segunda-feira, março 26, 2007

C.E.E.

É verdade que nos últimos anos Mario Soares protagonizou alguns episódios que em nada abonam a favor da imagem que dele se guarda, e cujo epílogo foi escrito na ridícula candidatura que protagonizou à Presidência da República.
É verdade que às vezes parece que o homem não compreendeu que o seu tempo de governação passou (resta-lhe o de eventual governância).
Mas votá-lo deliberadamente ao esquecimento no dia em que se comemoram os 50 anos do Tratado de Roma, ele que foi o pai da nossa adesão, revela Cavaco como um presidente mesquinho, vingativo e, sobretudo, com uma lacuna grave no seu sentido de estado.
A pátria do século XX tem duas dividas incontornáveis com o homem e que, para as memórias mais falheiras, covirá sempre lembrar: uma resistência abnegada contra os regimes totalitários que por cá passaram (salazarismo e, depois, gonçalvismo). A adesão à CEE, base do país económico que, ainda assim, hoje vamos conseguindo ser. E isso, por si só, merece que as memórias nem sejam curtas nem mal agradecidas.

3 comentários:

Anónimo disse...

concordaria com tudo... no entanto lembro que a primeira acção pública de cavaco em belém levou nega de soares... assim sendo...

Anónimo disse...

É precisamente nisso que se transformou a política: revanchismo. A isso dou eu nega. Vale a pena ouvir os Sinais de Fernando Alves: http://tsf.sapo.pt/audio/2007/03/noticias/26/sinais26.asx

Anónimo disse...

a história já fala por si...alguém um dia se lembrará de sócrates guterres ou durão....santana nos livros de historia?...lololol!!