quinta-feira, junho 12, 2008

BLOQUEIO

Desde o "jamais" e outras que tais que fiquei esclarecido quanto à competência e idoneidade de Mário Lino para o exercício do cargo.
Mas ontem ultrapassou tudo.
Dispôs-se a negociar com uma comissão ad-hoc de camionistas, que não estava mandatada para o fazer, uma solução.
Não obteve qualquer compromisso de aceitação das propostas porquanto, e caso contrário, elas não tinham sido votadas à noite, no plenário da Batalha.
Marginalizou, deste modo, a associação de classe, legalmente constituída e com quem tinha a obrigação da manter, em exclusivo, as conversações.
No meio disto tudo, dos inúmeros atropelos ao estado de direito, o não menos inefável ministro da administração interna, manteve as polícias recolhidas, com medo de exercer aquilo para que foi nomeado: o poder. O morto, os vidros partidos, o terror instalado nas estradas são meros adjectivos para o Estado. 2009 está à porta e o que importa é vencer eleições.
Na costumeira insanidade nacional, o país entrou quase em pânico, desatou a correr às pretaleiras dos supermercados e às bombas como se o mundo fosse acabar hoje.
De Sócrates nem uma palavrinha (não deve ter tido tempo de mandar o Manuel Pinho preparar mais um power point de mil milhões de investimento num túnel que vá de Viana do Castelo a Faro e uma ponte do Funchal até à Figueira da Foz).
Estamos, de facto, bloqueados mas não é pelos camionistas. É por um Governo de inqualificados e uma mentalidade incapaz de os correr ao pontapé.
Somos o que somos e merecemos estar como estamos.

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