terça-feira, junho 07, 2005

(DES)UNIÃO

Penso que não restam dúvidas que o processo de integração económica europeia é irreversível e que, suceda o que suceder à constituição europeia, o mercado livre não regredirá. Os espírito das comunidades originárias (CEE, Euratom e CECA) está de tal forma enraizado que não tem retrocesso.
E esse é um bom processo, que respeita as diferenças sociais, culturais, económicas entre os estados.
Penso, também, que o primeiro passo da unificação (união económica) também não terá retrocesso. Não tanto pelos méritos da medida, mas sobretudo pelos prejuízos do revés.
Já a questão da união política, está não só muito longe de ser uma boa ideia como, de resto, de ser consensual. E, quem tem responsabilidade na matéria, nem sequer tem verdadeiramente procurado saber o que pensam os destinatários, como escrevi HÁ DIAS.
A Europa nunca será uma comunidade de estados-federados. Nunca comungará uma mesma língua, um mesmo estado de espírito, os mesmos valores.
Porquê?
Antes de tudo porque é feita de uma multiplicidade de histórias que não se congregam à força de nenhum tratado.
Basta olharmos para o passado recente, a propósito da invasão do Iraque, e ver o “consenso” que banhou o velho continente.
O maior cego é o que não quer ver.
Mas há cegueiras que mais parecem autismo.

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