a corrigi-los. É tempo perdido e sempre evito a má criação.

MIGUEL TORGA

São 15 anos a lê-lo e a relê-lo e a voltar a lê-lo. Mesmo sem novas prosas, que a tumba de S. Martinho nos roubou a 17.01.1995. E sempre, sempre a aprender com ele.
Um dos últimos recantos onde encontro o sentido das coisas.

EFEMERIDADE

A minha fotografia esteve na mesa de cabeceira do meu pai desde o dia em que nasci até que ele (e demais progenitura) se mudaram para outras bandas.

Ainda lá está, porém, atento que lhe tomei o quarto de assalto, assim como o registo a preto e branco. Achei que era o sítio dela.

Agrada-me esta quietude. Esta permanência, de saber onde as coisas estão, quem são os que me rodeiam, o que vou fazer amanhã.

Definitiviamente não sou adepto da vertigem mutatória das molduras digitais. É tudo demasiado efémero.

CORRUPTOS

A principal razão por que não há consenso sobre a legislação do combate à corrupção advém do facto de os seus autores (deputados) não terem a declaração de interesses preenchida no momento da redacção das normas. Se cada um não estivesse a pensar nas vírgulas, parágrafos e no léxico que comprometem os seus afazeres diários, há muito que o flagelo tinha levado revés profundo.

PROJECTO DE VIDA

Viver dentro quatro muros distantes das paredes da casa.
E ter lagartos, urzes e pinheiros por vizinhos.

SÓ EU SEI, PORQUE FICO EM CASA

FC Porto, 1 - Paços de Ferreira, 1.

MUSIC FROM CASABLANCA

There´s no more movies as Casablanca
And no more man as Rick
And no more music As Time Goes By



Try to have causes. At least one little one (kind of dificult to find some originals sounds from the movie. Stay with other interpretations).

NO HAITI 100 000 DESAPARECERAM

Afinal, "se Deus é justo, então quem fez o julgamento?"

ATRASOS JUDICIAIS

A mesma Juiz que já por quatro vezes me havia feito esperar às 1/2 horas de cada vez por diligências agendadas por ela, não perdeu a oportunidade de sublinhar o reparo do meu atraso (repito, à quinta conferência consecutiva em que, nas outras quatro, fui pontual e ela não) de 10 minutos.
Muito do mal da justiça está aqui, nesta prepotência desbragada desta classe que já nem se enxerga. Acha só que tem o direito a ter o rei na barriga.

Nota de interesses: Cheguei atrasado propositadamente. Coisa que a senhora não sabe.

FRIDAY´S MUSIC

Because i still remember the time when music had poetry.
But mostly because we live times of emptiness, with no time to be poetic
i leave you with some poetical songs.
With no connection between them than the good lyrics
Hope you enjoy


And have a nice year or, at least, a nice day.

A REFORMA DA JUSTIÇA

Só quem não percebe uma vírgula do que é a vida judiciária não se indignou com a medida populista e demagógica que foi a redução do período das denominadas férias judiciais de dois para um mês tomada no apogeu a maioria prepotente de Sócrates.
O problema da justiça não estava aí e o resultado está à vista.
E bastou que entrasse no Governo alguém equilibrado (Alberto Martins) para que o Governo faça um retrocesso monumental, metendo na gaveta uma das mais disparatadas medidas que tomou.
Claro que, à moda de Sócrates, não se pode assumir o erro. Agora o período entre 15 e 30 de Julho, outrora chamado de férias judiciais, chamar-se-á de "suspensão dos prazos judiciais". No fundo no fundo, as moscas são as mesmas...

SINISTRALIDADE

O Governo anunciou a redução de mortos nas estradas em 2009.

Mas não disse que não tem ainda fechadas as contas da operação Natal e Ano Novo.

Ou seja, mais do mesmo: propaganda, propaganda, propaganda.

Melhor seria, porém, que Sócrates e os seus fazedores de numerologia artificial ouvissem a verdade do título desta magnífica composição de Pat Metheny.

PARA ACABAR DE VEZ COM A IGNORÂNCIA

O ano 0 não existiu.

O que houve foi o ano primeiro. Que começou no dia 1 de Janeiro e terminou no final do dia 31 de Dezembro.

Logo, no final do 1º ano completou-se...o ano 1. No final do 2º o ano dois. Logo, no final do 10º (e só aí) terminou a primeira década. Pelo que, tudo somado, SÓ NO FINAL DESTE ANO TERMINARÁ A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI.

Fica o esclarecimento porque no passado fim-de-semana fiquei enjoado com tantos balanços jornalisticos da primeira década do novo milénio. Como é que podem fazer o balanço de uma coisa que não acabou?

O RECURSO NA GAVETA

Nós agora podemos perceber muito melhor porque razão o Procurador Geral da República não recorreu da decisão do Presidente do STJ que decidiu mandar destruir as escutas de Sócrates.

É que quem julgaria o recurso seria o plenário do STJ. E por estas notícias Sócrates ainda ia mesmo responder pelos crimes que o Juiz de Aveiro disse existir suspeita.

Por isso não tardará vermos Pinto Monteiro com um bem remunerado e confortável cargo político. Decisões destas são como os almoços: já não são de graça.

O REGRESSO DE VARA

Armando Vara pediu a suspensão do mandato de administrador do BCP depois de se saber publicamente (e não logo depois de o ter sido) que fora constituído arguido no processo Face Oculta.
Só que entretanto continuou a receber a remuneração de administrador.
Facto que justificou o regresso hoje ao banco, com funções mais modestas do que as de administrador mas, no entanto, com a mesma remuneração. Afinal, se lhe pagavam, alguma coisa lhe tinham que tirar do corpo, conforme ouvimos defendido, entre outras, por essa figura inolvidável do comendador Berardo ou pelo próprio, em entrevista à RTP.
Pergunto:
O que é que mudou, desde que foi suspenso, para então não ter condições para trabalhar no BCP e agora ter?
Qual o motivo por que continuou a receber a remuneração? Em que Lei é que está escrito que não a podia ter perdido?
Estes joguinhos do faz de conta só servem para fazer de nós parvos e descridibilizar, ainda mais, este bando de mediocres que hoje abraçam o poder.