quinta-feira, novembro 09, 2006

ABORTO X

Discutir o aborto como uma questão "das mulheres", da sua opção exclusiva, é a forma mais redutora e pateta de o fazer.
Sem dúvida que a decisão última terá que ser dela. Mas daí a reduzir a esse momento vai uma grande distância.

6 comentários:

francisco disse...

Nem mais... Este ponto é o elo mais fraco desta discussão.
- O que pensa a sociedade de uma mulher que forçe a gravidez sem que o marido, companheiro ou amante, saiba ou esteja de acordo?
Nem mais...
- E agora o que pensará a sociedade de uma mulher que interrompe uma gravidez sem que o marido, companheiro ou amante saiba ou esteja de acordo?
É que isso de "na minha barriga mando eu" não é assim tão claro...

Anónimo disse...

E se ela souber que o marido ou companheiro é à partida contra a gravidez?

GM disse...

A razão do post é mais vasta. O que quis dizer é que a discussão em torno do problema não se pode centrar no aspecto feminino, ou melhor, "feminista"
Mas é claro que, como também disse, a decisão última será sempre da mulher. E casos haverá em que terá que ser uma decisão solitária.Não deve é sê-lo por princípio...

Anónimo disse...

uma oportunidade para auferirmos o que cresceu a sociedade portuguesa; começando logo pela afluencia às urnas.em termos de "discussão" a classe politica é mais uma vez um exemplo a nao seguir e um mau contributo para esse crescimento.

Tomás disse...

Parece-me estarmos perante uma falsíssima questão. Tal como a decisão última cabe à mulher, também a consulta do coprogenitor (etc...) é um assunto da sua total responsabilidade. Não vamos incluir um novo artigo na lei a ser votada que implique a consulta do elemento masculino implicado no processo... Não vamos procurar empurrar esta questão para o empate subdesenvolvido de há uns anos!

GM disse...

Tomás,
Nunca disse (nem sequer está implitico nas minhas considerações) o que pretende retirar delas. Limitei-me a sublinhar que entendo ser um erro discutir o problema do aborto apenas pela perspectiva feminina. Comos e se tratasse de um problema exclusivo da mulher.