quarta-feira, julho 13, 2005

IMÓVEIS

Toda a gente sabe que adquirir uma fracção ou um terreno escriturando-o pelo valor realmente pago é uma epopeia que poucos cumprem com sucesso.
Os “expostos” na vida pública suam as estopinhas para o conseguirem.
O estado é anualmente espoliado de milhões e milhões de euros com os cambalachos do compra por 100 mas escritura por 50. Em emolumentos notariais, em imposto de selo, em IMI (antiga contribuição autárquica), em IMT (antiga Sisa), em registos, etc.etc.
O mesmo estado que berra por os profissionais liberais não pagarem o que é devido, que se lamenta pela fuga e evasão fiscal, não mexe uma palha para acabar (ou pelo menos atenuar) este estado de coisas.
É demasiado fácil fiscalizar o construtor, o promotor imobiliário e o banco financiador. A simples conciliação bancária, trabalho que qualquer técnico de contas em início de funções sabe fazer, resolveria grande parte do problema.
Pergunta-se então por que não se faz, e se prefere continuar a correr atrás dos moinhos de ventos?
Porque fecha o estado que fecha os olhos, é o mesmo que encontrou nos milagres da OTA e do TGV (e outras obras) o relançamento da economia.
Porque o estado que não quer ver é mandado, alternadamente, por partidos que financiam grande parte da sua actividade à custa do “lobby” imobiliário.

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