terça-feira, dezembro 04, 2007

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Um GNR aguarda escondido, 10 metros dentro de uma rua escura e cujo sentido de trânsito mudou recentemente, à espera nos normais distraídos. No final da noite recolhe o farto pecúlio de coimas.
As finanças avaliam um terreno comercializado a €. 60 o m2 por €. 130 m2. Sabem que a avalização é ridícula, que naquela zona nada vale aquilo mas não mudam. Sempre arrecadam impostos (transmissão, propriedade, etc.) pelo valor fictício que é o dobro do verdadeiro.
A Inspecção do Tabalho apanha uma empresa cumpridora com meia dúzia de exames médicos de trabalhadores feitos fora de tempo e espeta-lhe com €. 6.000 de coima, sem sequer cuidar que as restantes dezenas de exames tinham sido realizados a tempo e horas.
A ASAE entra de rompante numa loja e brinda o proprietário com €. 2.500 de coima por ter algumas etiquetas de roupa com dizeres em Espanhol. Nem sequer dá hipótese de correcção e, no uso da sua autoridade discricionária, recusa sequer falar ao telefone com o responsável da empresa.
Tropecei nos quatro casos.
Esta é a nova administração pública da era Sócrates.
Arrogante e distante dos cidadãos.
Prepotente e leviana no uso da autoridade.
Sôfrega e voraz no saque das quantias que o governo não consegue tirar-nos à pála dos impostos.
É uma administração pidesca, que se descredibiliza a cada acto destes e que conduz a um só resultado: o divórcio da sociedade.

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