sexta-feira, abril 28, 2006

THE MALL

Brasília.
Dallas.
STOP
Norte-Shopping
Arrábida-Shopping
Gaia-Shopping
Maia-Shopping
Parque Nascente
Dolce-Vita e
Londres, Antas, e tantos, tantos outros.
São nomes de centros comerciais, que nos últimos 20 anos cresceram como cogumelos no Porto e arredores.
À medida que abrem os novos, os velhos entram em crise profunda e ou fecham (Dallas) ou transformam-se em antros, só apetecíveis ao que de mais marginal a sociedade consegue parir.
O exemplo do Porto espalha-se por todo o país, com as Câmaras ávidas pelos euritos dos licenciamentos, marimbando-se, pura e simplesmente, para o futuro de quem investe, para a degradação daquelas zonas das cidades, para a desordem que aqueles monstros fechados ou povoados por cafés de quinta categoria constituem.
O que se está a fazer em Coimbra (a construção do centro Sonae, depois de ter aberto o Dolce Vita) só não constitui escândalo para quem não conhece a realidade económica e social da cidade.
Hoje os centros comerciais não são mais do que o espelho daquilo em que se transformou o mercado imobiliário nacional: sôfrego e vândalo, alimentado a nacos de corrupção que vão do topo do poder político ao empreiteiro mais miserável da praça.

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