sábado, maio 07, 2005

JARDINADAS

Das duas uma.
Ou o critério que tem presidido às escolhas autárquicas de Marques Mendes é político (e compreendo e até aplaudo as últimas que colocaram ponto final aos Valentins e Isaltinos).
Ou o critério é político-jurídico, e além das contradições de Mendes, eles revelam um caciquismo ainda mais atroz do que aquele que ele pretende (supostamente) arredar.
No primeiro caso, Mendes não quererá alimentar o caciquismo de Valentim e Isaltino, e está no pleno direito de, enquanto líder do partido, lhes retirar o tapete, procurando conferir uma nova competência ao frangalho em que as últimas legislativas colocaram a manta rota a que ele preside.
No segundo caso, estará a fazer um intolerável julgamento sumário, uma condenação ante-sentença, a dois arguidos cabendo perguntar onde guardou o jurista Marques Mendes a presunção da inocência dos arguidos, que deve durar até ao trânsito em julgado da sentença?
E, nesta segunda hipótese (para que me inclino) ao não usar o mesmo critério para com Isabel Damasceno, estará a descer a um caciquismo mais troglodita que o de Valentim e Isaltino.
Está a pôr-se ao nível dos “Jardins”.

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