terça-feira, novembro 01, 2005

ADRIAANSE 1 INTER 2

Não há dúvida que Adriaanse introduziu mudanças na equipa do FC Porto.
Além de um ataque medíocre que herdou da época passada, conseguiu subverter uma regra de ouro da equipa: saber defender. E deu cabo da equipa.
Vem de muito longe e é simples a regra do FC Porto jogar no último terço do terreno: dois bons centrais e um trinco não menos bom.
Nos primeiros nomes lembro-me de Geraldão, Celso, Lima Pereira, Eurico Gomes, Fernando Couto, Jorge Andrade, Ricardo Carvalho, Jorge Costa.
Nos segundos, cito André, Quim, Emerson, Paredes, Costinha.
Nunca o FC Porto precisou de três centrais e dois trincos para sofrer dois golos depois de estar a vencer por 1-0. Sobretudo quando tem um central (que não joga) e que, sózinho, vale pelos outros quatro.
Mas Adriaanse conseguiu inventar mais uma forma de mal jogar frente ao Inter.
Começou sem miolo, com a equipa partida em dois, com dois jogadores que não jogam futebol (Alan e Bosingwa), sem um construtor (alguém lhe explica que Lucho não o sabe fazer e Diego é o melhor que lá tem) e um Jorginho que, pese embora seja um grande jogador, neste momento precisa de banco.
Depois, não satisfeito, inventou mais, com um trinco mais (Meireles) e um central (Bruno Alves) que bem merecia, depois da cabeçada a Nuno Gomes, dois ou três meses de equipa B.
A equipa não fez uma única jogada durante toda a segunda parte. Um centro, um drible, um remate. Preferiu defender desde o primeiro minuto e acabou a afundar-se.
Mas a pobreza só pode espantar quem não viu os dois últimos jogos, frente ao Marco (brilhante 1-0) e ao Setúbal (0-0), onde as paupérrimas exibições deixavam(e deixam) antever que o pior está para vir.
Adriaanse não devia precisar de lenços brancos.
Se tivésse vergonha partia em silêncio.

1 comentário:

TPC disse...

Acrescente-se o acéfalo defesa direito... e já agora:

Baía, Jorge Costa, Ricardo Costa, Sonkaya, Ibson, Diego, Postiga, Bruno Alves, Mc Carthy, Raúl Meireles o que têm em comum?

Foram todos criticados pelo menos uma vez em público pelo brilhante holandês...