terça-feira, agosto 30, 2005

MANUEL ALEGRE

Grande Manuel Alegre.
Uma, mais uma, demonstração de enorme sentido de estado, de grande democrata que é.
Numa altura em que a esquerda vivia o terror da candidatura contra o papão Cavaco, em que os aparelhados do partido assobiavam para o ar, assumiu o papel que caberia a tantos outros e deu cara por uma linha política. Por um espaço que sempre foi o seu.
E foi usado, como abono de família de um PS que está dominado pela mediocridade, de Varas, Vitorinos, "Socráticos" e Coelhos.
Levou o chuto que levou, e quando todos esperavam a "revanche" (a que de resto tinha óbvio direito) não assumiu a responsabilidade de fracturar o seu espaço e a sua história. No fundo, a sua família, o seu filho político.
Porquê?
Porque é nobre.
Porque é o último político que se guia por princípios, antes das conveniências.

P.S. Soubesse eu como, e hoje ter-lhe-ía dito: não, Manuel, não estás sózinho.

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