terça-feira, maio 23, 2006

AINDA O PRINCÍPIO DA COERÊNCIA

Um ditado que me foi ensinado pela minha avó ensina que “vale mais ser do que parecer”.
Ora, nos dias que vão correndo é cada vez mais mentira, seja qual for o destinatário. Com enfoque particular na política. Aí já quase só releva mesmo é parecer.
A teoria de Carrilho relativa ao aperto de mão (só não o fez, diz, por julgar-se em privado, e foi por estar em público que já deu o bacalhau ao Carmona dois dias depois) é o exemplo do que fica dito.
Faz-se para parecer. Não porque se deve (ou quer fazer).
Isto é, o mesmo Manuel Maria que na SIC ficou indignado com o opositor e não lhe apertou a mão (em privado) deixou de estar indignado (em público) dois dias depois.
Carrilho não está só nesta odisseia do faz de conta, mas lá que é um belo espécime desta nova classe política plastificada, lá isso é.
Como me diz muitas vezes um amigo, por lição colhida em vozes mais “antigas” e certamente avisadas, a vida deve, tem que, ser vivida dentro de um princípio fundamental: o da coerência.
Quem não o faz, a mais curto ou a mais longo prazo paga a factura.
Carrilho já teve a dele.

1 comentário:

Anónimo disse...
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