quinta-feira, julho 19, 2007

MEIAS TINTAS

O partido das meias tintas que Portas construiu ruiu como um castelo de cartas.
Seja o CDS que herdou, o PP que construiu ou o CDS/PP que mitigou.
A dialética populista que o catapultou só dura um fogacho. O povo pode até não ser o paradigma da clarividência (e tem dado amiúdes provas que o não é) mas, com tempo e paciência, acaba por trazer alguma razão à bondade do voto.
Não se pode ser simultaneamente liberal ortodoxo e populista; urbano a falar de lavoura; conservador a armar-se em “sexy”; E pode demorar mas toda a gente acaba por perceber a total ausência de conteúdo programático das palavras de Portas, Telmo, Nobre Guedes e a mais meia dúzia de imberbes que os rodeiam que fazem da política a profissão e o caminho rápido e fácil para o sucesso. Pode demorar a cobrar mas ninguém gosta de ver outrém a ocupar o poder com golpes palacianos tão característicos em Portas. Já nem sequer a teoria da vitimização em noite eleitoral comove a malta. Está-se tudo nas tintas para um dos maiores caceteiros da política nacional do pós 25 de Abril. Ele tenta, desesperadamente, acreditar que não é assim.

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