quarta-feira, setembro 17, 2008

ESTADO REGULADOR

A "nacionalização da AIG", assim como de outras pequenas companhias e bancos, nos EUA, deixa bem patente os méritos de uma economia totalmente aberta.
No fundo, a busca da rede do Estado por empresas norte-americanas revela a acertividade daquilo que a esquerda moderada sempre defendeu: a falência dos regimes comunistas não pode justificar o fim do estado social e, sobretudo, do Estado interventor. O Estado deve e tem que ter um papel fortemente actuante e correctivo, incluindo na economia. E muito antes de emendar os exageros cometidos pela demência do mercado (como agora está a fazer) deve impedir que se instale um regime selvaticamente liberal, que se auto-consome em lume brando.
Manter, por exemplo, posições reguladoras nas áreas mais nevrálgicas da economia será sempre um bom princípio.
P.S. Exemplo do que acima fica dito é o que se passa com os combustíveis. Sobe o petróleo e estes sobem. Desce o crude e estes ou descem devagar ou, pior, como sucedeu hoje com a BP, sobem, sob pretexto da valorização do dólar. O Estado devia também servir para que isto não pudesse suceder.

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