domingo, março 07, 2010

AS DIRECTAS QUE PODERÃO NADA RESOLVER

Qualquer que seja o vencedor das directas do PSD (e refiro-me aos três nomes conhecidos até este momento) é claro que vai tudo ficar na mesma.
Nenhum conseguiu colocar no espectro político o carisma, a credibilidade e a autoridade que um lider de oposição (e candidato a lider de governo) carece.
Passos Coelho não tem uma ideia que valha a pena discutir. Parece o puto que mal aprendeu a ler a pretender dar lições de semântica e linguística ao pai.
Aguiar Branco parace um pinguin. O fato está sempre impecável. A gravata aprumada. Mas além dos 30 anos de partido e aquele ar lavadinho, não lhe ouvimos nada que nos faça acreditar que consegue dar a palmada no charco que corra com Sócrates. Aliás, parece-se tanto com ele...
Rangel é um balão. Inchado com a "sua" vitória na Europeias, julgou que era chegar, ver e vencer. Tropeça a cada intervenção pública (os debates foram um desastre) e os queixos esmurrados, de tanto tombo de frente que já deu em 15 dias, não deixam margem para dúvida: vai-se espatifar de frente na sua ingenuidade e falta de prática política. Ainda por cima terá uma eventual vitória refém do apoio de Jardim...
Por isso, vença quem vencer, a luta fratricida vai nascer no próprio dia eleitoral, e estender-se até ao próximo, para gáudio do PS.
Em face disso, e sem morrer de amores pela ideia, no actual cenário de putativos candidatos, apenas vislumbro uma solução para que isto não suceda ao PSD: Marcelo aparecer em Mafra, e agremiar o partido. Só ele, com o seu prestigio, autoridade e experiência (mesmo com os enormes defeitos que tem, onde o pior é a fanfarronice) pode varrer a casa e voltar a abrir-lhe as janelas. Será sempre o mal menor para o PSD e o país.

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