Há duas coisas que me parecem cada vez mais a desenhar-se no FC Porto, ainda que uma mais clara que outra.
A mais evidente é que o ciclo de Jesualdo está esgotado. De vez. O homem não tem imaginação (nunca a teve) para mudar o curso de um jogo que lhe corra mal. Não tem a coragem (nunca a teve) de apostar nos jovens valores do clube (o FC Porto paga 97 salários mensais, alguns a jogadores que, como contra Leixões, Braga, Olhanense, ensinaram os titulares como se joga futebol) e alinha com os escuros intentos da administração em contratar argentinos e outros sul americanos ao quilo (Valeri, Mariano, Tomás Costa, Guarin, Farias etc.etc. não são jogadores à Porto).
O outro, ainda em esboço, é que Pinto da Costa tem que começar a pensar ceder o lugar. O discruso da incompatibilização contra tudo e contra todos já deu os frutos que tinha a dar. Agarrado a meia dúzia de pessoas de qualidade muito duvidosa (basta olhar para a composição da SAD) o homem está sózinho e, parece-me, incapaz de encontrar um rumo que dê a volta ao clube. Os tempos que se avizinham (sem Liga dos Campeões, sem título, se calhar sem nada) vão ser muito dificeis para as finanças e a identidade do clube. A depressão do norte parece estar a pegar-se como sanguessuga à pela do dragão.
Sem comentários:
Enviar um comentário