quarta-feira, novembro 24, 2010

GREVISTAS

A primeira conclusão que tiro deste dia de greve geral, em que demorei meia hora a fazer um percurso que habitualmente completo em 5´ é que há de facto um país a duas velocidades: um, que procura desenvencilhar-se no meio de uma crise sem precedentes, que quer garantir o emprego, a subsistência das suas famílias e que não tem tempo para folclores irresponsável. É o país dos privados. Outro, o país público, que faz greve, que luta contra os moinhos de vento, com um discurso gasto e irresponsável, e que com a reclamação de aumento de salários (ao invés da inevitável redução), de manutenção de privilégios e da despesas que tal acarreta, nos tenta conduzir, como conduziu, ao descalabro em que nos encontramos.
Talvez quando os despedimentos no sector público chegarem (e estão perto, muito muito perto) alguns dos grevistas afectados com a ida para casa venham a sentir saudades do tempo mau em que eram funcionários públicos e em que tinham um "patrão" que lhe garantia o salário ao dia certo.

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