terça-feira, janeiro 13, 2009

DEMOCRACIA

Dizem-me que a democracia portuguesa está madura, no final dos 30 anos que leva.
Pura mentira.
Ela não só não o está como nem à puberdade chegou. Está no limbo do imaginário. E promete não sair de lá.
Um grupo de cidadãos (4500 leio) quer agora, com recurso a uma petição, fazer anular a lei do aborto, aprovada nem há dois anos.
O argumentário é o usual e esconde apenas uma coisa: há quem não saiba respeitar o principal resultado do exercício democrático: O VOTO.
Isto vale para o aborto como para todas as outras matérias em que quem é derrotado por um referendo entende que tem o direito de convocar outra e outra consulta popular até que, pelo desgaste, ignorância ou sabe-se lá que outra motivação, o voto lhe acabe por dar razão.
Ora isto tem um nome: autismo democrático.

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